domingo, 28 de fevereiro de 2010

O novo safety car



FELIPE MACIEL


Esse é o tipo de post em que as fotos bastam.

Senhoras e senhores, este é o Mercedes SLS AMG, o chefe do grid a partir de 2010.









Bernd Mayländer continua com seu cargo quase vitalício a frente do Mercedão verdadeiramente prateado. Segundo informa o Motorpasion, motor V8 de 6.3 litros e 571 CV, caixa de câmbio de sete velocidades e dupla embreagem, e freios a disco de carbono. E anda mais rápido que sua TV sugere.

Na rua, é mais bonito ainda...

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Stefan perde a paciência com indecisão de FIA e US F1



FELIPE MACIEL



Os dias estão passando, o calendário indica a proximidade com o GP do Bahrein, vai batendo aquele friozinho na barriga... Está na hora de ficar de cabeça quente se seu time ainda não assumiu vaga no grid.

Diante da lerdeza da US F1 e da FIA para definir os direitos da Stefan GP, Zoran Stefanovic soltou os bichos para cima dos dois. A chefia já tem motivos de sobra para se irritar com os americanos, uma vez que tentou negociar uma fusão com Chad Hurley, no entanto Ken Anderson e Peter Windsor impuseram uma série de dificuldades, conduzindo as conversas ao fracasso.



A opção remanescente foi jogar para a torcida. Semana que vem, a equipe exibirá seu bólido - ao contrário dos "sonhadores americanos" - desafiando a FIA a explicar ao mundo porque uma escuderia com carro pronto não pode correr, enquanto a US, que não possui monoposto, a impede de fazê-lo.
A Stefan GP gostaria de informar ao público que os contêineres que foram enviados ao Bahrein no início de fevereiro já chegaram ao país. Na próxima semana, iremos mostrar o carro de F-1 da Stefan para a imprensa como a prova final de que devemos estar no grid de Sahkir.

Se não recebermos uma chance de competir no Bahrein e, também, se algum dos times não aparecer, alguém terá problemas para explicar o que aconteceu conosco.

E os "sonhadores americanos" precisarão justificar suas ações, porque eles estão deliberadamente enfraquecendo a F-1 com um sonho de um mundo perfeito e com contos de fadas sobre sucesso, mas o sucesso não acontece senão com trabalho duro e muita coragem.

Transcrição do agressivo comunicado da Stefan GP



Só faltou terminar com um "e tenho dito!".

Jeat Todt, a peteca está com você, somente com você. Porque, no Bahrein, a US F1 está completamente fora de combate. E, cá entre nós, um time que anuncia o próprio surgimento no início de 2009 e um ano depois não construiu carro algum, merece ficar fora de combate eternamente.

Que sina... parece que a Fórmula 1 não nasceu para os Estados Unidos. Que venha a Stefan, e as crias de Gilles e Satoru. É a decisão mais digna a ser tomada.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Rádio OnBoard - Edição do regulamento



FELIPE MACIEL


Está no ar a edição número 68 da Rádio OnBoard!

Na companhia dos amigos Ron Groo e Eduardo Moreira, estive presente neste bate-papo sobre as regras da F-1 em 2010, com destaque absoluto para o sistema de pontuação e a proibição do reabastecimento.


Clique para ouvirClique para baixar



A Rádio OnBoard faz questão de lembrar que o distinto jogo F1 Champion está à sua espera e irá abrir a competição logo na semana que vem. Por isso corra para se inscrever e participar da brincadeira durante a temporada. Mantendo-se bem informado, caprichando nas táticas sem dispensar o a própria sorte, terá tudo para ganhar o maior dos prêmios listados: o famoso netbook da Acer!

Retornamos em breve, com a edição de Pré-Temporada. Até lá...

Williams de volta ao páreo?



FELIPE MACIEL


Há algumas temporadas o time de Grove fazia charme durante a pré-temporada, mas quando os GPs começaram logo víamos que não era tudo aquilo. Agora parece ser o contrário.

Frank Williams tanto resistiu que já pode comemorar o fim da era das montadoras. Com a confiança restabelecida, ele ainda conta com as melhorias técnicas neste ano: livrou-se do deficiente motor Toyota e passou a contar com a Cosworth, cujo trunfo reside no direito de desenvolver o propulsor do zero, enquanto as demais montadoras fornecem o motor congelado há alguns anos.

Tio Frank ainda readquiriu o direito de escolher sua dupla de pilotos. Para quem passou um bom tempo mantendo alemão indicado pela BMW, e mais recentemente engolindo japonês enviado pela Toyota, os pilotos atuais são pura opção da equipe: o veterano Rubens Barrichello, que não para de dizer que sempre sonhou com esta vaga, e a grande promessa Nico Hulkenberg, campeão da GP2.



Ambos estão com confiança lá no alto, e garantem que o time brigará entre os top. Há um certo consenso de que Ferrari e Red Bull serão as maiores forças neste início de temporada, porém a Williams acredita estar logo atrás.

O trabalho da escuderia durante os testes coletivos é apreciável. Trata-se de uma das equipes que mais voltas completou, demonstrando um desempenho sólido nesta preparação. Não diria que o FW32 já está em posição de brigar por vitórias, até porque tem muita gente grande num campeonato só. Mas que a Williams vem para incomodar as chamadas grandes, decerto vem.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Memória Blog F-1: Pequenas Notáveis II



FÁBIO ANDRADE



A continuação da trajetória das mais marcantes equipes pequenas da década termina hoje com a 2ª parte do memorial, com a Sauber/BMW Sauber e a Minardi/Toro Rosso:

Sauber/BMW Sauber


A trajetória do empresário suíço Peter Sauber no automobilismo começa bem antes da fundação da equipe Sauber de Fórmula-1.

Desde a década de 70, a Sauber já existia como fabricante de carros de corrida.

O crescimento dos negócios do suíço Peter culminou então numa proposta de parceria entre a Sauber e a gigante Mercedes Benz no Mundial de Esportes Protótipos. Em 1985, Sauber apresentava à multinacional alemã o projeto de um motor V8 supostamente revolucionário e que, segundo suas expectativas, faria a Mercedes brigar entre os grandes.

Ferrari contra Mosley: o retorno



FELIPE MACIEL


O quebra-pau ganhou um último suspiro. Enquanto o Mundial não começa, Ferrari e Mosley voltam a se estranhar pelos mesmos velhos motivos.

Ele não preside mais a FIA; na verdade, Max possui cadeira no senado da gestão Jean Todt, mas mal comparece às reuniões, limitando-se a entrar em contato com o francês para emitir opinião quando solicitado. Para Maranello, porém, as dores do passado ainda merecem menção nas páginas esportivas.

A Ferrari emitiu um comunicado detonando Mosley, como se jogasse na cara do inglês as mazelas herdadas desta conturbada fase final de seu mandato.



De fato, Max travou uma luta ferrenha contra as montadoras, minando a cada dia o interesse das corporações em manter-se na categoria. A F-1 deixou de ser vista como laboratório de desenvolvimento, uma vez que o ex-presidente impôs uma série de restrições e ainda ditou o que deveria ser construído em termos de novidade tecnologíca: o KERS, o produto certo inserido na hora errada.

O crescente desânimo na aglutinação dos fatores gerou a debandada das montadoras. Mosley trouxe a Cosworth para fornecer a baixo custo às escuderias novatas. Era o mínimo, afinal, com a saída de Honda, Toyota, BMW e a Renault batendo na trave, poderia faltar motor num grid de 26 carros. Mas o que o time de Montezemolo destaca é a troca de equipes com potencial competitivo por outras que amargam um problema após o outro, sabendo que passarão a temporada 2010 se humilhando no pelotão do fundo.
Este é o legado da Guerra Santa que foi travada pelo presidente da FIA. A causa em questão foi permitir que equipes pequenas entrassem na F-1. Este é o cenário: duas equipes vêm fracas para o início do campeonato, uma terceira está sendo empurrada por uma mão invisível _tenha certeza de que não é a mão de Adam Smith_ e, em quarto, bom, você deveria ligar para as pessoas perdidas e descobrir isso.

Nesse meio tempo, perdemos dois construtores no meio do caminho, dos níveis de BMW e Toyota, ao passo que a Renault, não sobrou muito além do nome. Tudo isso valeu a pena?

Trecho final da nota crítica da Ferrari



Os comentários ferraristas também ironizaram as manobras de Bernie Eccletone para encaixar as equipes na Fórmula 1, mas os ataques foram mesmo direcionados a Mosley. E o pior de tudo: ele respondeu... daquele jeitinho estupidamente apelativo.

