quinta-feira, 31 de julho de 2008

Heikki fica, Alonso dispara

A McLaren confirmou a permanência de Heikki Kovalainen por mais uma temporada.
"Nós recebemos Heikki de braços abertos no início do ano. Ele está sob contrato com a McLaren e continuará correndo pela equipe na temporada 2009", afirmou o chefão Martin Whitmarsh.
O finlandês comentou a renovação: "Desde o começo de minha passagem pela McLaren, tinha a meta de estender essa relação por muitos, muitos anos. Estou bastante feliz. É um time com muito potencial, quero fazer parte dele. Para ser honesto, ficaria feliz se terminasse minha carreira aqui".
"A atmosfera na equipe é fantástica. Muito disso é por causa do Heikki. Então fico feliz por sua permanência e realmente espero que ele fique por aqui durante muito tempo", disse Lewis Hamilton.
O prolongamento do contrato, porém, não rendeu apenas declarações simpáticas e manjadas . O áspero Fernando Alonso reagiu prontamente e soltou o verbo para cima de Kovalainen:
"Se ele continuar fazendo o que pedem para ele, vai ficar na McLaren para sempre. Não me lembro de uma corrida em que ele tenha se classificado com menos combustível que Hamilton".
"Vimos também como ele teve de dar passagem em Hockenheim. Se eu estivesse lá estaria fazendo este papel também. Eu prefiro chegar em quinto ou sexto com a Renault do que ter de chegar em quarto ou quinto pela McLaren".
Quanto à ultrapassagem, já fomos informados de que a decisão de abrir passagem não partiu da equipe mas sim do próprio Heikki, que teve o bom senso de não atrapalhar a vitória do companheiro, nem mesmo perder seu tempo na briga pelas posições intermediárias. Quanto ao resto, parece, de fato, que a McLaren é a única satisfeita com o Kovalainen nesta temporada.
Quem vê de dentro sempre sabe mais do que quem vê de fora, claro. Mas vendo daqui, o rendimento é decepcionante, tendo em vista o potencial que se acredita que ele tem. Que mostre logo o que sabe, pois. É bem melhor do que ter um bicampeão chiando em seu cangote.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

The best

"Foi como fazer um looping num Boeing 747".
A frase do Sir Stewart foi a descrição mais próxima da manobra realizada por Nelson Piquet sobre Ayrton Senna naquele GP da Hungria de 1986, quando a F-1 presenciou a mais incrível ultrapassagem que já se viu.

Pelos cotovelos, Mosley fala

Vencendo todas, Max Mosley soltou o verbo. Falou, falou bastante, falou o que tinha pra falar.
Separando por temas, o primeiro é a reeleição:
"Existem muitas pessoas que, após eu ter recebido o voto de confiança da assembléia da FIA, querem me ver candidato mais uma vez. Mas eu não quero. Para ser honesto, não quero mais ter que ir trabalhar todos os dias. Há muita coisa para se fazer diariamente".
"Muita gente acha que é só colocar um terno. Você pode até agir assim, mas aí não será a pessoa que controla o esporte. Se você quer ter influência, terá que trabalhar, e muito", enfatizou.
Também criticou aqueles que lhe criticaram:
"A verdade é que nenhum adulto se importa com a vida sexual dos outros. Não é nem tema para dicussão. Há 50 anos, se alguém fosse gay, seria um drama, e você poderia até ir preso na Inglaterra por isso. Mas hoje, todos podem fazer o que desejarem em sua vida privada, pois não prejudicam ninguém".
"Quem me critica são aqueles que pensam que o sexo é feito apenas na posição missionária clássica, mas este não é o único jeito. Aqueles que questionam meus casos particulares não têm o direito de fazer isso".
"Foi bom vencer o processo, principalmente para encerrar as bobagens sobre nazismo. Isso acabou, e era o que realmente me importava. O resto da controvérsias não tem nenhum efeito em mim".
Com relação às dificuldades enfrentadas com o escândalo:
"Eu e minha esposa estamos juntos há 50 anos. Obviamente ela não ficou feliz, na verdade ela ficou muito brava. Mas no final das contas, não vamos nos divorciar".
"Fora a história nazista, tudo foi verdade. Foi terrivelmente embaraçoso encarar minha família, imagine se seu pai tivesse feito o que eu fiz".
"Devo admitir que desrespeitei a imagem da F-1 e dos patrocinadores, mas não conheço nenhum dos patrocinadores. Quantos fãs perdemos por minha causa? Duvido que tenha havido algum". Boa...
O presidente da FIA fechou com a seguinte promessa: "Em breve vocês saberão quem me colocou nessa situação".
Para quem está com saudades das aparições públicas deste senhor, basta esperar o Grande Prêmio da Itália, para onde já marcou presença. Sim, ele está de volta.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Fota

Terminaram de vez as baboseiras sobre o futuro da Fórmula 1. O possível rompimento é boato do passado porque as escuderias se reuniram na sede da Ferrari, em Maranello, para formar uma associação que trabalhará junto à FIA e à FOM buscando a formulação do novo Pacto de Concórdia.
Os representantes de todos os times, ao lado de Bernie Ecclestone e Donald McKenzie, da CVC, estiveram na reunião que marcou o surgimento da Fota - Formula One Teams Association.
O comunicado explica: "Todas as equipes se encontraram hoje em Maranello e tiveram uma reunião extremamente construtiva, na presença de Bernie Ecclestone e Donald McKenzie".
"As equipes subseqüentemente concordaram unanimemente que estabelecerão a nova Associação das Equipes da F-1 para trabalhar com a FIA e a FOM para chegar a um acordo sobre as regras e as condições comerciais que serão uma moldura para um forte e dinâmico esporte".
Para quebrar o carácter deste post potencialmente sério, vamos falar de alguém que não liga a mínima para o fato aqui abordado, já que está em fase final de carreira e pode dar de ombros para a associação, embora a foto abaixo não sugira exatamente os ombros.
O exibido que foi parar nas páginas de um jornal inglês se chama David Coulthard, que teve o azar de ser flagrado por um paparazzo no famoso balneário de Saint-Tropez, no momento em que saudava o pessoal do bote ao lado. Notem o detalhe da bandeira brasileira no iate.
Esse escocês é fota mesmo, amigo...

