domingo, 30 de outubro de 2011

Dessa vez foi impecável

No primeiro GP de F-1 da história da Índia, um certo jovem que vem fazendo história conseguiu sua 13ª vitória na temporada. Dessa vez, Sebastian Vettel foi impecável. Liderou todas as voltas, fez a volta mais rápida, venceu, além de ter largado na posição de honra. Mesmo depois da confirmação do título e de se tornar o mais jovem bicampeão da F-1, Vettel continua corrida após corrida mostrando que ele, não somente o carro, são fantásticos.

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Os grandes nomes desse bicampeonato de Vettel e da Red Bull"][/caption]

Sebastian Vettel soube administrar bem a distância que manteve para Jenson Button desde a primeira volta, distância essa que só veio aumentando. Button, aliás, fez outra grande corrida, ao largar bem, se defender das investidas de Mark Webber durante a corrida e conseguir mais um segundo lugar daqueles que dá para considerar uma vitória, haja vista que Vettel e sua Red Bull são de outro mundo.

Na terceira posição cruzou Fernando Alonso. Não dá pra não dizer que com um carro melhor o espanhol não venceria mais corridas este ano. Com essa Ferrari que colocam em suas mãos, conseguir subir ao pódio vez após outra é um trabalho que deve ser levado em conta sem sombra de dúvidas. Mas seu desejo de vencer mais uma corrida pelo menos ainda este ano será algo extremamente difícil de acontecer, assim como conseguir o vice-campeonato.

O outro ferrarista, muito ao contrário de seu companheiro, foi mal, muito mal. Abandonou depois de novamente atacar a zebra com voracidade e prejudicar a suspensão. Além disso, envolveu-se mais uma vez em um toque com Lewis Hamilton e levou um drive through já que os comissários de prova entenderam que o brasileiro virou cedo demais para contornar a curva.

Hamilton também foi mal e tratou de pedir desculpas, do seu jeito é claro. A corrida na Índia foi reflexo do que vem sendo o ano todo do piloto inglês. Andando onde não é o seu lugar, decidindo posições no meio do grid e ainda cometendo erros, Hamilton mostrou-se perdido, mesmo que aparentemente as possibilidades dele voltar a ser o grande piloto que era estejam se reafirmando novamente. Uma limpeza em sua vida era necessária e é isso o que ele está começando a fazer. Hamilton terminou na 7ª posição.

[caption id="" align="aligncenter" width="601" caption="Os três melhores pilotos do ano subiram ao pódio na Índia"][/caption]

Michael Schumacher alcançou uma boa 5ª posição e desde o início do segundo semestre tem demonstrado que pode render muito bem dentro de um carro mais competitivo. Seu companheiro Nico Rosberg chegou logo atrás, na 6ª posição.
Alguersuari, que teve uma ótima atuação e ajudou a Toro Rosso a pular para a 7ª posição no Mundial de Construtores à frente da Sauber, chegou no 8º posto, seguido de Sutil e Pérez.

Bruno Senna correu por grande parte da corrida na zona de pontuação, mas precisou parar próximo do fim e chegou apenas na 12ª colocação. Quem foi ainda pior foi Rubens Barrichello, que se envolveu em uma incidente na primeira curva, precisou ir aos boxes trocar a asa dianteira danificada e ficou a corrida toda lá trás disputando posições com carros bem inferiores. No final, Barrichello terminou atrás da Lotus de Heikki Kovalainen, em 15º.

A próxima etapa, a penúltima do campeonato, acontecerá daqui duas semanas em Abu Dhabi.