Max comparou a Ferrari a uma mulher de meia-idade, invejosa devido à atenção recebida pelas novas e belas mulheres que acabam de chegar. Também contrapôs as acusações de desordem nas novas equipes, lembrando a Ferrari do incidente no GP de Cingapura de 2008, para ele um verdadeiro exemplo de confusão.



Fora os excessos de Mosley para lidar com as críticas, o britânico confirmou ao jornalista James Allen algumas informações importantes que circulam na imprensa. Ele acredita na fusão da Campos com a US F1 e alerta para a oposição da Ferrari à entrada da Stefan GP, em função da presença de Mike Coughlan, designer chefe da escuderia.

Mesmo que duas equipes se tornem uma só, faz-se necessária a concordância das escuderias para que a 13ª vaga seja repassada à Stefan. A Ferrari será a primeira a se opor, mas não a única: a Red Bull é outro exemplo de resistência. Naturalmente a McLaren, ex-empregadora de Coughlan, também será. E por aí vai.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Memória Blog F-1: Pequenas Notáveis



FÁBIO ANDRADE



Pré-temporada combinada com a completa falta de testes ou novos lançamentos de carros para 2010 tornam o noticiário da Fórmula-1 enjoado e repetitivo. Multiplicam-se como coelhos as manchetes sobre a embaraçosa situação da USF1 e da Campos e sobre o duro (e, na minha modesta opinião, desnecessário) comunicado emitido pela Ferrari, comunicado que também tem ligações com a situação das equipes pequenas que ainda não demonstraram capacidade de alinhar no grid no dia 14 de março no Barein.

Equipes pequenas na corda bamba por causa de falta de dinheiro não são propriamente uma novidade na F-1. A saga das pequenas existe desde que a introdução sistemática de inovações tecnológicas de ponta se tornou regra e jogou para as alturas o investimento necessário para alcançar níveis satisfatórios de competitividade. Equipes artesanais e com poucos patrocínios simplesmente não conseguiam chegar perto de gigantes como Williams, McLaren e Ferrari e é seguro dizer que essa verdade existe na F-1 há, pelo menos, 25 anos.

Da mesma forma também é seguro afirmar que as equipes que fecham o grid são motivos de chacota e de toda sorte de caçoada, ao mesmo tempo em que dão certo charme e justificam a existência das grandes. Afinal, se existe uma melhor, deve existir alguma pior.

Para relembrar uma parte das pequenas notáveis que desfilaram pelas pistas do mundo, o Blog F-1 preparou um memorial das equipes pequenas que alinharam na F-1 na última década.

CampUS F1



FELIPE MACIEL


O que sairia do cruzamento de Campos com US F1? A união de meia equipe com meia equipe daria numa equipe inteira? A bagunça da Campos com a bagunça da US daria menos bagunça, mais bagunça ou bagunça ao quadrado?

O desfecho inusitado foi exposto pela mídia há alguns dias e parece haver um grande fundo de verdade nessa questão. Ambas as equipes podem unir forças para transformar dois problemas em uma solução. Do jeitinho que diz a charge.

As últimas informações sobre o caos dentro da escuderia americana revela o fracasso em todos os termos, a começar pelo planejamento. Há problemas de fluxo de caixa, já houve atraso de pagamento, 10 funcionários abandonaram a equipe e não existe carro algum. Tudo o que a US F1 produziu até agora foi uma série de videozinhos para exibir no You Tube.



Falando em YT, o investidor Chad Hurley parece ser a salvação. Ele esteve em reunião com o dono da Campos, José Ramón Carabante, discutindo a possibilidade de fusão. Esse seria o final feliz da história. Bruno da Campos e Pechito Lopez da US F1 formariam a dupla da "CampUS F1", abrindo a vaga tão sonhada pela Stefan GP.

Outro cenário colocaria Lopez na Meta ao lado de Bruno Senna, enquanto a US F1 provavelmente não passaria de um sonho americano, distante de tornar-se real. Em ambos os casos, é Brasil e Argentina na cabeça.

Aguardemos o desenrolar dos fatos. Novos capítulos são esperados nas próximas 24 horas.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Piloto contratado, piloto ameaçado



FELIPE MACIEL


Não sei com que frequência isso acontece no grid, mas talvez não seja errado dizer que a cultura Briatore ainda vive dentro da Renault.

Firmar contrato com um piloto inserindo obrigação em número/porcentagem de pontos me parece extremamente negativo. Não existe cláusula para engenheiro do tipo "se o bólido tomar mais de 1s da Ferrari, o time poderá rasgar seu contrato". Mas com piloto existe.



Segundo informações de uma agência russa, Vitaly Petrov tem, formalmente, o dever de marcar pelo menos 25% dos pontos de Robert Kubica. Isso é mais que mera desculpa para justificar uma possível demissão: é quase uma ferramenta de coerção.

Quando o piloto vive uma fase dura em que a tudo sai errado, a pressão se multiplica por força de contrato. Prejuízo para ele, prejuízo para a equipe.

Esse método de "pressão total" tanto sobre os pilotos oficiais quanto os jovens de base fez com que a própria Renault dispensasse Robert Kubica de seu programa de desenvolvimento. O erro está comprovado: anos depois, o time francês emprega o polonês voador, já renomado no ambiente da Fórmula 1. Mas se eles não aprendem, vai se fazer o que?

Enquete F-1: Grande Prêmio vs Tazio



FELIPE MACIEL



Chegamos ao final de mais uma enquete. Esta é especial, fazia um bom tempo que esperava saber o que o público diria para a seguinte indagação: Qual o site de notícias brasileiro especializado em Fórmula 1 você prefere?

103 cliques decidiram a votação. Eis o apertadíssimo resultado!

Tazio - 36,9%
Grande Prêmio - 34%
Outro - 29,1%

Antes de iniciar a análise, peço uma salva de palmas ao candidato "outro", não esperava que fosse chegar tão longe...

Quanto à disputa entre Tazio e Grande Prêmio, foi bonita de se ver. Ambos se revezaram na liderança, mas num dado momento o Tazio abriu vantagem, que começou a cair nos últimos dias mas não ao ponto de inverter a ordem novamente.

Grande Prêmio vs Tazio



Vamos às respectivas considerações.

O Grande Prêmio é um site que se destaca pelo volume, nos mais variados sentidos. Eles maximizam a sensação de que você está diante de um elevado número de notícias, que de fato publicam. Abusam do espaço da página não só com notícias mas também com vídeos, propagandas de blogs, e destaques em geral.

Enquanto o GP despeja um monte, o Tazio faz exatamente o inverso, revelando-se mais sóbrio e organizado. Existe um espaço discreto para divulgar blogs, onde eles destacam apenas um; os demais blogs podem ser vistos apenas se você clicar para acessar uma página isolada. Em termos de layout, o Tazio é mais tímido, o Grande Prêmio é mais escancarado.

O GP possui um estilo meio escandaloso de lidar com tudo. Repare no nome do jornalista que emitiu a informação... Enquanto os sites em geral (não só o Tazio) são discretos, o Grande Prêmio exibe o nome do autor da notícia com mesmo tamanho da fonte do subtítulo. E não é só isso: Eles ainda aproveitam para divulgar o Twitter do indivíduo entre chaves.

O Grande Prêmio se destaca pelos bons contatos de Victor Martins, potencialmente próximo de furos jornalísticos. E quando descola uma grande notícia, faz um auê na homepage, pinta tudo de vermelho que chega a assustar o leitor desavisado que acaba de entrar no site.

O Tazio, por sua vez, é mais modesto nos destaques. No máximo, no máximo, duplicam o espaço reservado à manchete para abrigar uma foto duas vezes maior e utilizam caixa alta no título principal.

O Grande Prêmio é o que possui mais malícia para escolher a notícia de destaque e chamar a atenção do público. Mas quando tratamos do fator primordial - o conteúdo da notícia -, é aí que passo a me inclinar em favor do Tazio.

O GP é menos compromissado com o que escreve. Faz piadas e ironias, deixa transbordar a opinião entre as palavras e alonga o texto e inventa termos e pinta e borda. Por sua vez, o Tazio apresenta textos mais limpos, objetivos, sem rodeios. Quando deixa respingar a parcialidade, ela fica retida nas entrelinhas, sem permitir que transborde como no caso da concorrente.

Por ser velho conhecido nos portais automobilísticos brasileiros, considerei em princípio o Grande Prêmio como favorito neste pequeno duelo, mas a enquete seguiu apertada até o final terminando com o Tazio ligeiramente à frente.