Rádio OnBoard - Edição Pré-Hungria

Está no ar mais uma edição da Rádio OnBoard!
Desta vez, foi o aniversariante Ron Groo quem mostrou seu talento como âncora e apresentou a gravação.
O programa teve início com a informação que ficou pendente na última edição.
Na sequência, nossa pauta:
-Algumas notícias remanescentes do GP anterior
-A posição de Heikki Kovalainen
-A miscelânea dos treinos coletivos em Jerez
-Max Mosley x News of the World
-Expectativa para o GP da Hungria
-Ultrapassagem Piquet x Senna
Como sabem, nosso email é radioonboard@gmail.com. Até a semana que vem, com o programa nº 13, contando tudo o que rolou em Hungaroring.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Dispensando a belezinha

Há dois meses, o campeão Kimi Raikkonen arrematou por € 200 mil um Corvette 74 da atriz Sharon Stone num leilão em Mônaco. E até hoje não teve o prazer de assumir o tal cockpit.
"Eu ainda não recebi o carro. Aliás, nem mesmo sei onde ele está, não sei se tenho de buscar ou se alguém vai me trazer".
Não é intrigante o quanto esse sujeito é alheio a tudo, faz pouco caso das coisas...?
Kimi, porém, explica que seu objetivo era outro: "Não o comprei porque queria o carro, mas, sim, por caridade", afirmou.
Realmente, quem pode, pode. E quem não pode vai de ônibus.
Belo gesto do finlandês, que há poucos dias foi espinafrado por um incidente bobo com uma criança no paddock.
Mas cá entre nós, mal sabe ele que minha garagem anda carente de um Corvette desse...

domingo, 27 de julho de 2008

Dá pra aguentar?

Fernando Alonso resolveu dar uma de Barrichello e dizer que não quer mais parar. Justo ele que há algum tempo afirmou não ter pretensões de alongar a carreira. O espanhol explica por que mudou de idéia.
"Ainda amo esse esporte. Os bons momentos são difíceis de esquecer e não consigo encontrar momentos como os que tenho aqui em outro lugar".
"Comecei com 19 anos na Minardi. Naquela época, achava que passar 19 ou 20 anos em uma categoria seria muito. Não queria perder minha vida na F-1. Agora, mudei de opinião. Estou com 26 anos e penso: 'Por que não ficar por mais 10 ou 11 anos?'".
"Quero voltar a ser bem sucedido no automobilismo e estou pronto para gastar o tempo necessário para obtê-lo de novo".
Coincidência ou não, neste caso ele iria pendurar o capacete com a mesma idade do Schumacher quando este se retirou.
Por outro lado, quem muda de idéia uma vez pode naturalmente mudar de novo.

sábado, 26 de julho de 2008

A primeira de Alonso

Em 2003, a etapa húngara não foi tão entediante como de costume. A prova marcou a fácil primeira vitória de Fernando Alonso, que passou uma volta no então pentacampeão Michael Schumacher, que por sua vez foi ultrapassado pelo irmão Ralf.
A Ferrari viveu um dia ruim, presenciando uma quebra de suspensão de Rubens Barrichello. Mais tarde, a escuderia italiana chegaria ao ponto de culpar o brasileiro, inexplicavelmente. Rubinho acabou ouvindo mais piadinhas. No Brasil, disseram que a explicação para o acidente é que a roda tinha pressa e resolveu ir na frente.
Kimi Raikkonen terminou em segundo, posição que mais ocupou durante todo o ano. El Montoyucho, de Williams, fechou o pódio.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Enquanto isso, em Jerez...

Teve de tudo nos treinos coletivos em Jerez nesta semana. Na terça-feira, o primeiro dia de testes, ocorreu um acidente com um mecânico da equipe BMW, que levou um choque ao tocar no carro de Christian Klien, que avaliava o KERS. O time alemão acabou suspendendo as atividades daquele dia.
As escuderias testaram as mais variadas opções ao longo da semana. Houve quem andasse com a configuração da atual temporada e quem pensasse na próxima. Atendendo ao regulamento vigente, usaram-se pneus sulcados e carga aerodinâmica normal; porém se viu muita preocupação com o regulamento de 2009, pois testaram pneus slicks, carga aerodinâmica reduzida (com uma agradável limpeza da carenagem), além do sistema KERS já citado.
Por isso mesmo não faz muito sentido comparar os tempos de cada dia.
Se por um lado alguns testaram o bólido com menos pressão aerodinâmica para se adequar às exigências do próximo ano, por outro houve quem corresse atrás de novos apêndices em busca de resultados imediatos.
Ferrari, McLaren e Honda chamaram a atenção nesse quesito. O time de Ron Dennis adotou as "orelhas de elefante" semelhantes às da Honda. A equipe de Ross Brawn aderiu à onda do "bico de tubarão" lançado pela Red Bull. E a Ferrari deixou a pose de lado e resolveu seguir as demais. Agora, somente a BMW não apareceu em público com a tampa de motor do Newey.
Orelha de elefante, barbatana de tubarão... O que antes era uma barata está se tornando uma fauna completa.
Todos sabem que têm até o fim do ano para exibir suas alegorias, não por acaso estão sabendo aproveitar. Uma temporada de menor carga aerodinâmica e maior aderência mecânica vem por aí. A coisa vai melhorar...