Resultado Final - GP da Índia:

1º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 60 voltas
2º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 8s4
3º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 24s3
4º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 25s5
5º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), a 1min05s4
6º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 1min06s8
7º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 1min20s1
8º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), a 1 volta
9º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 1 volta
10º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), a 1 volta
11º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), a 1 volta
12º. Bruno Senna (BRA/Lotus Renault), a 1 volta
13º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 1 volta
14º. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), a 2 voltas
15º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), a 2 voltas
16º. Jérôme D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), a 3 voltas
17º. Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth), a 3 voltas
18º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), a 3 voltas
19º. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault), a 5 voltas

Não terminaram:

Felipe Massa (BRA/Ferrari), na volta 33
Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), na volta 25
Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), na volta 13
Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), na volta 3
Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), na volta 1

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sábado, 29 de outubro de 2011

Vettel estreia a nova pista na Índia

A pista ficou pronta em cima da hora, e isso é visível pelo ar de canteiro de obras e pela grama poerenta que rodeia o traçado. A obra, aliás, foi movimentada, não só no que tange à construção física do circuito em Greater Noida, mas também em relação aos protestos de fazendeiros da região, que reivindicam compensações financeiras pela desapropriação das terras. A Fórmula-1, ao que parece, conseguiu abafar essas manifestações, mas não tirou dessa corrida inaugural na Índia o jeitão de obra terminada às pressas.

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Levantou poeira: a menor escapada da pista basta para ouriçar a sujeira depositada fora do trilho, como Rubens Barrichello pôde comprovar (Foto: AP)"][/caption]

Apesar disso, as impressões colhidas sobre o traçado de Buddh são praticamente unânimes: possivelmente o maior acerto de Hermann Tilke até aqui. Pra quem como eu - e creio que todos os que lêem este blog - vê pela tv, de fato a pista não parece ser ruim. A longa reta é como um tobogã de parque aquático e há outras variações topográficas mais discretas. Há chicanes - como a 6 e a 7 - de desenho menos óbvio e curvas - como a 13 e a 14 - em marchas mais elevadas do que as do festival de contornos em 2ª marcha de Yeongam, por exemplo. E o grande balão que leva da curva 10 para a curva 11 também dá a impressão de ser interessante.

Greater Noida é um avanço em relação a outras pistas com a grife Tilke. Nada que se compare a Spa ou Suzuka em termos de exigência técnica, mas um oasis em meio a tantas pistas acelera-freia forte-acelera espalhadas pelo oriente.
Pista nova, velho pole

O campeonato já está acabado e o GP da Índia é daqueles que cumpre tabela, mas Sebastian Vettel não demonstra o menor arrefecimento em sua motivação e vontade de andar na frente. Sua 13ª pole em 2011 é a prova disso. O resultado desse sábado em Greater Noida deixa o bicampeão a apenas uma pole de igualar o recorde de largadas na posição de honra em uma mesma temporada. A marca de 14 poles pertence a Nigel Mansell e pode ser superada se Vettel mantiver o ímpeto em Abu Dhabi e no Brasil.

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Vettel: em 17 oportunidades, 13 poles (Foto: Getty Images)"][/caption]

A Red Bull, já campeã entre os construtores, dominou a primeira fila. Mark Webber, que ainda briga pelo vice com Jenson Button e Fernando Alonso, larga em 2º, deixando no ar um certo suspense sobre um possível jogo de equipe para favorecer o australiano amanhã. Na segunda fila estão Alonso e Button, que junto com Webber se beneficiaram da punição de três posições aplicada a Lewis Hamilton. O campeão de 2008 marcou o 2º melhor tempo do Q3 na Índia, mas largará em 5º por ter desrespeitado o alerta da bandeira amarela nos treinos livres de ontem.

Felipe Massa, em 6º, não pôde melhorar seu tempo graças a um acidente inusitado que sofreu na sua última tentativa de volta rápida. O brasileiro atacou a zebra da curva 8 com tamanho ímpeto que atingiu um casco de concreto escondido sob a grama. O choque quebrou a suspensão do carro de Massa.

