quinta-feira, 31 de maio de 2007

Roda, pra que te quero?!

Dando sequência ao show de esquisitices do Lewis Hamilton durante o GP de Mônaco, a cena a seguir poderia, realmente, lhe tirar os pontos, afinal, os carros de F1 são relativamente frágeis. No fim, tudo ficou apenas no susto; mas que ele estava abusado, estava.

McLaren absolvida

Este é o fim de uma história mal contada. A FIA não demorou para resolver o caso da McLaren, em que se suspeitava de uma estratégia para assegurar a liderança de Fernando Alonso, em detrimento de uma possível vitória de Lewis Hamilton.
A entidade divulgou o seguinte comunicado: "Após estudar as conversas de rádio entre a McLaren e seus pilotos, juntamente com o relato dos observadores da FIA e os dados da própria equipe, ficou claro que as ações do time inglês foram absolutamente legítimas e não há necessidade de se tomar nenhuma providência".
No entanto, os parágrafos que seguem mostram a farsa que o Código Esportivo Internacional representa.
"O primeiro objetivo de qualquer equipe é conseguir a vitória com um de seus pilotos. Se isso pode ser obtido, o passo seguinte é tentar garantir que o outro carro chegue em segundo."
"Diante da superioridade em relação às outras equipes, a McLaren teve condições de refinar sua estratégia. A equipe não fez nada que interferisse no resultado do GP".
Primeiramente, gostaria de deixar o link do comunicado da FIA e também o do blog do Seixas, afinal foi ele que fez essa tradução. Meu inglês é muito mais ou menos.
Voltando à questão: dos parágrafos transcritos, dá para tirar conclusões do grande absurdo que é esse tal regulamento. Ele diz que, se um piloto está em primeiro, a equipe tem direito de manter o outro em segundo. Mas isso não seria jogo de equipe? Além disso, o time pode refinar sua estratégia por estar andando bem à frente. Em outras palavras, ela tinha o direito de segurar um dos seus pilotos atrás. Se Alonso lidera, o Hamilton que trate de ficar quieto na dele? É isso? É assim que funciona? De repente tudo se inverteu, o que era proibido, se tornou permitido. Simples.
Interpretando o comunicado da FIA, percebe-se que a entidade entendeu que a estratégia de parada única era válida para o caso de Safety Car, pois assim, Lewis poderia ficar na pista gastando o máximo de combustível, adiando seu pit stop. Como o carro de segurança não saiu, não havia obrigação de retardar sua parada, por isso o inglês foi chamado pela equipe. Isso faz algum sentido? Na verdade, havia duas opções: ou ele fazia umas voltas a mais antes de ir para os boxes e, possivelmente, voltava na liderança; ou parava antes e garantia a segunda colocação. A equipe o chamou pelo rádio e Hamilton entrou no pit lane contra sua própria vontade. Foi o que aconteceu. Agora responda, teve ou não teve jogo de equipe?
Ai, esse cheiro de pizza tá de matar!

Crítico etílico

Esqueçam as críticas do Alonso, aquilo não foi nada, ninguém melhor que Eddie Irvine para cutucar o Kimi Raikkonen.
"Não sei o que está rolando, mas ele precisa começar a fazer o que precisa ou parar de beber, pois se ele não está vencendo, não poderia estar bebendo".
Curto e grosso. Quanta agressividade!

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Abanando

Já que não tem muita cena interessante sobre a corrida, vamos nos contentar com a quase desgraça do Lewis Hamilton. A começar com este vídeo.
O inglês não sossegava por nada... Que é que deu nele?

Réplica do finlandês

Depois da alfinetada do Alonso, Raikkonen responde:
"É verdade que a diferença aumentou, mas estamos na primeira parte do campeonato. Eu vou brigar pelo título até o final. Não há nada perdido".
Um diz que tá fora, o outro diz que tá dentro. De fato, a temporada ainda está começando, mas vale lembrar que, nos dois últimos anos, a primeira metade do campeonato teve um peso maior que a segunda em termos de disputa pelo título. A situação do Raikkonen não é das melhores, atualmente situa-se na quarta colocação, 15 pontos atrás do líder, 10 atrás do terceiro colocado. Sua obrigação agora é surpreender. Se daqui a duas provas, o finlandês estiver ainda mais distante do Massa, pode-se considerar que apenas três pilotos seguem na disputa até o fim. Quem sai da briga, vira escudeiro. E bom escudeiro sabe se posicionar entre o primeiro piloto e os rivais. Tem que ser rápido de qualquer jeito.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Alonso ataca Raikkonen

Fernando Alonso é do tipo que não precisa de motivos para falar o que pensa, mas quando tem motivo, aí é mesmo que ele fala.
Não satisfeito em reassumir a liderança do campeonato, ainda se dirige a seus oponentes de forma sarcática. Após ironizar o Hamilton por suas reclamações sobre a polêmica mudança de estratégia durante a corrida, Alonso disparou contra seu antigo rival Kimi Raikkonen.
"Ele está cometendo erros. Isso não é bom para quem quer conquistar o campeonato . Se cometer mais algum erro, certamente sai fora da disputa pelo título".
Razão ele pode ter, mas se meter no duelo da Ferrari já é abuso. Só não se pronunciou sobre Felipe Massa porque o brasileiro é favorito para as próximas etapas, caso não fosse ele arranjava algo para dizer.

McLaren sob suspeita

Normalmente, quando uma equipe conquista uma dobradinha é motivo de festa para todos dentro do grupo, mas em Mônaco foi diferente.
Lewis Hamilton não se mostrou satisfeito com o resultado, pois sua estratégia inicial era de apenas uma parada, enquanto o companheiro pararia duas vezes. No entanto, o time antecipou o pit stop do inglês, tirando-lhe as chances de assumir a liderança nos boxes.
"Fiquei surpreso, porque tinha combustível para mais umas cinco voltas e me chamaram antes. Não pude abrir uma boa vantagem e vou conversar com o time para saber por que fizeram isso", declarou Lewis.
O que a princípio era apenas uma reclamação, tomou proporções muito maiores, quando a FIA anunciou que iria investigar o caso.
"As evidências relevantes estão sob análise e um anúncio completo será feito em breve", informou a entidade.
Portanto, há sérias suspeitas de que Ron Dennis teria manipulado o resultado da prova para assegurar a vitória de Fernando Alonso. Quando esse tipo de coisa ocorre, sempre causa polêmica. Afinal, até onde vai o poder do chefe de equipe? É fato que o regulamento vigente proibe qualquer conduta dessa natureza por parte da direção da escuderia. Sendo assim, qual seria a punição mais justa para tal infração?
Diante de todas as dúvidas que surgem nessas ocasiões, uma certeza vem à tona: quem ganha com as desavenças internas da McLaren é a rival Ferrari, quem ganha com o confronto entre Alonso e Hamilton é Felipe Massa. A vitória da equipe inglesa em Monte Carlo não foi tão absoluta quanto parecia. Liderar o campeonato em sua fase inicial não é o problema, a questão é ter base para lutar até o fim. Lutar contra os outros, diga-se.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Vai que é tua, Galvão!