Foi uma sondagem divertida de se acompanhar. Particularmente, concordaria com o resultado favorável ao site mais novo se eu tivesse que votar, mas o importante é deixar claro que ambos andam lado a lado, num saudável trabalho informativo a respeito da Fórmula 1 e de esportes a motor em geral aqui no Brasil.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O Editorial e o Comercial



FÁBIO ANDRADE


Ontem no F-1 Around, o Becken Lima levantou as razões sobre o porque de a Tv Globo ignorar o nome da equipe Virgin e continuar a chamar o time, equivocadamente, de Manor.

Segundo trecho de um comunicado da Globo em resposta a questionamentos da Unisul também publicado ontem pelo Becken, “os critérios que orientam as decisões das equipes de Jornalismo e de Esportes da Globo, de citar e exibir marcas, atendem a uma finalidade: ajudar o público a reconhecer a existência de fronteiras entre editorial e comercial.”

Eu, como parte dessa porção de seres humanos que recebeu a denominação de público, reconheço “a diferença entre o editorial e o comercial” no caso da Fórmula-1. Ela tem nome e sobrenome e atende pela graça de duzentos e oitenta milhões de reais, que é o valor aproximado que a emissora carioca vai faturar em 2010 com as cotas de publicidade da Petrobrás, da Nova Schin, da Renault, da Mastercard e do Santander.

Cada cota de publicidade vendida pela Globo saiu ao preço aproximado de 56 milhões de reais para cada empresa anunciante.

Seguindo a lógica aparentemente bem-intencionada da Globo, somente Petrobrás, Nova Schin, Renault, Mastercard e Santander, que realizaram visitinhas ao departamento comercial da emissora, merecem o devido respeito e têm o direito de existir com o nome-fantasia que bem entenderem, certo?

Eis a diferença entre o editorial e o comercial no mundinho perfeito da maior fonte de informação e entretenimento do país.

Últimos dias para entrar no desafio da blogosfera!



FELIPE MACIEL


Está chegando a hora de iniciar a revolucionária competição que dará ao vencedor de 2010 o fantástico notebook da família Aspire One, dotado da distinta tecnologia de ponta que a Acer inseriu no mercado!

Na semana do dia 1° de março já estarão em aberto 10% da pontuação máxima do F1 Champion, o jogo que não apenas conta com sua sorte mas também com suas táticas para buscar a vitória.

Lembrando que prêmio de segundo colocado será um MP4 Player mais um livro sobre Fórmula 1. Já o terceiro lugar levará para casa um boné e uma miniatura de sua equipe de F-1.

[caption id="" align="aligncenter" width="489" caption="Um dos melhores netbooks do mercado irá para as mãos do grande ganhador!"][/caption]

Conheça aqui o resumo das regras, e saiba como inscrever-se neste link.

O F1 Champion, como já disse, começa na próxima semana com as apostas de Pré-Temporada. Na semana seguinte tem início a fase de Competição Individual. Após 8 GPs, todos que conseguirem vaga para a fase de Jogo de Equipe seguirão vivos na disputa, e a partir da 15ª corrida do ano, os melhores colocados se classificam para a fase decisiva do Playoff. Somente aqueles que passarem pelas 3 fases estarão na briga para se tornar o ilustre F1 Champion!

Estamos na véspera de abertura, então corra para ingressar neste game inovador que lhe proporcionará um grande desafio online enquanto acompanha cada GP da temporada 2010 da Fórmula 1...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A sina de Senna



FELIPE MACIEL



A situação crítica da Campos me fez repensar sobre o desejo de ver Bruno Senna estreando imediatamente na Fórmula 1.

Pensando friamente, que utilidade terá essa vaga se a menos de 1 mês do Bahrein a equipe ainda não arrumou nem pessoal para levar o projeto adiante? Basta olhar para o fundão e ver que a Lotus tem no mínimo problemas aerodinâmicos, a Virgin tem pelo menos problemas hidráulicos. A Campos - que correrá para construir em poucas semanas o que essas duas fizeram em meses - tem todos os problemas que se pode imaginar.

Chuta aí: quantos segundos ela levará da primeira colocada se conseguir estrear? Ou então, quantos segundos ela tomará da penúltima equipe se chegar a tempo de alinhar? Quer uma dica? A Minardi passou anos engolindo 4s de uma Ferrari... Você apostaria numa diferença menor que essa?



Qual vantagem o Bruno Senna teria em poder andar num carro marginalizado? Sinceramente, não vejo nenhuma. Caso sejam verdadeiros os boatos sobre a chance de tornar-se terceiro piloto da McLaren, ele deveria mover-se em direção à Woking de bate-pronto.

O aprendizado num time desse porte histórico, técnico e tecnológico é muito melhor e mais tranquilo do que guiar uma carroça, onde provavelmente perderá a referência na competição e colocará o nome Senna numa posição indelicada.

Mais do que isso: já discutimos aqui sobre o lugar ideal para um piloto estrear. Quanto mais ouço sobre a Campos, mais distante deste ponto ela fica. Já está virando um tiro no pé do Bruno.

Esqueça essa neura de que o garoto precisa entrar o quanto antes porque já possui 26 anos. A Fórmula 1 acaba de virar a página na área política, esportiva, cultural (se é que me entende), administrativa (?), etária... Sim, etária também. No sentido em que a categoria deixa de focar apenas nos supernovatos e eleva a média de idade do grid. Saímos de uma época em que era quase esquisito um piloto de F-1 possuir mais que 30 anos de idade. Hoje tem sujeito com 38, com 39, com 41.



Não há nada de errado em ver Bruno estreando aos 26. Nem aos 27. Se tiver o potencial necessário, pode se manter na F-1 por tanto tempo quanto o tio, sem problemas.

Nelsinho Piquet e Romain Grosjean são os melhores (ou piores) exemplos recentes da importância de um bom lugar para estrear. Exatamente por isso, não será mal negócio segurar a ansiedade e tentar uma vaga de piloto reserva num time de ponta, esperando uma situação mais estável para correr em 2011. Afinal, o cargo de test driver hoje em dia nada mais é do que o aprimoramento de um jovem que visa a Fórmula 1. Que tal aprimorar-se enquanto procura o espaço certo para acelerar com o pé direito no ano que vem?

O alvoroço para obter um cockpit titular vem de longa data, sabemos, mas começar agora na semi-falida Campos Meta pode ser como enfiar o pé na jaca. Ainda há tempo de tirá-lo de lá. É o que eu diria agora.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

As últimas das novatas histéricas



FELIPE MACIEL


Nem sei por onde começo. Por quem tem carro e não tem vaga? Por quem tem vaga e não tem carro? Lá vou eu apelar para a ordem alfabética...
Campos Meta

De Campos só tem o nome. Seu grande fundador Adrian Campos está fora do negócio, mas a equipe mantém a identidade espanhola, uma vez que José Ramón Carabante passou de sócio a controlador da escuderia.

Colin Kolles foi definido não apenas como o chefão da coisa como também o diretor geral, que irá pôr ordem na bagunça e encarar o distinto desafio de organizar a ida da Campos para o Bahrein. Considerando o depoimento de Kolles, há tanto trabalho a ser feito quanto você pode imaginar.
Por duas semanas, tenho dormido duas horas por noite. É um momento inacreditável. Eu estou me esforçando cada vez mais e não sossegarei enquanto não estiver lá. Quero ter sucesso em levar a equipe ao grid, sobreviver à temporada e estabilizar o time.

Minha meta é resolver esse caos. Eles tinham basicamente nada, só caos. O único departamento que existia era o de software, em que oito garotos que nunca viram um carro de F-1 em suas vidas faziam programas de simuladores.

Há dois ou três engenheiros com experiência em F-1, e só isso. A história real é maluca. Teremos dois carros no Bahrein. Não sei como, não me importo, mas teremos dois carros no grid.

Colin Kolles



Em outras palavras, a equipe está nua. Mesmo que consiga colocar carro no grid, Bruno Senna e mais um infeliz passará o ano penando com o triste objetivo de terminar as corridas.
Stefan GP

Os sérvios sem garagem nos boxes buscam de todo jeito estrear. Se só existem 13 vagas, eles sonham com a 14ª. Mas o carro está pronto e eles não podem usar compostos Bridgestone.

O SF01 já colocou o motor para roncar, porém a primeira aventura em pista acontecerá para o final deste mês, no ilustríssimo circuito de Portimão, nem que seja com pneus de GP2. O time tem contrato com a Toyota, recebe equipamentos da Toyota, traz funcionários da Toyota. Dizem que até a grana da Panasonic vai ser herdada da Toyota. A confiança na estreia é tamanha, que sua presença física no Bahrein já é garantida. E não estão indo a turismo, suponho.