Não há previsão de chuva para a hora da largada do GP da Índia, que acontece às 7:30 da manhã de domingo pelo horário de Brasília, com transmissão da Tv Globo. Às 8 da noite desse sábado a Rádio Onboard transmite ao vivo o programa Pré-Race.
Grid de largada para o Grande Prêmio da Índia:

1º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 1min24s178
2º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), 1min24s508
3º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 1min24s519
4º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), 1min24s950
5º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), 1min24s474
6º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min25s122
7º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), 1min25s451
8º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), sem tempo
9º. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), sem tempo
10º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), sem tempo

11º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), 1min26s337
12º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), 1min26s503
13º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), 1min26s537
14º. Bruno Senna (BRA/Lotus Renault), 1min26s651
15º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), 1min27s247
16º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), 1min26s319

17º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), 1min27s876
18º. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), 1min28s565
19º. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault), 1min28s752
20º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), 1min27s562
21º. Jérôme D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), 1min30s866
22º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), 1min30s216
23º. Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth), 1min30s238
24º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), 1min34s046

domingo, 16 de outubro de 2011

Vettel, pelo prazer de vencer

Lewis Hamilton não lê este blog, mas respondeu às perguntas feitas ontem por essas bandas. Se a cabeça do piloto do carro de número 3 voltou ao lugar ou não, é cedo para dizer, mas foi um alívio vê-lo na dura, linda e marcante disputa de posição com Mark Webber pelo segundo lugar depois da segunda rodada de pit stops. Quase uma volta inteira dividindo curvas lado a lado com o australiano, sem toques, no grande momento de um GP da Coreia morno e sem muita história.

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Vettel correu sozinho e Hamilton venceu a corrida disputada pelos outros 23 carros (Foto: Reuters)"][/caption]

Depois da largada e das primeiras voltas, foi difícil ver os líderes trocarem de posição na pista. As ultrapassagens se consumaram mais nos boxes do que nos 5615 sinuosos metros de Yeongam. Sebastian Vettel foi quem deu o bote ainda na primeira volta, deixou Hamilton para trás e não foi mais incomodado durante os outros 54 giros.

As histórias paralelas, quando existiram, não ascenderam do papel de coadjuvantes para o cartaz principal. Ainda assim, graças ao impressionante desempenho de Vettel, os holofotes estiveram voltados para os outros pilotos das três equipes grandes, talvez com exceção de Jenson Button, que sofreu com o desempenho do carro durante toda a corrida. Além de Webber e Hamilton, Fernando Alonso e Felipe Massa passaram a ser o foco da prova.

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="A ordem de posições entre as Ferraris foi essa até o terço final da corrida (Foto: Getty Images)"][/caption]

A disputa entre os vermelhos mostrou Massa num lampejo, a frente de Alonso durante boa parte da corrida e defendendo-se do espanhol enquanto pôde. Foi uma rara prova em que o brasileiro não se envolveu em nenhum contratempo grave, a não ser os enrolos da própria Ferrari nos pit stops. Deixado para trás depois de voltar dos boxes no meio do tráfego, ficou distante de Alonso no terço final da corrida, quando o espanhol era o piloto mais rápido da pista.

Alonso remou e levou quase 20 voltas para se aproximar de Button. Quando finalmente estava a cerca de dois segundos do quarto colocado, o espanhol deu pinta de ter ficado sem pneu e avisou pelo rádio que desistia da briga. E Dom Alonso, que conquistou um segundo lugar na raça em Suzuka, capitulou em Yeongam, mostrando o quanto é duro ver um piloto querendo andar mais que o carro sem conseguir.

Vettel só voltou à ordem do dia na bandeirada. “Yes, Yes, Yes”, repetidas vezes, ao comemorar a vitória e o bicampeonato da Red Bull no mundial de equipes. Já campeão, Vettel teria todos os motivos para encarar as corridas restantes como um cumprimento formal de tabela. Mas Vettel aparenta ser um piloto de verdade, e pilotos desse gênero tentam a vitória de qualquer forma, para o bem do time ou pelo simples gozo pessoal de vencer.

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Vettel e o alto clero da Red Bull comemoram o bicampeonato de construtores (Foto: AP)"][/caption]

sábado, 15 de outubro de 2011

Em Yeongam, menos é mais

Com o campeonato de pilotos já decidido, acompanhar a Fórmula-1 nas madrugadas virou uma missão para os fanáticos. Sobretudo quando o que se tem que acompanhar são os treinos classificatórios sob um formato que já saturou o público. A sensação de enfado em Yeongam é reforçada pela pistaem si. Sãovárias curvas, de estilos variados, e isso não é ruim. Mas talvez Hermann Tilke tenha desenhado curvas demais na pista da Coreia do Sul sem atentar para a velha máxima de que, as vezes, menos é mais.