Como se não bastasse a corrida ter sido ruim, até as pérola do Galvão foram menos grosseiras dessa vez. Mas vamos lá.
A primeira foi forte. A famosa frase do Piquet ganhou uma versão para chuvas. O autor? O inoxidável narrador global. "Correr em Mônaco com chuva é como andar de bicicleta na cozinha em cima do ladrilho". Putz... que frase pavorosa! Como ele fala isso em rede nacional?!
Num momento do treino, se referia a algum piloto que poderia fazer uma boa corrida, era o Kubica, se não me engano: "Tem pinta de surfista, vai ver que anda bem na água". Ai, essa doeu.
Sobre o casco revolucionário do Rubinho: "Se eles conseguem mudar as cores do capacete, será que não conseguem melhorar a aerodinâmica do carro?". Ham? A equipe deu pra produzir capacetes agora, foi? Viaja, não, amigo.
Ainda no Q1, quando o piloto vinha baixando o tempo da volta: "Deve tá lento puro, o Lewis Hamilton". Talvez ele quisesse dizer que estava muito leve, mas acabou fazendo uma pequena confusão e ficou lento puro mesmo.
Numa discussão sobre o problema de marcha do Massa no GP da Austrália, o Reginaldo levantava a possibilidade de a Ferrari ter jogado a culpa nas costas do engenheiro. Galvão: "Mas isso ela faz sempre. Já jogou a culpa nas costas do Rubinho". Até que seria uma boa se o Rubinho fosse engenheiro, pelo menos assim não reclamaria do carro. Mas até onde eu sei, ele não é. Tá, Galvão? Não é.
Em relação à pontuação e à regularidade no campeonato: "A turma do pódio, Alonso e Hamilton, nas quatro corridas estiveram no pódio". Está certo disso? Posso perguntar? Que pena, você errou.
Início da terceira parte da classificação. Os pilotos estão queimando combustível, a câmera pega o Hamilton na reta dos boxes. Seus pneus têm uma linha branca. Eis ouvimos mais esta: "Neste momento eles estão com pneus duros, mas já está andando rápido, o Hamilton".
Felipe Massa troca os pneus e deixa o pit lane. Na primeira volta lançada, vem aquele erro clássico: "Primeira melhor parcial!". O pior de tudo é que foi desmentido pelo Reginaldo logo em seguida, já haviam feito tempos melhores.
A última do treino: "Quase que o Hamilton ajeitou um jeito de ficar no caminho". Ajeitou um jeito...? "Achou um jeito de ficar pelo caminho", corrigiu. É, acontece, às vezes ele corrige. Ou corrigem ele.
Já no iniciozinho da corrida, uma Toro bate. Quem seria? Galvão chuta: "É o Speed!". Quando percebe que chutou errado, desanda a falar no desespero: "É Liuzzi, é Liuzzi, é Liuzzi, é Liuzzi, é Liuzzi, é Liuzzi, é Liuzzi, é Liuzzi, é Liuzzi, é Liuzzi, é Liuzzi, é Liuzzi, é Liuzzi". Enfim, parou. Mas, em seguida, completou: "É Liuzzi". Esta última serviu para dar ênfase.
Câmera on-board do Kimi Raikkonen, com aquele gráfico ao lado, que Galvão adora: "Cai o giro quando ele tira a aceleração!". Nossa... Essa foi uma lição de vida.
Uma coisa que eu venho notando é que o narrador está tendo dificuldades para acertar o nome do novato. Robinho ele não errava, mas o tal do Lewis... Cada hora sai uma coisa. Tem vez que sai Liu Hamilton, teve uma outra que ele abrasileirou o nome do garoto: "Felipe Massa começa a andar mais rápido que Luis Hamilton". É, tá difícil.
Ralf Schumacher quase estacionou, abrindo para Hamilton e Massa, no entanto o locutor inventa uma quebra, e começa a falar sobre o fim de semana desastroso do alemão: "Vai praticamente parando, o Ralf Schumacher. Vai praticamente parando. Já andou mal nos treinos...". Já narrou mal nos treinos...
E aquela parte: "No S do Senna não deu pra ele passar". Em Mônaco? "Onde eu disse S do Senna, entenda S da piscina", corrigiu dois anos depois.
Galvão tentando ser engraçado quando o Webber parou nos boxes sem condições de voltar à pista: "Primeira e longa parada". Daí ele solta aquela risadinha sarcástica como se todos estivessem achando graça. Pobre Galvão...
"Quem tá prontinha pro pit stop é a BMW. E como o Rosberg já parou, dessa vez vem o Heidfeld". Tá, o Heidfeld foi, mas deixemos claro que o Rosberg não tem nada a ver com isso.
"Diga lá, Carlos Gil!" Daí o Burti começa a falar e diz seu nome para acordar o narrador. "Oh, perdão, Burti, diga lá".
A corrida tava tão chata que ele começou a narrar futebol. Um objeto não identificado atrapalha a parada do David Coulthard e o mêcanico dá um bico no troço. "Chutá lá, mecânico! O mecânico é bom de bola, é canhoto". Essa observação não podia faltar.
Reginaldo falava de um brasileiro chamado Sataler. Galvão: "É o quê?". Ele repete o nome Sataler. De novo Galvão: "Tem um nome bem brasileiro...". Sei, e Bueno é o quê?
Não gosto de quebrar protocolos, mas, se me premitem, vou reproduzir uma frase do Burti: "O engenheiro analisando a pressão do pneu dianteiro traseiro, viu que tava furado". Dianteiro traseiro? Você já ouviu falar em pneu coringa?
A batida do Sutil no primeiro setor foi motivo de gozação. Estas palavras dispensam comentários: "Ele parou ali, pode fazer o seguinte: vai pro café, toma um café, joga umas fichas no cassino e depois vai pro hotel". Eu admito, ri. Nessa eu tive que rir.
Rubinho parou numa volta, na outra entra uma Honda nos boxes. O locutor se assusta: "E o Rubinho parou de novo!". Era o Button.
Pra fechar a conta, Hamilton cruza a linha de chegada em segundo: "Lius Hamilton!". Quase! Quase que ele acerta dessa vez! Tá melhorando, hein... Acho que seria melhor a gente apelar pro blog do Carlos Gil e recomendar uma fonoaudióloga pra ele. Que tal? É o jeito. Nós conhecemos a nossa força, agora a gente manda e a Globo obedece.

Momentos de Mônaco

Estes são as duas esquisitices que ocorreram na segunda parte da classificação. Talvez, as melhores cenas do fim de semana.
Difícil é achar um vídeo sobre algo interessante durante a corrida.

Devagar e sempre

A charge deste GP é mais fácil de entender que a do outro. Em compensação não tem muita graça, mas ainda estou aprendendo...

domingo, 27 de maio de 2007

Corrida sonífera

O treino de classificação mais emocionante do ano, até então, e a corrida mais chata de todas as realizadas na temporada. Assim foi o GP de Mônaco, uma outra disputa encerrada na primeira curva. Fernando Alonso só perdeu a liderança durante a dança dos pit stops, Lewis Hamilton e Felipe Massa também não trocaram de posições e terminaram em 2º e 3º, respectivamente. A McLaren sobrou na frente, como já se esperava.
Fisichella foi outro que repetiu seu posto no grid de largada. Saiu em quarto, terminou em quarto. A dupla da BMW veio na sequência, seguido por Wurz e Raikkonen, favorecidos com a parada única nos boxes. Os pilotos da Honda não obtiveram sucesso com a estratégia, e cruzaram a linha de chegada em 10º e 11º, mais uma vez com Rubinho à frente de Button. Em nono, a Toro Rosso do americano Scott Speed, que viu seu companheiro bater na curva Massenet logo no início da prova. Neste mesmo ponto, o alemão Adrian Sutil errou e também abandonou. Outro que ficou pelo caminho foi o australiano Mark Webber, com problemas no câmbio.
O resultado da corrida foi surpreendentemente previsível. Em Mônaco, isso é raro. O que se espera é o inesperado. Uma corrida em Monte Carlo é tida como absurda não só por causa do desacordo com o nível tecnológico dos carros, como também pelas cenas inusitadas e desfechos imprevisíveis que costumam ocorrer no Principado. Esta é a motivação deste fim de semana para os espectadores, mas este ano foi decepcionante. O campeonato precisa de um Grande Prêmio que faça bagunça, que misture o grid, que apele para a sorte e realize um espetáculo de excentricidades. Um, um GP que seja, ao menos um. Cria-se toda essa expectatitiva a cada corrida em Monte Carlo, pena que nem sempre ela possa ser correspondida. Desta vez não foi, fica para a próxima, ou a outra próxima, ou a próxima da próxima da próxima.

Enquete F-1

A primeira enquete do blog chegou ao fim. Após 56 votos durante uma semana, temos este resultado:
Qual o melhor veterano da Fórmula 1?
Rubens Barrichello - 51,79%
David Coulthard - 28,57%
Giancarlo Fisichella - 10,71%
JarnoTrulli - 7,14%
Ralf Schumacher - 1,79%
Eu já imaginava que os dois primeiros seriam Rubinho e Coulthard, também era esperada essa derrota do Ralf. Apenas acredito que o Trulli não recebe o reconhecimento merecido, particularmente não vejo nenhuma possibilidade de ser inferior ao Fisichella. Mas é briga antiga, essa dos italianos, há uma certa rivalidade entre os dois.
Bem, o Coulthard saiu na frente nos primeiros dias e logo depois, Rubens passou a frente e venceu. A enquete.
Uma nova pergunta já foi ao ar. Ficará disponível, no mínimo, durante uma semana. Provavelmente, será até o próximo GP, daqui a 15 dias. Vote lá!

Privativo da Ferrari

Esta é a briga interna da Ferrari para substituir Schumacher. Dois fortes candidatos imitando o alemão excelentemente bem.
Palmas para eles!
Mas vale lembrar que o Raikkonen abriu caminho para o Massa e fechou o Hamilton. Deve fazer isso algumas outras vezes neste ano. Esteja preparado, Kimi.

sábado, 26 de maio de 2007

Como será que funciona?

