terça-feira, 30 de setembro de 2008

Di Grassi vem aí

A Autosport soltou a bomba: Di Grassi deve ocupar o cockpit de Nelsinho no ano que vem. Claro que é especulação, mas uma afirmação vinda do Autosport sempre carrega certo peso.
A revista completou dizendo que Flavio Briatore teria contactado a Toro Rosso, porém a escuderia exigiu uma compensação em dinheiro para abrigar Piquet. Essa é de doer...
Sinceramente, não creio que a Renault irá se desfazer do Piquetzinho desse jeito. Podem estar cometendo um erro sério, afinal o histórico dele relata uma fraca temporada de estréia por onde passou, porém seu segundo ano costuma ser bem proveitoso. Sem falar que foi campeão em todos as categorias, à exceção da GP2.
Em todo o caso, di Grassi também merece uma chance. Pena que o duelo contra Nelsinho na escuderia não permita empate. Mesmo que Alonso deixe o time - o que já parece um tanto quanto improvável -, seria inviável manter os dois como titulares, seja no âmbito esportivo, seja no financeiro. Os motivos são óbvios. Primeiro porque ambos são inexperientes. E também são brasileiros. Pilotos de mesma nacionalidade dificilmente formam duplas.
O jeito é esperar que o atual titular mostre melhor forma em pelo menos uma das três provas que restam. E que Lucas seja "descoberto" por alguma outra equipe interessada. Ele tem menos nome do que uns, mas pode fazer até mais.

Enquete F-1

Após o GP da Itália, o Blog F-1 perguntou: "Vettel conquistará título mundial?".
Com 74 cliques, o resultado ficou assim:
Muito cedo para dizer - 52,70%
Sim, tem talento de campeão - 32,43%
Não, é só mais uma promessa - 14,86%
Confesso que fiquei um pouco surpreso, não apenas pelo seu fim de semana brilhante em Monza como também por se tratar de alguém que chegou na categoria badalado como futuro campeão. Mas a maioria preferiu adotar o conservadorismo, afinal o garoto jamais guiou por uma equipe de ponta e ninguém sabe como irá se comportar.
No ar, uma nova enquete, desta vez sobre um piloto que vive a situação oposta: A intensa pressão da dança das cadeiras. Clica lá!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Montezemolo impaciente

"É óbvio que Raikkonen vai fazer o papel de escudeiro. Todos os pilotos da Ferrari sabem que devem correr para a equipe", palavras do presidente da Ferrari. Direto, alto e claro.
Luca di Montezemolo elogiou Massa mas demonstrou seu desapontamento com o resultado da etapa de Cingapura, em que a Ferrari zerou, embora tivesse potencial para vencer a prova. Sobrou para o Kimi...
"O carro é o melhor, Massa é o melhor e espero que Raikkonen demonstre nestas três últimas corridas porque é o campeão do mundo".
Ele acredita, porém, que a fase ruim será superada: "A Ferrari já passou por momentos muito mais difíceis. Foi visto durante todo o fim de semana que nosso carro era o melhor e que Massa fez uma classificação extraordinária, demonstrando ser o melhor piloto de todo o campeonato", afirmou.
Crítico ferrenho dos novos circuitos, o italiano novamente soltou o verbo: "Infelizmente, quando se corre num circuito em que seria melhor fazer uma competição eqüestre, pode acontecer de tudo, porque o espetáculo vem do safety-car. Isso é humilhante para a Fórmula 1".
Se está assim em público, imagina naquela tal reunião... Hoje não foi um bom momento nem mesmo para desejar um "bom dia" ao Montezemolo.
Pudera.

Sinal pra quê?

Stefano Domenicali esclareceu o fato de a equipe ter utilizado o tradicional pirulito no segundo pit stop. E, ao contrário do que se imaginava, ainda não há garantia de que o semáforo será definitivamente abandonado.
"Preferimos não usar o sistema na segunda parada, pois queremos tirar um pouco da tensão. Este é um sistema que está tentando dar a melhor performance possível. Esta é a razão".
Ou o diretor foi político ao defender o equipamento, ou ele realmente acredita na eficiência da problemática sinaleira:
"É melhor que ter um pirulito. Ao invés de um pirulito, você controla a luz verde e, infelizmente, houve um problema. Se deu a luz verde, ele tinha de ir. Sem discussão. Se havia o sinal, era obrigação dele sair. Não fosse a luz, seria o pirulito".
O pit stop de Coulthard deveria servir de lição. O escocês foi liberado antes da hora, e o chefe dos mecânicos reagiu de imediato, baixando a placa novamente. Ele parou, a mangueira foi devidamente retirada e a corrida foi salva.
No caso da Ferrari, o sinal até pode retomar a luz vermelha, mas o piloto não mais estará observando o dispositivo.
Antes o mecânico dar com a placa na cabeça do piloto do que a equipe atravessar o pit correndo em bando para desatracar a bomba e retornar aos boxes com a mangueira sobre os ombros dos cavaleiros rampantes. Imagens patéticas que só a Ferrari proporciona a você...