Menos é mais. Se em 2011 houve algum piloto que precisou decorar esse mantra, esse piloto foi Lewis Hamilton. Menos ímpeto, as vezes, significa mais resultado. E Hamilton, envolvido em um caminhão de polêmicas, confusões, toques, batidas e punições, viveu seu calvário, ficando de fora da briga pelo título muito cedo e vendo Jenson Button brilhar. Se o campeão de 2008 aprendeu a lição, ninguém ainda sabe e eu mesmo, se tivesse que apostar, diria que ele não deve mudar muito seu modo de pilotagem. Nesses anos de Fórmula-1, Hamilton já deixou claro que é um típico win-or-wall. O inglês até pode tentar se domesticar, mas seu instinto, a meu ver, nunca vai estar totalmente domado.

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Longe das vitórias desde o GP da Alemanha, Hamilton tem outra chance na Coreia (Foto: Getty Images)"][/caption]

Uma boa chance de descobrir como Hamilton vem absorvendo as críticas pode ser dada nesse GP da Coreia do Sul. Afastado da pole position desde o GP do Canadá do ano passado, o piloto da McLaren voltou a conseguir o direito de largar da posição de honra e finalmente desbancou a Red Bull, que fez a pole em todas as outras 15 oportunidades em 2011. Com o campeonato de pilotos já decidido e com uma briga pouco palpitante pelo vice, as grandes perguntas para as 55 voltas do GP da Coreia envolvem Hamilton. Como ele vai proceder em caso de disputa de posição com o agora bicampeão Vettel? E com Button? Hamilton, grande devorador de pneus, sobreviverá calçando supermacios?

As respostas serão dadas na madrugada de sábado para domingo às 4 horas da manhã, pelo horário brasileiro de verão que começa à meia-noite. Baianos, e moradores do sul, sudeste e centro-oeste do Brasil terão uma hora a menos de sono. Mas menos é mais. Vai ser mais fácil virar a noite e ficar acordado para acompanhar a corrida até às 5:30 da manhã.
Grid de largada para o Grande Prêmio da Coreia do Sul:

1º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), 1min35s820 ( 14 voltas )
2º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 1min36s042 ( 12 )
3º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), 1min36s126 ( 14 )
4º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), 1min36s468 ( 11 )
5º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min36s831 ( 16 )
6º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 1min36s980 ( 11 )
7º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), 1min37s754 ( 12 )
8º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), 1min38s124 ( 19 )
9º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), sem tempo ( 16 )
10º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), sem tempo ( 14 )

11º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), 1min38s315 ( 11 )
12º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), 1min38s354 ( 9 )
13º. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), 1min38s508 ( 11 )
14º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), 1min38s775 ( 13 )
15º. Bruno Senna (BRA/Lotus Renault), 1min38s791 ( 14 )
16º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), 1min39s189 ( 8 )
17º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), 1min39s443 ( 14 )

18º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), 1min39s538 ( 4 )
19º. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), 1min40s522 ( 6 )
20º. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault), 1min41s101 ( 6 )
21º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), 1min42s091 ( 7 )
22º. Jérôme D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), 1min43s483 ( 8 )
23º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), 1min43s758 ( 8 )
24º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), sem tempo ( 2 )

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

700 vezes McLaren

Como torcedor dessa equipe, não poderia deixar passar em branco uma marca comemorativa que claro, significa muito tratando-se de uma categoria suscetível a tantas mudanças nas últimas décadas. Mudanças no regulamento, mudanças nos carros, mudanças na maneira de se fazer Fórmula 1 e especialmente financeira. Não é qualquer equipe que sobrevive tanto tempo depois de revezes financeiros, principalmente hoje em dia com o tamanho medo de um novo caos na economia mundial.