A regra de penalidade em treino classificatório é extremamente confusa. Quando acontece, ninguém sabe, ao certo, onde o piloto punido irá larga. Desta vez, a complicação ocorreu com David Coulthard, da Red Bull.
O piloto havia bloqueado a passagem de Heikki Kovalainen durante a segunda parte da sessão, impedindo o finlandês de conseguir um tempo bom. A entidade fez o seguinte comunicado:
"A penalidade foi imposta durante a classificação, tanto que o piloto não participou da terceira classificação e perderá duas posições da mostrada na tabela oficial (11° lugar)".
Portanto, que seja retificada a tabela do post anterior:

Em cada site aparecia um resultado, o Coulthard ocupava várias posições diferentes, além de outros pilotos, é claro. No final das contas, sai em 13º, e nessa brincadeira toda, Kimi larga em 16º. Afinal, como funciona essa regra? Será que o Mosley saberia explicar? É incrível como faz-se uma bagunça enorme quando alguém é punido. Provavelmente, cada caso deve ser analisado isoladamente: se acontecer isso, ele perde a melhor volta; se for aquilo, perde tantas posições; caso seja assim, cai para último; caso seja assado, ganha todas as posições; e por aí segue a confusão.

Enfim, será que há explicação racional para isso ou os comissários decidem no palitinho?

Coloração duvidosa

Unindo o inútil ao desagradável, o melhor piloto da Honda pretende correr com um capacete horroroso que muda de cor.
O casco ficará preto até que a temperatura supere a faixa dos 300K, ou seja, 27ºC. Daí pra cima, voltam as cores originais, que são branco, vermelho e azul. Seria uma forma de a equipe alertar a todos sobre a questão do aquecimento global.
Então, já sabe: vamos cuidar de nosso planeta antes que o capacete do Rubinho mude cor!

McLaren abre sua série

O treino de classificação para o GP de Mônaco marcou a primeira pole position da McLaren nesta temporada, com Alonso em primeiro e Hamilton em segundo. Lewis teve algumas oportunidades de ser o mais rápido da sessão mas a sorte não ajudou. Quando estava em primeiro, um princípio de chuva anunciava o fim do treino, no entanto a pista voltou a secar e a disputa reiniciou. O espanhol Fernando Alonso baixou o tempo, enquanto Hamilton foi atrapalhado por Mark Webber em sua volta lançada, portanto terminou em segundo, garantindo a dobradinha da equipe.
A situação da Ferrari não foi confortável, como já se esperava. Kimi Raikkonen parou estranhamente na curva La Rascasse, de forma semelhante ao incidente ocorrido com o alemão Michael Schumacher no ano passado, o que despertou a atenção dos espectadores por algum momento. No entanto, a cena intrigante foi explicada logo em seguida: as imagens recuperadas mostravam o finlandês passando do ponto e batendo no guard-rail. Com a roda dianteira direita danificada, não foi capaz de contronar a curva. Posteriomente, Felipe Massa se assustaria com a presença do Kimi naquela posição e desviaria para evitar o choque. Ambos os carros estacionaram ali, mostrando que a disputa para substituir Schumacher é muito boa. Raikkonen conseguiu engatar a ré e abrir espaço para Massa, logo depois retornou aos boxes para não mais sair. Larga em 15º. Felipe surpreendeu, seu melhor tempo foi conquistado durante a superpole, ficou 2 décimos atrás de Alonso, 6 centésimos acima do Hamilton, 3º colocado no grid. Superou as expectativas, que não eram das melhores.
Giancarlo Fisichella fecha a segunda fila, comprovando seu talento para guiar em Mônaco e uma melhora do carro previamente anunciada por Flávio Briatore. Mais uma vez, a Williams se destaca nas ruas de Monte Carlo, conquistando o 5º posto com Nico Rosberg. O leão de treinos voltou a andar forte, levando sua Red Bull à 6ª colocação. O grid segue com a dupla da BMW, que enfrenta um problema semelhante ao da Ferrari. Com o longo entre eixos, Heidfeld e Kubica tiveram um desempenho abaixo do normal: fizeram 7º e 8º, respectivamente.
Por conta de uma manobra perigosa envolvendo David Coulthard e Heikki Kovalainen, o escocês sofreu uma punição, caindo para 16º. Com isso, Jenson Button ganhou uma vaga na terceira parte do treino, e nem assim foi capaz de andar melhor que o parceiro Rubens Barrichello. O inglês larga em 10º, enquanto o brasileiro sai em 9º.
A Toyota não andou bem. Jarno Trulli ficou com o 13º tempo, e viu seu companheiro dizer que o italiano está, de fato, melhor neste fim de semana. Ralf fecha a penúltima fila, à frente apenas de Sato_ prejudicado pela equipe, que não o liberou a tempo de abrir sua volta lançada_ e Albers_ que corre sério risco de se despedir da F1 após esta etapa.
Para amanhã, possibilidades de chuva. Se o céu desabar, poucos conseguirão se segurar na pista. As surpresas do treino podem ser ofuscadas pelo que está por vir. A corrida promete, é Mônaco, promete sempre, mais ainda quando debaixo de água, muita água, de preferência, porque o espetáculo se dá pela diferença entre os homens e os meninos.

La Rascasse, o retorno

Uma dica muito bem recomendada pelo blogueiro Fernando Horta.
Vale a pena acompanhar a volta do Schumacher, sobretudo a última parte.
O melhor de tudo foi aquela Renault passando no finzinho. Que ironia!

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Rubens Tartaruga

Um feliz aniversário atrasado, mas não faz mal, eles estão acostumados com atrasos.
Dia 23 de maio foi aniversário de Rubens Barrichello, um piloto que teve de aguentar muitas piadas em sua carreira mas esta foi o cúmulo: na mesma data também é comemorado o Dia Internacional da Tartaruga. Há um ano, o Pânico realizava uma brincadeira sensacional, que se tornou conhecida mundialmente. Inesquecível!
Pois então, feliz aniversário ao Rubinho e às demais tartarugas! Que tenham muita saúde para passar pelas coisas difíceis da vida, se não for pedir demais, é claro.

Boa sorte, vai precisar...

Ralf Schumacher, assim como Rubens Barrichello, declarou que não pretende se aposentar no final da temporada. O motivo é simples:
"Estou tranqüilo e certo de que continuarei na Fórmula 1 em 2008. Eu mostrei que sou competitivo. A experiência conta muito nos dias de hoje".

Ele mostrou que é competitivo? Quando? Onde? Como? Eu perdi alguma coisa? Até onde eu sei, o Ralf não é competitivo nem na enquete ao lado. Trata-se apenas de um piloto mediano, mas se a Toyota optar por não renovar, quem iria contratá-lo? É bom que acerte logo com a equipe japonesa, antes que seja obrigado a se aposentar por razões de desemprego. Seria humilhante.

O rei de Mônaco

O que dizer sobre as reações de Prost e de Ron Dennis?

quinta-feira, 24 de maio de 2007

A revolta de Ron Dennis

Se alguns ainda duvidavam do ódio que o Ron Dennis tinha do Red Bulletin, não duvidam mais. Em Barcelona, o chefão ameaçou expulsar alguns jornalistas de suas dependências por estarem lendo o periódico. Surpreendidos com a repreensão, optaram por adiar a leitura e continuar tomando o luxuoso café a eles servidos. Pianinho.
Ao ser perguntado sobre o seu pensamento em relação às publicações do folhetim, aproveitou a oportunidade para disparar todas as suas críticas de uma só vez.
"As pessoas podem ir e sentar na Red Bull e comer até explodir e aproveitar a hospitalidade deles. Mas não gosto (do Red Bulletin), não gosto do que ele representa, não gosto da qualidade e não gosto do jeito do que tenta fazer graça de gente de todas as equipes e de seus esforços para tentar fazer um bom trabalho. Então acho que é uma resposta bem direta e deixa você sem nenhuma dúvida do que sinto. Não acho que tem lugar em um habitat de GP".

E não parou por aí, não.

"Na minha casa, fazem o que eu quero"_ ainda completou _ "Tenho uma visão simples de que, se as pessoas querem vir e aproveitar a hospitalidade da McLaren, deveriam respeitar o fato de que eu não gosto do que considero ser um documento controverso em nossas dependências".
Quer saber? Eu também não gosto do Ron Dennis, mas não me incomodaria caso alguém viesse à minha casa dar risada das besteiras que ele fala.

Treinos de quinta

O dia da McLaren foi pra lá de mais ou menos. Alonso dominou, mas o destaque foi Lewis Hamilton, desta vez um destaque negativo. Antes mesmo das previsões de corrida que eu publiquei aqui no blog, já havia comentado no blog do Speeder que seria em Mônaco que o novato cometeria seu erro mais relevante até então. Dito e feito: o inglês vinha contornar a curva 1, quando acabou não contornando coisa nenhuma. Quebrou a parte da frente do carro e voltou à pé para os boxes.
Uma previsão já foi, depois vêm as outras. E tem gente que ainda duvida de mim...
A tabela abaixo é do segundo treino livre, menos inútil que o primeiro para fazermos análises:

Kimi Raikkonen disse estar feliz diante da forma como as coisas transcorreram nesta quinta-feira. O finlandês foi andou à frente do Massa nos dois treinos, coisa rara, é bom ir comemorando mesmo, porque não acontece todo dia. O Felipe realmente não mostrou um grande desempenho, mas vale frisar que enfrentou tráfego em boa parte das voltas lançadas, portanto não havia muitas possibilidades de se obter um bom tempo. Terminou em sexto.