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Nova vitória de Mosley

A acusação era de invasão de privacidade e danos morais. A Alta Corte de Londres deu ganho de causa a Max Mosley e entendeu que não houve conotação nazista no episódio.
O sensacionalista News of the World terá de pagar uma gorda indenização £ 60 mil (R$ 189 mil) por danos morais mais os custos do processo, algo próximo a £ 1 milhão.
O editor do jornal falou em liberdade de imprensa e fez aquela choradeira toda que era de se esperar. Mas é melhor reparar nas palavras do comunicado do presidente.
Tradução transcrita do site Grande Prêmio:
"Este julgamento revelou a mentira sobre o nazismo que o “News Of The World” vendeu para justificar a intrusão vergonhosa em minha vida pessoal.
Pela lei, temos o direito de ter nossa privacidade respeitada. O “News Of The World” invadiu minha privacidade, criou a manchete mais ofensiva possível e decidiu que eu não deveria ser contatado antes da publicação, para me impedir de recorrer à Corte pela interdição do que estava sendo conduzido contra mim.
Então, a publicação e seus advogados conduziram o caso com a intenção de causar a máxima perturbação possível, esperando que eu ficasse desestimulado em continuar.
Precisei de um julgamento forte para deixar absolutamente claro que o “News Of The World” fez algo errado. Conseguir isso sob os olhos da mídia foi extremamente difícil, mas estou contente em ter conquistado o que devia ser feito.
Espero que meu caso ajude a impedir que os jornais do Reino Unido continuem realizando este tipo de jornalismo invasivo e indecente. Aprendi em primeira mão o quanto devastadora uma invasão de privacidade pode ser, e como jornais como o “News Of The World” continuarão destruindo vidas, tendo o conhecimento de que poucas de suas vítimas os processarão. Quero encorajá-los a mudar isso.
Conforme prometido, os ganhos dos processos serão destinados à Fundação FIA, para a melhoria dos trabalhos de segurança nas estradas. Por fim, gostaria de agradecer todos que me apoiaram neste momento difícil."
Comeu o pão que o diabo amassou e ainda vai ceder o dinheiro à FIA? Cada um faz o que quer com o seu, mas não pense ele que irá ganhar simpatia de alguém por conta disso. Doando ou não, seguirá sendo rejeitado por muitos até o encerramento do mandato, em outubro do ano que vem.

Vídeos do momento

O vídeo da garotinha provocou polêmica e uma chuva de críticas para cima do finlandês. Raikkonen não teve culpa do acidente, mas foi chamado de mau caráter por alguns blogueiros por aí, porque não voltou para ajudar a criança. Não é bem assim, às vezes o povo exagera...
Claro que seria bastante razoável se Kimi retornasse para perguntar se estava tudo bem, quem sabe oferecer um gelinho, falar umas palavras de apoio... Mas parece que ele simplesmente não tem muito jeito para agir nessas circunstâncias.
A mulher do mega-caderno sim... Mais do que bom senso, ela tinha a obrigação de ajudar, e o fez. Até hesitou, mas fez assim que o ferrarista apontou para trás e lhe disse algo.
Para acalmar os ânimos do pessoal, aí está o vídeo do pega entre Rossi e Stoner neste domingo. Ao fim da prova, o italiano da Yamaha ainda beijaria o asfalto do templo de Laguna Seca.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Boataria

Estamos no meio do ano, a fase dos boatos esquenta a cada dia.
Quem era dado como piloto em fim de carreira, agora já não é mais. Segundo o jornal alemão Bild, Kimi Raikkonen renovou com a Ferrari por mais dois anos e de lá não sai até 2011. A gente sabe que o que o Bild escreve não se escreve, mas se a história for verdade, vale o comentário do tricampeão Niki Lauda: "Parece que o espanhol terá de ficar na Renault".
Aparentemente, o Alonso tem três opções para 2009. Ou cumpre o contrato com a Renault, ou se muda para uma Toyota em ascenção, ou aceita a proposta da Honda - se é que ela fez mesmo uma proposta.
De acordo com o Daily Telegraph, a escuderia nipo-britânica ofereceu um cheque em branco para o bicampeão escolher livremente seu salário. Por outro lado, seria assinado um acordo de longo prazo com a equipe.
Elas querem o Alonso, mas também querem comprometimento. E o virtual comprometimento do espanhol com a Ferrari só tem a atrapalhar.

Recuperando a discussão

Mark Webber chiou. O motivo foi o regulamento do safety car, que estava provocando muita discussão, mas com o tempo o assunto começou a silenciar.
O australiano classificou o resultado da corrida como "bizarro" por conta do pódio de Nelsinho Piquet.
"O safety-car fez com que a prova terminasse com um resultado bizarro, e eu acho que esta regra é uma piada. Fiquei feliz por Nelson ter chegado em segundo, devido ao começo de temporada que ele teve, mas a F-1 é mais profissional e melhor do que as regras de bandeira amarela que temos no momento".
"É muito amadorismo ver que o cara que quase venceu a corrida começou em 17º e só ultrapassou um carro, a Williams de Kazuki Nakajima, que ainda por cima rodou. Ninguém gosta do sistema atual, pois os resultados são aleatórios", avaliou.
Na época do antigo regulamento, a entrada do carro de segurança, possivelmente, provocava pódios incomuns. Sempre foi assim e sempre será. O grande problema da regra atual é que ela pode prejudicar a corrida dos pilotos que, por uma infelicidade, precisam parar no momento em que os boxes são fechados, por isso são forçados a pagar penalty caso não queiram sofrer uma pane seca. Isso sem falar no polêmico sinal vermelho.
Independente de qual argumento o Webber for usar, o importante é que não deixem o assunto esfriar. Reclamar do regulamento é necessário para que ele seja modificado. O quanto antes, de preferência, Mr. Mosley...

terça-feira, 22 de julho de 2008

Rádio OnBoard - Edição de Hockenheim-08

Esta é a 11ª edição da Rádio OnBoard, e o tema não poderia ser outro: o Grande Prêmio da Alemanha.
Desta vez, uma edição mais curta. Durante 30 minutos, Ron Groo e eu discutimos a seguinte pauta:
-Duelo McLaren vs Ferrari
-Crítica ao trio Hamilton-Massa-Raikkonen
-Alonso mordido com Piquet no pódio
-Vettel perturbando a vida dos pilotos da Renault
-David Coulthard bateu (acredite se quiser...)
-Polêmica da declaração do Schumacher sobre Massa
Para entrar em contato com nossa desfalcada equipe, radioonboard@gmail.com. Novamente, Aline Rodrigues e Gustavo Coelho não puderam gravar conosco (acredite se quiser).
Até a próxima edição!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Vai que é tua, Galvão!

