domingo, 17 de junho de 2007

Fenomenal

A corrida pode não ter sido tão agitada quanto a do Canadá, mas foi um bela prova, com várias disputas diretas de posição, erros, escapadas, ultrapassagens e batidas.
Tudo começou numa largada forte de Alonso. O espanhol partiu para cima do pole position, mas Hamilton comportou-se como grande piloto que é, e tomou o caminho de dentro para manter a liderança. Kimi Raikkonen largou mal, perdeu posições para Heidfeld e Kovalainen e caiu para 6º, onde ficou por um bom tempo.
Para Rubinho, a corrida terminou na primeira curva, assim como a de Ralf Schumacher e a de David Coulthard. Os três veterano se tocaram e não conseguiram parmanecer na disputa.
Ainda no iniciozinho, Giancarlo Fisichella cometeu um erro bobo, perdendo a traseira de seu R27. Girou, foi para a grama, reassumiu o controle do carro e voltou para brigar por posições diretamente. Fez uma bela corrida, realizou algumas ultrapassagens mas não chegou aos pontos. No mesmo lugar em que o Físico escorregou, Takuma Sato errou de forma semelhante, pisando na parte externa e rodando. O japonês, porém, não teve a mesma sorte do italiano e acabou abandonando a prova com o carro preso na brita.
Nick Heidfeld não andou tão bem como de costume. O alemão passou reto na curva 1 quando estava na 4º colocação. Caiu para quinto, foi para os boxes, voltou à pista e foi ultrapassado pelo finlandês Kimi Raikkonen. Mais tarde abandonaria a corrida com problemas hidráulicos. Quanto ao seu companheiro de equipe, o estreiante Sebastian Vettel, apesar de não ter brilhado, andou bem e marcou um pontinho, beneficiado com a quebra de motor de outro alemão, o Nico Rosberg, que por sua vez vinha para conquistar um excelente resultado, mesmo com a falha do time durante seu pit stop.
Um dos melhores momentos do GP foi quando Alonso se aproximou de Lewis Hamilton na reta dos boxes, mas o novato fechou a porta e obrigou o espanhol a tentar passar por fora. O asturiano não obteve sucesso e na volta seguinte realizou uma manobra no mínimo estranha, fugindo do traçado original em pleno retão, passando perto do muro dos boxes, para logo depois retornar à parte esqueda da pista. O lance foi visto por alguns como um protesto pela forma que Hamilton defendeu a posição; também foi levantada a hipótese de que Fernando estaria limpando o lado de dentro, caso conseguisse grudar na traseira do companheiro novamente. De fato, essa dúvida só pode ser esclarecida pelo próprio Alonso.
Heikki Kovalainen provou que não é feito só de sorte. A 5ª posição obtida em Indianápolis, ao contrário do resultado em Montreal, foi por mérito próprio. Ressurge das cinzas e vai tentando colocar trocar de lugar com Fisichella na "fila de substituição".
Jarno Trulli enfrentou problemas no carro, mas fez uma bela prova, resistiu às pressões dos adversários, em especial à de Mark Webber, terminando a prova na 6ª colocação. Um resultado excepcional, ao contrário de seu companheiro Ralf Schumacher, que corre o risco de perder a vaga no time japonês depois da próxima etapa, a ser realizada em Magny-Cours, na França, onde inclusive já venceu. Webber também andou bem, ficando com o 7º posto.
Pela primeira vez na temporada, a briga interna da Ferrari aconteceu diretamente na pista. Antes mesmo do último pit stop, Kimi Raikkonen se aproximava assutadoramente de Felipe Massa. Após ambas as paradas, o finlandês manteve um ritmo superior ao do brasileiro, pressionando-o por aproximadamente 15 voltas. Massa guiou friamente, mais uma vez mostrou ser rápido, mesmo sob pressão e, ao contrário de seu companheiro, não cometeu erros. Conquistou o pódio merecidamente.
A Honda segue sem pontuar. Novamente teve que engolir uma certa superioridade de sua equipe B, ao ver a Super Aguri de Anthony Davidson ultrapassar Jenson Button na curva 1.
Essa prova consolida, portanto, a hegemonia da McLaren. Os pilotos de Ron Dennis fizeram outra dobradinha, com a sensação Lewis Hamilton em primeiro e Fernando Alonso em segundo. Chegaram ao pódio abraçados, contra a vontade do espanhol, evidentemente. A cena que deveria mostrar a inexistência de conflitos internos serviu apenas como prova de que o chefe tem o controle da situação.

4 comentários:

Rogério Magalhães disse...

E apesar das inúmeras oportunidades de ultrapassagem, minha diversão foi com o sofrimento do Alexander Wurz atrás da Toro Rosso do Liuzzi, que não conseguia passar por nada nesse mundo... quando passou, tomou um xis desmoralizante...

Mas o melhor mesmo foi ver o Hamilton, quando precisou, ter sangue frio para olhar para o bebê chorão das Astúrias e traduzir para um inglês bem britânico uma frase bem conhecida por aqui: "here no, farroupilha"!!!

Rogério Magalhães disse...

Ah, e agora que lembrei: e o panaca do bandeirinha deixando cair sua bandeira azul em plena reta principal? Sinistro...

Felipão disse...

hahahahahahahah

verdade, Rogério...

Felipão, será que as asinhas do bico não deveria ser analisado também pela Ferrari???

Anônimo disse...

No Canadá eu havia duvidado se a vitótia do Hamilton não se deu por culpa dos problemas de freio do Leôncio, mas Indianapolis provou que não...Agora o espanholzinho vai radicalizar...vai montar um blog e ficar chingando o inglês...ou montar uma comunidade no orkut chamada I hate Lewis...
Groo