domingo, 31 de maio de 2009

Mais uma

Há mais times na lista da FIA do que pode supor nossa vã filosofia. Vou repetir os nomes para não nos perdermos: Prodrive, USF1, Lola, March, Campos, Litespeed.
Adiciona-se ao conjunto a Superfund, escuderia bancada pelo dono da empresa de investimentos que leva aquele nome, Christian Baha, uma grande fã do automobilismo. A curiosidade do staff recai sobre o piloto Alex Wurz, no papel de chefe de equipe.
O austríaco deixou a Fórmula 1 com 3 pódios, 1 volta mais rápida, 45 pontos somados, conseguindo concluir 48 de suas 69 largadas, sempre com um capacete pra lá de esquisito.
É sempre interessante conferir a performance de um piloto no cargo de dirigente. Alain Prost brilhou nas pistas mas não fez milagres no comando de sua equipe. Tomara que Wurz trace o caminho inverso.
Para isso, precisará receber o green card das mãos de Max Mosley. Como todos sabem, o anúncio só sairá após o GP da Turquia. Finalmente algum tema extra-pista positivamente empolgante.

sábado, 30 de maio de 2009

Candidatas 2010

Uma das equipes que anseiam entrar para o circo não o almeja pela primeira vez. A Prodrive novamente tenta se unir à McLaren como forma de ganhar terreno na Fórmula 1, com a diferença de que agora a parceria não inclui a construção do carro, mas apenas uma espécie de apoio técnico nos moldes da Force India.
David Richards tem planos a longo prazo. Garantindo vaga no grid do ano que vem e disputando GPs até o ano posterior, a Prodrive passaria a se chamar Aston Martin em 2012. A montadora britânica completa seu centenário no ano de 2013. Dispondo de um roteiro sólido como este, só podemos apontar a Prodrive como um das principais candidatas às três vagas abertas na lista da próxima temporada.
A USF1 já fez seu carnaval para quem quisesse ver. É nome certo há meses, nada mais a declarar. A Lola também emitiu seu pedido à FIA para voltar à F-1 e tentar fazer algo melhor que aqueles 16 campeonatos lhe permitiram. Não é de hoje que Adrian Campos manifesta interesse na categoria, mas tem-se a sensação que ele corre por fora. A Litespeed, então, nem se fala.
Quando se pensava que os concorrentes da final do vestibular foram todos anunciados, surge o elemento surpresa, com cota e tudo mais: a March se inscreveu. Sim, a velha escuderia fundada por Max Mosley está na briga, é o que garante o site F1-Live. Como FIA e FOM escolhem quem bem entenderem, a Lola não precisa fazer cerimônia para sentir-se ameaçada. Algum critério de escolha acabará por favorecer a March, a menos que suas condições técnicas e financeiras sejam realmente risíveis, o que não deve ser o caso. E por mais que as coisas mudem de mão, um fundador será sempre um fundador, existe uma proximidade.
A cada novo episódio, me convenço mais e mais que a entrada de novas escuderias se deve muito ao interesse de Bernie e Max em abrir uma brechinha para dar pitaco nas reuniões da Fota.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Fota garante suas vagas

O dia 29 chegou e a Fota soube se portar de maneira inteligente. As escuderias confirmaram presença no próximo campeonato ao mesmo tempo em que lançaram suas exigências, destacando que tais incrições apenas terão validade caso surja um novo Pacto de Concórdia. Segue a transcrição:
"As inscrições das equipes da Fota para o Mundial 2010 foram enviadas hoje no entendimento de que (a) todas as equipes poderão competir em 2010 com uma base de regulamento idêntica (b) que só pode ser aceita como um todo".
O teto de €45mi não foi aceito. A associação se disponibilizou em atuar em conjunto, auxiliando as novas equipes que ingressarem na categoria. Os três times incipientes serão conhecidos no dia 12 de junho. Até lá, já terá sido assinado o Pacto de Concórdia, com validade até 2012, numa manobra que visa trazer estabilidade à F-1.
Nenhum limite de gastos foi estipulado, comenta-se que o teto será de €100mi, mas o correto agora é esperar a manifestação da FIA a respeito da astúcia da Fota. Ainda não é hora de comemorar o fim das divergências, continua sobrando água para passar debaixo dessa ponte...

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Williams suspensa da Fota

Na mais absoluta acepção do conceito, a Williams é uma equipe de Fórmula 1. Não importa o que dizem as regras, ela estará sempre rendida diante de qualquer loucura prometida pela FIA. Se ameaçar deixar a F-1, consistirá numa auto-ameaça: a de fechar as portas da própria empresa.
A instabilidade do momento não agradou a equipe, que tratou de garantir a sua vaga para o próximo ano e esperar sentada pelo desenrolar dos fatos. A Fota reagiu afastando o time inglês das reuniões.
A suspensão temporária foi mal vista por muitos e interpretada com um racha na associação. Para mim, porém, não passou de uma atitude sensata e compreensível.
A Fota está totalmente engajada na resolução dos conflitos com Max Mosley. Se a Williams já assinou com a entidade, não poderá mais fazer oposição a ela. Sua presença nas reuniões da associação seria irrelevante.
Não entendo a postura da Fota como uma retaliação a Grove. Na verdade, o alvo não é a equipe do tio Frank, mas sim as integrantes menos exigentes do grupo, que estariam recebendo um recado de possível retaliação. Se a Williams continuasse participando das reuniões, por exemplo, a Force India poderia se sentir confortável para também assegurar sua vaga e seguir atuando na Fota. Quando fossem se dar conta, quase todos estariam discordando da FIA com contrato assinado com ela. Isso sim enfraqueceria a Fota.
As escuderias caminham na direção certa, propondo medidas alternativas interessantes para apresentar ao Mosley nos próximos dias. A definição deverá sair logo, com cada uma das partes cedendo um pouco em relação às imposições que fizeram.

Retrô

Enquanto as equipes montam as últimas estratégias para convencer a FIA a não transformar a categoria num quintal público, onde qualquer um pode sonhar em entrar, uma velha figura reaparece alegando possuir certas intenções de competir novamente. Refiro-me a um piloto.
Claro que ninguém levará Villeneuve a sério. Mas ao menos fora das pistas o canadense continua abusado como sempre.
O ex-piloto Martin Brundle, que atualmente ataca de jornalista da BBC, perguntou se Jacques acreditava que estaria em condições de guiar rápido um Fórmula 1 após anos de afastamento. Teve que ouvir essa: "Sim, mesmo porque ainda não virei um comentarista de TV, então estou suficientemente em forma".
O piloto que de fato relembrará os velhos tempos - na verdade não são tão velhos assim - é Sebastian Vettel. O alemão foi congratulado com o troféu Lorenzo Bandini graças ao belo desempenho apresentado na temporada 2008. O atual piloto da Red Bull voltará a guiar uma Toro Rosso no próximo dia 31, partindo de Faenza, percorrendo 12 km até Brisighella, local de nascimento do Bandini, morto num acidente em Mônaco, ocorrido em 1967, a bordo de sua Ferrari.
Outros privilegiados que receberam o mesmo troféu foram Michael Schumacher, Mark Webber, Ivan Capelli, Fernando Alonso, Kimi Raikkonen, Juan Pablo Montoya, Jenson Button, Jarno Trulli, Alexander Wurz, Giancarlo Fisichella, David Coulthard, Jacques Villeneuve, e por ai vai.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Rádio OnBoard - Mônaco/Indianápolis

No ar, a edição número 42 da Rádio OnBoard!
Um Ron Groo e meio Fábio Campos estiveram comigo na mesa de discussões sobre o fim de semana mais esperado do ano do automobilismo mundial.
Na F-1, a glória de Button em Monte Carlo, o início de uma reação ferrarista e algumas batidas típicas do circuito. Na Indy 500, a épica redenção de Hélio Castroneves. Na GP2, um acidente fora do comum e a polêmica do favorecimento ao francês.
Fica o convite para os ouvintes que ainda não fazem parte da comunidade se sentirem à vontade para interagirem com a rádio neste link.
Estaremos juntos novamente na próxima semana, comentando as expectativas para o GP da Turquia e a guerra de bastidores que se define. Até lá.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Interesse descarado

Seja com carro bom ou com carro ruim, esteja o Hamilton fora de combate ou largando à frente, Heikki Kovalainen simplesmente não dá sinal de vida.
Não é de hoje que a Mercedes anda cobiçando certos pilotos alemãs, e um deles estará disponível após esta temporada.
"Temos de respeitá-lo. Não podemos discutir isso publicamente, mas conhecemos Nico há um bom tempo e ele é um homem em nossa lista", disse o diretor Norbert Haug. "Mas está claro que outras equipes também sonham com ele", ponderou.
Os primeiros grandes nomes da categoria GP2 traçam caminhos bem distintos na Fórmula 1. Nico Rosberg está na mesma equipe pela qual estreou mas apresenta expectativa de evolução no grid, possivelmente alcançando um carro mais rápido em breve. Ao contrário, Kovalainen rapidamente atingiu um time de ponta, porém dá indícios de que sua trajetória começará a declinar.
Se a Mercedes conseguir contratar Nico, onde Heikki iria parar? Na certa, as 13 vagas de equipes abertas para 2010 conferem uma boa margem ao finlandês. Que faça bom proveito dela, porque neste momento não apostaria minhas fichas em sua continuidade em Woking.
Rosberg já avisou que deixaria a Williams caso os resultados lhe desanimassem neste ano. Basta somar dois mais dois. O interesse é mútuo. Em julho, as negociações começam a se intensificar. Veremos.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Vai que é tua, Galvão!

Começou o sábado dormindo no ponto. Somente depois que o gráfico da LG acabou de mostrar os duelos de classificação é que o Galvão foi anunciar: "Você quer ver como é que fica a briga entre as poles positions?". Logo notou que a lista já havia passado: "Você acabou de ver aí". Sim, o telespectador viu. O telespectador.
A intenção era fazer um elogio: "Os boxes de Mônaco já foram mais estreitos, mas eles mudaram, e hoje é melhor até...". Pausa. "... Melhor até... Melhor até que... Felipe Massa acaba de sair dos boxes!". Pois é, não conseguiu achar nada pior que os novos boxes de Monte Carlo e ainda ficou feliz quando o Massa saiu de lá.
"Olha por que que o Trulli não conseguiu volta, aí. Olha por que que o Trulli não conseguiu volta, aí!". Exclamou durante o replay do Glock rodando.
Pulemos a parte em que locutor vê Brad Pitt (que estava tão presente em Mônaco quanto eu) e passemos para o fim do treino, quando o narrador resolve dizer que ganhou a aposta: "Acertei, meninos!". O Reginaldo retruca dizendo que Galvão apostou em Massa, mas ele não dá o braço a torcer: "Sim, mas o Button era minha segunda opção!". Eu, hein... Melhor não contrariar...
A TV mostra o patrocinador da Brawn e imediatamente corta a imagem para o Button. Mas no fim do treino Galvão já estava mais esperto e foi rápido no gatilho: "Olha o homem que vai levar o Rubinho pro espaço! E aí o homem que tá mandando todo mundo pro espaço!". Eis um belo encerramento...
No domingo, começou exaltado com a variante depois do túnel: "Esse é o único ponto de ultrapassagem do circuito, e foram poucos que conseguiram ultrapassar. Só Fangio, Schumacher, Senna e Prost!". É verdade. Inclusive, só ocorreram quatro ultrapassagens na história de Mônaco.
Luciano Burti traduz o rádio do Massa em que a equipe pede para o piloto não atacar o Rosberg como forma de tentar chegar na Brawn. E o Galvão não entendeu nada: "Ô Burti, repita com calma por favor, repita...", solicitou, pasmo.
Na primeira rodada de pit stops, atacou de vidente: "Tá certa a Ferrari em chamar o Raikkonen pra não ficar perdendo tempo atrás do Rubinho, mas inverte a posição dele em relação ao Massa". Inverte o quê, criatura?
"Rubinho vem aí pra fechar volta, vem abanando, vem no limite extremo!". Essa não podia faltar...
Bastou o Massa começar a virar rápido, e... "Reginaldo, parece aquela história que o Senna dizia que pra você ser rápido, você tinha que ser sugado pelo túnel e se sentia em outra dimensão. Deve ser esse o momento em que isso acontece com o Felipe". Não tive como não lembrar do Nelson Piquet, falando sobre as controversas deduções do Galvão.
O narrador global destaca que Button tem a corrida na mão e Rubens assegurou o segundo lugar. "O Felipe e o Raikkonen vão definir quem vai pro pódio em qual posição". Considerando preenchidas as duas melhores posições de um pódio de três lugares, surge um desafio matemático: qual será a posição do próximo a subir no pódio? Tempo!
"A melhor volta do Raikkonen de 1:15.332 é a mesma do Felipe com 1:15.528". Então como é a mesma?!
Galvão Bueno mostrando-se informado quanto ao uso dos pneus: "É pneu macio e pneu médio". Eram supermacios e macios. Ô tristeza...
Reginaldo dizia que Massa havia vencido todas as corridas de Ferrari na Turquia, próxima etapa do Mundial. E o Galvão inventa de completar o otimismo: "A outra quem venceu foi o Schumacher. Só dá Ferrari lá!". Nem Schumacher, nem Ferrari. Em 2005 deu Kimi, de McLaren. Fora isso, a frase dele foi perfeita.
A ansiedade é tanta que ele nem quis esperar as duas semanas para iniciar as galvanadas da Turquia. Vamos com calma, calminha aí...

Enquete F-1

Por alguns dias, o Blog F-1 perguntou: Você gosta de GP de Mônaco?
Após 89 cliques computados, o resultado foi óbvio.
Sim - 78,65%
Não - 21,35%
Quando comecei a acompanhar a Fórmula 1, me perguntava por que razão carros tão rápidos disputavam corridas num circuito tão lento e estreito. Na certa quem lê o blog passou por essa fase mas já teve tempo mais do que suficiente para aprimorar o conhecimento e o pensamento a respeito do cartão de visitas da F-1.
O fim de semana em Monte Carlo expõe a pompa característica da categoria, promove boa parte dos acordos milionários que a sustentam, mas acima de tudo o Principado possui um clima especial, imagens diferenciadas, e é carregado por uma atmosfera marcante de toda uma história. Os torcedores médios podem não entender, mas não faria o menor sentido um calendário sem Mônaco.
É a única pista onde é permitido não ultrapassar, porque é o único lugar onde conseguimos entender plenamente que automobilismo é algo muito além de um carrinho passando o outro. Pode ser uma pista polêmica - por isso a enquete -, mas particularmente acompanho com gosto os GPs.
Em resumo: Mônaco é Mônaco. Simples assim.
Do mesmo modo, enquete é enquete; e quando uma termina, uma nova entra em seu lugar. Participe, clica lá.

domingo, 24 de maio de 2009

Castroneves vence a Indy

O mundo dá voltas. Podem ser voltas ovais em alguns casos, mas definitivamente dá voltas.
Depois de tudo o que Castroneves passou, tendo sua liberdade ameaçada e sua moral avariada, Hélio deu a volta por cima, superou os temerosos conflitos na justiça, retornou às pistas, e simplesmente venceu uma das provas mais importantes do automobilismo mundial, consagrando-se tricampeão de Indianápolis. Tem o roteito completo de uma produção de Hollywood.
O valor da vitória neste domingo é imensurável. É o nono piloto a se tornar tri da Indy 500.
Vencer no oval de Indianápolis é uma conquista à parte, que vale por um campeonato inteiro. É incrível como pilotos e torcedores têm essa sensação. O Homem-Aranha teve um dia de herói, vencendo, rindo, chorando, comemorando muito com a família e vibrando ao lado dos parceiros da equipe.
As fotos são do Tazio.

Button consagrado em Mônaco

Um bote do Kimi Raikkonen na largada poderia reacender a chance de vitórias da Ferrari na Fórmula 1, mas a história foi outra. O finlandês largou mal e foi superado por Rubens Barrichello, anunciando desde já uma nova dobradinha da Brawn. Embora tenha perdido a posição para Rosberg, Massa logo recuperou na saída da Sainte Devote.
A primeira volta foi completada sem estresse, a grande movimentação da corrida ainda estava por vir. E veio quando Sebastian Vettel passou a andar 3 segundos mais lento que quem vinha atrás, mesmo sendo o carro mais leve do grid. Felipe Massa buscou o KERS e despejou pressão total sobre o alemão. Numa das investidas, levou uma fechada na saída do túnel, sendo obrigado a cortar a chicane para não bater. Quando devolveu a posição, foi superado por Nico Rosberg.
Vettel liderou um enorme pelotão e somente se dirigiria aos boxes após ser ultrapassado por Rosberg, Massa e Kovalainen na mesma volta. Mais tarde, escaparia na entrada da curva 1, abandonando melancolicamente a corrida. Kovalainen também não resistiu ao exigente traçado de Monte Carlo, chocando-se contra o guard rail. A direção de prova não quis saber de safety car, deixou a corrida correr, mesmo durante o eficiente trabalho de limpeza dos fiscais em locais de risco.
Rubens Barrichello mal conseguia acompanhar o ritmo do companheiro e ainda via Kimi Raikkonen crescer em seu retrovisor. Massa passou Rosberg após o primeiro pit stop, quando a Williams optou por colocar dois segundos de combustível a mais para valorizar o tempo de uso dos pneus duros, mais resistentes. Webber surgiu entre os dois.
A BMW e a Toyota passaram tanta vergonha na corrida quanto na classificação. Robert Kubica abreviou o sofrimento ao se retirar da prova. Lewis Hamilton realizou boas ultrapassagens, mas enfrentou uma demorada parada de box para a troca do bico danificado. O momento deja vu do GP ficou por conta de Sebastien Buemi, que encaixou na traseira do Piquet e o empurrou para fora da Sainte Devote. O erro de freada lembrou o incidente de 2002, promovido por Felipe Massa colado na traseira de Enrique Bernoldi.
Jenson dominou com controle absoluto sobre o GP. Barrichello recuperou o desempenho e se manteve à frente das Ferraris. Pela primeira vez no ano, nem Raikkonen nem Massa precisou lidar com alguma barbeiragem da equipe, podendo cruzar a linha de chegada com tranquilidade para praticamente triplicar a pontuação da escuderia entre os construtores.
Mark Webber só fez pressão psicológica, porém foi incapaz de alcançar os carros vermelhos. Rosberg foi 6º, Alonso fez o que pôde e Bourdais, comendo pelas beiradas, fechou a zona de pontuação.
Não foi dessa vez que a Force India marcou os primeiros pontos. Em Mônaco eles batem na trave, neste ano Fisichella apenas garantiu a posição dos bobos. Largando dos boxes, Glock chegou em 10º, seguido por Heidfeld, Hamilton, Trulli e Sutil. Para não perder o costume, Nakajima destruiu o bico da Williams ao bater na Mirabeau, durante a última volta do GP.
Jenson Button venceu em Mônaco, agora ninguém segura mais o inglês. Na melhor fase da carreira, demonstrando alto nível de pilotagem e cabeça boa, o líder do campeonato segue com mais moral do que nunca.
Na tabela, a situação também é confortável: Button-51, Barrichello-35, Vettel-23, Webber-19,5, Trulli-14,5, Glock-12.
Entre os contrutores, a Brawn já possui o dobro do que a RBR conquistou: Brawn-86, Red Bull-42,5, Toyota-26,5, Ferrari-17, McLaren-13.
Está evidente o ressurgimento da Ferrari, que por enquanto ocupa a quarta colocação na tabela de equipes. Felipe Massa traz uma sequência de três vitórias na Turquia, só perdeu corrida lá na época da Sauber, quando a edição foi dominada por Kimi Raikkonen, então piloto da McLaren. Istambul é quintal de Maranello, que detém os únicos pilotos que triunfaram sobre o solo turco. A Brawn ameaça as estatísticas, mas sabe que terá uma corrida à parte dentro de duas semanas.
O campeonato está semi-decidido nos pontos, mas começa a esquentar dentro das pistas. A próxima etapa promete brigas mais diretas. Até lá, já deverão ter sido definidos os principais conflitos políticos que circulam nos bastidores e a categoria possivelmente poderá se concentrar mais nas corridas que fazem este esporte.
Classificação:
1. Jenson Button (ING/Brawn), 1h40min44s282 (76 voltas)
2. Rubens Barrichello (BRA/Brawn), a 7s666
3. Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), a 13s443
4. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 15s110
5. Mark Webber (AUS/Red Bull), a 15s730
6. Nico Rosberg (ALE/Williams), a 33s586
7. Fernando Alonso (ESP/Renault), a 37s839
8. Sébastien Bourdais (FRA/Toro Rosso), a 1min03s142
9. Giancarlo Fisichella (ITA/Force India), a 1min05s040
10. Timo Glock (ALE/Toyota), a 1 volta
11. Nick Heidfeld (ALE/BMW), a 1 volta
12. Lewis Hamilton (ING/McLaren), a 1 volta
13. Jarno Trulli (ITA/Toyota), a 1 volta
14. Adrian Sutil (ALE/Force India), a 1 volta
15. Kazuki Nakajima (JAP/Williams), a 2 voltas
Volta mais rápida
Felipe Massa (BRA/Ferrari): 1min15s154

sábado, 23 de maio de 2009

Mônaco, sábado, mar e acidente

Jenson Button mal consegue esconder a animação com o ritmo que imprimiu no momento da definição do treino. Mas não precisava temer algo tão surreal para a atualidade... Voar de Fórmula 1 no mar de Mônaco já saiu de moda faz algumas décadas.
"Foi muito no limite. Pensei que fosse parar no mar em determinado momento. Foi uma volta boa e eu realmente consegui tirar o melhor do carro. Esta foi a melhor volta que fiz neste final de semana".
Seria menos absurdo se por algum momento o Grosjean tivesse a sensação do Button, muito embora o francês não tenha decolado para o lado do mar. Para quem não teve a chance de se assustar ao vivo, temos o vídeo do zig-zag do Zuber, que provocou a bandeira vermelha na GP2, encerrando o fim de semana em Monte Carlo de forma pouco convencional.
Retomando a Fórmula 1, segue a lista em ordem crescente dos pesos dos carros.
Sebastian Vettel: 631,5 kg
Nico Rosberg: 642 kg
Felipe Massa: 643,5 kg
Kimi Raikkonen: 644 kg
Heikki Kovalainen: 644 kg
Lewis Hamilton: 645,5 kg
Mark Webber: 646,5 kg
Jenson Button: 647,5 kg
Rubens Barrichello: 648 kg
Fernando Alonso: 654 kg
Kazuki Nakajima: 668 kg
Sébastien Buemi: 670 kg
Adrian Sutil: 670 kg
Nelson Piquet: 673,1 kg
Nick Heidfeld: 680 kg
Jarno Trulli: 688,3 kg
Giancarlo Fisichella: 693 kg
Robert Kubica: 696 kg
Sébastien Bourdais: 699,5 kg
Timo Glock: 700,8 kg
Massa larga mais leve que o Kimi, mostrando que teria alguma chance de cravar a segunda pole em dois anos consecutivos caso não aparecesse um canguru de treinos pulando bem à sua frente no instante da volta mais importante da sessão, que teve de ser abortada. Raikkonen ficou a 25 milésimos do voador Jenson Button. A Ferrari veio forte para o Principado.
Sebastian Vettel também teve a infelicidade de enfrentar tráfego na super pole. É de longe o mais leve do grid, portanto deve pagar o pato na corrida.
Os comissários já enviaram o recado aos pilotos: se furarem as chicanes, levarão punição. Isso, as voltas de paradas dos pilotos, as expectativas para o GP de Mônaco e outros assuntos, a gente comenta em aúdio mais a fundo no programa ao vivo Pré-Race, que entrará no ar de 8h às 8:45h de domingo, neste link, imediatamente antes da largada de Monte Carlo.

Jenson é Button até em Mônaco

Nem tudo é diferente em Mônaco. Mesmo com algumas desconfianças, Jenson Button cravou mais um grand finale na super pole, obtendo a posição de honra para a largada de domingo. Foi uma prova da capacidade de adaptação que possui, numa pista que desafia seu polido estilo de pilotagem.
Kimi Raikkonen voou nas curvas do Principado e alinha no segundo lugar do grid amanhã. O progresso da Ferrari é incontestável mas a equipe ainda precisa buscar mais terreno para encarar a Brawn de igual para igual.
No dia do enésimo aniversário, Rubens Barrichello foi o terceiro melhor do treino. Vettel e Massa pegaram tráfego nos momentos decisivos do Q3, por isso terão de se contentar com o 4º e o 5º, respectivamente.
A Williams, dotada de um retrospecto relativamente bom em território monegasco, colocou sua dupla no Q3. Rosberg bem que ameaçou mas não passou de 6º. Kazuki Nakajima sai de décimo. Entre os dois, Heikki Kovalainen, Mark Webber e Fernando Alonso.
Sebastien Buemi, Nelson Piquet, Giancarlo Fisichella, Sebastien Bourdais e Adrian Sutil formam uma turma unida, que normalmente é eliminada na fase inicial do qualifying, mas, excepcionalmente em Mônaco, passaram todos de mãos dadas para o Q2.
A classificação começou movimentada, com as trapalhadas de Massa, quebrando o bico no segundo S da Piscina, e Glock, rodando no mesmo ponto. No entanto, o verdadeiro momento pastelão ficou por conta de Lewis Hamilton, se atrapalhando na Mirabeau e danificando a suspensão após colidir com a barreira de pneus. Os comissários acionaram a bandeira vermelha para a limpeza do local. Lewis é um daqueles pilotos que se destacam em Monte Carlo, mas hoje definitivamente não era o seu dia.
A penúltima fila é dominada pela escuderia BMW. Heidfeld e Kubica mais uma vez tentam reunir paciência para lidar com o mau desempenho do carro.
Na última fila, um italiano e um alemão. Não, não estamos falando da Force India. A Toyota sofre nas ruas de Mônaco, provavelmente correrá para cumprir tabela. Desde quinta-feira, o fracasso estava anunciado.
Boa parte do GP será definido no aperto da Saint Devote. A chance da Ferrari e do Kimi voltarem a vencer reside ali. Como sabemos, a largada da Brawn é o fator de maior vulnerabilidade da equipe marca-texto. Mas até que as luzes vermelhas se apaguem, nada tira do Button o favoritismo da corrida. O britânico luta pela quinta vitória em seis provas.
A participação do safety car é bastante possível, inclusive já providenciaram a instalação da câmera onboard no topo do carro. É um GP de Mônaco um tanto quanto esvaziado em termos de público, mas não deixa de ser um GP de Mônaco. Está tudo pronto; amanhã, às 9h da manhã, dá-se a largada.
Grid de largada:
Obs.: Hamilton escolheu trocar de câmbio após a batida, logo desceu de 16º para último.
1. Jenson Button (ING/Brawn), 1min14s902 ( 25 voltas )
2. Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), 1min14s927 ( 31 )
3. Rubens Barrichello (BRA/Brawn), 1min15s077 ( 26 )
4. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull), 1min15s271 ( 27 )
5. Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min15s437 ( 28 )
6. Nico Rosberg (ALE/Williams), 1min15s455 ( 23 )
7. Heikki Kovalainen (FIN/McLaren), 1min15s516 ( 24 )
8. Mark Webber (AUS/Red Bull), 1min15s653 ( 20 )
9. Fernando Alonso (ESP/Renault), 1min16s009 ( 24 )
10. Kazuki Nakajima (JAP/Williams), 1min17s344 ( 28 )
11. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso), 1min15s833 ( 17 )
12. Nelsinho Piquet (BRA/Renault), 1min15s837 ( 22 )
13. Giancarlo Fisichella (ITA/Force India), 1min16s146 ( 18 )
14. Sébastien Bourdais (FRA/Toro Rosso), 1min16s281 ( 19 )
15. Adrian Sutil (ALE/Force India), 1min16s545 ( 19 )
16. Nick Heidfeld (ALE/BMW), 1min16s264 ( 11 )
17. Robert Kubica (POL/BMW), 1min16s405 ( 12 )
18. Jarno Trulli (ITA/Toyota), 1min16s548 ( 11 )
19. Timo Glock (ALE/Toyota), 1min16s788 ( 12 )
20. Lewis Hamilton (ING/McLaren), 1min16s264 ( 4 ) [punição - troca de câmbio]

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Ajustando valores

FIA e Fota realizaram uma importante reunião nesta sexta, em Mônaco. Após 3 horas de discussão, nenhum presidente A xingou ou foi xingado pelo presidente B. Pelo contrário, ao que parece os discursos se tornaram mais amenos, muito embora nenhuma decisão tenha sido tomada para encerrar o caso.
De Mosley a Montezemolo, os comentários apontam para um final feliz em breve. Se as divergências enfim resolveram tentar convergir, é provável que a Fota esteja admitindo a ocorrência do teto orçamentário, enquanto a FIA pensa em permitir um limite de gastos mais alto que a merreca prevista. Ou não, vai saber...
Apesar do progresso nas negociações, o dia também foi marcado por uma nova ameaça. A notícia deve ser tão confiável quanto o jornal espanhol que a escreveu. Segundo o La Stampa, Monte Carlo não renovará contrato com a F-1 caso a Ferrari esteja fora do grid de 2010. Os planos de assassinato da categoria andam mais completos do que se imaginava...
No entanto, se quisermos cuidar de fatos reais, voltaremos nossos olhos para o momento atual e constataremos as lacunas no público de Mônaco. Não bastasse a crise mundial, os altos preços do Principado dispararam ainda mais, afastando barões e baronesas do fim de semana da F-1. Tem patrocinador que não deu conta do recado, deixando seus tradicionais convidados de fora da mordomia que costuma financiar.
Agora só falta o Mosley querer limitar os preços dos hotéis monegascos.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O GP que Senna não venceu

O rei de Mônaco venceu lá em 87, 89, 90, 91, 92 e 93. A única lacuna ficou por conta da batida de 88, na curva que antecede a entrada do túnel.
Em todo o GP de Mônaco, o Galvão relembra o episódio, apontando a suposta vontade insaciável do Senna em passar uma volta sobre o Prost como o fator determinante do acidente, uma explicação bem diferente daquela que arriscou a dizer ao vivo, durante a transmissão da corrida.
Eis o vídeo-resumo da prova em Monte Carlo, há 21 anos...

Quinta em Monte Carlo

O nome das sexta-feiras precisou antecipar seu domínio em um dia, já que em Mônaco os dois primeiros treinos livres acontecem na quinta. Porém não custa lembrar que a Williams tradicionalmente faz bonito nas ruas do principado.
Em Monte Carlo tudo é diferente, mas nada de especial foi visto até o momento. Nico Rosberg liderou as primeiras sessões de testes e a Brawn continua mostrando força. Talvez a diferença esteja no cockpit favorito. Considerando que o estilo excessivamente suave de Jenson Button não seja o mais indicado para o traçado, é possível que Rubens Barrichello aumente, desde já, as suas chances de superar o companheiro. Foi exatamente o que aconteceu em todos os anos em que correram juntos pela Honda.
A McLaren, recordista de vitórias em Mônaco, promete completar uma corrida muito melhor que a etapa espanhola. A quinta-feira serviu como um bom aperitivo.
O segundo treino foi marcado por concorrência de demarcação de território na Saint Devote. Massa e os pilotos de RBR e STR frequentaram a área de escape da curva 1 em algumas oportunidades. A equipe Red Bull faz a estreia de seu difusor duplo.
Robert Kubica segue mergulhado no inferno astral que mal lhe permite treinar. O polonês abandonou a segunda sessão após ver o estouro do motor mesmo antes de cravar volta rápida.
A Toyota não se entendeu com o desgaste dos pneus e tende a passar por um mau fim de semana. A Renault continua andando daquele jeito mais-ou-menos, sem despertar grandes expectativas. Fisichella, cada vez mais velho e lento, arrumou uma briguinha com o Massa, para variar. Enquanto Felipe reduzia a velocidade para manter distância dos carros à frente e em seguida abrir volta lançada, o italiano resolveu ultrapassá-lo na cara dura, acenando com as mãos. O brasileiro acenou de volta, reclamando do romano maluco. E assim foi concluído segundo treino livre, cujos tempos se apresentam abaixo:
1. Nico Rosberg (ALE/Williams), 1min15s243 ( 45 voltas )
2. Lewis Hamilton (ING/McLaren), a 0s202 ( 35 )
3. Rubens Barrichello (BRA/Brawn), a 0s347 ( 41 )
4. Jenson Button (ING/Brawn), a 0s531 ( 36 )
5. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 0s589 ( 42 )
6. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull), a 0s604 ( 33 )
7. Heikki Kovalainen (FIN/McLaren), a 0s741 ( 45 )
8. Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), a 0s742 ( 43 )
9. Kazuki Nakajima (JAP/Williams), a 1s017 ( 43 )
10. Nelsinho Piquet (BRA/Renault), a 1s043 ( 43 )
11. Fernando Alonso (ESP/Renault), a 1s309 ( 39 )
12. Mark Webber (AUS/Red Bull), a 1s336 ( 27 )
13. Adrian Sutil (ALE/Force India), a 1s432 ( 38 )
14. Jarno Trulli (ITA/Toyota), a 1s672 ( 43 )
15. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso), a 1s740 ( 48 )
16. Sébastien Bourdais (FRA/Toro Rosso), a 1s809 ( 48 )
17. Nick Heidfeld (ALE/BMW), a 1s866 ( 40 )
18. Timo Glock (ALE/Toyota), a 1s964 ( 45 )
19. Giancarlo Fisichella (ITA/Force India), a 2s261 ( 45 )
20. Robert Kubica (POL/BMW), sem tempo ( 2 )

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Pura pressão

As equipes atacam e seus renomados funcionários mais expressivos também colaboram com o movimento. Enquanto Massa e Hamilton pedem menos politicagem e mais esporte, Raikkonen e Alonso lançam suas ameaças individuais.
Kimi não acredita que a Ferrari abandonará a categoria (alguém acredita?), mas não demonstra a mesma segurança quanto ao próprio futuro: "Tenho certeza que não vamos desaparecer da F-1. Quanto a mim, não tenho 100% de certeza", comentou. "Eu ainda tenho um contrato com a Ferrari e eles correm em muitas categorias diferentes, então acho que eles vão encontrar algo para mim".
"Eu trabalho para a Ferrari, e nós somos uma grande família. É o meu trabalho e é o lugar onde eu quero correr. Seja o que for que eles fizerem, eu vou fazer o mesmo com eles. Somos uma família e realizamos as coisas juntos", declarou-se.
O bicampeão é outro exemplo de piloto que se diz na iminência de abandonar o barco: "Se as grandes equipes e montadoras deixarem a F-1, então não vou querer correr com equipes pequenas, pois isso não seria mais a F-1 e existem muitas outras categorias".
"É muito estranho que ninguém perceba o quanto estão atrapalhando o esporte, como isso é perigoso para o esporte o que vem acontecendo nos últimos dois meses. Ter três ou quatro novos times, e perdendo sete das grandes escuderias, com dez dos melhores pilotos do mundo. Assim a F-1 não seria mais interessante", concluiu o espanhol.
Mas é o ímpar comportamento de Nelsinho Piquet que expõe a realidade do jeito que ela é: "É chato para o espectador que não está tão por dentro e recebe a cada dia uma notícia diferente, inclusive essa história absurda de que a Ferrari vai deixar a categoria. Mas quem está aqui todos os dias sabe que nada disso vai acontecer, é pura pressão. Eles estão querendo que a coisa não seja exatamente do jeito que Max Mosley quer e mais do jeito deles".
Exato. E é justamente por conhecer todo o teatro, que Max Mosley se mantém firme como uma rocha diante das críticas. Se as escuderias conseguirem algum aumento em relação ao teto de £40mi, já será uma vitória.

O apocalipse da F-1

A Fórmula 1 de baixo nível proposta por Max Mosley foi denunciada pela Ferrari antes que qualquer mortal pudese se expressar de forma semelhante a respeito. Basta transcrever a nota dos italianos e assinar ambaixo.
Os homens e mulheres que trabalham na Ferrari não conseguiram acreditar no que estavam lendo, quando viram os nomes das equipes que pretendem entrar na F-1 em 2010.
Olhando a lista, divulgada ontem em Paris, não se vê um único nome famoso. Nenhum que esteja disposto a gastar € 400 por pessoa em um camarote, mais o transporte e a hospedagem. Wirth Research, Lola, USF1, Epsilon Euskadi, RML, Formtech, Campos, iSport são os nomes das equipes que pretendem competir na F-1 em 2010.
Pode um campeonato com equipes deste tipo - com todo o respeito - ter o mesmo valor da F-1 de hoje, com a Ferrari e outras grandes marcas que fizeram a história deste esporte? Não seria mais apropriado chamar esse campeonato de GP3? Esta é a pergunta que está sendo feita por diversos fãs em todo o mundo.
Mosley tem a fácil opção de encerrar sua carreira com tranquilidade, mas aparentemente prefere fazê-lo não sem antes destruir a Fórmula 1, ameaçando garantir a presença de qualquer pé rapado que reservar vaga antes do dia 29, caso as equipes da atualidade não demarquem seu território e aceitem um regulamento capaz de descer o nível da categoria máxima de forma repugnantemente unilateral.
Pensando bem, até que essa ideia pode se tornar interessante... Vou juntar uma galera, fazer uma vaquinha, talvez dê pra montar uma equipe para o ano que vem. Abriram a porteira da F-1, virou bagunça, qualquer um quer entrar...

terça-feira, 19 de maio de 2009

Rádio OnBoard - Edição Pré-Mônaco

No ar, a edição número 41 da Rádio OnBoard!
Ao lado de Ron Groo e Fábio Campos, comentamos o revanchismo entre entidade e associação, que domina os bastidores da F-1, além das expectativas para o ímpar fim de semana do automobilismo que se aproxima, com as etapas de Mônaco e Indianápolis.
No domingo, o GP monegasco começará às 9h da manhã, mas quem acordar mais cedo poderá acompanhar o programa ao vivo Pré-Race da Rádio OnBoard, comentando o resultado do treino e as estratégias dos pilotos sob o clima de ansiedade para a largada de Monte Carlo. Estaremos no ar de 8h às 8:45h neste link, interagindo com os ouvintes que marcarem presença.
A próxima edição da ROB está marcada para daqui a uma semana, com os comentários sobre os grandes momentos de Mônaco e Indianápolis. Até lá.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Batidas distintas

Sebastien Buemi comentou o susto após a largada do GP da Espanha. A julgar pelo choque da imagem, não era pra menos.
"Foi muito perigoso. A outra Toro Rosso passou a não mais do que dez centímetros do meu capacete, além de atingir meu ombro direito. Na hora, fiquei dolorido".
Se Buemi estava para Wurz assim como Bourdais estava para o Coulthard naquele episódio da Austrália, o safety car do WTCC não estava para ninguém.
Eis aí uma cena que não acontece todo dia. Vídeo captado anteriormente pelo xará Felipão.
O SC está acostumado a entrar na pista dessa forma, apenas não foi uma boa ideia ser simplório dentro de uma curva. Nada mais irônico que ver o carro de segurança provocando uma batida.
O jeito foi apelar para a bandeira vermelha, como se pode acompanhar neste vídeo mais longo, com as imagens da transmissão.

Rubens em nova entrevista

Barrichello falou em entrevista ao site Lance!. Não tive tempo de ler tudo e provavelmente nem terei, mas vou destacar duas perguntinhas, ambas relativas à Ferrari.
A primeira trata de um dos momentos mais negativamente marcantes em sua carreira.
LNET!: Você faria alguma coisa diferente na sua carreira?
RB: Eu não faria nada de novidade. Tudo que é bem feito ou mal feito serve como aprendizado. Não mudaria nada. Mas se você me pega hoje, com a mentalidade que estou, sem medo de ser feliz, sem medo de falar aquilo que eu acho que é verdade, provavelmente eu não deixaria o Schumacher passar (no fim do GP da Áustria de 2002). Mas se você me perguntar se eu voltasse atrás e naquele momento eu faria diferente, digo que não. Porque foi o que foi falado no rádio, eu não tinha o que fazer. Naquele momento eu tinha de deixar passar. Mas hoje eu teria peitado.
Fico me perguntando se ele diz isso porque a circunstância de campeonato não explicava o incidente ou se, mesmo em caso de necessidade para a equipe, ele se recusaria a deixar passar. Em outras palavras: a declaração serve ou não de recado para o Button (dependendo do desenrolar da temporada)?
LNET!: Sair da Ferrari foi um alívio?
RB: Foi, porque eu vi que não conseguiria chegar aonde eu queria. Na minha ida para a Ferrari eu tinha com certeza o desafio grande de correr com o Schumacher, mas era isso o que eu gostava naquela situação. Você teme porque você nao sabe o que vai fazer, mas o desafio de correr contra ele e de ganhar dele era o grande barato do negócio, nos primeiros anos eu literalmente comi merda para crescer lá dentro. Em 2005 o nosso carro não era o melhor e se viu que em dificuldades maiores os caras ficaram piores em termos de relacionamento, aquela prova de Mônaco eu estava tentando passar o Ralf (Schumacher) para ele vir junto, quando eu vi tomei uma paulada no meio do nada. O cara me bateu jogando o carro em cima. Ali comecei a ver a coisa diferente. Aí entrou eu mesmo. "Mas aí você nao deveria ter ficado para ter um carro competitivo quando ele parasse?". Talvez, mas eu nao aguentava mais, eu não era eu, eu não era feliz.
Não faltaram motivos para o Barrichello deixar a Ferrari, partindo do princípio de que seu objetivo era se tornar campeão. Mas conferir à ultrapassagem em Mônaco um peso especial em sua decisão de retirada é algo que sempre relutei em entender. Foi uma disputa relâmpago, porém limpa, que valia a sétima posição a poucas voltas do fim. Michael não tinha a menor obrigação de esperar a hora em que Rubens enfim resolvesse superar Ralf Schumacher, e ainda torcer para que houvesse espaço suficiente para as duas Ferraris passarem a Toyota ao mesmo tempo.
Nunca compreendi essa pseudo-polêmica que o brasileiro lançou sobre aquela manobra. Seria até mais inteligível se reclamasse da disputa na curva 1 de Indianópolis naquele mesmo ano. Mas talvez a irritação em Mônaco não passasse de uma gota d'água, após anos e anos engolindo sapo numa equipe que não tinha olhos para ele.
O fato é que tratou de arrumar uma vaga com Gil de Ferran na Honda. O resto é história.

domingo, 17 de maio de 2009

Ameaça sobre ameaça

A guerrinha de nervos entre FIA e Fota está atingindo níveis cada vez mais detestáveis. Mosley inventou de dizer que se a F-1 sobreviveu após a morte do Senna, também poderá seguir adiante sem a Ferrari.
Bernie Ecclestone, que a cada momento pende para um lado diferente, foi grosseiro com Maranello, dizendo que os "idiotas" deveriam ter aberto o tal processo antes da reunião.
Quanto mais afloram os instintos primitivos dos gagás que comandam o circo, mais aumenta minha torcida para que as integrantes da Fota, em sua totalidade, se recusem a se inscrever para a próxima temporada até o dia 29. Na certa a FIA lançará um novo prazo e terá de ceder.
O confronto será vencido por quem resistir mais às ameaças. A FIA precisa da F-1, que precisa da Ferrari (e das demais equipes). A Ferrari (e as demais) precisa da F-1, que não necessariamente precisa da FIA. É muito importante para a categoria que a entidade perca o duelo.
Como a moda é fazer ameaças, também vou lançar a minha. Se a Federação conseguir a proeza de eliminar as grandes equipes da atualidade e transformar a categoria num nicho sem graça dominado por times inexpressivos, como Lola, USGPE, WXYZ, o blog esquece a Fórmula 1 e vai cuidar de algum assunto mais interessante. Tênis, por exemplo, seria uma boa escolha.
A propósito, o Federer enfim voltou a levantar troféu de campeão neste domingo, com o gosto especial de realizar a conquista em cima do rival Rafael Nadal numa disputa em Madrid, território do espanhol, sobre o piso de saibro, especialidade do atual número 1 do mundo.
Nadal jogou no sacrifício em função da dura semi-final contra Novak Djokovic, que levara mais de quatro horas nesse sábado. Alheio ao desgate físico do oponente, Federer venceu com segurança, aplicando uma quebra a cada set, fechando o jogo decisivo com um duplo 6-4. Encaixando excelentes saques, o suíço fechou a partida com mais um ace, e agora segue na temporada, focado, sobretudo, em levar o título sobre o saibro de Roland Garros, único Grand Slam que ainda falta em sua rica carreira.
Roger está de volta.
E tenho dito.

sábado, 16 de maio de 2009

Enquete F-1

Com algum atraso, o resultado da enquete que perguntou: "Você é a favor do fim do reabastecimento?".
Os 85 cliques cravaram:
Sim, terão de ultrapassar na pista! - 57,65%
Não, faz parte do show! - 42,35%
O "não" saiu bem na frente, mas o "sim" ultrapassou. Ironia pronta.
Confesso que a mudança não me empolgou muito. Faz parte do show, mas não é só por isso. A verdade é que o principal fator colaborador para as ultrapassagens é a diferença de condições dos carros - leve contra pesado, por exemplo. E se não houver ultrapassagens na pista, não haverá em lugar algum. Resultado: fila indiana à la Hungaroring. Passar nem sempre é possível; quando não for, cabe aos estrategistas tentarem embaralhar o grid à sua maneira.
Vá lá, os duelos estratégicos têm sua beleza, inclusive foi o ponto marcante da ultima corrida, na Espanha. Não fosse a alteração de tática do Button, a prova provavelmente se encaminharia para um final anunciado, decidido na primeira curva.
Uma nova enquete está no ar, desta vez tenho a intuição de que levarei a melhor.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Nada feito