O grande Galvão começou o fim de semana mostrando que é um dos nossos. Quando o papo era a mutilação do circuito alemão... "Alguém tem que dar um jeito no Tilke que tá tilkilizando tudo!", exclamou. "O Tilke tá dando tilt...". Tá bom, Galvão, mas sem trocadilhos...
Fofocando sobre a amizade de Massa e Schummy: "Hoje de manhã, no motorhome da Ferrari, eu vi o Schumacher falando alguma coisa no pé do ouvido do Felipe e o Felipe ria muito. Não sei o que era, só sei que o Felipe ria muito". Deveria estar contando alguma galvanada da última corrida...
Para não perder o costume de elogiar o polonês: "O Kubica só abandonou na Austrália e na Alemanha...". Mas o GP da Alemanha seria no dia seguinte... "Na Inglaterra, perdão", corrige após a interferência do Reginado. Calminha que tem mais... "Pontuou em sete corridas seguidas, por isso é que ele é segundo colocado no Mundial, dois pontos atrás dos três líderes". Mudaram a matemática, depois do 3 não vem mais o 4, agora vem o 2?
Não, pára, chega de galvanada no sábado...
No domingo, tudo começou com um replay de Alonso dividindo a curva com Jarno Trulli. O espanhol passou com a roda em cima da câmera. "Esse carro foi dentro da sua casa, você viu? Quando o Alonso passou na curva deu impressão que a roda foi parar aí dentro da sua casa". Como se não bastasse o espanhol ter rodado na corrida, agora ele vai ficar dando rodada na minha casa também...
O locutor comentava sobre o treino oficial quando o engenheiro do Rosberg começa a falar. Rádio ligado. "... o Felipe foi mais rápido no segundo setor do treino de ontem, mas o Hamilton botou um semana no Massa no último trecho, vamos ouvir o rádio do Rosberg!". Neste exato momento o rádio desliga.
Não foi a primeira vez que aconteceu essa do rádio e nem será a última. Até porque, poucas voltas depois, aconteceu igualzinho, mas com o Mark Webber. Quanto azar...
Momento anti-propaganda: "Daqui a pouco, no Esporte Espetacular, uma discussão sobre a barriguinha de Ronaldo, o fenômeno. Vocês vão ver por que os jogadores não conseguem manter a forma quando estão de férias! Porque dormem mais, comem mais e correm menos". Mistério resolvido, não precisa mais assistir à matéria...
Galvão falando e - adivinhe - soltam o rádio. "... 33 voltas colocadas, vamos ver o que o engenheiro fala com o Alonso!" Desliga o rádio... Sim, de novo! E olha que dessa vez ele correu tanto para não acontecer novamente que, ao invés de "voltas completadas", saiu "voltas colocadas". Não adiantou nada, puff...
Timo Glock ainda dentro do carro e o fiscal de pista faz sinal de positivo nas imagens recuperadas. Galvão: "Aí a repetição, e o doutor falando 'ele tá bem'". O fiscal tem doutorado??
O narrador global falava em um tom de voz normal, mas de repente... "Olha o Schumacher!!!" Que foi, meu Deus?! "Será que foi ele?!!". Daí começa a cogitar a possibilidade de o alemão ter feito a estratégia de parar os dois pilotos da Ferrari ao mesmo tempo com safety car na pista. Pronto, se a Ferrari ganha a corrida a culpa é do alemão.
Uma Toyota sai da pista diante da câmera on board da Toro Rosso. "E aí alguém espalha ali na frente do Vettel, e não é normal porque foi o Kubica". Tanto não é normal que não foi o Kubica, foi o Trulli.
Fim de corrida, impossível segurar o clima ufanista. "Não foi primeiro e segundo mas dá até pra soltar a vinheta de Brasil!" [Bra-sil-sil-sil]. "Eu sei que você vai gostar, quer ver?" Só quero ver... "Nelsinho em segundo!" [Bra-sil-sil-sil]. "Massa em terceiro!". Ué, cadê? O diretor não soltou a última? O diretor não soltou a última... Gostei muito, bem que ele avisou...
É bom aproveitar porque daqui a duas semanas será a última etapa antes das Olimpíadas. Dificilmente Galvão estará disponível para alguns GPs. E este cara é insubstituível.

domingo, 20 de julho de 2008

Fala, chefia

Flavio Briatore não fez esforço para economizar elogios ao Nelsinho: "Ele teve um pouco de sorte com o safety car, mas depois, pilotou maravilhosamente. É claro que a McLaren era mais rápida e o Hamilton mereceu a vitória. Só que nós também merecemos o pódio, porque o Nelson foi o segundo mais rápido na segunda metade da corrida", comentou.
Sobre a estranha manobra de pit stop, Ron Dennis tentou se explicar: "O safety car ficou na pista por mais tempo do que imaginamos que ficaria, porque o Toyota estava em local perigoso e nós não pensamos no tempo gasto para que fosse removido, apenas pensamos no tempo gasto para se retirar os detritos. Por isso, quando a corrida foi reiniciada, o Lewis não teve tempo de abrir vantagem suficiente, embora nosso ritmo fosse três quartos de segundo mais rápido que qualquer outro carro".
"Não foi algo pensado por nossos estrategistas, nem uma decisão vinda do pit wall, mas sim uma decisão tomada em Woking".
Eita...
Agora é a vez da Honda e sua dupla introsada de dirigentes. Nick Fry praticamente confirmou o que foi dito pelo Ross Brawn, que por sua vez desmentiu as próprias palavras.
"Bem, nada está definido. Há uma possibilidade de caminho, mas nada é definitivo por enquanto. Nós estamos tentando uma solução com os dois pilotos, mas nada foi definido ainda", Brawn, sobre a permanência da dupla de pilotos.
Fry, pelo contrário, disse que "não ficaria surpreso se tivéssemos os mesmos pilotos no ano que vem, porque eles estão fazendo um bom trabalho. Além disso, ainda não fomos capazes de dar a eles os carros que merecem".
Perguntado sobre a hipótese de Fernando Alonso se mudar para a equipe, Fry foi claro: "Eu não acho que seja bom para a equipe contratar alguém por apenas um ano, independentemente de quem seja. É um período muito pequeno para integrar um piloto e conseguir bons resultados. Os dois pilotos que temos este anos estão fazendo um ótimo trabalho".
Algo me diz que a dança das cadeiras desta vez não será tão afetada pelo Alonso como foi na temporada passada. Vide a Red Bull, que já se definiu sem hesitar.