Kazuki Nakajima é dono de um dos cockpits. Jacques Villeneuve está prestes a assinar contrato também. A relativa tranquilidade lhes permite pensar em quem será o piloto reserva. Mera questão de tempo.
US F1

Os americanos viraram piada. Se os sérvios perturbam a FIA para ganhar o direito de competir, Ken e Peter imploram para disputar o Mundial a partir do GP da Espanha. Pois é, 4 corridas de ausência. Já que todo mundo sai impune do Pacto de Concórdia, não é de se admirar caso Todt abra essa concessão.
Em um mundo ideal, nós podemos perder as quatro primeiras corridas e aparecer em Barcelona. Acredito que tudo é possível. Mas qual seria o ponto disso? Por que eles nos dariam uma franquia e, na primeira vez que houvesse um buraco na estrada, simplesmente arrancá-la e colocá-la fora dos negócios? Definitivamente essa não é a mensagem que eu estou tendo deles. Eles querem nos ajudar, não acabar com a gente.

Ken Anderson



Duvido que o Anderson esteja tão tranquilo quanto sugere neste comentário. Seria bastante pragmático da parte da FIA eliminar a US F1 e alocar a Stefan. Resolveria o problema.

Mesmo que a FIA seja boazinha, os estadunidenses precisam se preparar para tirar dinheiro de outro piloto, porque há bons indícios anunciando a mudança de Pechito Lopez para a Campos. O argentino quer se garantir nas corridas; tá certo ele.

A verdade é que a equipe não tem carro. Estão pedindo tempo para construir um. É o drama virando comédia, simplesmente não dá para acreditar. Há um ano, a dupla ianque fazia graça e dava as caras em programas de TV para comemorar o projeto que ganharia as pistas na temporada seguinte. Pelo visto não vai.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ferrari inova no pit stop. Quem vai copiar?



FELIPE MACIEL


Nos último anos era realmente difícil inovar no pit stop. A mangueira standard de reabastecimento era o gargalo, o que restringia as opções das equipes.

Uma iniciativa de pouco destaque, por exemplo, foi a invenção da Toyota, mas apenas para danos na asa frontal. O aerofólio novo era acoplado ao macaco dianteiro, enquanto dois mecânicos removiam o bico danificado. Em seguida, o mecânico da frente encaixava o novo bico empurrando o macaco até o carro, e o ajuste levava menos tempo. Uma pequena mitigação para um problema que a F-1 não conseguiu resolver até hoje: os demorados pit stops em caso de asa danificada.

É impossível falar de inovação nos boxes sem citar o dispositivo infeliz lançado pela Ferrari há 2 anos. O pirulito eletrônico foi capaz de "cassar" um título. O aparelho foi apresentando suas fragilidades pouco a pouco, os espectadores esperavam o dia em que aquela geringonça provocaria uma lambança homérica, mas a equipe insistiu em usá-lo. O desastre anunciado veio a ocorrer no GP de Cingapura, quando Maranello pagou caro pelos supostos 4 décimos de vantagem que a sinaleira deveria trazer.

Se me permitem, prefiro usar um vídeo mais antigo da Ferrari para ilustrar. Todos já se cansaram de ver a comédia pastelão de Marina Bay, está perdendo a graça; melhor exibir um trabalho de pit mais romântico, como esse de Niki Lauda na Espanha, em 1974.



De volta aos tempos modernos, cada time se prepara para realizar seus super pit stops à sua maneira. A primeira a querer meter medo na concorrência foi a Williams, que anunciou paradas de boxes na casa dos 2 segundos, o que provavelmente consiste num blefe de um segundinho. Mas a agora chegou a vez da Ferrari ameaçar o mesmo, sendo que os homens de vermelho possuem uma arma especial para validar esta possibilidade.

A escuderia de Domenicali desenvolveu uma porca cônica que pode ser mais facilmente encaixada e removida. Ela ainda tem acionamento automático no fecho, uma novidade de fazer a concorrência arregalar os olhos.

Será que alguém pensará em algo mais eficiente? Ou os times vão precisar copiar a ideia para não sair perdendo?

Mais do que nunca, os pilotos precisam de uma boa equipe nos boxes. O tempo que ele consegue na pista pode ser perdido nos pits. Ou vice-versa. Não estamos certos de que o fim do reabastecimento automaticamente trará ultrapassagens, mas que vai trazer emoção nos boxes, ah vai...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Fórmula 1 2011: Bridgestone ou Michelin?



FELIPE MACIEL


Se alguém aí estiver a fim de fornecer pneus em 2011, a Fórmula 1 agradece, viu?

Esta é a nova grande preocupação que mexe com as estruturas da FIA. Nos últimos anos, temia-se a saída de equipes do grid. Boa parte das montadoras de fato saiu. Hoje a F-1 almeja alinhar 26 carros, sendo que apenas 4 marcas de propulsores estão disponíveis. São eles Ferrari, Mercedes, Renault, e o motor popular da Cosworth. Por pouco não se perde a Renault também. Seria muita equipe pra pouco propulsor.

Mas há problema mais imediato para ser resolvido: o fator borracha. Nos próximos meses, um contrato precisa ser firmado para garantir o fornecimento de pneus para 2011. A Fórmula 1 simplesmente não tem pneu garantido.



Melhor não perder seu tempo sonhando com uma possível reedição da guerra dos pneus. Se não está fácil conseguir uma fornecedora, que dirá duas. Além disso a federação deve estar satisfeita com o sistema monomarca. Os treinos aconteciam com quase 15 carros andando no mesmo segundo, e o corte de custos se faz coerente.

Por outro lado, a questão orçamentária limita os testes, que consequentemente dificultará o desenvolvimento dos compostos caso uma nova fornecedora entre no ano que vem. Vendo desse ângulo, nada melhor que convencer a Bridgestone a reconsiderar sua decisão e manter-se na categoria.

A entidade começou mexendo os pausinhos através de uma medida tímida, reduzindo de 14 para 11 o número de jogos disponíveis para cada piloto durante o fim de semana. Vale destacar que há mais GPs no calendário deste ano, e mais escuderia também, o que só a complica a atividade logística e gera mais gastos.

A propósito, o número de compostos biscoito e intermediário sustentam o mesmo número de 4 e 3 jogos, respectivamente.

Se isso for tudo, então a proposta parece fraca; seria mais produtivo ajoelhar-se e implorar para a Bridgestone ficar por mais algum tempo. O plano B está atrelado à exigente Michelin, que admite a possibilidade de retorno, desde que a FIA acate seu interesse em lançar regra de caráter ambiental, demonstrando o desempenho de seus pneus em função da economia de combustível e redução da emissão do CO2.

Será que Jean Todt topará seguir as ideias da marca francesa? Ou dará de ombros para eles, como fez em Indianápolis-05? Não que estivesse errado naquela ocasião, mas é apreciável notar a capacidade deste mundo dar voltas, não é mesmo?



Bridgestone ou Michelin? Quem fará a gentileza de não deixar a Fórmula 1 sem pneus em 2011? Esqueça as demais, elas já negaram qualquer vontade de assumir o serviço.

Em termos de calçados, este esporte ficou pouco atraente. Para torná-lo mais chamativo às empresas, regras especiais precisam ser aplicadas. Se a FIA inventou a jogada do macio/duro para dar relevo à Bridgestone, a própria Michelin está sugerindo o esquema que realçaria sua presença. E em princípio, a intenção dos franceses não parece nada ruim. Não me surpreenderei se voltarem de vez.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Vettel domina dia instável em Jerez



FELIPE MACIEL



Nesta nossa quarta-feira de cinzas, o dia de treinos da F-1 teve céu predominantemente cinza mesmo. Um chove-para-chove-para serviria de resumo para a primeira sessão da semana. Dia de baixo potencial produtivo, diga-se.

Quanto mais eles treinam, menos conclusões tiramos. Com o fator combustível fazendo mais diferença do que nunca, e a água descendo pra completar a bagunça, esta pré-temporada confunde até mesmo quem está na pista acompanhando tudo de perto.

O destaque do dia fica por conta da estreia da Lotus, que rodou 76 voltas e demonstrou o mínimo de confiança que a Virgin até agora anda devendo. Fairuz Fauzy comandou o T127, ficando com o penúltimo tempo, deixando Timo Glock na rabeira da tabela, após míseras 10 voltinhas no circuito. Um pequeno detalhe: o test driver da Lotus teve de treinar sem a direção hidráulica.



Cinco bandeiras amarelas interromperam as atividades das equipes, sendo duas com Rubens Barrichello, uma com Massa, uma com Hamilton e outra de Paul di Resta escapando da pista enquanto acumulava km's para adquirir superlicença.

A Force India também usou Sutil nos esforços desta quarta. A Toro Rosso continua exibindo tempo mais bonito do que deveria. A Renault poderia fazer o mesmo mas prefere seguir os trabalhos como uma das equipes mais discretas.