domingo, 28 de setembro de 2008

A noite é de Fernando Alonso

A Ferrari jamais venceu um GP múltiplo de 100. Quem sabe o 900º?
A corrida número 800 da F-1 teve inicío com Felipe Massa largando da pole e liderando as primeiras voltas. Até que Nelsinho Piquet rodou, provocando a entrada do safety car (e complicando ainda mais sua permenência na equipe).
Mas a batida do brasileiro foi muito proveitosa para o companheiro Fernando Alonso. Neste caso, a Renault agradece. Rosberg e Kubica reabasteceram com boxes fechados e tomaram stop and go. O alemão até que se aproveitou bem da confusão, já que liderou voltas após a relargada e conseguiu abrir bastante vantagem enquanto o comunicado do penalty demorava a sair.
No momento em que os boxes se abriram, a Ferrari voltou a fazer lambança jogando pela janela uma vitória quase certa. A luz verde liberou Felipe mas a mangueira de combustível ainda estava acoplada. Como resultado, saiu arrastando bomba, mecânico e o que tinha direito. Para completar a aula de pit stop, Massa dividiu a passagem dos boxes com Adrian Sutil e teve de pagar drive through.
Raikkonen assistiu de camarote à performance da equipe de Maranello, sabendo que ele completaria a parada dupla. Terminado o bem sucedido pit stop do finlandês, os mecânicos correram para o final dos boxes, onde Felipe esperava pacientemente a retirada da mangueira, que ficara emperrada a ponto de vários mecânicos gastarem um tempo enorme para retirar.
Forza, Ferrari!
Massa voltou em último, num circuito onde não há muito pontos para se ultrapassar. Kubica também havia caído para a rabeira do grid e pouco pôde fazer até a bandeirada.
Alonso assumiu a ponta para faturar a vitória que parecia impossível, sobretudo largando da 15ª colocação.
Coulthard estava bem posicionado na prova, até parar nos boxes. A Red Bull o liberou cedo, já que a bomba de reabastecimento não tinha sido removida. O pirulito foi baixado novamente e David freou. Perdeu um segundo ali, mas cruzaria a linha de chegada em sétimo.
Curioso notar que a Ferrari utilizou o pirulito tradicional no último pit stop de Raikkonen. Ao que tudo indica, sinaleira nunca mais...
O osso duro de roer Jarno Trulli dificultou a vida de diversos pilotos durante a prova, e abandonou por um problema incomum: desgaste da peça que fica entre o banco e o volante. O italiano não suportou as exigências físicas na longa etapa de Cingapura, e, quando chegou aos boxes, levou um banho para aliviar a exaustão.
A carruagem de Barrichello não quis esperar até a meia-noite, simplesmente parou num trecho de reta, forçando o brasileiro a abandonar. Rubens aproveitou a proximidade com os torcedores para arremeçar a balaclava ao público. O bicho caiu na baía...
Hamilton soube se comportar na parte final e não arriscou o terceiro posto para buscar o segundo lugar de Nico Rosberg, nem mesmo durante a segunda entrada do safety car, provocada por Kimi Raikkonen, devido a uma ataque exagerado sobre a zebra da curva 10. Muro. Quatro GPs sem pontuar.
Excelente fim de semana de Timo Glock, quarto colocado. O grande Vettel chegou em quinto. Heidfeld foi sexto, seguido por Coulthard e Nakajima. A corrida foi excepcional para a Williams, que subiu ao pódio pela segunda vez no ano, com o alemão Nico, filho do Keke, que estava presente no circuito.
Fernando Alonso fez as pazes com a vitória, mas parece ter se esquecido de como se joga a garrafa de champagne para o mecânico.
O espanhol entra para a história como o primeiro vencedor de um GP noturno na categoria.
O campeonato sofre mudanças. Agora Lewis possui 7 pontos de vantagem sobre Massa. Kubica permanece com 4 de sobra para Kimi, que tem 1 a mais que Heidfeld.
São 30 pontos em jogo, portanto a temporada ainda não terminou, porém Hamilton já dispara como favorito. Caso Massa vença as três últimas provas, o inglês confirma o título por um ponto chegando em segundo em todas elas. Esse recado vale para o Raikkonen.
Amanhã será mais um dia de reunião tensa em Maranello. Eles poderiam ter deixado Cingapura na liderança do mundial, mas se a Ferrari está mesmo determinada a perder o campeonato, deve estar preparada também para presenciar o presidente cuspindo fogo. Segunda é dia...

sábado, 27 de setembro de 2008

Mudanças pré-Cingapura

O circuito de Cingapura recebeu várias críticas, mas não podemos deixar de reconhecer a agilidade da Federação na tomada de decisões.
Primeiro foram as tartarugas da curva 10. Whiting já deu jeito na zebra central da variante.
Depois foram as linhas do pit lane. A entrada dos boxes forçava os pilotos a frearem forte e baixar para a segunda marcha, enquanto quem pretendia abrir uma nova volta passaria no local em quinta. A faixa foi devidamente reduzida. Na saída dos boxes, a decisão foi a mesma. A linha branca era longa e terminava na entrada da curva 1, exatamente no traçado dos pilotos que vinham da reta principal numa velocidade muito superior a quem deixava os boxes.
O problema com que os pilotos precisarão lidar, inevitavelmente, diz respeito às ondulações na pista. Será bastante cansativo guiar 61 voltas sob tais condições, sem contar o jogo de curvinha-pra-lá-curvinha-pra-cá. Todos sabem que enfrentarão um verdadeiro teste de resistência neste domingo.
A propósito, os cálculos indicam que o GP poderá durar mais de 1h50min, mesmo em pista seca. Algo me diz que a quantidade de voltas será alterada para o ano que vem...
Instantes após o encerramento do qualifying, os comissários decidiram punir Nick Heidfeld em três (de onde eles tiram esse número?) posições no grid de largada por ter atrapalhado Rubens Barrichello durante uma volta rápida no Q1. Vettel, Glock e Rosberg subiram na tabela.
O que Rubens ganhou com isso? Uma multa de € 10 mil por ter cruzado a faixa branca e entrado nos boxes depois de ter abortado aquela volta.