O primeiro pódio de Nelsinho Piquet

Corrida boa, marcada por muitos pegas na pista do começo até o final.
Lewis Hamilton manteve a posição na largada e deixou a briga para os demais. Massa segurou Kovalainen, enquanto Trulli, Kubica, Raikkonen e Alonso se embolavam a cada curva.
O italiano da Toyota fez uma boa primeira perna de corrida, fechando quem vinha atrás. O Alonso bem que tentou passar o piloto osso duro de roer, mas acabou perdendo a posição para o Raikkonen.
Na ponta, Hamilton imprimia o forte ritmo da McLaren e fez sua primeira parada com bastante sobra para o Massa. Retornou atrás do Trulli, que defendeu bem sua posição, mas logo entrou nos boxes. Ainda assim, Lewis se manteve à frente da Ferrari, que parou poucas voltas depois.
Na 36ª passagem o clima esquentou. O safety car foi acionado após a pancada provocada pela quebra de suspensão de Timo Glock, que deixou o carro tonto, com o auxílio dos fiscais.
Nelsinho Piquet havia feito sua parada única antes do carro de segurança adentrar à pista, certamente foi o mais beneficiado.
Quando os boxes foram abertos, boa parte do grid aproveitou para reabastecer. A Ferrari, inclusive, chamou seus dois pilotos e conseguiu realizar o trabalho com sucesso. Estranhamente, a McLaren manteve Hamilton na pista, apenas o Kovalainen entrou para trocar pneus.
No momento da relargada, alguns competidores que parariam mais tarde se posicionavam entre Hamilton e Massa. Lewis deveria aproveitar a presença deles para abrir vantagem suficiente até o momento de seu segundo pit stop.
Enquanto isso, Alonso ia sofrendo com as experiências de um dia ruim, tomando uma ultrapassagem atrás da outra e rodando na pista. Outro desastre ambulante se chama David Coulthard, que desta vez jogou o Barrichello para fora da pista. Enfrentando problemas, o companheiro de equipe do escocês, Mark Webber, deu algumas voltas com a traseira fumando, até que finalmente resolveu encostar.
Heidfeld era líder quando entrou nos boxes. Melhor para Piquet, que liderou suas primeiras voltas na F-1. Já a Ferrari do Massa apresentava uma nítida queda de desempenho graças a um indesejado problema nos freios.
A estratégia da McLaren não funcionou. Hamilton precisou recuperar posições na pista, mas com o carro sobrando, o trabalho foi apenas divertido. Lewis passou o Massa - que tentou, em vão, ensaiar uma reação na curva seguinte - e logo depois o Piquet.
Nelsinho não teve apenas estrela, mostrou também ter braço para aproveitar o ritmo da Renault no final da prova e virar parecido com Ferrari e BMW. Salvou o dia do Briatore, atordoado com os acontecimento da corrida do espanhol.
Nick Heidfeld pressionou Felipe Massa nas últimas voltas, porém não deu para o alemão.
Com míseros 28 pontos na tabela, Kovalainen, a bordo dessa McLaren, deveria ter achado algo melhor que a 5ª colocação. Kimi Raikkonen foi 6º, num fim de semana apagado. Robert Kubica ficou com o razoável 7º lugar, e Sebastian Vettel faturou mais um pontinho valioso. Jarno Trulli, sem muita sorte, pegou a vaga dos bobos ao terminar em nono.
Vettel foi autor de uma manobra arriscada na saída do pit lane. Jogando-se sobre o Alonso, obrigou o espanhol a passar sobre a linha branca. Se os comissários no GP da Alemanha não puniram o alemão por atrapalhar o Piquet no treino, não seria na corrida que iriam punir.
Vitória incontestável de Lewis Hamilton. Pódio glorioso de Nelsinho Piquet. Terceiro lugar pouco convincente do Massa.
A Ferrari não está levando a melhor nem quando a McLaren erra a estratégia. Agora o carro prateado demonstra superioridade em relação ao vermelho, mesmo numa pista de alta velocidade como Hockenheim.
Dentro de duas semana, em condições muito diferentes, eles estarão no travado traçado de Hungaroring para disputar um GP de poucas ultrapassagens. Hamilton chega na Hungria com 58 pontos contra 54 do Felipe e 51 do Kimi Raikkonen.