A Mercedes foi a que mais rodou, 111 voltas com heptacampeão ao volante. Michael se mostra mais confiante a cada dia com o desempenho do carro. Sobre a Sauber, apenas foi devidamente conduzida pelo experiente de la Rosa em mais um dia de clima complicado na Espanha.

Seguem os tempos.

1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull), 1min22s593 (99 voltas)
2. Lewis Hamilton (ING/McLaren), 1min23s017 (71)
3. Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min23s204 (71)
4. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso), 1min23s322 (78)
5. Pedro de La Rosa (ESP/Sauber), 1min23s367 (75)
6. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), 1min23s803 (111)
7. Adrian Sutil (ALE/Force India), 1min24s272 (27)
8. Paul Di Resta (ING/Force India), 1min25s088 (74)
9. Vitaly Petrov (RUS/Renault), 1min26s237 (54)
10. Rubens Barrichello (BRA/Williams), 1min27s320 (108)
11. Fairuz Fauzy (MAL/Lotus), 1min31s848 (76)
12. Timo Glock (ALE/Virgin), 1min32s417 (10)

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Ferrari de olho nos talentos do Brasil



FELIPE MACIEL


A forte relação de Felipe Massa com a Ferrari está abrindo boas portas para o automobilismo nacional. O apadrinhamento das novíssimas competições F-Future Fiat e Troféu Linea foi só o primeiro passo do investimento da Ferrari aqui no Brasil.

Este país é, por si só, uma fonte de talentos para a F-1. Começou com Chico Landi em 51, consolidou-se com Emerson Fittipaldi na década de 70 e chegou ao auge com Ayrton Senna, de 80 pra 90. Vira e mexe, e o Brasil eleva seu número de "representantes" num campeonato. Em 2010, por exemplo, já são 3 garantidos com mais um esperando confirmação.

Diga lá, qual foi o último ano que faltou piloto brasileiro no grid? Faz um tempinho, não? No entanto, a decadência do automobilismo brasileiro acompanhado pelo descaso da CBA já provocou previsões temerárias a respeito do futuro dos brasileiros na categoria máxima, graças ao desperdício de talentos que se promovia por aqui. Mas a coisa começou a engatinhar para melhor com o ressurgimento da F3 Light Sul-americana em 2009.

Dando continuidade ao resgate de nosso esporte a motor, em breve alguns pilotos nacionais poderão participar de competições e programas sustentados por ninguém menos que a tradicionalíssima Ferrari.



Maranello demorou mas finalmente resolveu cair de cabeça no desenvolvimento de jovens a serem levados para a F-1. Neste momento, Jules Biachi encabeça a lista da equipe, porém é necessário ir fundo nesta atividade e selecionar potenciais campeões desde seu nascimento nas pistas.

Pensando nisso, a categoria de monopostos da Ferrari no Brasil servirá de trampolim para jovens integrarem o programa da escuderia. Sabe-se que dois competidores da F-Future Fiat serão congratulados com tal oportunidade. Mas a marca também pensa em incentivar desde o degrau mais baixo da escala automobilística: o kartismo.

O projeto chama-se Akartdemia. Consiste basicamente criar torneios regionais monomarca e colocar a galera pra acelerar, até que os competidores mais evoluídos são enfim convocados para o Permanent Driver Evaluation, onde receberão tratamento completo, incluindo aulas de inglês e italiano, preparação técnica associada ao fator telemetria, e por aí vai.

Na sequência do programa, os indivíduos ganham o passaporte para a Europa, onde tudo começará na F-Abarth, e a carreira seguirá administrada pela própria Ferrari. Este é um resumão da ópera contada com mais detalhes pelo Tazio.



Claro que não faço nem nunca farei parte da onda eufórica que assiste à F-1 para ouvir o repetitivo Brasil-sil-sil, mas tenho motivos para acreditar que esse país possua enorme potencial nas pistas, e considero lamentável o desperdício de talentos que ocorre por falta incentivo. E se não fosse a intervenção externa, a capacidade de enviar grandes pilotos ao monopostos internacionais tendiam a definhar.

Reverências à Ferrari pela iniciativa e a Felipe Massa por abrir boas portas aos brasileiros que possuem capacidade e necessitam de uma força que empurre para frente e contraponha a avalanche de infelicidades instaurada neste território, onde as categorias morrem, os circuitos são engolidos por mato e os pilotos têm cada vez menos saída para trilhar o sucesso que merecem buscar.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

De volta à Fórmula 1



FELIPE MACIEL



A temporada de 2010 é marcada pela conjugação do verbo "voltar".

Michael Schumacher voltou.

Pedro de la Rosa voltou.

A Cosworth também voltou.

O nome Lotus está de volta.

O nome Senna está de volta.

Ralf Schumacher pode voltar.

Jacques Villeneuve também quer voltar.

Até o Mike Coughlan voltou!

O outro Mike, o Gascoyne, voltou.

Parece que Dave Ryan está de volta.

Jean Todt voltou.

Nick Wirth voltou.

E, finalmente, Adrian Campos, Peter Windsor e Ken Anderson voltaram. Ou não...



E aí? Qual o retorno mais agradável? E qual o mais lamentável? Quem gostaria que voltasse?

Particularmente, penso que o Coughlan nem deveria ter o direito de voltar. Enquanto Schumacher nem precisava ter saído. Quanto a quem merecia voltar? Hum, não sei... Mas sei quem não merecia ter ficado de fora: Nick Heidfeld.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Conheça o T127, o primeiro carro nova da Lotus



FELIPE MACIEL



Se a Lotus faz força para manter laços com o passado, então acertou no desenho: o T127 apresenta look retrô de tão quadrado que é.

Jarno Trulli, Heikki Kovalainen, Fairuz Fauzy e o recordista de demissões Mike Gascoyne posam para a foto.



quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A asa que vira pó



FELIPE MACIEL



Timo Glock passeia tranquilamente com sua Virgin pelo asfalto de Jerez sem nenhum perigo aparente. De repente, o aerofólio se parte, se dissolve, se evapora...

Algum elemento estranho prejudicou o desempenho aerodinâmico do aerofólio. Será que foi o ar? [piada maldosa detected]



Eu nunca simpatizei com a ousadia da equipe, que chega numa categoria desse porte querendo se mostrar mais moderna e capaz que os macacos velhos que existem lá. Se times como Ferrari, Williams, McLaren não abrem mão do túnel de vento, a quem a Virgin pensa que pode ensinar?

Não sei se o CFD "miraculoso" de Nick Wirth tem algo a ver com esse incidente. Mas estou torcendo para que sim. Será bom ver a Virgin com cara de boba ao descobrir que o excesso de confiança na tecnologia ainda é a fórmula que leva ao fracasso. Antes isso do que comprovarmos que a F-1 estava completamente enganada enquanto a Virgin estava certa sozinha.

Sobre o treino desta quinta, a turma no geral se dedicou ao longos stints, então não há problema em se deparar com uma Toro Rosso em 2° lugar. O dia foi liderado por Kamui Kobayashi, com uma volta engana-trouxa no finzinho do treino, digno de um time que implora por patrocínios. Pobre Sauber...

Williams e McLaren tiveram dificuldades durante o dia. Hulkenberg estacionou com problemas hidráulicos pela manhã, enquanto Jenson Button teve de desligar a MP4-25 no final da tarde.



Jerez, dia 2:

1. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), 1min19s950 (103 voltas)
2. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), 1min20s026 (121)
3. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), 1min20s618 (83)
4. Nico Hulkenberg (ALE/Williams-Cosworth), 1min20s629 (67)
5. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India-Mercedes), 1min20s754 (80)
6. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), 1min21s083 (124)
7. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 1min21s424 (129)
8. Robert Kubica (POL/Renault), 1min22s003 (103)
9. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), 1min22s043 (99)
10. Timo Glock (ALE/Virgin-Cosworth), 1min29s964 (11)

O que diz o Pacto de Concórdia?



FELIPE MACIEL



Ninguém sabe, ninguém viu. O Pacto de Concórdia é assunto para a FIA e as equipes, quem está de fora só ouve falar dele. Mas como seria bom conhecer as minúcias do acordo que sustenta a F-1, não?

A Campos e a US F1 vivem um drama para estrear no Bahrein. Do nada, me aparece o Bernie Ecclestone dizendo que o Pacto dá direito à ausência de 3 corridas do calendário para cada equipe, sem qualquer tipo de sanção. Os espectadores em coro: Ufa!

O presidente da FIA em pessoa, Jean Todt, confirma tudo. Que maravilha, eles têm até abril para fincar o pé...