Os embalos de sábado à noite

Felipe Massa voou na volta mais importante do treino classificatório, deixando uma lacuna de mais de 6 décimos em relação ao rival. Lewis Hamilton oscilou sua performance durante a sessão e por pouco não ficou de fora da super pole. Sorte dele que o R28 de Fernando Alonso parou no Q2 com problemas na alimentação, levando o espanhol ao total desespero. A Renault tinha carro para Cingapura.
Atrás de Hamilton larga Kimi Raikkonen, que vem balançando na pista desde sexta-feira, mas conseguiu uma boa posição no grid. Ao contrário do outro finlandês, que dificilmente poderá fazer algo pelo companheiro de McLaren com a quinta colocação. Robert Kubica voltou a largar à frente de Nick Heidfeld. Quarto e sexto, respectivamente.
Sebastian Vettel brilhou mais uma vez. Alinha atrás dos três grandes times. Ao lado dele, Timo Glock, que andou muito mais que Jarno Trulli não somente hoje como também na sexta. A dupla da Williams fechou a lista do top-ten, na ordem Rosberg-Nakajima.
Trulli divide a sexta fila com Jenson Button, que fez um bom treino. Ao contrário de Rubens Barrichello, vítima do tráfego de um circuito apertado. Sai de 18º.
Arrastando-se sobre o asfalto, a RBR monopoliza a sétima fila com Webber à frente de Coulthard. Alonso é 15º. Nelsinho Piquet reclamou das mudanças técnicas feitas de última hora pelos engenheiros e amargou um decepcionante 16º posto. Sebastien Bourdais não levou sua Toro Rosso muito longe, por isso será apenas o 17º. Sutil e Fisichella encerram o grid de largada.
É possível que Massa esteja um pouco mais leve que Hamilton. Ciente da necessidade de largar na pole, das possibilidades de chuva e de uma possível entrada do safety car, parece ter sido uma estratégia corretamente adotada pela Ferrari.
O campeonato está a mil, o duelo entre Massa e Hamilton é aberto e empolgante. Felipe empatou o número de poles no ano e possui uma vitória a mais que o inglês. Lewis possui um ponto a mais no momento.
Amanhã a corrida se inicia no horário normal, 9h. O histórico primeiro GP noturno da F-1 promete. Não sei o quê, só sei que promete.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Villeneuve detona Hamilton

Depois que se afastou da F-1, Jacques Villeneuve deixou de soltar o verbo como fazia quando guiava na categoria. Diante das falas e atitudes de Lewis Hamilton, o canadense resolveu recuperar a velha forma, chamando o inglês de piloto sujo. E olha que de pilotagem suja ele entende...
"Hamilton fala como se tivesse ganho vários títulos e ainda não conseguiu nenhum. Ele é rápido, mas comete muitos erros e o ruim é que ele não os aceita. Além disso, tem um estilo agressivo demais. Em Monza, trapaceou duas vezes. Hamilton é um piloto sujo e perigoso".
Não. Não foi dessa vez que ele resistiu. Tinha que colocar o alemão no meio: "Schumacher não tinha respeito pelos rivais. Assim como Hamilton, achava que tudo o que fazia era certo e não admitia erros, mas pelo menos foi sete vezes campeão. Todos lembram de 1997 quando ele jogou o carro contra mim na decisão do campeonato. Ele tem mais problemas comigo do que eu com ele".
Lewis não foi seu único alvo. Kimi teve de engolir mais esta: "Sobre sua pilotagem, não discuto. Mas acho que a personalidade de Raikkonen é de alguém que não dá valor ao que alcançou. Ele não se importa com nada, nem sequer com seus fãs".
Felipe Massa sobreviveu aos disparates. Apenas ele conseguiu retirar elogios do campeão falastrão: "Acho que Massa será o campeão. Ele erra menos, é mais regular e, sobretudo, é alguém que respeita seus rivais".
Apesar de toda a verborragia, foi uma das raras vezes que tive a impressão de que Jacques Villeneuve está falando aquilo que pensa, e não pensando aquilo que fala. Ainda assim, continua ferrenho nas palavras.

Sexta em Cingapura

O dia foi liderado por Lewis Hamilton, como esperado. Felipe Massa conseguiu andar próximo do inglês. A McLaren possui um rendimento muito superior no segundo setor, enquanto a Ferrari precisa buscar tempo nas demais intermediárias.
Heikki Kovalainen e Kimi Raikkonen ficaram um pouco abaixo na tabela, atrás de Fernando Alonso, que liderou a sessão da tarde de tanque vazio. Quem andou bem nos dois treinos foi Nico Rosberg, que promete um grande resultado para a Williams neste fim de semana.
Ao contrário de Jarno Trulli, que não rendeu nada e ainda converteu uma multa de € 10 mil por guiar alguns metros na contra-mão, além de cruzar a faixa branca do pit lane.
Falando em pit, a saída dos boxes parece ter sido feita para provocar acidentes. O local será uma zona perigosa durante a corrida, pois a linha se encerra exatamente na entrada da curva 1. No treino, os pilotos aliviaram saindo da pista e abortando volta. Durante o GP a história será outra.
As zebras são outro fator a ser levado em conta. A FIA tratou de reduzir as altura dos tijolos coloridos para evitar a destruição de carros naquele trecho.
Durante a segunda sessão, Timo Glock subiu em uma das zebras, rodou e bateu no muro do outro lado da pista. Zebra alta, zebra ondulada, zebra com catapulta... Definitivamente, eles não economizaram maldade na confecção das zebras de Cingapura.
Aos tempos:

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Armadilha na curva 10

Em Valência foi o desnível da ponte que despertou muita preocupação antes da corrida. Em Cingapura, uma armadilha está fixada na décima curva do traçado e pode causar problemas a alguns pilotos.
Repare nas "bolhas" das zebras...
Fernando Alonso foi um dos que reclamaram da ondulação assassina em potencial: "Nós estamos preocupados com a seguinte situação: se você perder o ponto de freada ou escapar, vai direto contra as zebras e aí é possível que o carro fique bastante danificado".
Charlie Whiting está estudando o caso. O que poderá ser feito? Mandar quebrar as ondinhas não parece razoável... Mas afinal, o que elas estão fazendo ali?
Se alguém passar reto no local possivelmente inutilizará o chassis. Aguardemos o comunicado dos gênios da FIA...

Pior que o outro

Quem viu (ou melhor, ouviu) o conteúdo do post anterior sentiu as primeiras críticas sobre a pista de Cingapura. Mas nenhuma superou a declaração de Felipe Massa, que afirmou esperar algo ainda pior que o decepcionante episódio de Valência.
"Eu nunca guiei nesse circuito, mas será até mais difícil ultrapassar comparado com Valência, já que as retas são menores. O que vai tornar o treino de classificação ainda mais importante".
Realmente... só a chuva salva.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Rádio OnBoard - Edição Pré-Cingapura

Está no ar a 18ª edição da Rádio OnBoard!
Foi um programa mais curto, de 30min, apenas para nos atualizarmos sobre as principais notícias dos últimos dias e também comentar as expectativas a respeito das diversas novidades que serão vistas no próximo fim de semana, no Grande Prêmio Cingapura.
-Julgamento da McLaren confirma vitória de Massa
-Promoção não oficial de Sebastien Buemi
-Negociações de Bruno Senna com quatro equipes
-Opiniões sobre o novo traçado de Hermann Tilke
-A idéia da corrida noturna
-Significativas chances de chuvas para o GP
-Troféu futurista da etapa de Cingapura
-Após testes, Ferrari confiante com os pneus de chuva
-Uso da faixa branca reflexiva nos compostos
-Estréia das bandeiras eletrônicas na F-1
E para votar em nossa rádio no Prêmio Podcast, basta acessar este link, clicar no selo de votação e confirmar. A Rádio OnBoard agradece. Até a próxima edição!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

McLaren perde recurso

A Corte foi coerente ao recusar o apelo da escuderia McLaren. Como o regulamento da FIA considera impróprio qualquer recurso sobre a penalidade de drive-through, foi declarado que "após ouvir as explicações de ambas as partes, a Corte concluiu que o recurso é inadmissível".
Como previsto, foi tudo uma grande perda de tempo.
Encerrado o evento, como será que andam as diversas reações?
É evidente que a McLaren já emitiu comunicado para registrar sua chiadeira após a decisão. Hamilton também reclamou, disse que se o diretor de prova informasse que ele deveria devolver a posição novamente, ele teria feito. Porém, Charlie Whiting fez exatamente o oposto pelo rádio, alegando que havia considerado a manobra legal.
Whiting justificou o equívoco afirmando que só havia assistido ao incidente uma vez : "Ficou claro para mim depois de ver o incidente de forma mais detalhada que a vantagem não havia sido devolvida inteira. Se ele tivesse ficado na pista, não estaria em posição de ataque na curva 1. Não estaria tão próximo de Kimi".
Provavelmente, a conversa pelo rádio era o argumento mais forte da equipe. Mas o julgamento se limitou a avaliar a procedência da apelação. Como ela foi considerada inviável, nenhum dos argumentos a respeito do incidente da Bus Stop chegou a ser considerado.
Mesmo que fosse, dificilmente o resultado sofreria mudança. O erro de Whiting não anula o erro do Hamilton.
E, cá entre nós, a McLaren só recorreu porque não tinha nada a perder. Seria otimismo demais acreditar na alteração do resultado daquele GP.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

No tribunal

Na França, a McLaren briga para vencer na Bélgica. Podemos esperar até amanhã pela batida do martelo...
Na primeira parte do processo, a escuderia tenta provar que a apelação é válida, já que o regulamento não a admite em caso de punição por drive-through.
Posteriormente, o grupo de Woking argumentará que a telemetria mostra Lewis mais lento que Raikkonen no instante em que os dois cruzam a linha de chegada. Sim, todo mundo viu: se o da frente estivesse mais rápido não teria como ser ultrapassado pelo de trás na reta. Não precisa ter doutorado em física para entender os efeitos da diferença de velocidade. Isso é absolutamente óbvio e não prova nada.
Um aspecto mais complicado é a conversa entre Dave Ryan (McLaren) e Charlie Whiting (FIA). O diretor de prova confirmou, logo após a manobra, que a considerava legal. Do contrário poderia haver uma ordem do pit wall para Hamilton devolver a posição com mais honestidade.
Não duvido de nada, mas ainda creio que o julgamento não passará de uma grande perda de tempo. Felipe Massa tem a mesma opinião, porém mal consegue esconder sua preocupação: "Estou pensando nisso o tempo todo", confessou. "Mas não é algo que nos compete. O importante é que o resultado seja justo, e, pelo que todos nós vimos, foi".
A diferença é de apenas um ponto. Caso Hamilton fature a vitória, a vantagem se amplia para sete.