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Wallpaper comemorativo à marca de 700 GPs da McLaren"][/caption]

A McLaren completará na Coréia do Sul, no GP deste final de semana a incrível marca de 700 Grandes Prêmios disputados. Grandes nomes passaram por essa grande escuderia. Ela também passou por anos angustiantes, difíceis, no entanto, mais sorriu do que chorou. Foram várias conquistas, vários títulos e atualmente conta com dois campeões mundiais em seus cockpits.

A McLaren sonha mais alto e pretende em breve entrar de vez para competir no setor de automóveis com grandes forças como Ferrari, Mercedes, Porshe e outras. E que venham pela frente mais 700 GPs e uma equipe que vá muito além até mesmo do que a própria F-1, que a fez tão grande.

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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O menino que venceu em Monza

Setenta e sete gps, 27 poles, 33 pódios, 19 vitórias e quatro anos depois de estrear na Fórmula-1, Sebastian Vettel é bicampeão da categoria. O post de hoje pedia um tom reflexivo sobre a carreira desse garoto, mas, desde domingo, quando penso em Vettel, imediatamente sou enviado para o dia 14 de setembro de 2008.

A vitória de Vettel naquela corrida, depois de cravar a pole numa Monza molhada como nunca se viu, de ponta a ponta, naquele asfalto sagrado, com um Toro Rosso e com todos os grandes na pista foi indício do que estaria e do que ainda está por vir na carreira do menino Vettel. O desempenho do alemãozinho naquela prova e tudo o que sucedeu no pós-corrida, para mim, resumem Vettel, tanto como piloto, mas também como personalidade do circo da Fórmula-1.

Como piloto, Vettel mostrou que era extremamente talentoso e rápido, tanto no molhado como no seco. Como personagem, começava a se tornar conhecido um sujeito bem humorado e carismático. Unindo os polos profissional e pessoal, estava a estrela de campeão que o acompanhou durante todo o fim de semana. Afinal, é preciso ter muita estrela para entrar no clube de vencedores de corridas de Fórmula-1 pela porta da frente, vencendo o lendário GP da Itália em Monza. Talento, velocidade, bom humor, carisma, estrela. Isso é Sebastian Vettel. Um talento nato.

O feito em si, o lugar, a reação do público, a identificação com um antigo campeão... Poucas vezes foi tão difícil para esse blogueiro não se emocionar:



Enfim, é isso o que eu consigo dizer a respeito de Vettel por enquanto. Seu bicampeonato não é tudo e creio que suas melhores histórias ainda estão por vir. Porém, por mais vitoriosa que seja sua carreira, Vettel vai ser sempre, para mim, o menino que venceu em Monza e abriu um paradigma novo. Alguém que não estivesse numa Ferrari ou numa McLaren podia sim fazer a pole, liderar toda a corrida e vencer. Simplesmente por abrir os olhos do mundo para esse hipótese hoje tão óbvia, e a primeira vitória de Sebastian Vettel sempre será mais importante do que qualquer um de seus títulos.

 

domingo, 9 de outubro de 2011

Vettel sagra-se o mais jovem bicampeão da F-1

Mais um bicampeão da Fórmula 1 foi apresentado ao mundo na pista onde muitos grandes pilotos costumam sagrar-se campeões. Mas desta vez, não foi um bicampeão qualquer que recebeu o título e entrou em um grupo ainda mais seleto de campeões consecutivamente.

Sebastian Vettel tornou-se neste domingo, no circuito de Suzuka, com quatro corridas de antecedência, o mais jovem bicampeão da categoria máxima do automobilismo, mesmo chegando na terceira posição, lugar que ele não anda muito acostumado a chegar. E muito além disso, essa temporada lhe deu o respeito de todos os que acompanham a F-1. Vettel pode sim pulverizar recordes e se tornar um dos melhores e maiores pilotos da história do automobilismo.