Mas aí a federação vira casaca e ameaça geral:
Após as recentes discussões com relação à interpretação das cláusulas do Pacto da Concórdia sobre o conceito de participação do Mundial de F1, a FIA pretende esclarecer que:

Do ponto de vista esportivo e regulamentar, cada equipe que se inscreveu no campeonato é obrigada a participar de todas as etapas da temporada. Qualquer falta em participar, mesmo que seja em uma corrida, constituirá em uma quebra do Pacto da Concórdia e do regulamento da FIA

Comunicado da FIA



Ok, voltamos à estaca zero; se virem para alinhar em Sakhir antes que alguém lhe meta uma bela multa ou coisa pior.

Dos três, um. Ou a imprensa não soube escrever a notícia, ou as pessoas não sabem interpretar a regra, ou eles não souberam escrever a própria regra. E se não souberam escrever, a FIA resolveu interpretar do modo mais conveniente.

Am I Indy?



FELIPE MACIEL


E você pensando que já viu de tudo...



Não entendeu? Explico aqui.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Rádio OnBoard - Edição de novos carros



FELIPE MACIEL


No ar, a edição número 67 da Rádio OnBoard!

Para falar dos carros já lançados na F-1 em 2010, estive ao lado não só do grande Ron Groo como também do inigualável Fábio Campos, que finalmente retornou à rádio para o frenesi dos nossos ouvintes...

Comentamos sobre os bólidos já mostrados, a alteração do traçado do Bahrein, a estreia de Nelsinho Piquet nos EUA, e todas as discussões que acabaram saindo pelo meio do caminho.


Clique para ouvirClique para baixar



A Rádio OnBoard faz questão de destacar seu apoio ao F1 Champion, inovador jogo online da temporada 2010 da F-1 que irá oferecer prêmios valiosos aos mais bem sucedidos jogadores do ano.

Retornaremos numa nova edição após a semana do carnaval, ou quem sabe entraremos ao vivo na semana que vem para comentarmos mais sobre o que estiver rolando na Fórmula 1.

Red Bull lança o respeitável RB6



FELIPE MACIEL



Se a Fórmula 1 resolveu seguir as linhas ditadas pelo RB5, com o RB6 não foi diferente. O novo modelo se molda na evolução do desenho consagrado, que inspirou os projetistas das demais equipes, mas ninguém deve entender tanto deste projeto como o próprio Adrian Newey.

Por essas e outras, a versão 2010 da Red Bull impõe respeito com bastante naturalidade.



terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Force India apresenta VJM03



FELIPE MACIEL



A equipe mais brega da Fórmula 1 lançou o novíssimo VJM03, com a mesma configuração de cores. O modelo mantém vivo seu próprio DNA, sem necessariamente se misturar com o material genético da Red Bull, embora a moda atual sugira o contrário.



A escuderia manteve a filosofia do projeto, cuidando para que o trabalho promovesse a evolução de seu melhor bólido na F-1, que obteve em 2009 as estatísticas de um pódio alcançado, uma pole cravada, uma volta mais rápida, cinco classificações na super pole. A meta para 2010 é seguir implementando o ritmo e subir ao pódio com mais frequência.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Pesquisa DataFOTA: O que os fãs querem da Fórmula 1?



FELIPE MACIEL



A Fota sabe como ser simpática com os fãs da Fórmula 1. Pode até ser que o resultado da pesquisa não tenha muita repercussão prática após ser divulgado em abril, mas ao menos eles tentaram contato com os espectadores via internet.

Quem primeiro indicou esta iniciativa foi o Willian Ceolin. Nela, a Associação de Equipes faz o que as cabecinhas antigas da FIA e da FOM deveriam vir fazendo há alguns anos: perguntar a quem assiste à F-1 o que deseja dela, em vez de sair piorando a situação por conta própria.

Há perguntas sobre o nível dos circuitos, o sistema de pontuação, a vocação com o desenvolvimento de tecnologias, detalhes técnicos e informativos da transmissão, tempo das corridas, e por aí vai. Vale destacar que jamais as equipes tiveram tanta força ao lado da federação para influir no regulamento.

Essa é sua chance de levantar a voz e mostrar aos dirigentes da categoria que Spa-Francorchamps é uma coisa e Abu Dhabi é outra coisa. Sendo que a segunda coisa não chega aos pés da primeira.

A pesquisa está disponível neste link. Escolha o idioma português e registre seus pitacos por lá...

Tecla SAP da Globo



FELIPE MACIEL



Estava no Twitter brincando com o Kronbauer a respeito do jeitinho peculiar que a Globo tem para se referir aos personagens da Fórmula 1. Os dados levantados mereceram uma publicação. Veja e complete a lista se lembrar de mais denominações incansavelmente proferidas pelo Galvão e sua turma.



Quando antigamente eles diziam Robinho, você deveria entender Lewis Hamilton.

Se o locutor disser que um piloto foi correr nos Estados Unidos, significa que ele foi para a Fórmula Indy.

Quando a Globo menciona stock car americana, está na verdade querendo dizer Nascar.

Vamos às siglas. Há poucos anos o trio da cabine falava em MF1, que você precisava entender como Midland. Aos desavisados, RBR significa Red Bull, enquanto STR remete à Toro Rosso.

Se o Galvão citar clone do Burti, você deve entender Christian Horner.

Tem gente que não gosta do termo carro de segurança. Ora, trata-se apenas do bendito safety car, traduzido na medida do possível.

De tanto falarem GP da Inglaterra, nos esquecemos completamente que seu nome de direito é GP da Grã-Bretanha.

Deixa os caras chamarem o polonês de Kubitça, mas faça como o resto do mundo e mande ver no Kubica.

Se o Galvão disser Hakkinen, provavelmente você deve interpretar Raikkonen. Mas isso é pura trapalhada...

Em 2010, a Globo estreará o nome Manor. Melhor que isso, só se chamassem o time de Virgin.

Quanto à reta-curva... Bem, ele quis dizer que a reta é curva mesmo.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

O totozinho do Nelsinho



FELIPE MACIEL


O melhores vídeos do fim de semana ficam por conta da corrida de Daytona.

Nelsinho Piquet estreou nos ovais americanos classificando-se numa excelente 7ª colocação, e vinha bem na prova até se chocar com a Danica Patrick. Menção honrosa à capacidade da piloto em segurar o carro naquela velocidade e evitar a batida.

Danica, que também fez sua primeira corrida na ARCA, ainda conseguiu terminar em 6°; já Piquet acabou amargando o 27° lugar.



Um momento de susto na prova ocorreu com a capotagem de Jill George, destruindo completamente a parte dianteira do carro.

Quanto a Piquet, é apenas o começo da nova empreitada. Mostrou competitividade logo de cara, diga-se. Agora é esperar pelo início da temporada da Truck Series, sem esquecer que no final do ano ele tem agenda marcada com a Stock Car para correr logo ali, em Brasília.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

O que um piloto pode fazer, ao contrário de você



FELIPE MACIEL



Responda aí: Como ciclismo, jogo de guerra e Fórmula 1 podem motivar a mesma ação?



Crianças, não tentem fazer isso em casa... Muito louco o achado do amigo blogueiro Paulo Maeda.

No vídeo, Bruno Senna realiza treino de equilíbrio e concentração de um jeito, no mínimo, inusitado.

A bicicleta, soltinha, soltinha, deve ser devidamente controlada pelo piloto, que pratica na iminência de entrar para a videocassetada.

Só de olhar já desisti. Mas é bastante curioso o uso do equipamento para exercitar as habilidades de alto nível que um piloto de F-1 precisa reunir.

Existem outros fatores de suma importância para um competidor que deseja ingressar na categoria, como carro e equipe, por exemplo. Bruno está pronto fisica e mentalmente para sua tardia estreia. Só falta o Adrian fazer com a Campos o que o Bruno fez com a bike: o balança mas não cai.

Mas pelo que andamos lendo por aí, tá difícil, viu...

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Stefan GP, a equipe dos escândalos



FELIPE MACIEL


Enquanto a imprensa conta as horas para ver a Campos Meta naufragar, a Stefan GP esfrega as mãos para assumir lugar na F-1.

Alguns relatos extra-oficiais deixam um ar de desconfiança sobre a herdeira da Toyota. Veja só a patacoada...

Segundo James Allen, o time realizou duas contratações de peso no ano passado. Seus nomes? Certamente você conhece... Mike Coughlan e Dave Ryan.

Só falta contratar o Nelsinho para a Stefan ficar com os pivôs dos 3 maiores escândalos da década da Fórmula 1.



Volto a repetir que não há confirmação oficial - talvez porque a equipe não queira sair por aí anunciando sua lista de empregados; estes dois em especial.

A volta do Dave Ryan seria até interessante. O inglês tem longa passagem pela F-1, desde a década de 70 sua competência é reconhecida, a ponto de os ingleses terem descido a lenha na McLaren quando o diretor foi feito de bode expiatório no episódio da mentira, culminando em sua expulsão da categoria.

Já o designer Mike Coughlan é uma safado sem vergonha mesmo, dispensa comentários. Eu nem me lembrava se ele estava livre para trabalhar na Fórmula 1 novamente.

Quanto ao Nelsinho, parece estar bem encaminhado na Nascar e já se disse cansado de tudo o que envolve a F-1. Mas se preferir cair em contradição para fazer companhia a Kazuki Nakajima, terá antes de que bater Ralf Schumacher na disputa pela vaga, além de Jacques Villeneuve e Sébastien Bourdais, nomes que correm por fora.

Pouco conhecemos dessa Stefan GP. Dependendo da situação, talvez nem queira conhecer a fundo. Pegar o carro da Toyota é uma coisa, formar uma equipe íntegra é outra.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Pit stop obrigatório não



FELIPE MACIEL



Como se uma parada obrigatória não fosse o bastante, eles queriam obrigar duas. A medida foi estudada, estudada, estudada, até ser finalmente vetada. Mas não em definitivo.

Todo piloto já é obrigado a parar ao menos uma vez para atender à exigência do pneu com fitinha e pneu sem fitinha. A proposta agora barrada na Comissão da F-1 consistia em forçar um 2° pit stop para evitar que as estratégias das equipes se tornem repetitivas.



Considerando o que Ross Brawn comentou, a mudança só não foi aprovada porque não existe a certeza de que os times tenderão a adotar táticas idênticas mantendo a monotonia das provas:

"As equipes sentem que devemos ver como serão as corridas e, se acharmos que não estamos fazendo o show que queremos, teremos de reconsiderar. Não sabemos o suficiente ainda para prever como será a corrida. Mas vamos ter de esperar algumas provas antes de mudarmos as coisas assim".

Esteja preparado para uma possível mudança de regra no meio da competição para artificializar as corridas... que no final das contas também não resolverá coisa nenhuma.

De minha parte, a solução seria buscada no lado inverso: quanto menos obrigações, mais liberdade os times terão para tomar opções diferentes. Quanto mais rigoroso for o script, pior.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A discussão entre Barrichello, Rosberg e Haug



FELIPE MACIEL


Lá vai o Rubinho se meter numa nova polêmica. O brasileiro falou e os alemães não gostaram. A pergunta era sobre o conselho que tinha para Rosberg na Mercedes, onde terá um tal de Michael como companheiro de equipe.

Rubens: "Cai fora! Essa é a única coisa que eu posso dizer a ele. Ele precisa ser rápido e não bater. Ross sempre vai lhe dizer isso antes da corrida".

"Ele é muito talentoso e eu lhe desejo o melhor. E talvez amanhã você veja os jornais dizendo 'Rubens diz a Nico para cair fora de lá', mas eu não estou sendo maldoso ao dizer isso."



A declaração chegou de alguma forma aos ouvidos de Rosberg, que dispara: "Ele (Barrichello) foi batido por seis anos, então não me surpreende que tenha dito coisas assim".

"Não estou preocupado e, no geral, vou fazer o que tenho de fazer e vamos ver o acontece. Se estiver à frente, ótimo, mas se estiver atrás, então é um sinal de que tenho de trabalhar mais".

Depois foi a vez de Norbert Haug dar pitaco: "Quando Michael vence 72 corridas e Rubens 9, uma ordem incomum de equipe pode ser inventada. Talvez ele seja um pouco amargo".



É bem verdade que Barrichello tem fama de falar mais que o necessário, mas definitivamente não foi o caso. A partir de uma declaração bem humorada, criou-se uma discussão dispensável.

O curioso é que o próprio Rubinho sentiu que suas palavras pesariam na imprensa logo depois de tê-las pronunciado. Na verdade, ele fez apenas uma piada. Que por acaso tinha um fundo de verdade arrebatador.

Rosberg e Haug se excederam na réplica. Usaram a trajetória de Rubens na Ferrari para insinuar seu fracasso e mostrar que Nico não tem nada a ver com o que deu errado na carreira do brasileiro. Não precisavam reagir com ferocidade, no entanto é compreensível que Rosberg se sinta acuado com mais uma cutucada em sua situação na Mercedes. Piada ou não, o alemão tem o direito de se incomodar. Só não precisava se revoltar.

Provavelmente Rubens não vai voltar a comentar o caso para que ele tenha fim. Mas que fique o registro de sua brincadeira inocente: "Cai fora!". Não tem alemão neste mundo que queira ver o filho do Keke fazendo mais que Michael Schumacher.

O Ídolo em Casa



FÁBIO ANDRADE


Cada aparição de Alonso perante a torcida de seu país ganha contornos folclóricos. O maior ídolo esportivo da Espanha fez o autódromo Ricardo Tormo lembrar o Circuito da Catalunha em dia de grande prêmio



A quarta-feira de testes no autódromo Ricardo Tormo, em Valência, converteu-se num ensaio sobre a popularidade de Fernando Alonso diante de seu público. Não é a primeira vez que a “AlonsoMania” dá amostras de sua grande capacidade de contagio em solo espanhol. É comum ver e ouvir o que os torcedores do bicampeão são capazes de fazer para demonstrar seu apoio ao asturiano a cada Grande Prêmio da Espanha ou, mais recentemente, também durante o Grande Prêmio da Europa, realizado nas ruas de Valência, a poucos quilômetros do próprio autódromo onde foram realizados os testes essa semana.

alonso ricardo tormo 2010

Quem hoje chegasse às imediações da pista do Ricardo Tormo pensaria ter pego o caminho errado e chegado a Barcelona, no Circuito da Catalunha, em dia de grande prêmio. Fila de carros na entrada, arquibancadas com respeitável índice de ocupação, torcedores gritando em coro “Alonso! Alonso!” e tudo isso para assistir a um simples teste. Mas, no fundo, não se trata apenas de um teste. É, para o torcedor entusiasta de Alonso, a primeira vez que o bicampeão pilota o carro que todos imaginam que trará o tricampeonato. Depois do namoro de muitos anos, Alonso finalmente pilotou para valer uma Ferrari.



E com a F10 na pista, o novo piloto da Ferrari cravou, ainda de manhã, o melhor tempo da semana de testes, único hoje a andar na cada de 1min11s. Alonso marcou 1min11s470, mais de 2 décimos mais rápido do que o melhor tempo de Felipe Massa, mais rápido da semana até então. Como se tornou costume durante os testes, a Sauber fechou o dia em 2º, com Pedro de la Rosa marcando seu melhor giro em 1min12s094.

Melhores tempos do dia em Valência:

1 - Fernando Alonso (Ferrari) - 1:11.470 - 127 voltas

 2 - Pedro de la Rosa (Sauber) - 1:12.094 (+0,624s) - 79 voltas

3 - Michael Schumacher (Mercedes) - 1:12.438 (+0,968s) - 82 voltas

4 - Jaime Alguersuari (Toro Rosso) - 1:12.576 (+1,106s) - 96 voltas

5 - Jenson Button (McLaren) - 1:12.951 (+1,481s) - 82 voltas

6 - Vitaly Petrov (Renault) - 1:13.097 (+1,627s) - 75 voltas

7 - Nico Hulkenberg (Williams) - 1:13.669 (+2,199s) - 126 voltas

As equipes voltam aos testes na próxima semana, entre os dias 10 e 13, também na Espanha, mas no tradicional circuito de Jerez de La Frontera.

Eis o VR-01 da Virgin Racing



FELIPE MACIEL


Com pintura a la Fórmula Indy, a Virgin tirou o véu e mostrou tudo do VR-01, o primeira carro da equipe de Richard Branson, que contará com Timo Glock e Lucas di Grassi ao volante.



O bico fino é quase uma remada contra a maré. Mas isso é o de menos, quando lembramos da ousadia da equipe ao realizar o feito inédito: construir o modelo inteiramente em CFD, tratando o consagrado túnel de vento como tecnologia superada.

A asa dianteira apresenta um design extremamente simples, mas é provável que seja apenas efeito de apresentação, para destacar a pintura tribal nas fotos do lançamento. Basta dizer que a Renault também usou aerofólios básicos na cerimônia, deixando para revelar os verdadeiros spoilers na pista.





Bom saber que o time não ficou de frescura com o difusor durante a sessão de fotografia. O bólido segue a tendência de bico chifrado nos moldes da Red Bull. O design dos sidepods parece bem agradável, e não se vê nem sombra do barbatana do Newey.

Agora é esperar para descobrir como a Globo chamará a escuderia. Nos programinhas de pré-temporada, a emissora deixou a dica, usando a denominação "Manor" para se referir ao time do Lucas di Grassi.





A grande rival da Virgin é Lotus, que mostrará sua munição no dia 12 deste mês. Por enquanto, a sequências de lançamento faz uma pausa para retornar em 9 de fevereiro com a ascendente Force India.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Enquete F-1



FELIPE MACIEL


O Blog F-1 deixou no ar a seguinte indagação: Qual o tipo de escuderia ideal para um piloto estrear?

Após 84 votos, a pesquisa fechou assim:

Equipe média - 66,7%
Equipe grande - 14,3%
Equipe pequena - 10,7%
Tanto faz - 8,3%

Comparando com minha modesta opinião, considero este resultado impecável. Por eliminação, uma escuderia média é mais negócio que as demais.

Estrear em time grande provoca alta pressão por resultados logo de cara. Um Lewis Hamilton não nasce todo dia para chegar andando igual a gente grande em carro de ponta, como se já fizesse parte daquele meio há anos. Se correr no fundão tem o efeito inverso, aliviando a pressão sobre o piloto, outros importantes fatores também sofrem inversão: o mérito e a visibilidade, por exemplo. Por mais que o cidadão faça um bom trabalho, ninguém estará olhando para ele, portanto dificilmente algum chefão da escala superior do grid estará inclinado a contratá-lo. Vide o Adrian Sutil, que entalou na mesma equipe desde a estreia, por mais que já tenha feito por merecer um lugar melhor. Resta o meio termo da equipe média, onde o estreante encontrará a pressão necessária e a justa visibilidade do trabalho que desempenhar.

Ali do lado, está no ar a nova enquente do blog, com uma pergunta que pensava em fazer há um bom tempo. Vamos participar, clica lá!

Difusor, pra que te quero?



FELIPE MACIEL



Tem difusor pra todos os gostos na Fórmula 1. Mais simples, mais complexos, inovadores, conservadores, difusores legais, difusores... Não, não, prefiro esperar a polêmica explodir antes de dizer isso.

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Toro Rosso STR5"]Toro Rosso STR5[/caption]

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Ferrari F10"]Ferrari F10[/caption]

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Mercedes MGP W01"]Mercedes MGP W01[/caption]

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Williams FW32"]Williams FW32[/caption]

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="BMW Sauber C29"]BMW Sauber C29[/caption]

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="McLaren MP4-25"]McLaren MP4-25[/caption]

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Renault R30"]Renault R30[/caption]

Tudo começou assim, há 1 ano. Alguns burburinhos sugerem novo conflito quanto ao desenho de certos extratores. Quem irá atirar a primeira pedra? Qual será o primeiro alvo? Ou será que todas engolirão a obra alheia a seco e calarão em nome da paz no circo? Não há motivos para ser tão otimista, já que na Fórmula 1 raramente alguém esconde suas queixas; basta arrumar uma.

Todo início de ano é a mesma coisa. A diferença é que, em 2009, formou-se a baderna em virtude da acentuada importância do extrator no desempenho do carro e em suas trabalhosas implicações no projeto. Para completar, a FIA perdeu seu tempo tentando criar um regulamento tão duplo quanto o difusor, quase causando um racha na categoria, enquanto poderia estar reparando os danos ao conceito de redução da carga aerodinâmica, que seria o carro-chefe das novas regras.

O difusor será proibido em 2011, perdendo provavelmente 30% de sua altura. Ainda não sabemos se neste ano surgirão novas polêmicas, vai depende muito do que a Ferrari pensar sobre suas rivais, já que foi a própria que levantou a lebre durante o evento de lançamento. Mercedes e Williams já comentaram que não veem problemas em nada pro enquanto. Com sorte, chegaremos à abertura do Mundial mais sossegados.

Pré-Temporada Quente



FÁBIO ANDRADE


Esse é apenas o segundo dia de atividades, mas a pré-temporada desse ano da Fórmula-1 em nada vai se parecer com o modorrento período de testes do ano passado. O autódromo em Valência está movimentado, e os acontecimentos extra-pista temperam com cores vivas os testes de 2010



Depois de viver um campeonato divertido e com uma corrida de encerramento inesquecível em 2008, a Fórmula-1 alcançava a pré-temporada em 2009 de forma radicalmente diferente. O novo regulamento que passou a vigorar transformou os testes de pré-temporada do ano passado em eventos mais rodeados de dúvidas do que de elucidações (algo não totalmente fora de lugar em 2010, já que para a F-1 vale a máxima: “treino é treino, jogo é jogo”). Em meio a testes que não diziam propriamente algo sólido sobre o posicionamento de forças para a temporada que estava para começar, as poucas contratações e demissões fizeram escassear o já escasso noticiário da categoria durante os testes.

Quem chega aos portais automobilísticos hoje se depara com manchetes fartas, letras garrafais, enviados especiais e muito conteúdo. É fácil dizer: essa é a pré-temporada mais movimentada em anos. A volta de Schumacher, o incerto futuro de equipes como a Campos e a USF1, os lançamentos de carros em sequência, a ameaça de retorno da polêmica dos difusores, tudo isso rende uma semana de testes excepcionalmente intensa.

Na pista, mais uma vez, Felipe Massa (testando um novo modelo de capacete) liderou a tabela de tempos, fazendo, assim como ontem, o maior número de voltas na pista do autódromo Ricardo Tormo, em Valência. Massa fez 124 giros com a F10, o melhor deles em 1m11s722.

massa testa novo capacete ricardo tormo 2010

Atrás da Ferrari de Massa, a Sauber voltou a impressionar, assim como ontem. Com o japonês Kamui Kobayashi pilotando, o carro do time suíço fechou o dia novamente com o 2º melhor tempo, tal como ontem.

Melhores tempos do dia em Valência

1 - Felipe Massa (Ferrari) - 1:11.722 - 124 voltas

2 - Kamui Kobayashi (Sauber) - 1:12.056 (+0,334s) - 96 voltas

3 - Lewis Hamilton (McLaren) - 1:12.256 (+0,534s) - 108 voltas

4 - Robert Kubica (Renault) - 1:12.426 (+0,704s) - 119 voltas

5 - Nico Rosberg (Mercedes) - 1:12.899 (+1,177s) - 119 voltas

6 - Rubens Barrichello (Williams) - 1:13.377 (+1,655s) - 102 voltas

7 - Sebastien Buemi (Toro Rosso) - 1:13.823 (+2,101s) - 107 voltas

Pontuação e Qualifying

Indefinido desde que a primeira proposta de mudança ganhou força na FIA, a tabela de pontuação foi finalmente ratificada hoje. O sistema aprovado (um inferno para fazer as contas após cada corrida, diga-se)  aumentou a diferença no valor da pontuação entre o 1º e o 2º colocados e distribuirá pontos para os 10 primeiros colocados de cada corrida na seguinte ordem: 25 para o vencedor, 18 para o segundo, 15 para o terceiro, 12 para o quarto, 10 para o quinto, 8 para o sexto, 6 para o sétimo, 4 para o oitavo, 2 para o nôno e 1 para o décimo.

A comissão da FIA para a Fórmula-1 também definiu a regra para o uso dos pneus durante as sessões classificatórias. Os 10 primeiros colocados na classificação irão largar com os mesmos pneus com que terminaram a sessão. A justificativa da FIA, como de costume, é motivar o aumento de ultrapassagens em pista durante as corridas, dadas as diferenças de performance entre os 10 melhores classificados (que começarão a corrida com pneus já utilizados por, pelo menos, 3 voltas) e o restante do grid (que largará que pneus novos).

pneus

Stefan GP, doce leviandade?

Porém, o que mais chamou atenção hoje não foram o resultado dos testes em Valência nem as definições da FIA. A escuderia sérvia Stefan GP anunciou repentinamente que levará equipamentos (carros?) para o Bahrein, sede da primeira etapa do mundial, sem ao menos ter a vaga no grid garantida.

O anúncio aparentemente insólito da Stefan num ambiente de relações políticas atabalhoadas como a Fórmula-1 indica que ou os eslavos realmente estão apenas atirando no escuro (o que parece, apenas parece, ser muito improvável), a espera da retirada de algum dos times mais frágeis como Campos e USF1, ou realmente ouviram o canto do passarinho verde e já sabem de algo ainda não revelado. No terreno movediço sobre o qual acontecem os arranjos dos bastidores da Fórmula-1 nenhuma das duas hipóteses é plenamente impossível.