Não foi por falta de ameaça, mas a reunião entre FIA e Fota simplesmente não rendeu resultado algum.
Na verdade, o discurso da FIA mudou para "também queremos um mesmo regulamento". Foi o que ela sempre quis, diga-se. O lançamento de um regulamento duplo mal passou de uma maquiagem para esconder seu claro interesse em aplicar o limite orçamentário e demonstrar tolerância perante as equipes no momento em que aceitasse um regulamento só.
Para as escuderias, porém, regras únicas não são um ganho, são uma normalidade. Neste caso, o que há de anormal é a agressão ao direito à livre concorrência, no qual cada um investiria o quanto julgasse apropriado.
A Ferrari partiu para a ignorância. Jogou o teto de gastos nos tribunais e agora se apronta para a audiência marcada para o dia 19, dez dias antes do encerramento do prazo de inscrições para a temporada 2010. Eis uma forma interessante de enlouquecer a FIA: já imaginou se cada equipe abrisse o seu processo contra as mudanças das regras como forma de ataque em massa à entidade? Mas a Ferrari foi mesmo a única a pôr em prática essa ideia; a Renault, por meio de Flavio Briatore, ameaçou demitir metade dos membros da equipe para se adequar à futura realidade proposta por Mosley.
O presidente da FIA, firme como uma rocha até então, criou a frase de efeito ao comentar o comportamento da associação: "Não consigo entender por que algumas pessoas se mostram contra o teto, já que isso significaria uma flexibilização progressiva das regras técnicas. Podemos dizer que, por fim, a escolha ficou entre a liberdade intelectual e a limitação financeira ou restrição intelectual e liberdade financeira, que é a opção deles até agora".
Não foi dessa vez que a novela acabou. A pergunta persiste: A FIA dará um passo atrás ou a Ferrari será obrigada a recuar do ultimato? Quebra de braço, cabo de guerra, chame do que quiser. A Fórmula 1 vive um combate feio de cachorro grande.

Piquet bateu Alonso

Nelsinho Piquet viveu um sábado atípico em Barcelona. A bordo de um carro inferior ao do Alonso, sobretudo por conta do difusor - sempre mais atualizado no carro do espanhol -, Nelsinho fez sua melhor classificação no ano.
Teoricamente, o R29 do bicampeão seria algo em torno de 2 décimos mais rápido que o do brasileiro. Piquet se classificou para o Q2 superando o companheiro em 0.058s. Na briga pela super pole, Nelsinho ficou de fora, andando apenas 0.095s acima do tempo do asturiano.
Após o treino, o piloto comentou com entusiasmo o resultado obtido em comparação ao desempenho de seu parâmetro, embora lamentasse a não classificação para o Q3.
O tricampeão Nelson Piquet foi breve ao formular uma frase forte: "Pela primeira vez, Nelsinho foi melhor que Alonso".
Oficialmente, Fernando ainda ganha de zero em qualifying desde que o novato estreou. Nesse último fim de semana, Nelsinho mostrou um surto de evolução, que infelizmente foi apagado logo no dia seguinte. Comentava-se que seus problemas estavam restritos à sessão classificatória, portanto ele teoricamente demonstraria o rendimento esperado no GP assim que emplacasse no sábado. Flavio Briatore, inclusive, era um dos adeptos desse pensamento positivo.
Tais expectativas foram inevitavelmente frustradas nesta etapa da Espanha, simplesmente porque no domingo ninguém viu Nelsinho correr. Ocorreram seis desistências durante a prova, mas ele terminou na mesma posição da qual largou. Uma grande decepção do domingo, tendo em vista o potencial apresentado no dia anterior.
Quando Nelson Jr. ameaça engatar uma marcha acima, esfria logo em seguida. A cada corrida que passa, é mais uma corrida ruim que fica para trás. E assim ele segue, devagar e sempre, sonhando com o dia em que terá condições de superar alguém do porte de Fernando Alonso.
O que realmente mudou de 2008 para 2009? O que irá melhorar até o fim do ano? Quando se pensa no Piquetzinho, só se vê pontos de interrogação.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Com a palavra, Ross Brawn

Recuperando o assunto do fim de semana para expôr a entrevista publicada por Livio Oricchio, que conversou com Ross Brawn a respeito das tão faladas estratégias do domingo.
O patrão da equipe assumiu a responsabilidade pela alterações dos planos do Button: "A decisão foi minha. Recebi informações de nossos engenheiros e concluí que assim funcionaria melhor para Jenson. A estratégia de Rubens não precisou ser revista porque tudo atendia, até então, o planejado, não havia fatores colocando-a em risco".
Como todos sabem, o motivo alegado foi o posicionamento do Nico Rosberg na pista, que se situaria entre os pilotos da Brawn. O chefão explicou que "[Jenson] sairia dos boxes atrás de Nico Rosberg, enquanto Rubens conseguiu ficar na sua frente depois do primeiro pit stop. A outra ameaça a Jenson era Sebastian Vettel, pois eu acreditava que ultrapassaria Felipe Massa no primeiro pit stop, era mais rápido e tinha mais gasolina, e teria pista livre para chegar em Jenson".
Só para constar: Button parou na volta 18, Rosberg na 25.
De fato, a Red Bull falhou em não administrar a tática do alemão, que facilmente superaria o Massa numa jogada com o reabastecimento, manobra não adotada pelos energéticos.
Quanto ao questionamento sobre Barrichello tomar ciência da reformulação da estratégia do inglês somente depois do pit, Ross respondeu: "A escolha da estratégia é da equipe, não do piloto. Somos nós que temos a visão global da corrida. O piloto deve concentrar-se na condução, apenas em condições especiais eles decidem. Depois do primeiro pit stop, Rubens ainda estava em condições de ficar na frente de Jenson. Como já disse, ele perdeu a corrida porque seus tempos pioraram com o terceiro jogo de pneus, depois do segundo pit stop. Esse foi o fator novo, não anunciado até aquela altura".
Ele apresentou algumas possibilidades para explicar o mau rendimento dos compostos. "Aqueles pneus tinham mais voltas que os dos outros jogos. No total, eram 6 diante de 3 dos demais. Com aquele jogo, Rubens havia feito uma saída na segunda parte da classificação (Q2) e uma na terceira (Q3). Mas nossa expectativa não era de queda tão grande. Outro fator foi a perda de um pedaço da carenagem, na parte posterior do carro, mas não comprometedora também. E vimos, ainda, que o chassi tocava o solo com mais força por causa da pressão um pouco mais baixa dos pneus, que precisamos entender. A telemetria mostrou que Rubens não conseguia ser rápido porque o carro se tornou instável, saía muito de frente".
Mais uma vez, frisou que não existe favorito dentro do grupo. "A única coisa que pedi até hoje a Rubens e Jenson é que não se toquem, não se coloquem para fora da pista". Também disse que gostaria de ver Rubens vencer, seria importante para a escuderia. "Tenho certeza de que Rubens vencerá várias corridas".
A questão que ainda desperta curiosidade é por que Barrichello fez um segundo trecho curto se possuía combustível para realizar pit stop algumas voltas depois. Naquele momento, não havia tráfego que justificasse a antecipação. Esse é o principal argumento dos desconfiados, porque foi daquela forma que Rubens acumulou combustível para o terceiro trecho, no qual ele rendeu abaixo das expectativas.
No entanto, como foi comentando tanto pelo Ross quanto pelo Rubinho, foram os pneus que não ajudaram muito. Eles não comentaram nada sobre essa questão da gasolina, talvez porque os planos iniciais fossem parar exatamente nas voltas em que pararam. Mas há jornalistas por aí prontinhos para indagar o piloto a respeito das escassas doze voltas do segundo stint. As voltas entre paradas do Barrichello ficaram assim: 19-12-19-16, sendo, portanto, dezesseis com compostos duros no final, contra 12 de macio no momento de "sentar a bota", como diz o outro.
Não creio em teoria da conspiração, porém algo me diz que a polêmica ainda não terminou.
Para quem quiser repassar o olho na corrida, recomendo este link.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Batendo em retirada

A guerra entre a Fota e a FIA atinge o nível máximo de tensão. Max Mosley cutucou a onça com vara curta, dizendo que a Fórmula 1 sobreviveria sem a Ferrari. Ao que a Ferrari responde: pois então nós saimos.
O presidente da Federação atacou o elo forte da Associação de Equipes e agora sofre com total pressão para reformular os tópicos insensatos do regulamento 2010 antes do próximo dia 29, quando será encerrado o prazo de inscrição para a temporada seguinte.
A Ferrari está ao lado de Renault, Red Bull, Toro Rosso e Toyota, que já lançaram o ultimato. A BMW ameaça seguir o mesmo caminho. A Williams, ao contrário, admitiu não poder participar da revolta por uma razão simples: correr de Fórmula 1 é sua essência, não uma escolha.
Os times não aceitam e nem devem aceitar um regulamento duplo, o que consistiria numa patacoada histórica da entidade. Também criticam o baixo valor do teto orçamentário, incapaz de manter os padrões de uma categoria desse porte.
A panela de pressão se reunirá ainda nesta semana, numa sala onde a FIA e Fota discutirão a medida unilateral de Mosley para chegarem a um acordo produtivo.
Desta vez, excepcionalmente, os fãs da categoria concordam com Bernie Ecclestone. A guerra precisa ser apaziguada e o consenso deve acontecer em breve.
E a FIA tem que ceder.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Rádio OnBoard - Edição de Barcelona

No ar, a edição número 40 da Rádio OnBoard!
Junto a Fábio Campos e Ron Groo, discutimos o GP da Espanha, com o inevitável destaque absoluto para a mudança de estratégia da Brawn e a desconfiança de Rubens Barrichello após a derrota numa corrida aparentemente ganha na primeira curva.
A equipe Ferrari não conseguiu ficar de fora de novas críticas, mas também comentamos rapidamente as etapas da Nascar e GP2 do fim de semana.
A Rádio OnBoard retorna dentro de poucos dias, na semana que antecede Mônaco na Fórmula 1 e Indianápolis 500 na Fórmula Indy.

Vai que é tua, Galvão!

Mal começou o treino e ele já estava preocupado com a briga pelo ingresso na super pole. "...Porque aí fica muito difícil, você soma Ferrari, soma Renê...".
A equipe que não se chama Renê acaba por avacalhar o fim de semana de um certo finlandês. "Acontece com o Raikkonen aqui o que aconteceu com o Felipe na primeira corrida". Segunda, Galvão, segunda...
Pulemos a parte em que o locutor fala da vitória do Cacá para sacanear o Burti, que chegou em segundo. Na sequência do treino, ele repara que a posição do alemão no muro da equipe é secundária. "Schumacher larga na segunda fila", comentou. Também disse que Michael não estava na linha de frente do pit wall e que queria ver a recuperação daquela imagem, que a Globo está devendo até agora, por sinal...
Câmera dentro dos boxes, e o Galvão associa a tal pessoa a alguém que mal pude entender o nome. Chamemos de Mart Henry para exemplificar, ok? Foi assim: "Essa é a esposa do Mart Henry?", perguntou. Ao que Burti responde: "É a prima do Felipe...". Humm, foi por pouco, essa...
Jenson aponta na reta principal para cravar tempo. "Vem o Button para fechar volta, não dá pinta de que vem brigar pela pole, não... Jenson Button faz a pole position!". Fechou com chave de ouro a classificação (me refiro ao Galvão).
No conturbado início de GP, enquanto o narrador ainda calibrava as galvanadas, soltou um versinho: "Aí o Burdé voltando a pé".
De novo ele não resistiu, precisava falar sobre a corrida em Santa Cruz do Sul: "O Burti corre bem lá, mas o Cacá venceu as últimas lá!".
A mudança de estratégia da Brawn confundiu alguém na cabine: "Jenson Button vai pra 3 paradas, 4 paradas, 2 paradas...". Parada dura, mas enfim se decidiu.
Um pouco de gritaria e sensacionalismo às vezes não faz mal a ninguém: "O Massa é bastante rápido no terceiro trecho, tão rápido quanto o Button. O terceiro trecho é o que você respira fundo, fecha um olho, mira com o outro, vem descendo ladeira abaixo...!". Eu fico me perguntando como é que ele consegue inventar essas frases...
Apesar dos problemas dos brasileiros, o narrador estava de bom humor, e demonstrou isso pouco tempo após ver a calota do ferrarista voando em plena. "Felipe Massa virou 3 décimos mais rápido que o Vettel agora, deve ser o peso da calota... É claro que é brincadeira...".
"Olha como balançou o carro do Felipe, tá andando no limite extremo!". Aiaiai, não é possível que voltou com o tal do "limite extremo". Até hoje ninguém contou a ele que um bom limite tem mais é que ser extremo mesmo.
No final da prova, ele finge que não assistiu nem aos treinos livres, mostrando-se surpreso com o traçado dos pilotos: "Veja que zebra já virou pista e eles vão usando pra lá da zebra!". Uau...
Depois da bandeirada: "Só o Rubens Barrichello e o Kazuki Nakajima fizeram três paradas. O Rubens Barrichello estava disputando a corrida, o Kazuki Nakajima não estava disputando nada", disse, num tom de desprezo pelo japonês, que cheguei a me assustar...
Para concluir o domingo na Espanha, dá-lhe Galvão: "... Aí o Rubinho recebendo o troféu de segundo colocado, e o Webber também no box". Também conhecido como pódio.
A próxima parada é Mônaco. Se acontecer de o Rubinho vencer lá, vai ser um tal de "eu já sabia" que ninguém conseguirá aguentar. E se não vencer, o Galvão apronta outras de qualquer jeito.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Rubens esquenta o clima na Brawn

Em fim de carreira, Rubens Barrichello quer porque quer provar algo para todos. A chance de elevar sua moral foi grande neste domingo, na Espanha, mas a derrota para Jenson Button foi um verdadeiro golpe sobre sua animação numa temporada potencialmente de vacas gordas.
A equipe havia planejado três paradas tanto para Rubens quanto para Jenson. O britânico foi notificado que sua estratégia seria modificada para duas paradas antes do primeiro pit stop, e o resultado foi a quarta vitória no ano.
A certeza inicial de vitória e a decepção com o desenrolar da prova deixou Rubens extremamente irritado, como há muito não se via, se é que já se viu. O brasileiro revelou sua reação perante o chefe: "Depois da corrida, falei para o Ross exatamente o que queria falar. Se ele tivesse feito alguma coisa para o Jenson ganhar, eu pendurava as minhas chuteiras, ia pra casa. Não preciso disso, sou melhor que isso".
"A resposta dele foi: 'Hoje ele ganhou por coincidência. Achamos que você voltaria na frente do Rosberg no primeiro pit, e conseguiu, e o Jenson não conseguiria, ficaria preso atrás dele'. O time acha que foi coincidência, e é assim que saio da pista".
Barrichello também disse com todas as letras aos jornalistas: "Não vou seguir mais ordens de equipe".
Rubinho também alegou não ter gostado de ser notificado pelo rádio da mudança de planos do Button somente depois de seu pit stop. Como ele parou uma volta após o inglês, deveria ter sido informado imediatamente para contornar aquela volta pensando se iria também alterar a sua estratégia, o que não teve a chance de fazer. O engenheiro do Barrichello lhe contou que não havia avisado ao piloto simplesmente porque ele também não sabia, apenas descobriu quando o brasileiro já tinha retornado à pista para cumprir o segundo stint.
Ross Brawn, que ontem falou da lentidão do Rubens durante uma das pernas da corrida, rechaçou o suposto favoritismo, uma palavra distante da realidade da escuderia, segundo ele: "Acho que vocês viram na primeira curva que não existiram ordens de equipe".
E não deve ter ocorrido mesmo. Simplesmente Rubens não foi tão constante durante a corrida, às vezes acontece de seu companheiro de equipe lhe superar. Não podemos deixar de reconhecer, porém, que houve uma aproximação entre os pilotos da Brawn neste GP. Se anteriormente só dava Button, enfim o trintão começa a incomodar. Resta a ele prosseguir incrementando o ritmo e demonstrar mais regularidade, características que por sinal não o distiguem como piloto.
Mas se quiser brigar pelo título, não deve torcer para que o parceiro cumpra a estratégia inicial esperando ser derrotado ao fim do GP só por conta da largada. Disputar título mundial não é simples nem é fácil, essa é a graça da brincadeira.

domingo, 10 de maio de 2009

Vitória do favorito na Espanha

Foi um GP diferente. Corrida tensa, muito tensa, do início até o final. Definida não no braço, porque o traçado não ajuda, mas sim na estratégia. Foi isso... um GP extremamente estratégico.
A largada correu bem, com o duelo interno da Brawn, no qual Barrichello pulou em primeiro, superando Button na primeira curva. Vettel embarreirou Massa, tirando com competência a importância de seu KERS, mas não foi o bastante para evitar a ultrapassagem. O ferrarista assumiu a terceira colocação, o que lhe permitiu visualizar o alemão em seu retrovisor durante praticamente toda a corrida.
Na saída da variante, o strike. Alonso assustou Rosberg, que jogou Trulli para o lado de fora, que perdeu o controle do carro, que atravessou a pista no meio do bolo e provocou o choque com os pilotos da Toro Rosso, além de Adrian Sutil. Fim de prova para os quatro.
O safety car foi acionado e, logo quando retornou aos boxes, Fernando Alonso partiu para cima de Webber na reta principal. O australiano jogou duro com o espanhol, que ainda assim chegou a superá-lo, mas foi surpreendido pelo bote do Mark por dentro da curva 1, numa excelente manobra.
Quando as trocas de pneus se iniciam, Jenson Button para uma volta antes de Barrichello e coloca bastante gasolina. Rubens faz um pit stop mais rápido, seguindo a estratégia original.
A inteligente mudança de planos do Button seria a única chance de vitória no GP. A tática da Brawn era de 3 paradas porque seu desempenho seria maximizado, conforme apontam os dados da simulação, portanto os números estavam a favor do Barrichello, que àquela altura duelava indiretamente contra o companheiro. Enquanto isso, Massa e Vettel se dirigiam aos boxes na mesma volta e retornavam à pista sem alteração de ordem. A briga sem ataques entre os dois tinha sequência.
O troféu de vencedor começou a mudar de mão durante a segunda perna da corrida do Rubinho, quando seu rendimento caiu sensivelmente em relação ao do Button. Após a corrida, Ross Brawn não pôde esconder a decepção: "Para nós, a estratégia de três paradas sempre foi a mais rápida, principalmente pelo uso dos pneus macios. Mas o que foi estranho e decepcionante foi o segundo trecho de Rubens com os macios foi... muito lento, mais lento do que antes", disse, desgostoso com o desempenho do brasileiro.
Barrichello ainda teria sua terceira parada antecipada em algumas voltas, em função do alto tráfego à sua frente. O que não poderá servir como desculpa para a derrota, uma vez que até a simulação de fim de prova da Brawn já revelava Button em primeiro na conclusão da etapa espanhola.
Jenson não deixou a peteca cair, foi veloz a todo momento, virando o jogo e assegurando a quarta vitória em cinco corridas. A moral do Rubinho, que era razoável, agora caiu inclusive no conceito do patrão. Este, por sua vez, sabe da ameaça da Red Bull, que por enquanto corre sem KERS e difusor mas a situação poderá mudar dentro de algumas semana. Primeiro piloto às vezes é preciso...
O pega entre Massa e Vettel teve como vencedor o Webber. Numa estratégia surpreendente, o australiano surgiu em terceiro e abocanhou o pódio. Para a felicidade do Sebastian, a Ferrari aprontou mais uma das suas. Num pit stop 1s mais rápido que a parada do alemão, a escuderia italiana devolveu Felipe à pista com menos combustível que o necessário.
O RB5 trabalhou bem com os compostos duros, elevando a pressão do Vettel sobre o Massa, que defendeu a posição com todas as forças, até levantar o pé na reta dos boxes e deixar não só o piloto da RBR passar como também o anfitrião Fernando Alonso, que possuía uma desvantagem de 16 segundos.
Felipe marcou os primeiros pontos no Mundial levantando o pé, se arrastando pela pista na bem-sucedida tentativa de evitar a pane seca. Cruzou a linha de chegada a pouco mais de 1s do Nick Heidfeld. Nico Rosberg também pontuou. Hamilton não.
Torna-se difícil tirar outra conclusão: Button é o favorito do campeonato.
A tabela agora tem Button-41, Barrichello-27, Vettel-23, Webber-15,5. Nos construtores: Brawn-68, Red Bull-38,5, Toyota-26,5.
Felipe Massa jogou a toalha, reconheceu que título em 2009 não vem mais. Hamilton fez o mesmo. Essa é a Fórmula 1 atual, tão diferente da de 2008. Mas se há algo que não muda na categoria é a presença do tradicionalíssimo Grande Prêmio de Mônaco, nas nobres ruas de Monte Carlo. Dentro de duas semanas, a F-1 estará lá, no fim de semana mais luxuoso e lucrativo da temporada.
GP da Espanha:
1°. Jenson Button (ING/Brawn), 1h37min19s202 (66 voltas)
2°. Rubens Barrichello (BRA/Brawn), a 13s056
3°. Mark Webber (AUS/Red Bull), a 13s924
4°. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull), a 18s941
5°. Fernando Alonso (ESP/Renault), a 43s166
6°. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 50s827
7°. Nick Heidfeld (ALE/BMW), a 52s312
8°. Nico Rosberg (ALE/Williams), a 1min05s211
9°. Lewis Hamilton (ING/McLaren), a 1 volta
10°. Timo Glock (ALE/Toyota), a 1 volta
11°. Robert Kubica (POL/BMW), a 1 volta
12°. Nelsinho Piquet (BRA/Renault), a 1 volta
13°. Kazuki Nakajima (JAP/Williams), a 1 volta
14°. Giancarlo Fisichella (ITA/Force India), a 1 volta
Abandonaram
Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), volta 18, mecânico
Heikki Kovalainen (FIN/McLaren), volta 8, mecânico
Jarno Trulli (ITA/Toyota), volta 1, acidente
Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso), volta 1, acidente
Sebastien Bourdais (FRA/Toro Rosso), volta 1, acidente
Adrian Sutil (ALE/Force India), volta 1, acidente
Melhor volta:
Rubens Barrichello (BRA/Brawn), 1min22s762

Combustível pra quê?

O post da corrida sairá um pouco mais tarde, por isso deixou desde já os meus parabéns para a equipe Ferrari, que havia repetido o erro da Malásia ontem na classificação; mas hoje foi diferente, ela conseguiu inovar.
Falha de estratégia, escolha de pneus equivocada, mecânico atrapalhado... Já estava ficando chato, eles precisavam cometer uma bobagem diferente. A ameaça de pane seca é rara, não acontece todo dia, é preciso estar bem engajado na corrida para alcançar tal façanha. E hoje eles voltaram a se superar.
O carro pode evoluir o quanto for, mas o fator humano nas provas é o que mais nos surpreende. O Montezemolo vai cantar mais uma vez na reunião de segunda-feira, e na próxima corrida eles passam vergonha novamente. Qual foi mesmo o último GP em que a equipe Ferrari não teve alguma lambança para contar?

sábado, 9 de maio de 2009

Button surpreende em Barcelona

Salvadores 2 segundos que permitiram o Button abrir a volta final da super pole e cravar o melhor tempo. Quando imaginavam que o Vettel largaria novamente na posição de honra, o inglês apontou na reta principal para abraçar a pole position, deixando o rival - se é que já podemos chamá-lo assim - em segundo.
A Brawn conta com Rubens Barrichello na terceira colocação, tendo ao seu lado a Ferrari de Felipe Massa, que fez um bom treino, mostrando que o novo pacote da equipe já cumpre seu papel.
Mark Webber alinha a Red Bull em quinto, à frente da dupla da Toyota, Glock e Trulli, separado por míseros 7 milésimos.
Em casa, Alonso conquista um bom resultado e fecha a quarta fila. A Williams perde um pouco de terreno a cada GP. Nico Rosberg sofreu mas assegurou a nona vaga da super pole. A BMW reage com Robert Kubica, o pior dentre os dez melhores.
Kazuki Nakajima fez um bom treino para o que se espera dele. Sai de 11° amanhã. Nelsinho Piquet não chegou ao Q3, no entanto realizou a sua melhor apresentação em qualifyings nesta temporada. Em nenhuma das duas fases, andou mais de 1 décimo acima do tempo do companheiro. E assim ele vai tentando se acertar com sua maior deficiência, que é classificação.
O 13° é Nick Heidfeld, seguido pela primeira McLaren, a de Lewis Hamilton. O carro do time britânico não tem o perfil exigido pelas características de Barcelona, porém isso não altera a comparação com Kovalainen: o finlandês continua deixando a sessão uma fase antes do parceiro campeão. Buemi fecha o grupo do Q2.
Eis que surge a Ferrari do Kimi Raikkonen, numa decepcionante estreia do F60B. Foi a vez de o piloto sentir o mesmo gostinho do Massa na Malásia, tornando-se vítima da infantilidade italiana. A diferença é que o segundo erro é ainda mais inaceitável que o primeiro. Quantas reincidências serão necessárias para o Domenicali aprender?
Sebastien Bourdais, 17°, faz companhia ao Kovalainen na penúltima fila do grid. Sutil e Fisichella completam a tabela.
Ninguém foi punido neste treino? Que raro...
Numa corrida de difíceis ultrapassagens, azar daquele que larga de trás. Na ponta, a briga entre Brawn e Red Bull, mais provavelmente Button e Vettel, os únicos vencedores de GPs em 2009. A largada será importante, por isso o Massa pode se aproveitar do KERS e do longo trecho de reta para surpreender os adversários à frente.
A curva 1 é apertada, mas ao menos há um área de escape para os pilotos desviarem de possíveis acidentes ocorridos na meio da variante.
Quem costuma ganhar com a trapalhada alheia na largada é o Piquet, que ainda está zerado no campeonato. Felipe busca os primeiros pontos, Barrichello tirou o marca-texto e vem de capacete original, Raikkonen pode promover boas brigas no fundo do pelotão, a Brawn continua sendo o melhor carro, o Alonso está em casa, e a corrida à começa às 9h de Brasília deste domingo.
Grid de largada:
1°. Jenson Button (ING/Brawn), 1min20s527 ( 21 voltas )
2°. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull), 1min20s660 ( 15 )
3°. Rubens Barrichello (BRA/Brawn), 1min20s762 ( 20 )
4°. Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min20s934 ( 18 )
5°. Mark Webber (AUS/Red Bull), 1min21s049 ( 17 )
6°. Timo Glock (ALE/Toyota), 1min21s247 ( 25 )
7°. Jarno Trulli (ITA/Toyota), 1min21s254 ( 25 )
8°. Fernando Alonso (ESP/Renault), 1min21s392 ( 20 )
9°. Nico Rosberg (ALE/Williams), 1min21s558 ( 22 )
10°. Robert Kubica (POL/BMW), 1min22s685 ( 15 )
11°. Kazuki Nakajima (JAP/Williams), 1min20s509 ( 16 )
12°. Nelsinho Piquet (BRA/Renault), 1min20s531 ( 20 )
13°. Nick Heidfeld (ALE/BMW), 1min20s676 ( 16 )
14°. Lewis Hamilton (ING/McLaren), 1min20s805 ( 12 )
15°. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso), 1min21s067 ( 15 )
16°. Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), 1min21s291 ( 5 )
17°. Sébastien Bourdais (FRA/Toro Rosso), 1min21s300 ( 8 )
18°. Heikki Kovalainen (FIN/McLaren), 1min21s675 ( 10 )
19°. Adrian Sutil (ALE/Force India), 1min21s742 ( 11 )
20°. Giancarlo Fisichella (ITA/Force India), 1min22s204 ( 11 )
Pesos dos carros em ordem crescente:
Alonso - 645kg
Button - 646
Glock - 646,5
Barrichello - 649,5
Vettel - 651,5
Webber - 651,5
Massa - 655
Trulli - 655,5
Fisichella - 656
Kovalainen - 657
Kubica - 660
Rosberg - 668
Bourdais - 669
Raikkonen - 673
Sutil - 675
Heidfeld - 676,3
Nakajima - 676,6
Piquet - 677,4
Buemi - 678
Hamilton - 683