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Mesmo caindo para a terceira colocação na largada, Button soube se recuperar e vencer a corrida"][/caption]

A corrida em Suzuka poderia ter feito ainda mais jus ao desempenho incrível que dois pilotos vem demonstrando nesse ano. Além do campeão Vettel, Jenson Button venceu uma corrida sem emoções, mas que o deixou em vantagem ainda maior na briga pelo vice-campeonato. Mais do que isso pode-se dizer, Button provou que também sabe vencer em condições de pista normais, já que só havia vencido pela McLaren com chuva e pista escorregadia.

Na largada, o piloto do carro número 4 sofreu com uma defesa um tanto agressiva de Vettel e com isso perdeu a segunda colocação para Lewis Hamilton. Aliás, Hamilton já pode ser considerado um piloto quase que completamente diferente daquele maduro campeão em 2008. Quanto a Button, era sabido que sua competência em conservar os pneus e sua paciência em realizar investidas no momento certo o colocariam em melhor situação. E foi exatamente isso o que aconteceu. Sua performance na pista fez com que seus pneus durassem mais do que os de Vettel e com isso o inglês conseguiu superar a quase imbatível Red Bull.

Fernando Alonso também demonstrou que quer muito tornar-se vice-campeão ou ao menos vencer alguma das corridas restantes como já declarou. A segunda colocação na prova e mais um pódio enaltece o ótimo trabalho que o espanhol vem realizando com um carro limitadíssimo que a Ferrari montou para esse ano. Se não fosse esse seu talento, dificilmente Alonso estaria sendo o mais temível adversário de Button na briga pelo segundo lugar no campeonato.

O companheiro de Alonso, Felipe Massa segue na mesma falta de sorte somada a baixo rendimento mais a falta de competência em guiar como um bom piloto que ele já foi. Envolvido em mais um “encontrão” com Hamilton, mais uma vem sem ter a culpa, Massa terminou apenas na sétima posição. Mais um resultado frustrante para o brasileiro. Michael Schumacher foi quem terminou a sua frente, com uma boa atuação que lhe rendeu até a liderança da corrida por algumas voltas.

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Sebastian Vettel: o mais jovem bicampeão da história da F-1"][/caption]

Bruno Senna e Rubens Barrichello foram piores do que o esperado e as limitações dos carros dessa vez não servem como desculpas. Bruno sofreu com um toque em seu carro na largada e isso muito provavelmente prejudicou todo o restante da prova. O piloto da Renault terminou na 16ª posição. Já Rubens Barrichello que cruzou a linha de chagada atrás do compatriota, disse que a entrada do safety car por conta dos destroços que o toque entre Massa e Hamilton deixou na pista prejudicou sua estratégia. Com desculpas consideráveis ou não, o piloto da Wiliams vem devendo em desempenho, especialmente no segundo semestre, onde vê seu companheiro de equipe cada vez melhor. Pastor Maldonado terminou na 15ª colocação.

A próxima corrida acontecerá na Coréia do Sul com a disputa do vice-campeonato pegando fogo e pela primeira vez com o mais jovem bicampeão da F-1.

Confira a classificação final da prova:

1 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 53 voltas em 1h30m53s427
2 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 1s160
3 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - a 2s006
4 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - a 8s071
5 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - a 24s268
6 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 27s120
7 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 28s240
8 - Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari) - a 39s377
9 - Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) - a 42s607
10 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 44s322
11 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - a 54s447
12 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - a 1m02s326
13 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - a 1m03s705
14 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - a 1m04s194
15 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - a 1m06s623
16 - Bruno Senna (BRA/Renault-Lotus) - a 1m12s628
17 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - a 1m14s191
18 - Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault) - a 1m27s824
19 - Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault) - a 1m36s140
20 - Timo Glock (ALE/MVR-Cosworth) - a 2 voltas
21 - Jerome D'Ambrosio (BEL/MVR-Cosworth) - a 2 voltas
22 - Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth) - a 2 voltas
23 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth) - a 2 voltas

Não completou:
Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - a 42 voltas/roda

Melhor volta: Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m36s568, na 52ª

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sábado, 8 de outubro de 2011