A terceira posição ficou com o Hamilton, seguido pelo experiente Jarno Trulli, embora seu também experiente, porém estabanado, companheiro de equipe Ralf Schumacher não tenha conquistado nada melhor do que a 20ª colocação. O alemão errou, bateu e não saiu na foto.

Nico Rosberg levou sua Williams ao 8º posto, Webber e Coulthard vieram em seguida. A Honda até que se arrastou bem: Rubens Barrichello terminou em 11º, uma posição à frente de Jenson Button.

Nick Heidfeld enfrentou problemas e passou longe do polonês Robert Kubica: 14º e 7º, respectivamente.

A Renault, assim como Toyota e Williams, viu seus dois pilotos muito distantes um do outro. Enquanto Fisichella fez o quinto melhor tempo, Heikki Kovalainen foi apenas o 17º.

Amanhã, nada de motor roncando, teremos de esperar o qualifying, que começa às 9h do sábado. Até lá, os pilotos devem sofrer bastante, pois ficarão morrendo de vontade de voltar às pistas. Oh, se ficarão... Não tenha dúvidas.

La Rascasse

Falou na curva, lembrou do quê?
Se fosse há mais de 15 anos, não renderia punição, a FIA sabia ser mais tolerante com determinados recursos dos quais os pilotos se valiam para conquistar seus objetivos. Mas como ocorreu um dia desses, o alemão teve de sofrer as consequências.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Liberado

O bólito da Ferrari vai aparecer mais bonito em Monte Carlo. Isso porque as propagandas de cigarro são permitidas no Principado, ao contrário do que ocorre com os países membros da União Européia.
Portanto, ao invés de olharmos para o maior código de barras do mundo...
Olharemos para o logotipo da Marlboro, com todas as letras, sem mensagens subliminares nem frescuradas do gênero.
Bem melhor assim.

Vítimas do túnel

O túnel é um lugar perigoso. Hoje nem tanto, embora recentemente já tenha dado o que falar.
Estas são as lambanças do Alonso e do Montoya para cima dos irmãos Schumacher, Ralf e Michael, respectivamente.
O espanhol xexelento ia colocar uma volta do Schumaquinho quando resolveu ultrapassar na parte de fora do túnel, onde havia muita sujeira. Errou, bateu e ainda fez um gesto bizarro para completar.
No caso do colombiano, foi apenas mais uma batida em sua carreira, mais uma para cima do Schumacão. O então hexacampeão mundial vinha vencendo absolutamente todas as etapas daquele ano, cogitava-se até mesmo que poderia ser o primeiro da história a subir no lugar mais alto do pódio do início ao fim da temporada, porém Juan Pablo tirava-lhe as chances de fazê-lo, mesmo com o carro de segurança na pista. Coisas do Montoya.

Previsões para Mônaco

Os dias estão ficando apertados novamente, portanto dá-lhe besteirol nos posts.
Como todos sabem, em Mônaco tudo é diferente. Quem andava na frente, anda atrás, quem vinha no fim no grid, acha um lugarzinho mais à frente e por aí vai. Baseado nisso, deixo aqui minhas previsões para a corrida.
O vencedor será Nick Heidfeld, seguido por David Coulthard e Alexander Wurz, cujo companheiro de equipe, Nico Rosberg, não conseguirá completar a prova, por ter sido atingido pelo inglês Lewis Hamilton, cometendo, portanto, seu primeiro grande erro na F1, numa tentativa de ultrapassar o retardatário.
A quarta posição ficará com Rubens Barrichello, resistindo fortemente às investidas do quinto colocado Frank Montagny. Logo atrás vem Ralf Schumacher e Felipe Massa respectivamente e, fechando a zona de pontuação, o holandês Christijan Albers.
Alonso termina em nono.
A pole position será conquistada pelo alemão Michael Schumacher, que assumirá o cockpit do Raikkonen, demitido após a insatisfação do time com as quebras e o mau desempenho. No entanto, o heptacampeão abandonará a prova com problemas no carro, inocentando o Kimi de qualquer culpa, desta vez. O finlandês será readtimido no GP seguinte.
Heikki Kovalainen cruzará a linha de chagada em primeiro mas será desclassificado por ignorar bandeira azul na última volta.
A volta mais rápida será do Safety Car.
Pronto, estão feitas todos as previsões. Mas se alguma delas se concretizar, no mínimo vou ser tachado de 'boca maldita' aqui no blog. Não duvida não que eu acerto, hein. Lembre-se de minhas palavras.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Carros

Um site muito interessante exibe imagens de praticamente todos os carros da Fórmula 1 desde 1950 até o ano de 2003.
Qual seria o mais bonito? E o mais feio? Qual seria a maior de todas as lendas? Para responder perguntas como essas, deve-se primeiro clicar aqui.
Aparece lá que vale a pena. Recomendado está.

Pneu da vez

O GP de Mônaco marca a estréia dos pneus super macios na Fórmula 1. Eles foram testados em Paul Ricard na última semana e apresentaram muita aderência, porém esfarelavam mais.
Kees van de Grint, engenheiro da Bridgestone, deixou bem claro a importância desses compostos no circuito mais travado da temporada.
"Você precisa de muita aderência e as equipes vão correr com o máximo de pressão aerodinâmica. Além disso, a tração traseira é crucial na saída das diversas curvas e esta é uma pista que exigirá muito dos pneus, já que são muito moles. Estamos trabalhando para minimizar o consumo para ajudar as equipes nas estratégias".
No entanto, a meteorologia aponta possibilidades de chuva durante a corrida. O que você prefere: assistir à estréia dos pneus de chuva na temporada ou dos super moles? Particularmente, prefiro que caia água pra ver o circo pegar fogo. Porque em Mônaco, quando chove, quem termina a corrida já saiu no lucro. Aí é que vamos ver se o quarteto fantástico continua dominando mesmo em condições adversas. Duvido.

Ultrapassar é fogo

Se em corrida é difícil ultrapassar, em treino pode ser ainda pior.
Michele Alboreto bem que tentou, mas parece que não deu muito certo.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Rápido como o Hamilton

Adrian Sutil, aquele com o qual a gente vive fazendo trocadilho, deixou a humildade de lado para falar o que não devia.
Antes de mais nada, valorizou sua previsão de que o Hamilton seria um sucesso:
"Todos podem ver o quanto ele é bom. Sabia que ele tinha talento para liderar o campeonato, enquanto ninguém achava que ele tinha chances contra Alonso".
Mas depois veio a declaração bombástica:
"Não tenho nada para invejar de Lewis. Sei que posso ser tão rápido como ele. Um piloto médio pode vencer com um bom carro e, inclusive, ser campeão mundial", disse, afirmando que o equipamento dita 70% da performance do piloto na Fórmula 1.
O alemão até que é bom piloto. Vem andando à frente do companheiro Christijan Albers, mas seu desempenho não impressiona tanto. Das quatro primeiras corridas do ano, bateu em três, sendo o culpado em todas, ao menos na minha opinião.
Mas a questão é que provavelmente não iremos viver para presenciar o dia no qual esses pilotos concluirão que fazer auto-propaganda no grito não dá resultado. Nunca deu.
Também é muita pretenção de sua parte se equiparar ao melhor estreiante da história da categoria.
Adrian, seja mais sutil em suas palavras.

Embutido

No início da semana do GP de Mônaco, o primeiro youtube já vem quente.
Finzinho de prova, Senna e Mansell disputando a vitória curva a curva.
Haja braço, amigo!

domingo, 20 de maio de 2007

Coluna do FM

Eu não sou jornalista e nem curso jornalismo. Antes de fazer este blog, já pensava em escrever colunas nele, mas achava que eu não tinha capacidade. Hoje eu tenho certeza, mas bateu uma vontade de fazer e eu resolvi me arriscar assim mesmo.
Pra dizer a verdade, o Blog F-1 não foi minha primeira página de postagens na web. Apenas a criei por não ter gostado dos modelos de um outro site com especialidade na criação de blogs. Além do mais, ele não permitia a exibição de youtubes, portanto não me sentia satisfeito com isso. Somente depois optei por criar uma conta no blogger e recomeçar.
Pois bem. Agora que me tornei um pseudo-colunista, voltei a acessar a página antiga, modifiquei o layout, fiz alguns ajustes nos templates e o mais importante de tudo: escrevi minha primeira coluna. Talvez, a primeira de poucas, porque tem tudo pra dar errado. Pelo menos eu não sou pago para isso, quando eu quiser parar e só parar e pronto, não vai haver demissão nem rescisão de contrato.
Segue o título com link: Curva da vitória
Não pensei ainda com que frequência devo assassinar o Português, talvez eu escreva todo fim de semana que não tiver corrida, que é mais tranquilo. "Talvez", eu disse "talvez".
Só peço aos críticos que comentem aqui e não lá. O outro blog é reservado apenas para guardar o acervo de colunas, não pretendo postar mais nada lá e nem receber comentários. Se quiser postar nos dois, tudo bem, mas sei que você é bom da cabeça e não vai perder tempo fazendo isso, certo? Fique à vontade para comentar AQUI, mas, por favor, sem xingamentos que eu não sou profissional, não é minha especialidade, ok? Obrigado.

sábado, 19 de maio de 2007

Despotismo

Como se não bastasse ter que aturar a última do Max Mosley, rapidamente aparece o Bernie Ecclestone para mostrar que também sabe ser irritante. Como se alguém ainda duvidasse.
O chefão autoritário voltou suas garras para o GP da Austrália e disparou:
"Se eles (organizadores) não vierem com boas propostas, provavelmente não continuarão no calendário".
Segundo ele, o contrato com Melbourne não será renovado depois de 2010, a menos que aceitem a realização de corridas noturnas no circuito. Ou seja, para a Fórmula 1 continuar frequentando o Albert Park, os GPs deverão ocorrer obrigatoriamente à noite, caso contrário, passar bem.
Já não me surpreenderia se o Bernie espalhasse essa imposição por todas as corridas em território oriental.
Como sempre, as coisas vão de mal a pior. Tudo por dinheiro, eu suponho. Mas ele só pensa nisso, que cara mais chato!