domingo, 21 de setembro de 2008

Baby não

Ser comparado a um piloto do naipe de Michael Schumacher não é má idéia, mas as pessoas sabem como falar de uma forma negativa.
Aos maldosos de plantão que se dirigem a Vettel como "Baby Schummy", aí vai um aviso do heptacampeão: "Deixem o pobre garoto em paz", apelou.
"Quando eu comecei na F-1, detestava ser comparado a outras pessoas e eu não quero que a mesma coisa aconteça com ele. Ele já tem mostrado que fará o seu próprio nome, eu não tenho dúvidas quanto a isso".
"Muitas pessoas estão eufóricas por um de nossos pilotos alemães ter ganhado. Os fãs alemães precisam de uma estrela igual a Sebastian Vettel, por isso eles podem continuar com os dedos cruzados e apoiando. Sebastian é um bom garoto, que merece o sucesso", comentou Michael, acrescentando que o novato será "campeão do mundo quando tiver um carro capaz de ganhar constantemente".
A Alemanha é um dos países que mais ostentam títulos na F-1, só perde para Grã-Bretanha e Brasil. Ao contrário desses dois, porém, os sete campeonatos conquistados foram graças a apenas um piloto. Por enquanto.
Em curto prazo, os números de tais países podem mudar com Hamilton, Massa e Vettel. A tradição alemã na categoria está em processo de construção, não por acaso a Alemanha ocupa a maior parte do grid atual. Mas nenhum germânico promete tanto quanto Sebastian Vettel. Que de baby não tem nada. Esse vai longe...

Warming up

O momento é de expectativa para o GP noturno. Para ir se familiarizando com os mais novos cotovelos do arquiteto preferido do tio Bernie, vale conferir logo abaixo o vídeo postado por Fábio Seixas.
Aproveito para deixar aqui o link da volta on board em um simulador qualquer.
Gosta de um ponte, esse Tilke, não?
Repare também a passagem do carro sob as arquibancadas.
O youtube acima é piada, evidentemente. Aproveita porque não é todo dia que a McLaren inventa uma gracinha para fazer. Veja como a turma de Martin Whitimarsh está bem preparada para a primeira corrida noturna da história.

sábado, 20 de setembro de 2008

Disputando o menino

Vai ter gente puxando por um braço e mais gente puxando pelo outro. Sebastian Vettel é o grande centro das atenções da F-1. E o centro das tensões também.
Bernie Ecclestone avisou: "Nós ajudaremos Vettel a se mudar para um time de ponta".
"Sempre disse que ele era bom, agora digo que ele é super", elogiou.
Mas não será fácil convencer o poderoso Dietrich Mateschitz: "Sebastian tem um contrato conosco. Ele não está à venda. Com ele, queremos atacar as equipes de ponta e ir para a ponta".
Até onde eu sei, o contrato vale até 2010. Resta saber se o papel irá aguentar até lá. Há boas chances de que ele rasgue antes...

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Cliques de Jerez

Algumas imagens dos treinos coletivos em Jerez...
Sebastien Buemi andando de Toro Rosso.
Sebastian Vettel de STR.
Takuma Sato a bordo da Toro.
Vettel, agora de Red Bull.
RBR de McLaren.
Buemi guiando pela Red Bull.
Não, os energéticos não são os únicos que merecem destaque. Essa linha roxa é uma das opções que a Brid estuda para o ano que vem. O retorno dos slicks obrigará a faixa branca a mudar de posição no pneu. Talvez eles mudem a cor também, na tentativa de obter o resultado menos pior.
A pobreza de visual não pára por aí, e a cada temporada consegue se superar.
Assim é a F-1 atual, cada vez mais rídicula para que sejam atendidas as exigências do regulamento de Max Mosley, o sujeito que definitivamente não sabe unir o útil ao agradável.
Quando bati o olho nessa foto pela primeira vez, tive impressão de que foi publicada sem proporção. Engano meu. O assombroso aerofólio traseiro é a nova asa da categoria.
Todos sabiam que o aparato ficaria mais estreito, mas não precisava ser tanto. Além da alteração na largura, nota-se que ele ganhou altura e, visto de trás, sobrou este rombo pavoroso. Fazia tempo que não se via uma novidade tão bizarra na Fórmula 1.
Se uma equipe com o estilo da Williams produziu algo assim, imagina como ficará o resto do grid...
Não tenho como negar que desanima. Ficou feio demais.

O terceiro Bastião

Não é de hoje que as equipes da Red Bull têm uma quedinha pelos Sebastiões. Lá é assim: sai um Bastião e entra outro.
De mudança para a RBR, Sebastian Vettel abriu uma vaga na STR que pouco demorou para ser preenchida. O chefe da equipe, Franz Tost, comunicou que o piloto de testes Sebastien Buemi será promovido ao cargo de titular.
"Depois do que vimos nesta semana, se conseguirmos encontrar um piloto experiente para o apoiar, acho que podemos arriscar um acordo entre ele e a Toro Rosso para 2009". Ele completou: "Vocês podem aceitar essa declaração como oficial". Mais claro que isso, impossível.
Buemi faz parte do programa de desenvolvimento de jovens pilotos da Red Bull e já era bem cotado para a vaga. No entanto, ainda resta o principal, que é assinar o acordo: "Nós pertencemos à família Red Bull, e precisamos ajudar quem faz parte do time. Ainda não assinamos um contrato, pois não estamos com pressa".
Segundo as más línguas, é possível que o novato faça sua estréia logo na corrida seguinte, para o caso de David Coulthard se aposentar com antecipação. Nesta semana, Vettel andou de Red Bull em Jerez (com direito a melhor tempo do dia), já Buemi guiou pela Toro. O que não significa nada, ao menos por enquanto.
Quem também esteve presente nos treinos foi o veterano Takuma Sato, que pode tirar o cockpit de Sebastien Bourdais em 2009. Creio eu que a escuderia não cometerá um erro desse.
Quanto ao Bruno Senna, felizmente há mais opções disponíveis...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Bruno revela