Obrigação Burocrática

Para se ter uma ideia de como os treinos classificatórios ficaram desinteressantes para o público, quatro dos dez carros credenciados para o Q3 do GP do Japão não foram para a pista na fase final da classificação: Michael Schumacher, Bruno Senna, Vitaly Petrov e Kamui Kobayashi. A regra dos pneus assassinou a classificação, que ganhou um ritmo morno e não tem um clímax bem delineado. É um enorme contracenso, sobretudo porque quando o fim do reabastecimento foi anunciado para a temporada de 2010, esperava-se que o treino classificatório voltasse a ser disputado com os pilotos dando o máximo com carros super leves. A expectativa era de que a classificação voltasse à sua essência de ser o momento de maior velocidade do fim de semana. Mas a limitação dos jogos de pneus está atuando como um enorme gol contra o próprio patrimônio nas sessões classificatórias.

Tanto é assim, que pouca coisa é digna de nota no sábado em Suzuka. Sobretudo porque Nico Rosberg nem mesmo marcou uma volta rápida no Q1, dando a todos a certeza de que não havia pelo que brigar já que as sete últimas posições ficaram instantaneamente decididas. Sem a disputa para correr da degola na primeira fase, o treino ganhou ares ainda mais enfadonhos.

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Rosberg não registrou volta rápida, e o tom da classificação caiu ainda mais (Foto: Getty Images)"][/caption]

Depois de liderar todos os treinos preliminares, a McLaren parecia uma candidata forte a tirar da Red Bull, pela primeira vez no ano, a supremacia da poles. Lewis Hamilton liderou o Q2 com três décimos de vantagem sobre Sebastian Vettel e Jenson Button, mesmo embalado desde a sexta-feira, quando liderou os treinos livres, era outro candidato à pole.

Só que Hamilton nem chegou a abrir sua última volta. Ultrapassado  e espremido por Schumacher e Webber na chicane pouco antes de começar sua última tentativa, o inglês, liberado muito em cima da hora pela McLaren, perdeu tempo. Quando passou pela reta para tentar a pole, o cronômetro já estava zerado e as luzes já estavam vermelhas. Enquanto Vettel e Button abriam seu último giro, a tv já indicava a bandeirinha quadriculada ao lado da abreviação do nome do campeão de 2008. Daí sua cara de poucos amigos na foto dos três primeiros na frente da garagem.

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Vettel e Button interagem enquanto Hamilton faz cara de... #foreveralone (Foto: AP)"][/caption]

Restou esperar pela briga Button X Vettel. Pelo histórico, era de se esperar que o alemãozinho faturasse a pole com folga, mas Button esteve em um ritmo bem próximo. Vettel foi apenas nove milésimos de segundo mais veloz do que o inglês. Seria um prognóstico interessantíssimo se ambos estivessem disputando verdadeiramente um título. Ok, matematicamente é isso o que está ainda está acontecendo, mas na prática, o GP do Japão é apenas uma obrigação burocrática pela qual Vettel precisa passar para ser bicampeão. Tão burocrática como os treinos classificatórios da Temporada 2011.

Vettel precisa marcar apenas um ponto para ser campeão no Japão. Sua tarefa não é das mais difíceis, sobretudo porque não existe previsão de chuva para o domingo em Suzuka. A largada para a corrida acontece às 3 da manhã, no horário de Brasília, com transmissão ao vivo da Tv Globo.
Grid de largada para o Grande Prêmio do Japão:

1º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 1min30s466 ( 14 voltas )
2º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), 1min30s475 ( 14 )
3º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), 1min30s617 ( 14 )
4º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min30s804 ( 15 )
5º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 1min30s886 ( 13 )
6º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), 1min31s516 ( 14 )
7º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), sem tempo ( 10 )
8º. Bruno Senna (BRA/Lotus Renault), sem tempo ( 12 )
9º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), sem tempo ( 17 )
10º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), sem tempo ( 15 )

11º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), 1min32s463 ( 14 )
12º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), 1min32s746 ( 10 )
13º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), 1min33s079 ( 13 )
14º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), 1min33s224 ( 14 )
15º. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), 1min33s227 ( 10 )
16º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), 1min33s427 ( 10 )
17º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), sem tempo ( 6 )