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Maciel pra presidente

Estou pensando seriamente em lançar candidatura para o cargo de presidente da FIA. Já que o Max não dá conta do recado, temos que nos organizar para dar um golpe, antes que ele aprove as seguinte regras para o mundial de 2011.
"Estamos em negociação com os grandes Construtores para que, no futuro, as pesquisas e desenvolvimentos alcançados na F-1 sejam mais relevantes para a indústria automotiva. Queremos que as novas tecnologias voltadas para a preservação do meio ambiente sejam nossa prioridade", afirmou Mosley.
Até aí tudo bem. No entanto, as mudanças previstas envolvem a utilização de motores V6 turbocomprimidos, de 2.2 litros, alimentados por biocombustível e que geram cerca de 770 cavalos de potência. Espera-se uma limitação de giros na faixa de 10 mil rpm, sendo que a resistência dos propulsores sejam suficientes para cinco fins de semana seguidos de GP. Também são previstas o uso do controle de tração, tração nas quatro rodas e um “power boost” de 13s por volta.
Minha proposta é a basicamente a seguinte: pegue o parágrafo acima e inverta tudo. Pronto, agora você escolhe quem é o melhor candidato.
E nem adianta olhar desse jeito. Cara feia pra mim é de quem tem fome ou de quem perdeu as eleições.
É inacreditável ver tanta mudança ruim desse jeito! Motor com 10 mil rpm? Praticamente metade do que era há poucos anos atrás. Propulsor para cinco corridas? Cinco?! Cinco!?!?! E os V6? Se continuar assim, vai chegar um tempo em que teremos motores V zero. Os pilotos vão empurrando o carro do início ao fim da corrida.
As idéias dos biocombustíveis, na verdade, são importantes e necessárias. Mas já que querem preservar o meio ambiente, por que não começam acabando com a poluição visual? Vamos tirar aquelas parafernálias aerodinâmicas que valorizam mais o trabalho do engenheiro que o do piloto. E, é claro, abolir o controle de tração, isso não precisa nem discutir.
A FIA insiste em baixar a potência sem comprometer a parte aerodinâmica. Deveria ser o contrário, assim a dirigibilidade se tornaria bem mais complexa, dificultando para os pilotos ao invés de facilitar. Os carros atuais são fáceis de pilotar, se ficar ainda mais fácil eu esqueço a candidatura para presidente e inicio a carreira de piloto de F1 sem passar pelas categorias de base. Eu e o resto do mundo.
Ah, tração nas quatro rodas pra quê? Foi o Kovalainen que pediu, ou teria sido o Alonso?

E nem leiam também

Depois do post "Não assitam", uma outra postagem inútil. É o que a gente faz quando não tem muito tempo pra publicar coisas relevantes.
Vi o vídeo no blog do Rodrigo Lara e resolvi exibir aqui, juntamente com o texto sobre a impressionante trajetória de Rubens Barrichello. A enciclopédia mais confiável da internet conta todos os detalhes de sua cômica carreira aqui.
E agora o youtube exaltado:
Pobre Rubinho. É só um brasileirinho contra esse mundão todo.

O novo circuito novo

Diretamente do blog do Fábio Seixas, uma atualização sobre o que ocorre lá em Cingapura.
Como se não bastasse ser uma corrida num local sem nenhuma tradição na F-1, ainda temos que assistir a uma confusão que andam fazendo antes mesmo que se realize o primeiro GP. O traçado do circuito era pra ser de um jeito, agora já está de outro. E não foram poucas as alterações do percurso:
Recuperei esta frase que eu usei no primeiro post sobre Cingapura, publicado há um mês. Fica bem claro a decepção que estou tendo quanto à retirada de uma parte específica da pista:
"O mais intrigante é aquela rotatória ali em cima. Vai ser uma girada de volante muito brusca da esquerda para direita. Alguma coisa deve acontecer por lá, principalmente com os carros mal equilibrados".
Além de toda essa complicação, há aquela história de se fazer corridas noturnas, algo que está dando o que falar. Os malaios estão mexendo os pausinhos para realizarem provas à noite antes mesmo dos cingapurianos.
"O novo contrato será assinado até o fim do mês. E haverá uma cláusula exigindo que nos preparemos para um GP à noite", afirmou o chefão de Sepang".
Só faltava essa: briga de idiotas. Daqui a pouco todos entrarão em guerra por causa da primeira corrida noturna da F-1. Particularmente, sou contra. Seja em Cingapura, seja na Malásia, seja no Brasil, em Marte, não importa, sou contra, não gosto da idéia. E nem haveria razão para ser a favor, já que isso é fruto do eurocentrismo que cerca a categoria.
Mais cedo ou mais tarde vai acontecer, é inevitável. Provavelmente, se a corrida for à noite, os treinos também serão. Uma coisa que me intriga são esses novos horários, que podem dar um nó na cabeça de muita gente. Não acredito que seja fácil logo de início, pois os compromissos durante o fim de semana serão realizados em momentos totalmente diferentes do habitual.
Estranho... mas eles se viram. Eu acho.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Difícil transição

I need some help. O google Analytics mudou. Na minha opinião, pra pior. Agora o gerenciamento ficou mais complexo, tem mais isso, mais aquilo e coisa e tal. Até o final deste mês, podemos acessar tanto o formato antigo quanto o novo, mas depois a nova versão entrará em vigor definitivamente.
Como eu sei que alguns blogueiros utilizam esses relatórios, deixo o pedido de ajuda, pois não estou entendendo muito bem como funciona. Na verdade, até poderia entrar em contato com o Google e pedir explicações mas acho melhor conversar com o pessoal que eu conheço aqui, deve ser mais fácil.
Olha só a confusão: até às 20h45min do dia de hoje, o antigo sistema exibia uma contagem de 2082 visitas. O novo indica dois valores, que são 1951 e 2706.
Resultado: estou mais perdido que cego em tiroteiro. Falta tempo e paciência para descobrir como isso funciona. Se souber dizer, utilize os comentários do post ou meu e-mail ou então espere até quando eu puder aparecer no msn... sei lá, o que achar melhor. Agradeço pela compreensão de minha ignorância.

Não assistam

É sério, não assitam. Primeiro porque tem pouco a ver com Fórmula 1; além disso, vai tomar seu precioso tempo com um monte de bobagens. Recomendo que vá ler Os Lusíadas ou algo mais acessível, como o capítulo X do livro do Ron Groo, por exemplo.
Este youtube não vai te acrescentar nada de bom, a música de fundo é de baixo nível, o vídeo agride moralmente determinadas personalidades... enfim, é só porcaria.
Se eu aconselhasse mesmo que vissem esse tipo de coisa, teria postado diretamente aqui no blog, ao invés de deixar somente o link.
Bem, depois não diga que eu não avisei. Sim, porque eu avisei, eu avisei, hein.
Vivemos num país democrático, todos têm direito de fazer suas escolhas. Se você optou por perder seu tempo vendo tal mediocridade, aproveite e comente, afinal, depois dessa não é possível que não tenha nada a dizer, né?

Palavras que ferem

Que o Ron Dennis é um mala todo mundo sabe, mas desta vez ele perdeu a noção e passou dos limites.

Ele tem todo o direito de criticar o nível dos pilotos das categorias de base, sobretudo a GP2, que, teoricamente, dá acesso direto à Fórmula 1.

"Não vejo nenhum piloto com condições e nem talento para merecer ir para a F-1".

Ainda podemos suportar uma crítica direta aos melhores competidores que tem lá.

"Não vejo muitos talentos em circulação, a categoria este ano não é particularmente competitiva, provavelmente Senna e Glock repartirão as vitórias das corridas, mas isso não significa muito.

Mas falta de respeito é inadmissível!

"As pessoas deveriam ser medidas por seus próprios resultados e não pelo nome de sua família".

Essa declaração é completamente absurda! O Bruno cada vez mais mostra o potencial que possui, não está onde está e nem chegará onde chagará só por causa do sobrenome. Esperava ouvir isso de algumas pessoas leigas, que mal sabem o que é Fórmula 1, mas o Ron Dennis me surpreendeu. Provavelmente desconhece a trajetória de sua carreira e a curva de evolução de um piloto promissor como o Bruno Senna, é a única explicação que consigo dar para essa afirmação totalmente repugnante. É lamentável saber disso, chega a ser revoltante. O brasileiro pode não estar preparado agora, mas é uma das grandes promessas do automobilismo mundial. Apesar de a morte do tio ter deixado uma lacuna em seu percurso profissional, ele vem mostrando uma recuperação surpreendente, digna de aplausos, não de críticas desrespeitosas como essa.
Alguém mais se habilita a soltar os bichos pra cima dele?

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Só pra constar

Acabou, é passado, nada do que dissermos pode mudar o fato, assim como nada do que dissemos foi capaz de fazê-lo. De qualquer forma, é bom saber de toda a verdade, seja antes ou depois do ocorrido.
A interrupção do GP da Espanha foi uma infelicidade pela qual a Rede Globo não estava disposta a passar. Na verdade, a emissora fez o possível para atrasar a missa, porém não foi bem-sucedida, uma vez que a cúpula do papa recusou a proposta. Além disso, a FIA não permite a transmissão da corrida em canal fechado, portanto seria impossível cogitar a possibilidade de repassar os direitos para o Sportv, seja qual for a circunstância. O compromisso também a obriga a exibir algum trecho da corrida ao vivo e a prova na íntegra, mesmo que seja após o término do GP, como foi neste caso.
Ao contrário do que se imaginava, a audiência caiu após o corte na transmissão. De 16,2 pontos desceu para 15. É inegável que deve-se a isso o fato de a cobertura da missa não ter sido exclusividade da TV Globo.
Diante de tais questões, nota-se que não fomos os únicos prejudicados neste domingo, embora ninguém tenha perdido tanto quanto nós.

Esporro

O melhor alemão da F-1 atual mostrou-se irritado com a equipe devido ao problema enfrentado durante sua parada de boxes.
O pior de toda essa situação foi ter que voltar à pista, já que os mecânicos não se agitaram quando Heidfeld freou ainda no pit lane, onde ficou esperando, em vão, por alguma reação da equipe.
"Não tenho idéia por que ninguém veio me ajudar"_desabafou, e ainda completou_"Precisamos conversar, isso nunca mais deve acontecer".
É, parece que o clima pesou, mas não era pra menos. A lambança exigia certas consequências.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Eddie, Eddie...

Mais um post rápido, porque o tempo tá curto, sobre mais uma declaração inusitada, porque esses pilotos adoram aparecer.
O irlandês Eddie Irvine, aquele que pilota menos que o Rubinho, fez um elogio ao Lewis pra lá de polêmico:
"Não há nada para criticar. Eu o acho mais completo do que Schumacher, que não corria bem sob pressão".
Xiiiiii...

Da boca pra fora

Fernando Alonso sobre a disputa pelo título:
"Se eu quero ser campeão, tenho que superar todos os concorrentes. Lewis é tão perigoso quanto Raikkonen e Massa, mas não penso que ele é o principal concorrente, pois é meu companheiro de equipe e nós temos que se ajudar".
Hein?

Ih, bateu!

No instante do choque me assutei. Senti a vitória caindo no colo do Hamilton. Achei que ambos iriam para os boxes fazer alguns reparos para voltar à pista e tentar se recuperar num circuito em que ninguém passa ninguém. Quando o Massa apontou na reta dos boxes veio o alívio.
Em nenhum momento passou pela minha cabeça que o toque seria tão polêmico, minha preocupação não era com a repercussão da disputa e sim com o andamento da corrida. Só após o encerramento do GP que vieram as discussões. Agora tem gente dando pitaco aqui, tem piloto reclamando ali...
Mas as únicas palavras que realmente chamaram a minha atenção foram as do diretor da Mercedes-Benz, Norbert Haug. Não foi o choque que o irritou. A indireta revela qual o seu verdadeiro descontentamento:
"É claro que o incidente não nos ajudou, mas foi uma manobra limpa e corajosa. Este é o preço que você paga por largar da segunda posição".
Quanto a minha opinião? Bem, pare o vídeo no exato momento do toque, tanto com a câmera da pista quanto com a câmera on-board. Não há dúvidas. Um espremeu até onde não podia e o outro subiu na zebra até onde pôde. Quem chora agora foi não é homem para assumir o risco escolheu para si.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Vai que é tua, Galvão!

Não sei se deveria dizer felizmente ou infelizmente, mas o fato é que Galvão Bueno não narrou o último GP antes da Espanha. Por isso, só agora o tópico está de volta.
Comecemos malhando o cara pelo treino, então. Desta vez, ele começou cedo: "Bem, amigo da Rede Globo, falamos...". Ué, parou por quê? Por que parou? Daí ele recomeça: "Bem, amigos da Rede Globo, falamos direto do circuito de Montmeló...".
Depois deste aquecimento, ele foi além. Carlos Gil estava falando, e falando, e falando, quando foi interrompido: "Depois a gente faz contato com o Carlos Gil". Essa foi sacanagem! Fez o repórter começar a falar tudo de novo.
Narrava de forma extremamente empolgante exaltando o pequeno feito do Hamilton, e logo depois muda a voz para o tom de decepção: "O Hamilton fez a melhor parcial do dia!!!" _ daí o tempo é batido _ "Mas o Raikkonen acabou de baixar...". Ahhhh, que peninha!
Enquanto passava a imagem da câmera on-board do Alonso na reta principal, chegando à primeira curva, Galvão manda essa: "Olha a tranquilidade que o Alonso tem pra guiar o carro, olha a tranquilidade! Mas teve que dar uma consertadinha ali".
No início do qualifying, ele dizia que não acreditava nessa coisa de esconder o jogo na F1, argumentou pra todos os lados que a Ferrari não vinha bem nos treinos livres e que a McLaren estava melhor, falou tudo que o tinha direito. Perguntou para Burti e para Reginaldo o que eles achavam e ambos discordaram. Como todos sabem, a Ferrari fez a pole.
Na corrida, até que ele estava mais espertinho. Cometeu alguns atos falhos mas soube se corrigir prontamente. Falou que o Massa teve problemas no Bahrein, e não demorou para dizer que foi na Malásia. Em outro momento, quando o Kimi já havia abandonado e o Massa já fizera sua parada de boxes relativamente desastrosa, Galvão errou e também fez a correção rapidamente: "Eles colocaram aquela substância ali, que absorve qualquer tipo de óleo e têm a preocupação de tirar para não haver problemas quando o Raikkonen vier para os boxes. Ah, perdão, o Felipe Massa".
Falando em abandono, quando o finlandês trazia o carro para os boxes, o locutor global se animava tentando descobrir qual teria sido o problema. Arriscou no câmbio, falou que a equipe acabaria dizendo se tratar de problema hidráulico, por causa disso, disso, e daquilo. Aquele papo de sempre. Eis que Carlos Gil vem com a notícia: pane elétrica. Todo aquele discurso pra nada.
Sobre a regras dos pneus: "Pneus são fornecidos por uma fábrica só. Tem o A, o B, e o C". Eu podia jurar que também tinha o D, mas deixa quieto.
Constrangido devido à interrupção da corrida por causa da missa, ele dizia "... com todo respeito a você...", mas de repente desandou a berrar loucamente: "Somos cada vez mais! Somos cada vez mais! Juntos acompanhando a Fórmula 1!". Eu, hein, me deu medo, isso. Do nada ele se exalta desse jeito, parece que é doido.
Após o retorno da transmissão, vem a narração do resumo desde a largada: "O Felipe Massa largou melhor...". Melhor que quem? Melhor que o Trulli?
Assustado quando o Massa retornava à pista, após sua última parada, resolveu criticar a saída dos boxes: "É o único problema desse circuito de Barcelona, que é muito moderno, que é muito bom...". O único? Tem certeza? Pensa direitinho.
No finzinho da corrida, provavelmente, o áudio e o vídeo estavam em desacordo. A TV não estava mostrando o Felipe ainda, e o gráfico apontava que estávamos a duas voltas do fim. Galvão falava do Massa, narrava o tempo das parcias, e depois de algum tempo: "Passa, Felipe! Faltam duas voltas para o final!". E o gráfico continuava marcando as mesma duas voltas anteriores a essa gritaria toda.
O grande destaque da corrida foi o êxito da campanha "Robinho, não! ". A última vez que Galvão mensionou o nome Robinho foi durante a classificação: "Não fui eu que coloquei esse apelido, não! Foram os pilotos brasileiros. E ele gosta. Mas tem gente que prefere pensar bobagem!". Gostaria de parabenizar a todos que participaram do nosso vitorioso movimento. Conseguimos irritar o locutor e melhorar a narração da F1. Missão cumprida, galera! Mais uma coisa: Quem fala besteira é o protagonista do post.
E, para encerrar, uma pergunta complicada: Quantas vezes o Galvão gritou "Felipe Massa do Brasil!". Hein? Cinco? Só cinco? Dez? Vamos lá! 16? Quem arrisca mais? 22? Fala aí! 50! 50 pro garoto aqui! Quem dá mais?! Quem dá mais?!

O elevador

Todo mundo viu. A Câmera on-board não deixa dúvidas: a nova asa dianteira da McLaren é flexível. Ou será que não?
Quando se imaginava que a inspeção dos comissários fosse determinante para a abolição do novo recurso aerodinâmico, a FIA surpreende com o resultado favorável à McLaren.
"O problema foi investigado e nenhuma ação é necessária", afirmou um porta-voz da entidade.
Com base no vídeo, particularmente não esperava uma decisão como essa.
Tirem suas próprias conclusões, mas vale lembrar que quem fez a pole foi o Massa, quem venceu foi o Massa, quem fez a volta mais rápida foi o Massa... Se há mesmo irregularidade, vai trapacear mal assim lá em Woking, vai!

Manobra perigosa

Primeira charge que eu faço na minha vida. Se alguém achar sem graça, finge que gostou, senão eu desisto do novo tópico logo de cara.
Na verdade, o que eu fiz foi pensar bobagem. O artista se chama Bernardo Bercht, um grande piloto de Photoshop. Obrigado por editar a imagem, Bernardo!

domingo, 13 de maio de 2007

Onde está o segundo piloto?

Amém, Senhor!

Já dizia o Nelson Piquet que as corridas estão sendo decididas na primeira curva. Felipe Massa largou, Alonso colou na traseira, o brasileiro antecipou o movimento do espanhol e apontou no lado dentro, Fernando vem mais forte por fora, faz a tomada da primeira perna um pouco à frente, mas Felipe impõe respeito e não tira o carro. Em outras palavras, peitou o bicampeão bem diante de sua torcida. Resultado: Alonso foi para a brita e voltou à pista na quarta posição. Não houve danos, seguiu na prova até o fim. Ainda na largada, Hamilton passou o Kimi, sem tocar, sem bater, e sem ninguém reparar direito porque os olhos se voltaram para o duelo de Massa e Alonso, Ferrari e McLaren, quase um Schumacher e Hakkinen, como nos velhos tempos.
Felipe foi absoluto. Pole, vitória e volta mais rápida. Parece que aprendeu direitinho com o alemão. Se começar a ganhar tudo, quero ver aparecer um pra dizer que as corridas estão chatas e previsíveis, como faziam há poucos anos. Raikkonen teve problemas e abandonou. É o primeiro que o Massa deixou para trás na classificação do campeonato. Hamilton terminou em segundo e Alonso em terceiro. A classificação ficou assim:
Hamilton: 30pts; Alonso: 28; Massa: 27; Raikkonen: 22
O novato é um perigo! Vamos esperar pra ver o que o frenesi da imprensa inglesa.
A nova chicane já deu resultado... na GP2. Na Fórmula 1 não. Tivemos poucas ultrapassagens, a corrida não foi tão quente quanto o primeiro pit stop do Felipe, em que ocorreu um vazamento de combustível, provocando a subida de uma inofensiva labareda. Mas a parada que realmente merece destaque foi a de Nick Heidfeld. O mecânico responsável pelo pneu dianteiro direito se excedeu, agiu mais rápido que deveria, o que deixou a roda frouxa. A mão tinha sido erguida para permitir a retirada do piloto dos boxes, porém ele reconheceu a falha e voltou para corrigir. Enquanto isso, terminava o processo de reabastecimento. Desta forma, o piloto acabou sendo liberado, levando consigo a pistola hidráulica. Para terminar a lambança, soltou a porca no pit lane e, mesmo assim, Heidfeld se foi. Após uma volta lenta, retornou aos boxes. Mais tarde, acabaria abandonando.
Antes da corrida, Rubens Barrichello vinha cheio de ameaças, dizendo que ia partir pra cima, que preparou uma estratégia diferente, que ia pontuar... Bem, se não tivesse enfrentado problemas com o câmbio no finzinho, talvez chegasse lá, mas acabou vendo o Fisichella e o Sato tirando suas chances nas últimas voltas. Aliás, o japonês marcou o primeiro ponto dos carros powered by Honda neste ano. Terminou em oitavo, um excelente resultado, indiscutivelmente.
Depois de Massa, Hamilton e Alonso, vem Kubica, finalmente aparecendo nas primeiras posições; Coulthard, que conseguiu, pela primeira vez na temporada, terminar uma prova, e com um resultado merecido, diga-se; Rosberg, levando sua Williams aos pontos novamente; e Kovalainen, andando à frente de seu companheiro neste fim de semana; além, é claro, do já mensionado Takuma Sato, que ficou uma volta atrás do líder.
O Button se chocou com Barrichello, quebrando sua asa dianteira e prejudicando toda a sua corrida. Mais uma vez, terminou atrás do Rubens, e ainda assumiu o erro pelo incidente. Neste ano, a situação se inverteu entre os dois. O brasileiro anda constantemente à frente do team-mate, mas ainda não pontuou.
Na festa do pódio, Felipe estava extremamente empolgado. Inclusive, seria líder do mundial caso a clássica contagem dos pontos estivesse em vigor. Foi bonito ver um piloto cantando o hino, coisa rara na F1. Hamilton também estava feliz, afinal lidera sozinho o campeonato neste momento. E a cara do Alonsito? Impagável! Na pré-temporada, muitos diziam que a força do espanhol estava no duelo interno da Ferrari, mas ao que tudo indica, a disputa entre os pilotos da McLaren é que pode favorecer o Massa. Três poles seguidas, duas vitórias consecutivas e um campeonato inteiro pela frente. Agora, todos o respeitam. O Alonso que o diga.

sábado, 12 de maio de 2007

Mil

Foi no dia 5 deste mês que abri um relatório no Google para gerenciar o BlogF-1. Exatamente uma semana depois, ou seja, no dia 12 de maio, os números apontam que já rompemos a barreira das 1000 visitas, com mais de 1400 exibições de página.
É certo que muitos chegam aqui por engano, porém as estatísticas mostram que a maioria, 61,44%, corresponde aos visitantes de retorno, enquanto 38,56% diz respeito a visitas novas.
Agradeço a todos que contribuíram para esta marca, sobretudo aqueles que voltam com frequência, pois são os verdadeiros responsáveis pela motivação que me mantém atualizando a página para falarmos sobre um dos melhores assuntos já inventado pelo homem: automobilismo.
Obrigado a todos, pessoal!

Bruno Senna vence!

Numa corrida marcada por toques e confusões, o sobrinho do Ayrton mostrou que seu valor não se restringe ao sobrenome. Bruno largou em sexto e conquistou uma bela vitória na primeira corrida realizada no novo traçado de Barcelona.
Diante dos diversos choques ocorridos neste sábado, inclusive um que envolvia os brasileiros Pizzonia e Negrão, a entrada do Safety Car mudou o resultado da corrida, supervalorizando a dança dos pit stops.
Senna antecipou sua parada, ao contrário do alemão Timo Glock, até então líder da prova. No final, o brasileiro teve braço para lidar com os pneus gastos, enquanto via seu adversário voltar à pista usando compostos novos. A diferença caía de forma assustadora mas Bruno resisitiu até o fim, passando na linha de chegada com uma folga de 5 segundos para o adversário.
Lucas di Grassi completou o pódio num dia bastante agradável para o automobilismo brasileiro.
Sob a óptica do vencedor: "Não estou nem acreditando. Meu projeto sempre foi ficar entre os dez neste primeiro ano. Depois da tomada da sexta-feira, eu achava que poderia brigar por um lugar no pódio, mas ganhar foi acima de qualquer expectativa".
Se alguém ainda duvidava do potencial do Bruno Senna, esta é a hora de se adequar à realidade. O garoto não é fraco, não!

Uma máquina de fazer poles

E o Massa faturou mais uma! Dos quatro treinos de classificação desta temporada, Felipe fez a pole nas três últimas oportunidades.
Quando o Alonso surpreendeu andando 4 décimos mais rápido que o segundo colocado, imaginava-se que a briga pela primeira posição já estava encerrada. Porém, o brasileiro investiu em sua última volta, baixando a marca do espanhol, que, por sua vez, fecharia mais tarde sua melhor passagem a 3 centésimos do tempo do Felipe. A disputa foi apertada, decidida no braço, do jeitinho que a gente gosta. A corrida promete ser ainda mais.
Kimi Raikkonen aprovou as modificações no carro, acreditando que elas favoreceriam seu estilo de pilotagem. Na prática, continua levando tempo do companheiro. Vai largar em 3º, logo à frente do novato Lewis Hamilton, que andou meio apagado neste treino. Membros da equipe já assumiram estar se dedicando mais ao Alonso, já que o espanhol corre em casa.
O polonês Robert Kubica enfim conseguiu se classificar melhor que o parceiro Nick Heidfeld. Largarão na 5ª e 7ª posições, respectivamente. O piloto da Toyota Jarno Trulli ficou entre a dupla da BMW. Curiosamente, todas as vezes que a TV mostrou o italiano no terceiro setor, ficava evidente a diferença de traçado adotado pelo piloto, a menos que ele tenha errado justamente quando era focado pela câmera. Trulli entrava na curva que antecede a nova chicane de forma mais agressiva, chegando bem perto da zebra, e freava mais por dentro para contornar a primeira perna da variante.
Ralf Schumacher ficou longe do Jarno. O alemão obteve uma vergonhosa 17ª colocação. Outro que decepcionou foi o tal australiano bom de treinos. Viu o Coulthard fazer o nono melhor tempo mas não conseguiu nada melhor que o 19º posto do grid.
A Honda continua se arrastando. O Rubinho fez novamente aquele tradicional mistério na primeira parte do treino. Estava em 16º, caiu, fez o Galvão se desesperar, quase não conseguiu abrir mais uma volta... Finalmente, chegou à segunda parte e ainda terminou em 12º, duas posições à frente do Button. Entre eles, aparece o japonês Takuma Sato, com um carro à altura. Anthony Davidson matou a inveja que tinha do Kovalainen e foi passear na grama. Duas vezes. Falando nele, o finlandês finalmente obteve uma marca superior à do Fisichella. A dupla da Renault larga amanhã da 8ª e da 10ª posição.
Mas o que foi aquilo no finzinho do treino? O Galvão criticando os críticos do "Robinho da F1"... Lamentável. Ele não consegue deixar de ser chato. Me aguarde no post "Vai que é tua, Galvão!", dessa vez ele não escapa.

Marmelada

Você se lembra do que aconteceu há exatos 5 anos, não? Lembra não? Lembra sim? Lembra sim!

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Penitência

Antes de mais nada, gostaria de dizer que este post não foi criado com a intenção de fazer críticas à Igreja, aos fundamentos da religião, aos gastos do Vaticano ou ao passado do papa, até porque muitos blogueiros já o fizeram. Dirijo-me diretamente à instituição da Rede Globo.
Todos já devem estar cientes que a corrida no domingo será transmitida entre 9h e 10h, devido ao corte na programação em virtude de mais uma missa da santidade papal.
Ora, o principal objetivo da vinda do pontífice ao Brasil era a canonização do Frei Galvão, um fato consumado. Diante de todas as missas realizadas pelo Bento XVI, justo a deste dia 13 deveria ser transmitida ao vivo? Até onde eu sei, neste domingo ninguém vai canonizar ninguém. E se este evento é, de fato, de suma importância, que seja transmitida depois da corrida, afinal que diferença faz assistirmos à cerimônia em tempo real ou não?
Essa decisão definitivamente é absurda. A cobertura feita pela Globo já é o suficiente. Eles falam do papa durante os telejornais, aproveitam o comercial para mostrar o Bento indo e o Bento vindo, proferem comentários medíocres, como "aquele rostinho santificado", mostram várias vezes a mesma cena em que o papa acena... Mas interromper o GP da Espanha é o único ato capaz de nos despertar os instintos mais primitivos.
Mas ainda poderia ser pior. Pelo menos não tem Esporte Espetacular neste domingo. Desta vez, seria insuportável aguentar aquela musiquinha:
Papa-papa papa pá
Papa-papa papa pá
Papa pá
Papa-papa pá...

Na mira de Christian Klien

O piloto de testes da Honda, Christian Klien, está confiante que poderá se tornar titular já na próxima temporada.
Para ser mais preciso, o austríaco almeja ao cargo de Rubens Barrichello, apostando numa não renovação de contrato por parte do brasileiro.
"É uma possibilidade, mas não há nada garantido".
Klien argumenta merecer a promoção.
"Acredito que seria o caminho natural das coisas, ainda mais em uma equipe como a Honda, pois acredito que tenho condições de ser promovido após um ano testando".
Quer dizer que a Honda deixaria de renovar com o Rubinho pra colocar o Klien em seu lugar? Francamente, garoto, recolha-se a sua insignificância!
Acabei me lembrando do Bernoldi, que chegou na mesma equipe há poucos anos dizendo que iria superar o Sato, depois o Button e, finalmente, se tornaria o primeiro piloto. É nisso que dá quando esse pessoal resolve ganhar vaga no grito...

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Correria

A vida está muito corrida, tudo acontece muito rápido. Tudo. Muito. Rápido.
Quem será que acelerou o mundo desse jeito? As coisas acontecem num ritmo frenético, quase não consegui postar isso aqui.
Estou falando sobre o circuito de Valência, que chega à Fórmula 1 em 2008. Primeiro saiu a notícia de que o acordo seria fechado hoje, depois o Bernie aparece dizendo que iria esperar o governador local ser reeleito para só então assinar. No final das contas, foi realizada uma coletiva de imprensa para confirmar a realização do GP a partir do ano que vem.
O contrato é válido por 7 temporada, ou seja, vai até 2014 . O nome ainda é uma dúvida. Pode ser GP do Mediterrâneo ou GP da Europa. A última opção já está manjada, por isso deve ser a escolhida.
Vamos ao traçado:
Não, não é o mesmo da MotoGP. Esse é um circuito de rua, coisa que está se tornando moda ultimamente.
O traçado urbano é diferente, estranho, e até mesmo interessante. Apresenta uma sucessão de curvas com retomadas de aceleração em retas curtas. Se isso é bom ou ruim? Particularmente, considero bom, afinal não haverá controle de tração nos carros a partir do próximo ano, mas se as retas fossem mais longas seria ainda melhor, em termos de ultrapassagem.
Mas bom mesmo é ver a possibilidade de surgir um calendário com 20 provas. Aí sim vai ser a maior correria já vista na F1, bem do jeito que a gente gosta.
Pra ver no que isso vai dar, só mesmo esperando até o próximo ano, mas fiquem tranquilos que não deve demorar. Daqui a pouco, o GP sem nome já estará passando na tela de nossa TV. Vocês sabem, o tempo está voando, anda acelerado num ritmo de Fórmula 1. Por que o dia tinha que ter 24 horas? Que tal 32h? Talvez 38. 45, por que não? Chega de falar, tenho que ir agora. Falem vocês. Fui.
Vrrrrroooom!

A nova chicane

Muitos já sabem mas poucos viram como ficou.
O fato é que mutilaram uma curva de alta do último setor e colocaram uma chicane travada em seu lugar. Confesso que não me lembro muito bem da justificativa para a mudança mas provavelmente é por questões de segurança. Ultrapassagem é que não deve ser. Se alguém passar aí é porque cortou caminho. E cortou com vontade!

Rubinho de novo

Rubens Barrichello deve gostar bastante de ser tema de posts neste blog. O cidadão não pára de inventar motivos para conseguir aparecer por aqui.
Desta vez, o Rubens esteve no programa "Hoje em dia", da TV Record. Disse que presenteou o Massa, em seu último aniversário, com o capacete que havia usado no GP da China, sua corrida de despedida da Ferrari. Também deu uma declaração para aqueles que não entendem nada de Fórmula 1: "Felipe não roubou meu lugar. Depois de seis anos na Ferrari, não consegui mais melhorar. Estamos passando por problemas, mas acredito na Honda".
Agora começam os comentários realmente inusitados.
Primeiro, falou que, de fato, acreditava ter capacidade para aguentar o peso de ser o brasileiro que sucederia o Ayrton após a tragédia em Ímola: "Quis passar uma imagem do tipo: fiquem tranquilos que vou resolver isso".
E depois, tentou se explicar sobre o fato de estar em um torneio de golfe (onde foi realizada a entrevista) enquanto poderia estar testando para sua equipe, que por sinal anda mal das pernas: "Minha 'Hondinha' não está bem, então tenho tempo para jogar".
Agora alguém faça o favor de me dizer se essa frase tem sentido.
A propósito, Rubinho ganhou o tal torneio. Talvez leve algum jeito pra coisa, mas eu não recomendaria que iniciasse uma carreira séria, não. Quando perder iria acabar colocando a culpa no vento, na grama, na bolinha, no morrinho... Prefiro aconselhá-lo a guiar aqueles carrinhos de golfe, que possuem velocidade compatível com o piloto. Só espero que o volante não tenha aquela infinidade de botões pra atrapalhar.