sábado, 19 de julho de 2008

Grande honra

Na sexta-feira, Felipe Massa comentou sobre a declaração de Schumacher, que alegou ter parado para que o brasileiro se mantivesse guiando pela equipe.
Muita gente se fez vítima da manobra da mídia, e interpretou o comentário do alemão como uma humilhação. Claro que não foi nada disso, pelo contrário...
Basta notar a reação do Massa ao falar a respeito: "Não falei com ele ainda. Mas se realmente ele disse isso, é um prazer ver que ele parou para me ajudar. Isso não existiu com nenhum outro piloto. Então, se ele disse isso, é um prazer pra mim".
Certamente é uma honra ter uma parcela de responsabilidade na aposentadoria do Schumacher. Digo "parcela" porque sabemos muito bem que nada acontece por uma razão única, sempre há mais de um motivo. Como, por exemplo, a própria idade do alemão e suas consequências que já estavam sendo sentidas pelo próprio, apesar de sua insistente vontade natural de pilotar.
De um jeito ou de outro, nada justifica a surpresa da imprensa com a tal declaração que veio quase dois anos depois do anúncio da retirada. Está aí o Fábio Seixas que não me deixa mentir. No dia 10 de setembro de 2006, direto de Monza, ele escreveu assim:
"Responsável por aposentar Nelson Piquet da F-1, em 1991, Michael Schumacher atribuiu a outro brasileiro, Felipe Massa, papel fundamental na sua decisão de abandonar as pistas.
O alemão disse que resolveu seu futuro em julho porque não queria atrapalhar a carreira do companheiro de time. Segundo ele, Massa precisava de uma definição para planejar o que faria nos próximos Mundiais.
'Não havia sentido em querer ficar e prejudicar a carreira de um jovem talentoso como o Felipe. Eu já sabia do Kimi há algum tempo, mas quanto ao Felipe, o futuro dele precisava de uma resposta na época de Indianápolis. Não tinha razão para arrastar a decisão, até porque o considero uma grande pessoa e um piloto de talento.'"

Lewis absoluto na casa da Mercedes

O inglês da McLaren dominou toda a sessão classificatória e cravou a pole para o Grande Prêmio da Alemanha. Se havia alguém que pudesse impedir, era Felipe Massa - o mais próximo do Hamilton na disputa - mas acabou amargando uma derrota de quase dois décimos de segundo.
Heikki Kovalainen não viu concorrentes para assegurar a terceira melhor vaga do grid. Jarno Trulli, mais uma vez, fez um excelente trabalho no treino oficial e larga em 4º. Seu ex-companheiro de Renault, Fernando Alonso, superou um irreconhecível Kimi Raikkonen, que definitivamente não se dá com o traçado alemão. O finlandês sai da sexta posição.
Num fim de semana relativamente desanimador para a BMW, Robert Kubica garante apenas a 7ª posição, com Nick Heidfeld em 12º.
O trio energético fecha os dez primeiros, na ordem Webber-Vettel-Coulthard. Sebastien Bourdais largará em 15º.
A primeira Williams aparece somente no 13º posto, com Nico Rosberg; e a primeira Honda é de Jenson Button, 14º. Seus respectivos parceiros de equipe ficaram no Q1: Nakajima vem de 16º, enquanto Barrichello é 18º.
Nelsinho Piquet teve mais um dia para esquecer. Errou na primeira volta lançada e retornou aos boxes. O time tanto enrolou que só nos instantes finais da fase inicial liberou o brasileiro de volta à pista. O tráfego de Sebastian Vettel impediu a conquista de um posição melhor que a 17ª. E dá-lhe soco no coitado do volante...
No fundão, Sutil e Fisichella, como de costume.
A largada amanhã exige cautela. A curva 1 é traiçoeira, vantagem de quem a contorna na área de escape para evitar a confusão no meio do pelotão. Kimi Raikkonen que se cuide, já que abandonou cinco das seis provas que disputou em Hockenheim.
Lewis Hamilton carrega todo o favoritismo, com Felipe Massa na cola esperando qualquer oportunidade. Heikki Kovalainen tem grande chance de fazer as pazes com o pódio.
Aparentemente (e felizmente) o domingo será de pista seca. Chega de maluquice nessa temporada, umas corridas normais de vez em quando não fazem mal a ninguém.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Proibido conversar

Anthony Hamilton e Stefano Domenicali não podem conversar em paz sem que haja um jornal fofoqueiro para especular.
O sensacionalista da vez foi o The Times, que imaginou uma possível transferência do piloto inglês para a Ferrari. Como se o longo contrato de Lewis com a McLaren fosse ser rasgado por conta de um mero "bom dia".
"Isso é mesmo fantástico. Eu estava caminhando, quando de repente o Anthony apareceu e disse olá, somente isso. Mas o engraçado desta história toda é o que as pessoas fantasiam. Elas criam algo que jamais existiu", declarou Domenicali.
"Acredito que foi um local ótimo para iniciar as negociações. Isto mostra que o Domenicali é um cavalheiro, ele aborda o Hamilton para que todos vejam e não se esconde de ninguém", ironizou Norbert Haug, diretor da Mercedes.
O poder inventivo dessa imprensa já foi menos burro, convenhamos...

Rápido

Rapidíssimo. Tenho que postar muito rápido sobre o treino que estou indo viajar. Só espero que consiga encontrar algum lugar para acessar a net de lá.
A segunda sessão livre vinha sendo dominada pelo Massa, até que nos instantes finais Lewis Hamilton cravou uma volta impressionante. O segredo de tanta sobra deve estar no terceiro setor, onde só o inglês encontrou tempo.
Se a McLaren já vinha bem nos testes coletivos da semana passada, agora fica claro que pode estar pintando como favorita em sua segunda casa. Segue o resultado do treino da tarde.
A notícia surpresa do dia foi a controversa declaração de Ross Brawn. Se há poucos dias ele disse que a Honda não tem pressa de definir seus pilotos, hoje ele inventou de dizer o contrário.
"Claramente a nossa prioridade é o carro, porque acreditamos nos pilotos que temos".
Questionado sobre a permanência da dupla de pilotos em 2009, ele respondeu apenas que "sim".
Deve ter conseguido dobrar as idéias do displicente Nick Fry...

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Hockenheim? Vejamos...

A corrida é na casa da Mercedes, mas a McLaren não tem muito motivo para se empolgar quando observa os resultados dos anos anteriores.
O tabu de vitórias dura desde 1998, quando Mika Hakkinen cravou uma bela dobradinha com David Coulthard. Nesses dez anos, o time inglês anda devendo. A missão Hockenheim desta vez caberá a Hamiton e Kovalainen, que enfrentarão uma forte Ferrari mais uma vez.
Ferrari que tem Kimi Raikkonen, um cidadão que cansou de viver derrotas naquela pista no tempo em que vestia prateado.
Em 2005, por exemplo, o circuito alemão foi palco de uma das inúmeras fumadas do motor Mercedes que adiaram o primeiro título do finlandês.
Kimi disputou os GPs da Alemanha de 2001, 2002, 2003, 2004, 2005 e 2006. Abandonou em todos eles, com exceção do último.
Quando finalmente conseguiu completar uma prova, foi para o pódio e lá encontrou quem seria seu companheiro de equipe no ano seguinte: Felipe Massa, que havia acabado de fazer uma dobradinha com o Schumacher.
A rápida pista tedesca deve agradar a Ferrari. Nesses dez anos de jejum de Ron Dennis, Jean Todt comemorou cinco vitórias.
Como não houve GP da Alemanha em 2007, a única prova disputada pela BMW em casa foi desanimadora, já que seus dois pilotos não conseguiram chegar até o final.
Ainda assim, eles têm história para contar. O time de Mario Theissen tirou aquele domingo para expulsar Jacques Villenueve da equipe e dar um ponto final na carreira do campeão de 97. O então piloto de testes Robert Kubica assumiria o cockpit na etapa seguinte.
A primeira corrida do polonês em Hockenheim ainda está para acontecer.

Red Bull anuncia Vettel para 2009

A Red Bull não perdeu tempo e tratou logo de anunciar o óbvio substituto de David Coulthard para a próxima temporada.
"Com David Coulthard tendo anunciado sua aposentadoria no GP da Inglaterra, depois de uma consideração cuidadosa, parece natural anunciar seu substituto aqui, na casa de Vettel, em Hockenheim", afirmou o chefe da escuderia, Christian Horner.
Sebastian Vettel comentou a mudança: "Estou muito orgulhoso de fazer parte da Red Bull e é sempre bom tomar cedo uma decisão sobre o que fazer no ano que vem. Como piloto, a meta é sempre estar na equipe mais competitiva possível e, nos últimos dois anos, a Red Bull provou ter um grande potencial".
O mais jovem piloto a pontuar na F-1 tem como melhor resultado a quarta colocação a bordo de uma Toro Rosso. Guiando uma Red Bull, o próximo passo na carreira seria subir num pódio, algo que não chega a ser tão raro por aquelas bandas.
E assim, a maior esperança alemã ganha mais um degrau em direção ao tão prometido título mundial. Não é fácil carregar o peso de substituir Schumacher, mas até aqui Sebastian, indiscutivelmente, se saiu muito bem.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Rosberg ameaça sair

O piloto vinculado ao time de Grove desde o início da carreira levou algum tempinho para concluir, mas enfim a ficha caiu.
"Se não conseguir ser campeão com a Williams, tenho de ir para uma equipe onde isso for possível, mas apenas começaria a pensar sobre isso se Frank Williams concordar em me liberar".
Em 2008, Nico Rosberg teria recebido uma proposta de guiar pela McLaren, porém recusou em nome de um aumento de salário e uma renovação até 2009.
"No início, tudo parecia bastante promissor, só que depois não acompanhamos o ritmo de evolução das outras montadoras".
O primeiro pódio veio na corrida inaugural da atual temporada. De lá para cá, o desempenho declinou.
"Tenho um contrato com a Williams, mas é como no futebol. Vamos usar como exemplo o Lukas Podolski: ele assinou um contrato para o ano que vem com o Bayern. Mas ele estará lá?", indagou. Precisava ir tão longe com o Alonso ali do lado? Parece que não é só com os brasileiros que o futebol é tido como exemplo universal.
Como se não bastasse as palavras do próprio piloto, eis que surge um agente externo para polemizar. E o nome do agente é Wili Weber, famoso por empresariar a carreira do Schumacher.
Para Weber, a porta está aberta para o Nico sair: "Ele tem uma cláusula em seu acordo que a Williams pode simplesmente não cumprir", revelou.
"Rosberg substituirá Heikki Kövalainen na McLaren, que voltará para a Renault", completou o vidente, que nas horas vagas gerencia a carreira de Nico Hulkenberg.
Com tanta declaração assim, não deve demorar para a imprensa colocar o test-driver da Williams, o também alemão Hulkenberg, em seu lugar. Por outro lado, Rosberg conta que a próxima temporada pode ser favorável à escuderia.
"Sei que não vou vencer no ano que vem com a Williams, mas espero uma grande evolução. Com as novas regras e as limitações aerodinâmicas, todos começarão do zero. Se não fosse isso, teria minhas dúvidas".
Perguntado se esta será a última chance para ficar na equipe, ele responde: "Pode-se dizer que sim".

Rádio OnBoard - Edição Pré-Alemanha

No ar, a décima edição da Rádio OnBoard!
Com muita honra, Ron Groo e eu recebemos, direto dos EUA, a participação especial da F1girl Elo.
Com esta ilustre presença, ainda pudemos recuperar o quadro Jogo Rápido, que envolve perguntas e respostas testando as opiniões dos nossos participantes.
Na sequência, os links da edição e a pauta do programa.
*Erros da equipe Ferrari
*Boato: Santander-Alonso-Ferrari-2010
*Jogo Rápido
*Aposentadoria do Coulthard (e dá-lhe secada pra cima do coitado do escocês)
*Ecclestone expulsa Silverstone e ameaça Donington
*Mais equipes testando o famoso bico de tubarão
*O velho e o novo Hockenheim
Além das informações finais sobre a próxima prova.
Para encerrar, as amigáveis piadinhas do Groo sobre o Gustavo Coelho, que nem estava lá para se defender. Aline Rodrigues também esteve ausente nesta edição, mas ainda levamos fé de um dia esses dois retornam.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Lewis a jato

Não choveu mas Lewis venceu.
O duelo foi travado contra o avião LearJet 60XR, no primeiro dia do tradicional Farnborough Air Show. Um concorrente mais forte que o Kovalainen.
"Eu não o vi, pois estava a uma distância de 60 metros sobre a minha cabeça. Mas eu o ouvi e foi maravilhoso", disse Lewis Hamilton, que se tornou o principal embaixador da companhia Bombardier.
O inglês cruzou a pista com 200m de vantagem e chegou a 280km/h. Segundo o piloto, poderia ter acelerado mais, caso o limitador permitisse.
Para assistir à brincadeira do evento, clique aqui.

Por que Schumacher parou

Não que o Schumacher nunca havia revelado a razão de sua aposentadoria, mas parece que a imprensa tem memória curta, logo o alemão precisa repetir.
"A Ferrari já tinha tudo certo com o Kimi. Parei porque não queria que meu amigo Felipe Massa ficasse desempregado", afirmou.
Michael comentou exatamente isso - não com essas palavras, claro - no discurso daquela histórica conferência em que anunciou sua retirada. Chega a ser cômico ver alguns sites especializados dizendo que ele revelou o verdadeiro motivo da aposentadoria mais de um ano e meio depois. Óóóhh...
Até hoje, há quem acredite que ele era contra a vinda do Raikkonen para Maranello. "Não é verdade", explica Schummy, "eu não teria nenhum problema em correr contra Kimi".
E nem haveria de ter. Se o finlandês foi campeão mesmo com um desempenho titubeante na primeira metade do ano, o que dizer do sempre intenso Michael Schumacher? Era uma temporada feita pra ele, mas ele escolheu não correr. Para quem chegou onde chegou, um título a mais ou a menos não faz a menor diferença.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Vettel vs Alonso?

O Vettel anda exagerando no Red Bull. Os carros da vaca brava não dão conta do piloto cheio de energia pra gastar, que deseja conquistar um cockpit veloz o quanto antes. Custe o que custar.
"Estou contente com quem sou hoje, mas estou faminto, eu quero mais. Estou muito feliz com meu atual momento, mas minha meta é estar em um carro competitivo e brigar por vitórias. É a prioridade."
"Se eu tivesse que escolher entre ter muito dinheiro e um carro médio ou nenhum dinheiro, dormindo numa barraca, escovando os dentes com uma garrafinha de água e ter o melhor carro do grid, certamente ficaria com a última opção".
A expectativa é que o alemão seja promovido à titular do time A para a próxima temporada, já que David Coulthard decidiu pendurar o capacete no fim do ano: "Comuniquei à equipe sobre a minha decisão logo depois do GP do Canadá. Quando fui terceiro naquela corrida, sabia que poderia ser a última vez que subiria em um pódio", revelou o escocês, que só tornou a escolha pública em Silverstone.
"Agora a decisão é da equipe Red Bull, mas o bom senso diz que meu substituto deve ser o piloto mais rápido e com melhores tempos que estiver disponível. Acho que, no momento, seria Fernando Alonso, pois tem as credenciais de dois títulos Mundiais", acrescentou.
"Caso ele não esteja disponível, a lógica diz que seria a vez de Sebastian Vettel, que conhece a família Red Bull, está desempenhando bem sua função na Toro Rosso, e naturalmente deseja progredir para uma equipe maior. Tenho certeza que realizará um excelente trabalho neste time", completou Coulthard.
Se Vettel e Alonso são os candidatos mais cotados para a vaga da RBR em 2009, que isto sirva de ensaio para 2010, quando os dois deverão estar de olho na barata que o Kimi Raikkonen possivelmente abandonará no encerramento de seu contrato - e de sua carreira.

Barrichello em alta

Uma boa corrida para relembrar.
O resumo completíssimo do Grande Prêmio da Alemanha de 2000. Rubens Barrichello larga de 18º e vai passando um por um. Teve de tudo, batida, invasão de pista, safety car e, sobretudo, chuva. Mas aquele era mesmo o dia dele, que nem se deu ao trabalho de trocar os pneus para faturar a primeira vitória. Talvez, a mais brilhante de todas que faturou.
E hoje, às vésperas de mais uma prova em Hockenheim - porém com o traçado mutilado em relação ao daquela época -, Rubens Barrichello arranca elogios do mesmo chefe que se surpreendeu diante da recusa do então piloto da Ferrari em utilizar pneus de chuva debaixo d'água.
"Possivelmente, ele está melhor do que antigamente. Fora da sombra de Michael Schumacher, ele pode ver o desafio que era correr ao seu lado. Michael foi excepcional e qualquer piloto correndo no mesmo time dele teve um grande desafio. Acho que Rubens fez um grande trabalho na Ferrari, mas não precisa mais ficar cooperando com outro piloto. Ele está aberto às novidades que acontecem e, possivelmente, é um piloto melhor do que era na Ferrari", declarou Ross Brawn.
O Rubens está bem na fita, mas ainda tem meia temporada para provar que merece disputar mais uma. Como também disse o Ross, as vagas do time estão em aberto para 2009, e a Honda não demonstra muita pressa para se decidir.

domingo, 13 de julho de 2008

Coluna

Agora com a agenda mais folgada, já dá para voltar a colunar. Desta vez, o tema é a série de lambanças cometidas pela Ferrari numa temporada tão apertada quanto essa.
Na sequência, alguns pequenos trechos...
"Uma equipe que tem o melhor carro do grid não precisa chegar à metade da temporada empatada com ninguém".
"(...) se a escuderia foi campeã em 2007, deveria agradecer ao Nigel Stepney (...)".
"(...) a equipe tem, incontestavelmente, o carro mais rápido do grid. A parte da engenharia funciona, o problema está na inteligência de improviso. (...) Adaptou as estratégias de maneira errada, trocou o pneu na hora errada, deixou de trocar no momento errado, fez uso da meteorologia errada, esperou chuva quando ela não veio, e pensou no seco quando ficou molhado. O desafio não consiste em adivinhar o tempo (...)".
Vamos ao que interessa, que é o link: O texto "Correndo e aprendendo" foi publicado no site Portal F1. Confira lá.