Para Bruno Senna, a chegada à categoria máxima parecer não ser um grande desafio. O vice-campeão da GP2 contou que está escolhendo a dedo a equipe pela qual guiará em sua primeira temporada.
As opções como titular se restringem a Williams e Toro Rosso, enquanto o cargo de test-driver é oferecido pela Toyota e pela BMW.
"Já poderíamos fechar um contrato hoje, mas ainda estou procurando algo melhor. Quero ser piloto oficial e não de testes. Williams, Toyota, BMW e Toro Rosso já me fizeram propostas. Mas ainda estou estudando e negociando".
"Não quero chegar de qualquer jeito. A GP2 é a melhor categoria de acesso à F-1. Então, se não rolar uma ida à F-1 da forma que eu espero, é na GP2 que seguirei correndo", concluiu.
Fico imaginando a estréia do Bruno pela Williams... Certamente haveria algum significado muito forte por trás desta parceria.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Coluna

"Por que razão será que a Ferrari coloca a dupla Raikkonen-Massa em primeiro plano em detrimento do único bicampeão em atividade?"
Kimi Raikkonen renovou por mais um ano e, assim como Felipe Massa, se garantiu na Ferrari até 2010. A porta vermelha se fecha a curto prazo para Fernando Alonso, que precisará buscar outras alternativas se quiser persistir no objetivo de vencer o Mundial pela terceira vez.
"Distante do tri" é o título da nova coluna, que está disponível no site Pit Stop, editoria do grande Gustavo Coelho. Em Portugal, o texto se encontra na página do Portal F1.
Ler e comentar, é só começar.

Rádio OnBoard - Edição de Monza-08

Edit: Está rolando na Internet um interessante concurso de podcasts do qual participamos, concorrendo na categoria de esportes. E nós pedimos o seu voto! Basta clicar aqui ou na figura abaixo para ser direcionado à página da Rádio OnBoard e votar oficialmente. Agradecemos a sua colaboração...
Ao som dos hinos da Alemanha e da Itália, está no ar a 17ª edição da Rádio OnBoard!
Neste programa de Monza, recebemos a participação especial do amigo Renato Bellote, proprietário do renomado blog Na garagem. Também contamos com a presença do grande Ron Groo, agora de blog novo, migrado para o blogspot.
Discutimos os principais acontecimentos do GP da Itália e também fizemos o "Jogo Rápido", que sempre traz as perguntinhas mais incisivas aos participantes da rádio.
Confira a pauta:
-Corrida fantástica e polêmica de Lewis Hamilton
-Erros e acertos de estratégia da Ferrari
-A enigmática participação de Schumacher
-Entrevista de Felipe Massa
-Ultrapassagem Massa x Rosberg
-Ferrari anuncia Raikkonen como segundo piloto
-Massa declara não esperar ajuda de Kimi
-Quadro "Jogo Rápido"
-A performance de Sebastian Vettel (futuro campeão?)
-O antipático troféu Santander
-O lamentável problema de Bourdais
-Número de batidas de David Coulthard
-O longo stint de Nelsinho Piquet
-Destaques finais
A Rádio OnBoard retorna dentro de uma semana para comentar as expectativas para o GP noturno de Cingapura. Até lá.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Abusado como nunca

A corrida de Hamilton na Itália foi brilhante, mas não há como negar que o inglês passou do ponto em algumas manobras. Às vezes, Lewis exagera na forma como divide a posição na pista, e não demonstra o mínimo de respeito pelos adversários.
Em duas ocasiões, o piloto da McLaren quase provocou acidentes. Na primeira delas, logo no início do GP, debaixo de toda aquela chuva, jogou Timo Glock para a grama sem nenhuma justificativa plausível. O alemão está uma fúria com ele: "Não sei no que ele estava pensando. Eu estava bem perto dele, mas ele não deixou nenhum espaço. Algumas vezes, ele pilota como se estivesse sozinho na pista. Na próxima vez em que estivermos juntos, vou agir exatamente da mesma maneira", ameaçou.
Mais para o final da corrida, foi atacado por Webber na reta principal. Hamilton empurrou o australiano para o lado de fora até que não sobrou mais espaço para a Red Bull na pista e houve o toque. Mark foi obrigado a cortar a chicane. Por sorte, não ocorreu danos na suspensão de nenhum deles.
Alheio a tudo isso e pensando sempre na luta do campeonato, Lewis anda de nariz empinado, esbanjando orgulho e falando para quem quiser ouvir.
"Eu sou um lutador. Vou continuar provando que nada pode me derrubar. Mostrei que estou mais maduro nesse ano. Estou focado em manter-me em forma e não deixar nada me distrair", e ainda prosseguiu: "Moralmente, acho que mereço o título. Farei tudo que puder para vencê-lo. Há quatro corridas por vir e estarei pronto".
Sobre o episódio de Spa, ele afirma: "Sinto como se eu tivesse vencido a corrida na Bélgica, portanto, não estou nem preocupado com isto. O que aconteceu, aconteceu e seguirei em frente independentemente do resultado".
Tem ego, esse inglesinho, não?

Vai que é tua, Galvão!

Passadas as Olimpíadas e mais uma corrida de tolerância, o ilustre narrador Galvão Bueno voltou para onde não deveria ter saído: a cabine de transmissão da F-1. Retornou num momento bem estratégico, o histórico GP de Monza.
No sábado, ele não perdeu tempo. Assim que Nick Heidfeld rodou na última curva, o locutor logo tratou de mostrar que continua naquele ritmo bem afiado: "É uma curva de alta, ele estava ali na primeira perna da Parabólica...". Não diga... E quantas pernas a Parabólica tem?
Olha lá, não vai dar idéia para o Tilke...
Galvão se apegou à Parabólica de um jeito que não quis mais largar: "A chuva voltou a bater forte, olha a água, ele já sai ali da Parabólica", disse, referindo-se ao Massa, que acabara de contornar a curva di Lesmo...
De repente, a câmera corta de novo para o brasileiro. E dá-lhe Galvão: "Olha, olha, olha, olha, olha o Felipe". Tô olhando, tô olhando, tô olhando, tô olhando, tô olhando o Felipe...
"As McLarens andam melhor com pista fria, que dirá com pista molhada, com pneus de super-chuva. Super-chuva ficou bom...". Ô... Ficou ótimo. Perfeito para encerrar o treino.
No início da corrida, com a McLaren de Lewis Hamilton rendendo melhor que as Ferraris, lá vem o Galvão dividir seus conhecimentos técnicos e pneumáticos com o pessoal de casa: "Por que os carros da Ferrari têm esse problema? Porque... Por uma questão de contrução... Eu confesso não saber por quê...", esclareceu.
Câmera on board no finlandês: "Olha o que o Raikkonen tá enxergando... nada! É uma tarefa absolutamente impossível (!) para esses gênios!". Impossível? Para os gênios? Então os gênios fazem o impossível? Parece que todo piloto de F-1 tem um Tom Cruise dentro de si: a missão é impossível mas eles sempre conseguem completar... Palmas para os gênios, palmas! Para o Galvão também, palmas!
Lewis Hamilton passa o rival e dá um leve toque na asa do R28. "Olha aí, tocou. Ele veio para cima do Alonso e tocou na roda dianteira esquerda do Alonso". Amigo, se ele toca na roda do espanhol, joga o cara no muro do outro lado da pista...
Duelo entre Felipe Massa e Nick Heidfeld. Heidfeld! Eu disse Heidfeld! "O Felipe tá atrás do Raikkonen, e o Raikkonen tenta passar sempre nessa primeira di Lesmo". Onde? "...Nessa segunda di Lesmo". Já tinha confundido Parabólica com a di Lesmo, agora trocou a di Lesmo pela Variante della Roggia. Aiai... Ah, e não era Raikkonen, eu já disse que era Heidfeld!
Momento decisivo da prova. Tanto Massa quanto Hamilton haviam colocado os pneus intermediários. E eis que o narrador global soltou a frase de todas as frases do fim de semana. Respira fundo... lá vai: "Agora eles estão em igualdade de condições; se chover, chove pros dois!". Olha que bonito... Chega a ser comovente o espírito democrático de São Pedro. Se chover, chove para os dois. Se os outros dezoito derem sorte, ainda sobra uma chuvinha para eles também.
Instantes finais do GP, Sebastian Vettel se encaminha para a vitória, mas o Galvão não pára de puxar o saco do carro da Toro Rosso. "O projetista é Adrian Newey, um dos maiores gênios da Fórmula 1, o diretor-técnico é Giorgio Ascanelli, que já foi engenheiro do Ayrton Senna. O carro é bem nascido, o carro tem pedigree!".
Que Ferrari que nada! McLaren, mané McLaren... O negócio é STR. Viva o STR3, o carro mais incrível do grid! Deu até a vitória a um muleque lá...
Ufa... O cara caprichou na corrida de volta. Até que um GP da Itália não merecia menos que isso, não. As próximas atividades serão dentro de duas semanas, no breu de Cingapura. Se lá ele estiver igualmente iluminado como em Monza, é lucro pra gente.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Enquete F-1

Entre as etapas da Bélgica e da Itália, o Blog F-1 perguntou: A punição a Hamilton, em Spa, foi justa?
Os 105 cliques definiram o resultado:
Sim- 77,14%
Não - 22,86%
A grande maioria considera que o inglês mereceu a punição.
O fato repingou na corrida de Monza. O exemplo mais claro foi a postura de Felipe Massa, que precisou ultrapassar Nico Rosberg pela segunda vez, porque a equipe preferiu devolver a posição antes que os comissários resolvessem punir o brasileiro. Analisando a disputa, trata-se de uma hipótese um tanto quanto improvável, porém não custava nada manter o pé atrás. Fez bem a Ferrari.
Vamos ver se o pessoal se arrisca nos palpites da nova enquete que já está no ar. Logo ali no canto, é só clicar!

De campeão a segundão

Quarto colocado na tabela, três corridas sem pontuar, 21 pontos atrás do líder do campeonato. Kimi Raikkonen tem duas opções na temporada: A primeira seria vencer todas as etapas que seguem e tirar, magicamente, a vantagem de Hamilton e Massa, torcendo para que ambos consigam resultados piores que o quarto lugar nas corridas restantes. O segunda seria... ser segundo.
Se dependesse apenas do finlandês, ele tentaria o impossível. Mas a decisão é da Ferrari, e ela já parece certa do que quer.
"Eu sempre disse que nosso principal interesse é a equipe. Claro, é a coisa mais importante e os pilotos sabem disso. Até agora, vocês podem ver que, em nenhum momento, tiramos pontos de um ou outro piloto, mas, considerando a situação do campeonato e o calendário, Kimi fará o melhor para ser agressivo e, se for possível, levará em conta o fato de que Felipe está mais próximo que ele do líder, Lewis", Domenicali.
Kimi terá de se contentar com a postura da escuderia, até por uma questão de justiça, já que foi Massa quem abriu mão da vitória no Brasil para garantir o título em 2007. Chegou a hora de inverterem-se os papéis. E para executar bem a função de escudeiro, ele precisará ao menos se reacostumar a andar próximo ao brasileiro, superando a má fase.
É complicado para um campeão do mundial se sujeitar a essa tarefa. Não será grande surpresa, pois, se o finlandês desanimar e continuar rendendo aquém do que se espera de um piloto de ponta.

domingo, 14 de setembro de 2008

Maestro Vettel vence em Monza

Corrida digna de Grande Prêmio da Itália. Etapa marcante, repleta de duelos em pista, feitos históricos, fechando com o acirramento da briga pelo do campeonato entre dois fortes postulantes ao título.
A chuva obrigou o uso de pneus biscoito a todo o grid. A largada foi dada de maneira lançada, com safety car na pista, exceto para Sebastien Bourdais, que teve problemas no bólido e precisou sair dos boxes, arruinando suas chances de recuperação na tabela.
Vettel administrou bem a largada se mantendo na ponta. O alemão abria vantagem volta atrás de volta, enquanto Kimi Raikkonen travava um difícil pega com Giancarlo Fisichella. Hamilton apenas observava, até que o finlandês enfim ganhou a posição do italiano. Lewis não tardou para subir uma posição e atacar o ferrarista, ganhando mais uma colocação.
Ali estava começando o espetáculo do showman do GP. O piloto da McLaren veio barbarizando, mesmo com a estratégia de uma parada só. Lá na frente, Massa também forçava o ritmo para cima dos adversários à sua frente. Contra Nico Rosberg, jogou pelo lado de fora da primeira chicane, não funcionou, tentou novamente na segunda variante e completou a ultrapassagem passando por sobre a zebra da segunda perna. A Ferrari pediu ao brasileiro que devolvesse a posição. Acredita-se que os comissários não puniriam, mas foi uma decisão precavida. Felipe passaria a Williams novamente no giro posterior.
Barrichello foi o primeiro a parar. A essa altura, Hamilton já era oitavo. Nesta rodada de pit stops, todos retornavam com pneus de pista molhada e aguardavam o retorno da chuva. David Coulthard, como de costume, vitimou alguém. O escocês tocou na asa dianteira de Fisichella, que tentava se dirigir aos boxes, até que o aparato quebrou na entrada da Parabólica, provocando o abandono do romano.
Hamilton foi para o pit, retornando em décimo, atrás de Felipe. O inglês torceu para a chuva voltar, já que precisou colocar wet tyres. Alonso e Barrichello arriscaram logo com os pneus intermediários. A chuva não veio, o asfalto começou a secar. Não tardou para as equipes se adaptarem às novas condições. A Ferrari chamou Massa aos boxes, depois vieram outros pilotos, inclusive o líder Vettel. Lewis foi obrigado a fazer uma segunda parada.
Nelsinho Piquet fez uma primeira perna extremamente longa, só parou na volta 36. Terminaria em décimo, ao ser ultrapassado por Raikkonen, que se tornou dono da melhor volta da prova. Sebastian manteve a ponta, seguido pelo apático Kovalainen e por Robert Kubica. Alonso e Heidfeld em seguida. Massa bem que tentou passar o alemão, mas não foi possível. Hamilton perdeu rendimento com a pista secando e ainda recebeu um toque de Webber ao fechar o australiano.
Já a outra RBR, de David Coulthard, batia de verdade. Jogou Nakajima para fora da pista e se dirigiu aos boxes para reparos.
No fim, Sebastian Vettel completou o GP da Itália cruzando a linha de chegada em primeiro, conquistando uma vitória incontestável, que o consagrou como o mais jovem vencedor da história. Ergueu as mãos à cabeça, emocionado. No pódio, ouviu o hino alemão diante dos tifosi e regeu a hino italiano, bem ao estilo de Schumacher. Um geniozinho em ascenção vai recuperando o interesse da Alemanha pela F-1 e mostrando à Ferrari que em 2011 ele estará mais do que preparado para brigar pelo Mundial. Quem sabe com um carro vermelho...
Felipe Massa descontou a vantagem e está a um ponto de Lewis Hamilton no campeonato. A tabela de classificação tem Hamilton-78, Massa-77, Kubica-64, Raikkonen-57. Kimi passou em branco novamente, está a 21 pontos da liderança. São 40 pontos em jogo. Não precisa ter mestrado em matemática para entender a situação do finlandês.
A próxima será noturna, dentro de duas semanas, em Cingapura. Mais um GP onde tudo pode acontecer. Que venha a nova obra de Hermann Tilke.

sábado, 13 de setembro de 2008

É especial

Esta é a melhor produção youtubística que conheço a respeito da digníssima história da pista italiana. "Magic of Monza" é o título da obra:
O GP da Itália será o de número 500 da equipe Williams. Só mesmo a Aline Rodrigues para postar uma achado tão simbólico assim...