18º. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), 1min35s454 ( 3 )
19º. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault), 1min35s514 ( 6 )
20º. Jérôme D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), 1min36s439 ( 8 )
21º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), 1min36s507 ( 7 )
22º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), 1min3s846 ( 7 )
23º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), sem tempo ( 1 )
24º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), sem tempo ( 2 )

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Red Bull já chegou à Índia

O GP da Índia será realizado pela primeira vez da Fórmula 1 daqui a algumas semanas. Muito provavelmente, o título estará decidido até lá e o que teremos então é apenas uma disputa pelo “prêmio” de vice-campeão mundial da categoria. Depois da Índia, só acontecerão o GP de Abu Dhabi e a corrida aqui no Brasil para fechar o calendário e o campeonato de 2011.

Por ser o primeiro de um país que vem crescendo como economia emergente nos últimos anos, a Red Bull resolveu usar sua marca para participar de um evento onde promoveu uma exibição de um de seus carros que foi guiado por Daniel Ricciardo, a jovem promessa do time austríaco. Confira o vídeo e veja um pouco das belezas do país e de como foi essa demonstração da Red Bull:


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domingo, 2 de outubro de 2011

Memória Blog F-1: Campeões em Suzuka [3]

O GP do Japão de 1991 já foi esmiuçado e a história da corrida e do campeonato já é conhecida por quase todo mundo, provavelmente. Para os ruins de memória, a temporada chegava a Suzuka, penúltimo destino do ano, polarizada entre Ayrton Senna e Nigel Mansell. Senna tinha 16 pontos de vantagem sobre o leão e estava numa posição confortável para faturar o tri no Japão.

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Senna, campeão pela terceira vez em Suzuka"][/caption]

Com tamanha desvantagem e restando apenas duas corridas para o fim do campeonato, o ideal para Mansell era vencer e torcer para que Senna chegassem em posições ruins tanto em Suzuka comoem Adelaide. Mas a tarefa do inglês, que já era inglória, tonrou-se mais difícil depois que Gerhard Berger cravou a pole, seguido por Senna. Atrás da primeira fila da McLaren estava Mansell, claramente o franco-atirador do GP do Japão de 1991.

Na largada, as posições dos três se mantiveram iguais. A McLaren trazia para o Japão a mesma tática usada na corrida anterior, na Espanha: deixar Berger fugir na frente e fazer com que Senna ficasse segurando Mansell, apostando que o leão, de cabeça quente ao ficar limitado no terceiro lugar quando precisava desesperadamente da vitória, fizesse uma burrada que o tirasse da corrida e desse o título a Senna.

Em Barcelona o joguinho da McLaren não havia dado certo. Mansell não apenas superou Senna e Berger como também venceu a corrida e deixou o brasileiro - que errou e saiu da pista ao tentar bloquear o piloto da Williams - apenas na quinta posição. Mas vantagem de Senna ainda era grande, como as chances de o plano do time de Woking dar certo também eram.

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Na Espanha, a tática da McLaren pode não ter dado certo, mas gerou uma das imagens mais clássicas da história da Fórmula-1"][/caption]

Em pouco menos de 10 voltas Berger em Suzuka, já abrira quase 10 segundos de vantagem sobre Senna, que segurava Mansell. Na nona volta o leão embutiu na McLaren de número um, tentando a ultrapassagem, mas exagerou. Chegou forte demais na primeira curva do circuito, passou reto e ficou preso à caixa de brita. O campeonato estava acabado e Senna era tricampeão.

Daí em diante, o brasileiro pôde correr para se divertir. Logo alcançou e ultrapassou Berger. Senna seguia para vitória, quando, a metros do fim, retribuiu o trabalho de seu escudeiro e deu a Berger sua primeira vitória na McLaren. Mesmo em segundo, Senna comemorava tranquilo, seu terceiro título mundial de Fórmula-1, há 20 anos: