domingo, 30 de setembro de 2007

FBus - Etapa do Rio

E saiu o resultado da FBus! O clima anda quente com o duelo entre Rodrigo Lara e as F1Girls, desta vez elas levaram a melhor, e a briga pelo título promete.
O blogueiro que vos fala não fez a corrida dos sonhos. Acabei marcando um pontinho ao terminar na sexta colocação. Falha no ajuste da cambagem...
Como diria o ridiculamente trágico Doutor Stock: fica pra próxima. Aliás, tá faltando um Dr. Bus na transmissão.
Segue o link da corrida carioca.

Galvão, Schumacher e o futuro

O vídeo é famoso.
Era brasileiro saindo da Benetton e gente nova chegando. Este era o caso de Michael Schumacher, que teve de ouvir umas boas do Galvão, criticando a atitude do Briatore, considerando um absurdo, um erro sem tamanho, e soltando a grande pérola.

Falando no Galvão, o Vai que é tua do GP do Japão sairá um pouco mais tarde, na próxima terça-feira ao invés da segunda, excepcionalmente.

Com a mão na taça

Você aí pediu chuva? Então toma!
São Pedro caprichou no pedido que era para ninguém reclamar. Mas reclamamos mesmo assim. Reclamamos da direção de prova, que optou por uma largada lançada devido às péssimas condições da pista. Não havia a menor possibilidade de haver corrida e, ao invés de chamar o grid para os boxes, o sr. Charles Whiting preferiu deixar os pilotos dando voltas e mais voltas em fila indiana, e lá se foi mais de 25% da prova.
Nesse meio tempo, as Ferraris visitaram os pits duas vezes cada uma. A primeira foi para trocar os pneus, porque a equipe recebeu a ameaça de tomar bandeira preta caso não calçasse seus pilotos com compostos de chuva intensa; os intermediários definitivamente não davam conta do recado. A segunda foi apenas para reabastecer, mas já não tinham mais o que perder, já que estavam no fim do grid.
Como se não bastasse, Felipe Massa ainda ultrapassou com Safety Car na pista, e teria que cumprir a passagem obrigatória dentro dos boxes assim que fosse dada a largada, fato esse que ocorreu na 19ª volta.
Fernando Alonso bem que tentou, mas Lewis Hamilton manteve a liderança e foi abrindo vantagem.
Já na primeira curva tivemos duas batidas. Uma com Button forçando por dentro e tocando de leve na traseira de Nick Heidfeld, que quase rodou, mas conseguiu segurar e voltar algumas poucas posições atrás. A outra colisão foi semelhante à de Liuzzi em Nurburgring, porém, ao invés de atingir o trator, a vítima da vez foi o Massa. O protagonista da lambança se chama Alex Wurx. O austríaco escapou ainda na reta, saiu batendo no muro e deslizando na grama, até atingir a Ferrari do Felipe, que contornava a curva inocentemente. O carro do brasileiro não sofreu sérios danos, enquanto a Williams já se desmanchara antes mesmo da colisão com o F2007. Era o primeiro abandono.
Sebastian Vettel e Mark Webber completaram a volta em terceiro e quarto, respectivamente, de onde não sairiam tão cedo.
As Ferraris vieram lá de trás ganhando posição por posição, se misturando com tantas outras brigas que tivemos durante a prova. Numa delas, Felipe Massa desviou para não bater no Barrichello, pois assim que se aproximou do conterrâneo, Sakon Yamamoto antecipou sua freada, obrigando os brasileiros a se virarem para impedir o choque. O ferrerista teve de apelar para a área de escape, atrasando ainda mais sua corrida.
Alonso parou antes do Hamilton e escapou na volta de retorno à pista, perdendo bastante tempo em relação ao rival. O inglês, quando voltou dos boxes, recebeu um toque desnecessário do polonês Robert Kubica, que não soube evitar a batida. A direção de prova, temendo o comprometimento da disputa pelo título, não hesitou em punir o piloto da BMW com um drive-through.
Sebastian Vettel assumiu a liderança, surpreendendo a todos ao mostrar que conquistou uma ótima posição de largada com tanque cheio. Por ter parado antes do Webber, voltou atrás do australiano, que por sua vez também experimentou o gostinho de ser líder.
As McLarens, de tão pesadas, começaram a andar lento e tomar ultrapassagens. Destaque para o Alonso, que não aceitou fácil perder a posição para o Sebastian e o imprensou na curva, mas acabou levando a pior. O espanhol rodou, enquanto o alemão seguiu em frente. O bicampeão chegou a ficar atrás do Raikkonen, mas à medida em que o nível de combustível ia baixando, o desempenho melhorava, dando início ao processo de recuperação.
Após o 41º giro, veio o grande momento: Fernando Alonso aquaplanou e bateu forte no guard-rail, abandonando a prova. Os destroços no local obrigaram a entrada do safety car, com Hamilton novamente em primeiro, morrendo de rir.
Enquanto o carro de segurança dava seus passeios pela pista, a TV se atrapalhava na transmissão e acabou não mostrando o lamentável acidente envolvendo o piloto da Red Bull e o da Toro Rosso. Ao aquecer os pneus, Webber foi atingido por trás pelo novato. Mark estacionou por ali, arremeçou seu volante tão longe quanto pôde, explicitando sua indignação após uma corrida fantástica que tinha tudo para dar em pódio. O alemãozinho, por sua vez, ainda levou seu STR2 para os boxes e, após descer do carro, ainda escondido debaixo do capacete, não conseguiu segurar o choro. Era a corrida de sua vida indo por água abaixo, um terceiro lugar seria o momento de glória que lhe escapou por um erro puramente infantil.
Kovalainen herdou a segunda posição, e Felipe Massa ascendeu ao terceiro posto, porém devendo um pit stop.
Com a relargada, Kimi Raikkonen imprimiu um ritmo forte e partiu para cima de Fisichella e Coulthard, passando os dois. Nos intantes finais, travou um duro duelo com seu conterrâneo da Renault, mas os erros do homem de gelo não ajudaram na tentativa de ganhar a vice-liderança. Heikki resisitiu às investidas de Kimi, guiou com estilo, não falhou na defesa de posição e conseguiu se manter em segundo até o final, conquistando um resultado merecidíssimo.
Massa parou e voltou atrás do Kubica, cujo companheiro teve a infelicidade de abandonar a duas voltas do fim.
Na última volta, tivemos o duelo mais impressionante da prova, quiçá do campeonato, talvez até mesmo dos últimos anos, como bem disse o Reginaldo. Felipe Massa, deu o sangue pela sexta posição de Robert Kubica, mas o polonês não colaborou nem um pouquinho, muito pelo contrário, vendeu caro demais. Foi uma briga roda a roda, uma curva atrás da outra, teve roda na grama, teve Massa imprensando Kubica, teve xis, teve Kubica imprensando Massa, teve toque, teve de tudo. Por fim, o brasileiro levou a melhor, o polonês foi obrigado a se contentar com um sétimo lugar.
Lewis Hamilton venceu e colocou uma mão na taça. 12 pontos o separam de Alonso e o inglês promete ser campeão em seu ano de estréia. Kovalainen terminou em segundo, conquistando o primeiro pódio da Renault neste ano. Raikkonen fez uma grande corrida e, por fim, retornou à sua posição de largada, 3º. Coulthard foi constante e paciente durante a prova, herdou o quarto lugar fazendo valer sua regularidade e experiência. Fisichella, 4º colocado, idem. Massa enfrentou um princípio de corrida muito ruim, mas no finzinho trouxe a sexta posição no braço. Robert Kubica merece os méritos pela agressividade no confronto com o Felipe, protagonizando o momento altamente emocionante do domingo. Fechando o grupo dos oito melhores, Vitantonio Liuzzi marcou o primeiro pontinho de sua equipe na tabela.
O lugar dos bobos sobrou para Adrian Sutil, superando as Honda de Barrichello e Button. Rubinho ainda ameaçou pontuar, mas sua parada nas voltas finais arruinaram o fim de semana; é o que faz é a falta de estrategista competente no time. Yamamoto chegou ao fim da prova, seguido por Jarno Trulli, último colocado na pista pertencente à Toyota.
O campeonato chega à China com 107 pontos para Hamilton, 95 para Alonso, 90 para Raikkonen e 80 para Massa. O fenômeno britânico pode garantir o título já na próxima etapa, daqui a uma semana, mas a probabilidade maior é que tudo se decida no Brasil, dia 21 de outubro, a data que deve definir o resultado da temporada mais disputada dos últimos anos.
Edit: A classificação da corrida sofreu uma alteração. Quando a Toro Rosso comemorava seu primeiro pontinho em 2007, recebeu a notícia de que Vitatonio Liuzzi foi punido por ultrapassar Adrian Sutil em bandeira amarela. O italiano teve 25s acrescidos de seu tempo final, acabando justamente atrás do alemão da escuderia adversária, portanto foi a Spyker que marcou o seu primeiro ponto na tabela, não a STR. Merecido o prêmio do Sutil, diga-se. De fato, ele faz uma bela temporada.

sábado, 29 de setembro de 2007

Boas lembranças

Alonso com certeza tem boas recordações das duas últimas edições do GP do Japão, sobretudo da prova de 2006, quando o mundial caiu em seu colo após a fatídica quebra do Schumacher, definindo, na prática, a briga pelo título.

Chove chuva...

O treino classificatório do GP do Japão foi marcado pela forte chuva que desabou sobre o autódromo. Não tão marcado quanto o 3º treino livre, que durou pouquíssimos minutos, despertando a preocupação do público em relação às reais possibilidades de realização do qualifying, que acabou sendo disputando normalmente.
Em condições de igualdade, Lewis Hamilton voltou a superar Fernando Alonso, mostrando que pode ser tão bom quanto o rival debaixo d'água. O espanhol fechou sua última volta e ficou na expectativa de receber os tempos de seus concorrentes, quando o líder do campeonato voou fazendo 1:25.368, batendo o companheiro em 7 centésimos de segundo.
Kimi Raikkonen veio logo atrás sem muita concorrência, já que o desempenho de Felipe Massa na super pole foi decepcionante. O brasileiro parece não ter tentado usar muito combustível ou nem mesmo configurar o acerto aerodinâmico para uma possível pista seca no domingo, o que poderia explicar a lentidão no Q3. Segundo ele, o carro passou a sair de traseira depois que colocou pneus novos e pouca gasolina. Não há tantas razões para esperar uma boa prova do Felipe nesta madrugada.
Em 5º lugar, como sempre, alinha o alemão Nick Heidfeld, da BMW. Uma das grandes surpresas do treino foi o resultado conquistado por Jenson Button, com um inacreditável 6º lugar. Assim a Honda pode revidar em seu confronto com a Toyota, que por sua vez deu um show no GP do Japão do ano passado, realizado na pista de Suzuka, propriedade da Honda. Agora chegou a vez da equipe de Trulli e Ralf presenciar, em seu território - Fuji-, a rival japonesa se destacando na classificação e na corrida.
O sétimo lugar ficou com o leão de treinos Mark Webber, apenas um milésimo de segundo atrás do Button. Mas o piloto que realmente brilhou na chuva foi o novato Sebastian Vettel. O alemaõzinho desbancou meio grid e pulou para a oitava posição. Já começa a mostrar seu valor, que não é pouca coisa, não. De olho nele!
A nona posição sobrou para o pior classificado da super pole, o polonês Robert Kubica, da BMW.
Atrás, surge a dupla da Renault, com Fisichella em 10º e Kovalainen em 11º. O finlandês ainda não é nenhum mágico debaixo d'água, deixou isso bem claro em suas tentativas frustradas de andar forte para ficar entre os dez. Acelerou o que pôde mas o tempo não veio.
David Coulthard novamente larga pior que seu companheiro Mark Webber. O escocês fecha a sexta fila, superando a primeira Toyota do grid, a de Jarno Trulli, evidentemente.
Vitantonio Liuzzi parte de um bom 14º lugar, seguido por Ralf Schumacher, cada vez mais próximo de ficar desempregado por justa causa e aposentado por invalidez.
O alemão se envolveu num acidente com uma Spyker, ao se aproximar da curva e tentar passar por dentro, ainda na primeira parte do qualifying. Yamamoto não viu e, quando contornava a curva normalmente, o piloto da Toyota travou os rodas para não bater, mas foi em vão. R. Schumacher encheu a Spyker do japonês e seu treino se encerrou por ali. Por sorte, já estava garantido entre os 16 primeiros. Menos mal, mas não muito. Pouco importa se Ralf teve ou não culpa na batida, a questão é isso não ajuda em nada a sua permanência na F-1.
Somente em 16º aparece a Williams de Nico Rosberg, que, embora tenha ido para a super pole, perdeu 10 posições no grid ao ser punido pela troca de motor. Talvez faça uma bela corrida de recuperação amanhã.
Rubens Barrichello tomou uma surra do Jenson Button neste sábado. Enquanto o companheiro levou sua Honda para a terceira fila, o brasileiro nem se deu ao trabalho de passar para o Q2. E assim segue reclamando do carro, 17ª é a sua posição de largada.
Alex Wurz é outro que não supera o parceiro nem quando ele leva punição. Sai de 18º, logo à frente de Davidson, Sutil, Sato e Yamamoto.
A largada para o GP do Japão está marcada para 1h30min da manhã, quando deverá estar chovendo do mesmo jeito, segundo previsão da meteorologia do local. Hamilton e Alonso vão disputar o campeonato na primeira curva, mas vamos com calma, gente, vamos com calma... Raikkonen e Massa, infelizmente, não têm muito o que inventar.
A corrida promete ser boa, sobretudo por causa da chuva, mas não somente por isso. Temos que dar o braço a torcer, o traçado de Fuji não é tão ruim, pelo contrário, os próprios pilotos viram o quanto ele é desafiador, com curvas pra lá, curva pra cá, curva em subida, em descida, curva cega, freada forte, reta longa... causa um nó na cabeça dos engenheiros e o acerto do carro dá uma trabalheira enorme. Com a variação das condições da pista, as coisas complicam ainda mais para os competidores, enquanto os espectadores se divertem com o espetáculo. A propósito, não seria má idéia da Globo se eles iniciarem a transmissão na hora certa desta vez.

Não diga...

Sabe aquela lista de notícias que são publicadas nos sites especializados em F-1? Pois bem. Você já reparou quanta notícia inútil tem ali? Observando esta brilhante atividade jornalística, acabei tendo a idéia de juntar as informações de maior importância da semana para inaugurar um novo tópico do blog. Aqui você terá o privilégio de conferir o conteúdo de mais alto nível que circulou nos principais sites automobilísticos nesses últimos dias.
Vamos separar por categorias para que possamos nos informar com o mínimo de organização, ok? A melhor de todas, é claro, vai ficar para o final.
Esperança
Asmer espera por vaga de piloto de testes em 2008
Hamilton quer vencer na frente de seus fãs japoneses
Barrichello otimista para corrida no Japão
Button espera motivação da torcida em Fuji
Ralf Schumacher otimista com relação a seu futuro na categoria
Negações
Kolles diz que dupla da Spyker F1 para 2008 não está definida
Button não espera grande corrida da Honda em casa
Yamamoto não acha que experiência o favoreça em Fuji
Honda não terá peças especiais em Fuji
Porsche reafirma falta de interesse na Fórmula 1
Wurz concorda em não falar sobre seu futuro na categoria
Alonso não quer fazer previsões para o GP do Japão
Metendo o bedelho
Pat Symonds vê vantagem de Alonso sobre Hamilton
Trulli: "Hamilton e Alonso deveriam ser excluídos"
Nick Heidfeld aposta em Fernando Alonso para o título
Pré-GP
Button está ansioso para correr em Fuji
Heidfeld empolgado para competir em Fuji
Preparação de Barrichello para Fuji foi pelo YouTube
Que peninha...
Ecclestone menospreza participação da Spyker na F-1
Honda não espera ter grande desempenho no Japão
E daí?
Bishop será o novo chefe de Relações Públicas da McLaren
Traçado de Cingapura recebe aprovação provisória
Webber atingiu a maior velocidade na primeira sessão
Honda (re)confirma Rubens e Jenson para 08
Sato quer chuva em Fuji
Óbvias
Foco da Ferrari é o campeonato de pilotos
McLaren: "Nosso foco é o título de pilotos"
Não diga...
Mercedes apóia McLaren

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

É guerra?

Uma enxurrada de declarações dos pilotos da McLaren hoje deixaram bem claro como está a situação interna da equipe. Alonso e Hamilton simplesmente andam em pé de guerra.
Vamos começar, então, com o polêmico GP da Bélgica. Primeiro veio o Alonso e disse: "Em Spa, nós não batemos. E acho que nunca vamos bater um no outro. Estamos lutando pelo campeonato, mas ao mesmo tempo somos inteligentes e vamos tentar terminar as corridas. Num choque, a gente nunca sabe quem vai levar a pior. Não podemos assumir esse risco".
Hamilton respondeu: "Eu só tento ser um piloto honesto. E, nesta corrida, vou tentar superá-lo, porque sei que isso vai machucar mais do que mandá-lo para o muro. Podendo, não vou deixar nenhum espaço para ele. Simples assim".
O inglês foi muito além e saiu disparando contra o rival, soltando todas as verdades que tinha para dizer.
"Depois que o problema (o silêncio entre Dennis e Alonso) veio a público, as pessoas na equipe entenderam quem é quem. E perceberam quem devem apoiar. Fernando não é a pessoa que eu imaginei que fosse, mas essas coisas acontecem".
"Quando você se esforça o máximo e tem um bom relacionamento com a equipe, todos saberão que é você que tem de ser apoiado. Na minha situação, eu era um estreante, e ele, um bicampeão mundial. Era ele quem deveria receber o maior apoio, mas foi eu quem ganhou mais respeito deles. Sinto que minha ligação com a equipe está ainda mais forte. Quero vencer de maneira justa e limpa. Nunca fiz como ele (Alonso), que pediu para ser favorecido. Após o GP de Mônaco, eles não sabiam o que fazer com a estratégia, então nos igualaram e nos deram quantidades iguais de combustível, e quem se classificasse à frente do outro, teria feito o melhor trabalho. É muito bom saber que você é capaz de vencer alguém tão talentoso".
"O Fernando chegou como bicampeão mundial. Então, no começo da temporada, ele era o piloto que levaria a McLaren ao título e a equipe fez de tudo para que ele se sentisse confortável. Até eu e o Pedro (de la Rosa) fizemos o mesmo. No fim, todos sabem o que ele fez pela equipe", alfinetou, se referindo ao episódio dos e-mails, quando Alonso ameaçou o chefão Ron Dennis.
Haja nervo, haja nervo! E a rivalidade cresce a cada dia, vai saber como isso pode terminar...

Hamilton sobrando na sexta-feira

Resumindo rapidamente os treinos desta sexta.
O dia começou com o domínio ferrarista na pista desconhecida, com Raikkonen em primeiro e Massa em segundo. Atrás vieram as McLarens. A surpresa da manhã foi o nono lugar de Adrian Sutil, fato que não se repetiria à tarde.
No início da segunda sessão, Lewis Hamilton parece ter encontrado o acerto ideal. O inglês passou a virar rápido e a baixar os tempos com muita facilidade, posteriormente pôde testar o desempenho do carro nas longas sequências de voltas sem se preocupar em perder a liderança. Fernando Alonso não estava tão rápido quanto o companheiro. O espanhol ficou com uma desvantagem de mais de 2 décimos de segundo, o suficiente para garantir a dobradinha da equipe e colocá-la como favorita para o fim de semana.
Massa passou longe do Hamilton. O brasileiro sofreu com o acerto do carro pela tarde, cometeu muitos erros e terminou em terceiro. Kimi Raikkonen além de ter virado lento, foi quem menos andou no segundo treino livre. Fechou em quinto, logo atrás de Jarno Trulli, que optou por um casco florido em Fuji. A Toyota continua surpreendendo na sexta-feira, mas o desempenho no restante do fim de semana não costuma ser tão animador. Correndo em casa, quem sabe não consigam manter o nível no sábado e no domingo?
As posições de honra da BMW acabaram sendo ocupadas pelas Renaults. Kovalainen e Fisichella fizeram 6º e 7º. Robert Kubica apareceu apenas na décima posição, mas quem realmente teve um mal dia foi Nick Heidfeld, 15º, com problemas no câmbio.
Coulthard andou melhor do que o normal, fechando a sessão mais importante do dia em 8º. O escocês homenageia o piloto Colin McRae neste fim de semana, através do belo capacete da foto abaixo.
Mark Webber, por sua vez, demorou para acertar seu RB3 e fez o 11º tempo.
Ralf Schumacher se destacou por todos as rodadas que deu na pista, sem conseguir nada melhor do que a 9ª posição. O treino da Williams foio ainda pior. Wurz foi 12º e Rosberg, que perderá 10 posições por precisar trocar motor para a corrida, foi o 13º.
A Honda não promete nada de diferente para o fim de semana. Button ficou em 14º, três posições à frente de Rubens Barrichello. O brasileiro encerrou o segundo treino livre atrás da Spyker de Adrian Sutil, que vem numa boa fase, se distanciando cada vez mais do fim do grid.
Liuzzi, Vettel, Davidson, Yamamoto e Sato foram os cinco piores do treino.
O dia foi bastante conturbado em Fuji. A TV mostrou muita gente desesperada com o acerto do carro, o que provocou muitos erros dos pilotos. A McLaren foi a equipe que se mostrou mais equilibrada na pista, é desde já a favorita à vitória.
Quem pretendia baixar a pressão aerodinâmica para ganha velocidade em reta e segurar o carro no braço na parte mista terá de repensar sua configuração, porque parece não compensar. A instabilidade provocou várias saídas de pista, os carros balançavam e perdiam a traseira assustadoramente, teve gente demais passeando na grama. Um grande exemplo disso foi o Felipe Massa, que teve de buscar o limite curva a curva, e não deve ter ficado nada satisfeito com o rendimento da F2007. Errar tentando tirar o máximo do carro é normal, mas tomar 7 décimos da equipe rival não estava em seus planos.
Às 2h deste sábado terá início o treino classificatório que definirá o grid de largada para o GP do Japão. Mas antes, de 11h da noite até meia-noite teremos a terceira sessão do fim de semana, que poderá dar uma noção melhor sobre o potencial de cada piloto para a corrida de domingo. Para quem pretende ficar acordado direto para acompanhar o qualifying, não seria má idéia assistir ao treino livre pela internet, desde que tire o bom e velho cochilo da tarde para se garantir até lá.

Sobre o G4

Infelizmente, nesta quinta-feira não foi possível postar tudo o que pretendia, às vezes acontece, paciência. Estava programado para ontem a estréia de um novo tópico no blog mas nada que não pudesse ser adiado para hoje. Mais tarde, portanto, publicarei a novidade.
As principais notícias desta quinta foram relativas ao G4. O assessor de imprensa da Ferrari confirmou a permanência do Massa em 2008. O brasileiro, por sua vez, apareceu com um papinho de segundo piloto, alegando estar disposto a ajudar o Raikkonen na disputa pelo campeonato.
Na McLaren, foi o Alonso que veio com uma conversa de que não pretende deixar o time, apesar de todas as especulações dizendo o contrário. Enquanto isso, Hamilton declarou interesse em discutir com seu companheiro uma espécie de código de boa conduta para evitar qualquer tipo de colisão dentro da pista nestes momentos finais da temporada. Lewis continua insatisfeito com a manobra do espanhol na curva 1 de Spa.
"A Ferrari já tem dois pilotos para o ano que vem, Kimi Raikkonen e Felipe Massa, e não pretendemos mudar nenhum deles. Estão dizendo muitas besteiras por aí. Já temos dois pilotos", assim afirmou Luca Colajanni, assessor da Ferrari, ratificando as recentes declarações de Felipe Massa sobre sua permanência no time, abafando os rumores sem nexo que insinuavam a transferência de Alonso para Maranello.
"Eu trabalho para a equipe. Se eu não tenho mais chances, então ajudarei a equipe a ter. Eles são muito sinceros comigo. Tivemos um campeonato muito bom e eles sempre foram justos em relação a como trabalhamos dentro do time. Não vejo problemas em ajudar a equipe a conquistar o título, caso eu não tenha mais chances. Vou fazer sempre o melhor de mim e o melhor para eles", disse o Felipe, que aparentemente não possui mais chances de conquistar o mundial. A decisão teria partido do próprio brasileiro, sem a menor influência da escuderia italiana determinando tal comportamento.
"Tenho um contrato para o próximo ano e não vejo nenhum problema. Venci quatro corridas e estou lutando para o campeonato. Sendo assim, tudo está bem e estou feliz". Essas são as palavras do Alonso, que vão de encontro a todos os boatos de que ele estaria de mudança para a Renault, apesar de o Briatore estar correndo como um louco atrás do espanhol.
Indiferente à declaração do Ron Dennis, que afirmou não manter uma boa relação com o bicampeão desde o GP da Hungria, Fernando alegou não haver nenhum problema entre ele e os funcionários de Woking. "Converso com os engenheiros, os mecânicos, todo mundo desde o início da temporada. Até agora, o relacionamento não mudou. Eles são profissionais e focados em fazer o melhor para conquistar bons resultados".
Também foi bastante curiosa a atitude do Hamilton, que até hoje não engoliu a manobra do Alonso na La Source, a primeira curva do circuito de Spa, onde quase bateram após a largada. O inglês revelou sua pretenção em conversar com o rival sobre determinados comportamentos nas batalhas de pista, antes que a temporada seja decidida numa pancada entre os dois, no melhor estilo Senna-Prost.
"Eu e o Alonso temos de ter cuidado e lembrar que somos companheiros de equipe. Irei conversar com ele a respeito disso. Não nos falamos desde o incidente na Bélgica, pois me senti muito injustiçado com a manobra que ele (Alonso) fez sobre mim. Ficarei mais atento. Vamos esperar para ver. Sou justo com todos, mas, se ele quer ser agressivo como da última vez, também posso ser hostil. No entanto, não pretendo, de forma alguma, fazer isto. A pressão maior é sobre ele. Tenho que me aproveitar disso".
A briga pelo título promete ser quente, e não tem Ron Dennis que segure esses dois. É bom que eles se entendam sozinhos antes que o mundial termine numa tragédia clássica da F-1.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Fuji fez história

Na primeira das duas únicas vezes que a F-1 correu em Fuji, o céu desabou sobre a pista, provocando uma reação inesperava de um dos candidatos ao título.
Três meses antes do GP japonês, Niki Lauda havia sofrido o histórico acidente em Nurburgring e, ao chegar em Monte Fuji, última prova do campeonato, o austríaco escolheu abandonar a disputa temendo por sua vida, após somente 2 voltas de corrida.
Para Hunt, um quarto lugar bastava, mas ele foi além e subiu no lugar mais alto do pódio para comemorar a conquista do campeonato de 1976.
Até hoje muitos ainda criticam a atitude de Lauda, mas ninguém estava na pele dele para saber o que se passou em sua cabeça naquele instante. Na minha concepção, a capacidade das pessoas em reconhecer suas limitações deve ser tratada como uma virtude, e não uma covardia.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

F-1 mais segura

Lembra-se do incidente na Austrália envolvendo os pilotos David Coulthard e Alexander Wurz? Na ocasião, a Red Bull deu asas a um e quase tirou a cabeça do outro. Por essa razão, os dois veteranos encabeçaram uma campanha em prol do aperfeiçoamento da segurança dos pilotos dentro dos cockpits, e o resultado começa a surtir efeito.
Segundo publicação da Autosport, a FIA estuda promover alterações nas laterais dos carros, pretendendo colocar as novidades em prática já em 2008.
Mark Webber, líder da GPDA (Associação de Pilotos), comemora a provável mudança.
"Isso será muito bom para nós. Ambos os envolvidos no acidente no GP da Austrália, o Alex e o David, são pilotos que sempre forçaram muito. O David sentiu que algo deveria ser feito após deslizar através do carro do Wurz, enquanto o Alex sentiu o mesmo ao ver um carro passar na frente de sua viseira".
As estatísticas da categoria apresentam uma agradável queda no número de mortes ao longo das décadas. Nos anos 90, somou-se um total de duas fatalidades, enquanto que na década atual permanecemos zerados.
Por duas vezes, na atual temporada, o público voltou a sentir o risco de morte assombrando a Fórmula 1: uma delas ocorreu com o assustador acidente de Kubica no Canadá, mas o polonês foi salvo graças aos eficientes recursos de segurança presentes em seu bólito; a outra foi justamente em Melbourne, quando Coulthard sobrevoou a Williams de Wurz, o que deixou a todos com um certo pé atrás em relação à proteção disponível aos pilotos.
Felizmente, a categoria já se mobilizou para evoluir ainda mais nesse quesito, e já podemos esperar um outro nível de segurança para a próxima temporada. Essas atitudes são responsáveis pelas satisfatórias estatísticas que indicam que, por mais arriscado que seja o automobilismo, é mais fácil alguém morrer atravessando a rua, jogando futebol, engasgando com água, ou passando debaixo de um coqueiro, do que pilotando uma carro de F-1.

Montezemolo provoca...

Olha só o que o senhor presidente inventou de dizer para alfinetar a rival:
"De qualquer modo, a Ferrari já garantiu o Mundial de Pilotos. Qualquer um que ganhar, estará com um carro da equipe, ou pelo menos, com algumas partes do nosso carro".
Esse é o Montezemolo, arrojado como sempre... Ele pode perder, mas perde com ar de vencedor.

O mínimo que se esperava

Imagem retirada do blog do Fábio Seixas, anunciando a pintura com a qual David Coulthard pretende correr no Japão, em memória de Colin McRae, o vitorioso piloto de rally que perdeu sua vida há poucos dias, num desastre de helicóptero.
Se o escocês fizer uma boa prova, uns engraçadinhos vão dizer que a culpa é do capacete, mas a homenagem é indiscutivelmente válida e merecida. Bonito, o gesto do Coulthard.

Conhecendo Fuji

O vídeo abaixo apresenta o circuito de Fuji através de um carro esportivo da Honda, embora a rival Toyota seja a proprietária do autódromo.
Aparece, neste youtube, o famoso alemão Hermann Tilke, que modificou o antigo traçado da pista distribuindo alguns de seus cotovelos e inserindo o grampo no trecho final da volta, que antecede a maior reta da F-1 atual.
O bate-papo entre os japinhas é indecifrável, porém cômico. Mas o importante é que dá para ter uma boa noção da sequência de retas e curvas para aqueles que ainda não tiveram o privilégio de conhecer o novo Fuji.
Diga lá, o que achou?

terça-feira, 25 de setembro de 2007

O bandido conta o crime

Nigel Stepney resolveu: agora vai escrever um livro e contar sua versão sobre o caso da espionagem.
Na verdade, trata-se de um autobiografia, mas isso não importa, todos querem saber o que ele tem a dizer em relação ao escândalo do Stepneygate, que mudou o rumo da temporada 2007 da F-1.
A editora Lorie Coffey comentou: "Ele pretende contar ali toda a sua vida, dentro de fora da F-1, além de um relato profundo do recente Stepneygate". Ela ainda prosseguiu: "Ele não teve a oportunidade de colocar todas as suas visões a respeito do caso, e é o que ele quer fazer agora. De forma alguma Nigel está fazendo isso pelo dinheiro".
O lançamento está previsto para daqui a seis meses, e o título deve se chamar "Red Mist", que pode ser traduzido como "Névoa Vermelha", ou talvez "Mistério Vermelho", no pior das hipóteses.
Mais do que a expectativa pelo ponto de vista do inglês, há uma grande curiosidade sobre o que ele realmente estaria disposto a dizer sobre a ex-equipe Ferrari, da qual guarda muitas mágoas. Vale lembrar que Stepney já ameaçou contar muita sujeira que ocorreu dentro do time durante a última década. Ele estava lá e acompanhou bem de perto, se quiser revelar tudo o que sabe, o mundo pode desabar sobre Maranello, embora eu tenha minhas dúvidas de que ele chegaria a esse ponto. Há coisas que são mais saudáveis se não forem reveladas, temos aí exemplo de sobra para comprovar.
Sem querer fazer propaganda mas já fazendo... Para quem ainda procura explicações para tantas perguntas que não foram respondidas, com certeza o "Red Mist" será um livro que valerá a pena dar um bela espionada. Pois, então, que venha!

Massa, Alonso e os boatos

Os rumores de que Alonso está prestes a se mudar para a Ferrari ganharam mais forças depois que o News of the World anunciou o suposto interesse da equipe italiana pelo espanhol. De acordo com o jornal britânico, já haveria um pré-contrato de 20 milhões de libras à espera da rescisão com a McLaren, que pode custar uma multa de 14 milhões de euros.
Também especula-se a saída de Jean Todt da Ferrari, uma vez que o chefe já havia afirmado que, enquanto estivesse na escuderia, jamais trabalharia com Alonso; além, é claro, dos comentários sobre a volta de Ross Brawn, assumindo o cargo do francês na direção do time.
Por outro lado, Felipe Massa deixaria Maranello para guiar pela Toyota, possibilidade já negada pelo brasileiro: "Não existe nada dessa história de eu ir emprestado para a Toyota no ano que vem, para que o Alonso venha correr no meu lugar na Ferrari. Já comecei a discutir a renovação para 2009. O contrato de 2008 está assinado desde o final do ano passado".
De fato, é minimamente estranho cogitar a chance de ver Alonso dividindo as atenções com Raikkonen na mesma equipe depois de passar um ano inteiro reclamando do Hamilton, que nunca foi favorecido por Ron Dennis em detrimento do espanhol, por mais o chefão simpatize com o seu pupilo. Para alguém que só aceita trabalhar num time que concentra seus esforços sobre ele, até que esses boatos estão rendendo tempo demais. Será que há mesmo um quê de verdade nessa discussão ou seria a reação da imprensa inquieta com a escassez de notícias no período entre-GPs?

Fittipaldi na dança do siri

E o Pânico ataca novamente! Agora foi a vez do Fittipaldi cair na brincadeira e fazer a dança do siri diante das câmeras. Ao contrário do Galvão, Emerson evitou qualquer cerimônia e mandou ver na dancinha!
Também vale a informação de que o bicampeão da F-1 visitou o programa para anunciar o contrato fechado com a Rede TV, que irá transmitir as corridas da A1GP daqui para frente, assegurando mais uma diversão automobilística durante as férias. Agradecimentos ao blogueiro Thiago, do Café com F1, ligado nas novidades, nos trazendo esta notícia, bem como o calendário da temporada que está prestes a começar.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Quadro "lata velha" vai parar na Justiça

Estava eu lendo o blog Na Garagem, do amigo Renato Bellote, quando me deparei com a notícia. A Rede Globo teria desaparecido com o Opala 79 do proprietário João Marcelo Vieira, participante do quadro "Lata velha", do programa Caldeirão do Huck.
Consta que a Globo entregou, no lugar do carro original, uma Caravan marrom, além de ter falsificado a assinatura de João para autenticar a documentação do veículo. Ao descobrir a farsa, ele foi seduzido financeiramente pela emissora a abrir mão do processo judicial, mas o sr. Vieira recusou a proposta e decidiu recorrer a meios legais na tentativa de recuperar o Opala herdado de seu tio.
A matéria do Jornal do Brasil sobre o caso pode ser lida na íntegra através deste link, ou então deste aqui.

Briatore clama por Alonso

O site Grande Prêmio destacou hoje uma matéria publicada pelo Bild na última semana, que passou despercebida aos olhos de muitos. Segundo o jornal alemão, os advogados de Fernando Alonso trabalham engajados na rescisão de seu contrato com a McLaren, e o espanhol estaria de malas prontas para deixar a equipe após o término da temporada 2007.
Flávio Briatore, desesperado que é, já tratou de se manisfestar sobre o caso. O chefão da Renault não esconde de ninguém que pretender recolocar o bicampeão em um de seus cockpits o quanto antes, retomando a parceria de sucesso que alcançou nos dois últimos anos em que Alonso serviu à Renault.
O italiano comentou a situação do espanhol dentro de sua atual equipe, afirmando que o ambiente em Woking não lhe é favorável: "Isso não é saudável para o piloto, nem para a equipe. Temos nossa maneira de lidar com os pilotos. Conosco, Fernando simplesmente se deu bem. Talvez seja isso que falte para ele na McLaren".
Briatore também esclareceu a razão de ter adiado o anúncio da dupla titular de 2008, que, segundo fortes especulações, deveria ser feita durante o GP da Itália, justamente no fim de semana seguinte ao julgamento no Conselho que eliminou a McLaren do mundial de construtores.
"Estamos um pouco atrasados, mas não estou com pressa. No momento, estamos considerando como seria a melhor formação de pilotos".
É evidente que Flávio deseja passar uma boa impressão ao Alonso, tanto que já abriu mão do desenvolvimento do R27 para investir no modelo do próximo ano, como ele mesmo assumiu: "Nos últimos dois meses, não mudamos praticamente nada no carro atual, pois já estamos pensando em 2008. Sendo assim, não teremos desculpas".
Cada vez mais aumenta a probabilidade de Fernando deixar a McLaren e se mudar para a Renault. O foco de Briatore é contratá-lo a todo custo, depois ele pensa se coloca Kovalainen ou Piquet como segundo piloto. Se obtiver sucesso, provavelmente o brasileiro será promovido, enquanto o finlandês fará companhia ao Rosberg na Williams; se não, então os garotos devem se garantir na dupla titular da equipe francesa em 2008. E o Fisichella que se vire para arranjar um novo emprego, já ficou tempo demais na Renault para fazer o nada que fez.

Rumo à Fuji

O circo da F-1 fará sua antepenúltima parada deste ano no circuito de Monte Fuji, terra do sol nascente.
Como ninguém pode dizer que conhece o traçado como a palma da própria mão, os pilotos têm mais é que recorrer aos poderoros simuladores de suas respectivas equipes para aprender o máximo possível antes da sexta-feira. E se alguém duvida da qualidade de tais simuladores, dá uma olhada no brinquedinho da Williams que o Mark Blundell foi averiguar em uma de suas matérias exclusivas para o canal ITV.
Já começando a procurar imagens da pista para tirar algumas conclusões, eis que surge esta, bem diante da longa reta principal. Essa deve ser mais uma daquelas saídas do pit lane que dão um calorzinho no espectador ao ver um piloto vindo dos boxes e outro vindo do retão, daí eles se encontram em cima da primeira curva e têm de dividir o pouco espaço que lhes resta. No caso de Fuji, o espaço é ainda menor, porque a curva é bastante travada e fica difícil contorná-la por fora, a preferência acaba sendo de quem está por dentro e não de quem está mais rápido naquele local. Pode dar confusão...

domingo, 23 de setembro de 2007

Eu não sou cachorro não

O Bild publicou e todo mundo foi atrás, inclusive eu. No entanto, o jornal espanhol Marca entrou em contato com o tricampeão mundial Niki Lauda para confirmar a veracidade de sua declaração, em que teria afirmado ao site alemão que considerava Alonso pior que um cachorro.
O ex-piloto negou, disse estar surpreso com tudo e que jamais havia afirmado que "Prost era um cachorro, mas Alonso é pior!".
"Nunca disse que Alonso foi um cachorro. Alonso é um piloto perfeito, mas usa a política, assim como Prost fazia contra mim, e não precisa disso para ser campeão", declarou Lauda ao Marca.
Portanto está feita aqui a correção. Vamos deixar claro que Alonso pode ser muitos bichos, mas cachorro ele não é.

sábado, 22 de setembro de 2007

Os fora-da-lei

E quanto ao Coughlan e ao Stepney? Eles têm que ser punidos também. Não vamos nos esquecer que o caso foi parar na justiça comum e roubo industrial é caso de polícia, dá cadeia e tudo mais. Como será que os agentes espiões pretendem se safar dessa?

Sem mais

Agora é definitivo: A Ferrari é campeã de construtores da temporada 2007. A McLaren optou por não recorrer da decisão do Conselho no julgamento realizado no último dia 13, quando perdeu todos os pontos no mundial de equipes e ainda recebeu uma multa de US$ 100 milhões.
O time inglês emitiu um comunicado explicando a sua escolha, e, sem perder a pose, aproveitou para protestar contra o veredicto do júri novamente, mas afirmou que pretende concentrar suas forças dentro das pistas, por isso abriu mão de apelar da decisão.
Em nota divulgada, a escuderia reconheceu que mais de um funcionário de seu grupo teve acesso à cópia de documentos não autorizados pertencentes à equipe rival e concordou que o fato corresponde a uma quebra no código esportivo. No entanto, fez questão de ressaltar que nenhuma evidência comprovava o uso dessas informações para benefício próprio, e portanto a pena aplicada teria sido demasiadamente dura, uma vez que não teriam obtido qualquer tipo vantagem em seus carros.
A questão é que agora a disputa pelo título será decidida apenas na pista, a McLaren não está mais interessada em brigar na justiça para tentar reaver sua situação no campeonato, até porque a turminha do Ron Dennis sabe que seria uma grande perda de tempo.
"Acreditamos que chegou o momento de deixar esta grande distração para trás. A McLaren quer vencer corridas e campeonatos mundiais. Somos privilegiados em ter e continuar recebendo apoio dos nossos empregados, parceiros de patrocínio e fãs da Fórmula 1 pelo mundo. Todos que estão igualmente cientes de que estamos totalmente focados em vencer o campeonato de pilotos deste ano, e as três corridas restantes da temporada", afirmou o chefão da McLaren.

Do contra

O término do escândalo do Stepneygate, acompanhado das calientes revelações sobre a participação do Alonso no esquema, acarretou uma pesada chuva de críticas sobre a cabeça do espanhol.
Já estava demorando a aparecer alguém capaz de defender o bicampeão, tomando o seu partido e disparando contra a McLaren. Mas hoje, enfim, aconteceu, mesmo que tenha sido através de um ex-piloto da equipe que havia sido demitido por justa causa, e que corre sério risco de passar o resto da vida com a famosa dor de cotovelo.
Juan Pablo Montoya desandou a falar. O colombiano se identificou com a situação do asturiano dentro do time e expressou suas lamentações.
"Fernando é um cara legal, mas ele era o número um na Renault e acostumado a vencer e ir para onde quiser. Então ele foi para a McLaren e quando Connie (esposa de Montoya) e eu ouvimos que Lewis seria seu companheiro, dissemos: Oh, Meu Deus!".
"Nós imediatamente sentimos muito por Fernando, porque o Lewis é o bebê do Ron Dennis. Ron bancou toda sua carreira e é óbvio que prefere Lewis vencendo e não Fernando, que não é nada para ele".
Montoya também avaliou o comportamento do chefe da McLaren.
"Ron, fora do ambiente de trabalho, é um grande cara. Mas ele é duas pessoas numa só. O cara com quem eu assinei contrato e joguei golfe não existe no escritório. Ele fica tão diferente que é impossível reconhecê-lo".
"Ele quer controlar tudo e acho que Fernando ficou irritado com isso, pois não está acostumado com alguém controlando tudo e não gostou do jeito de Ron. Acho que Ron está acostumado com pilotos que não se manifestam".
"A maioria de seus pilotos são quietos, bonzinhos, fazem o que mandam, e quando cheguei lá e comecei a crescer, ele não gostou. Acho que com Fernando é a mesma coisa".
"Ele achou que seria o número um, mas não é. Eles tentam igualar as coisas, mas Lewis é um piloto genuinamente rápido. Além disso, ele é o favorito de Ron. Essa é a verdade, o que torna as coisas ruins para Fernando".
Particularmente, não vejo que mal há nisso. Uma coisa é ter preferência por alguém, outra é beneficiá-lo. E ninguém pode acusar o Dennis de ter jogado a favor do Hamilton em detrimento do Alonso porque ele jamais chegou a esse ponto, pelo contrário, sempre zelou pela igualdade de condições entre seus pilotos.
Lutar pelo título contra o próprio companheiro de equipe deveria ser motivo de orgulho, não de protesto. Essa é a melhor forma de se provar que pode ser superior a ele, ao invés de querer impedir o duelo e deixar o caminho aberto, tirando a chance de quem tem potencial para chegar lá.
Um campeonato existe graças à disputa entre seus competidores, quem merece vencer não é aquele que tem o melhor carro e que faz a melhor politicagem. A dupla da McLaren deve brigar até a última prova da temporada, e a nós só resta desejar: Que vença o melhor!

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Alonso na Ferrari

Tinha tudo para ser mais um boato ridículo e desprezível, porém a informação não foi divulgada pelo Bild ou pelo As, e nem semelhantes. De acordo com o confiável site Grand Prix, a Ferrari estaria disposta a pagar a rescisão contratual de Fernando Alonso e trazê-lo para Maranello já em 2008, formando a dupla de titulares com o finlandês Kimi Raikkonen.
O Massa foi visto visitando o motorhome da Toyota durante o GP da Bélgica, e está sendo colocado como companheiro de Jarno Trulli na rica equipe japonesa. O empresário do brasileiro, Nicolas Todt, o filho de Jean Todt, também gerencia a carreira de Luca Filippi, que seria trazido para a escuderia italiana, onde ocuparia o cargo de piloto de testes.
No entanto, o próprio Grand Prix voltou atrás no que se refere ao italiano do GP2. Segundo o site, Luca tem patrocínio de sobra para ingressar na categoria como piloto titular de uma equipe média, portanto a idéia de testar para grandes escuderias não está entre suas opções principais.
E quanto ao Alonso? Será mesmo que ele vai para a Ferrari? Não creio. Vejamos:
Fernando que receber tratamento de piloto principal, seja lá em qual equipe estiver.
Jean Todt não esconde de ninguém que Massa e Raikkonen são seus pilotos preferidos de todo o grid.
O espanhol quer sair da McLaren porque acha que seu chefe gosta mais do Hamilton do que dele.
O Ron Dennis raramente escolhe um primeiro piloto para sua equipe.
A filosofia da Ferrari costuma dar prerência a um de seus titulares.
Responda rápido: A princípio, entre Alonso e Raikkonen, quem seria o preferido da chefia?
Bom, mas se por acaso o boato for verdadeiro, pelo menos o Alonso já chega na Ferrari conhecendo boa parte do carro da equipe. Isso pode ajudar na adaptação, sério mesmo.

Em cartaz

Créditos para Fábio Seixas, que anunciou o filme do ano.
Muito bem bolado! Preste atenção nos detalhes, cada sacada mais hilária que a outra.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

O que restou de Alonso

"Alonso é pior que um cachorro". Assim afirmou Niki Lauda, sem demonstrar dó nem piedade.
Lívio Oricchio estava certo quando disse hoje, no programa Linha de chegada, que o bicampeão foi um grande perdedor com a história da espionagem. Sua imagem ficou extremamente abalada depois que a verdade veio à tona. Alonso passou meses negando saber qualquer informação sobre o caso, quando na verdade ele fazia parte do esquema, ele escolhia dados da Ferrari a serem recebidos, ele participava do crime pelas costas de Ron Dennis. E o chefão descobriu da pior forma possível: sendo chantageado por seu piloto, que ameçava contar tudo a todos caso não tivesse sua vontade saciada dentro da equipe.
Lauda, que não tem papas na língua, não perdeu a oportunidade de disparar contra o asturiano. O tricampeão fez questão de comparar a situação atual com aquela vivida pela McLaren nos fins dos anos 80, quando Senna e Prost rivalizavam dentro das pistas.
"Prost era um cachorro... mas Alonso é pior!".
Ele também explicou que na F-1 existem dois tipos de pilotos: "Os egoístas absolutos, como fui eu. Para eles não há nada mais importante que ser o melhor do circuito. E por outro lado, há os que fazem política dentro da equipe para fortalecer sua posição, como é o caso do Alonso, o que o deixa no grupo dos fracos".
A reputação do espanhol anda tão baixa que os próprios dirigentes já não demonstram mais nenhum entusiasmo em tê-lo junto à equipe. Ron Dennis reconheceu que sua relação com Fernando está bastante abalada. O asturiano, por sua vez, não esconde o descontentamento que tem em trabalhar para a McLaren. Norbert Haug - assim como o resto do time - também não faz questão de que Fernando fique, pelo contrário, esse chegou a declarar estar disposto a conversar sobre sua saída, mas no momento certo, talvez após o término da temporada (se ele resistir até lá).
Enquanto isso, surge a informação de que Flávio Briatore procurou o patrocinador holandês ING para solicitar um apoio financeiro que trouxesse o bicampeão de volta para ele, algo em torno de US$ 30 milhões, segundo publicação do jornal Daily Express.
Ora, se Alonso não gosta da McLaren, a McLaren não gosta do Alonso, o Alonso gosta do Briatore, que não gosta do Ron Dennis mas gosta do Alonso... O que é que falta para o espanhol parar de travar o mercado de pilotos para o ano que vem? Ah, sim, claro, o tal contrato de três anos com a equipe. Aquele mesmo contrato que tinha uma cláusula permitindo a rescisão caso a escuderia se envolvesse em algum episódio que manchasse a imagem do espanhol. Mas será que não tem uma cláusula prevendo o tão sonhado rompimento se por acaso o piloto denegrisse a imagem de sua equipe? Sabe, isso poderia facilitar as coisas...

As últimas da Spyker

Duas notícias de destaque sobre a Spyker: uma não tem muita importância, e a outra também não. Mas são de destaque mesmo assim.
O time holandês que passará a ser indiano anunciou a contratação de Roldán Rodríguez como piloto de testes nesta quinta-feira. O espanhol 15º colocado na classificação da GP2 irá ajudar no desenvolvimento do novo carro da equipe durante os testes de inverno, que ocorrem no final deste ano e início do próximo.
Ele não é dos pilotos mais promissores do automobilismo mundial, mas foi o primeiro competidor de sua categoria a garantir uma vaga na F-1 para a próxima temporada. Timo Glock e Lucas di Grassi também são candidatos a conquistar um cargo em breve. O primeiro já foi cogitado na Toyota, e o último pode se tornar o próximo reseva da Renault.
Quando a poeira sobre ilegalidades começava a baixar, a Spyker recupera a velha discussão com as rivais Toro Rosso e Super Aguri. Segundo o time laranja, ambas as equipes não construíram seus próprios carros. A STR2 é obra da Red Bull, enquanto a Honda é responsável pelo SA07. De acordo com essa linha de raciocínio, as escuderias não poderiam pontuar no mundial de construtores.
"Isso precisa ser esclarecido – quais são os carros legítimos e os terceirizados. Todos concordam na definição da palavra 'construtor'. É apenas uma maneira de como lidar com as equipes não-construtoras no futuro. E não há uma maneira de lidar com isso no momento", afirmou o chefe Colin Kolles.
A FIA não liga muito para a reivindicação, já deixou isso bem claro no início da temporada. Aliás, a própria Federação já ajustou o regulamento de 2008 permitindo o comércio de chassis entre as escuderias. A Prodrive, por exemplo, promete usar o mesmo da McLaren. Mas como ainda estamos em 2007, Kolles acredita que ainda vale a pena correr para os tribunais.
"Estou pronto para me comprometer e levar esse assunto para discussão. Vamos continuar com nosso caso e não vou mudar minha opinião em relação ao que disse antes. Isso precisa ser esclarecido. Não podemos ter danos de imagem e financeiros".
"O tribunal está constituido, então as coisas funcionarão de forma rápida daqui pra frente. Isso foi dito pelos nossos advogados".
Xiiiii...

Genial

Um videozinho para descontrair. Os posts andam muito tensos ultimamente...

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Alonso e Dennis se desentendem

Foi divulgado no site da oficial da FIA a transcrição dos julgamentos realizados no Conselho Mundial, o primeiro, que acabou em pizza, e o último, que terminou com a perda de todos os pontos conquistados pela McLaren na temporada.
No entanto, o mais curioso de tudo são as palavras de Ron Dennis reconhecendo que seu relacionamento com Alonso anda extremamente abalado, o que reforça os boatos sobre sua saída da McLaren e uma possível transferência para a Renault.
Seguem algumas declarações do chefe da McLaren naquelas ocasiões.
"Nós não nos falamos direito. Desde a Hungria, não tivemos nenhuma conversa. Primeiro, nosso relacionamento sempre foi extremamente frio. Na cabeça de Fernando, há uma forte crença de que nossa política, em que cada piloto recebe tratamento igual, em relação aos pilotos não reflete sua condição de campeão mundial. Ele acha que sua experiência e conhecimento que ele trouxe de outro time são tamanhos que ele deveria receber alguma vantagem".
Ron também esclareceu o episódio em que o bicampeão revelou os e-mails que havia trocado para obter dados sigilosos da Ferrari.
"Sobre a passagem de material, ele fez uma referência específica aos e-mails de um engenheiro da McLaren. Quando ele terminou a afirmação, eu disse: 'Chega!'. Saí da sala, trouxe Whitmarsh, e Fernando repetiu tudo, na frente de seu manager. Quando ele terminou, virei para Martin Whitmarsh e perguntei o que deveríamos fazer. Martin falou que deveríamos contar tudo para Max (Mosley). Depois que Martin e Fernando saíram, foi o que eu fiz. Contei de novo toda a história. Estava muito nervoso, e Max me acalmou".
Porém, depois da corrida de Hungaroring, eles se dispuseram a superar os conflitos.
"Fernando se dirigiu a mim. Havia acabado em terceiro. Se desculpou por seu comportamento impulsivo e eu atribui o acaloramento do momento ao fato de que ele estava bastante aborrecido. O assunto acabou ali, até que 26 dias mais tarde os pilotos receberam a carta. Desconheço o que se passou nesse meio tempo. Não sei o que ocorreu para que tudo acabasse se tornando de domínio público".
Quando perguntando sobre Alonso durante a audiência, ele explicou que havia pedido ao piloto para comparecesse ao Conselho, no entanto o asturiano escolheu se ausentar, apenas Hamilton e de la Rosa estiveram presente na reunião do dia 13.
"Ele não veio porque não quis. Ele não quer falar muito com ninguém. Ele é muito solitário por ser um piloto. Não está aqui por escolha dele. Além disso, ele disse que tinha outras coisas para fazer por causa de acordos prévios. Não posso obrigá-lo a vir".
Fica claro, portanto, que Dennis e Alonso estão longe se serem grandes amigos, mas é importante reconhecer que o Ron mantém sua posição de imparcialidade no comando da equipe, envitando oferecer qualquer tipo de benefício ao Hamilton, apesar do relacionamento instável com o espanhol. Mais do que ninguém, o chefe da McLaren zela por uma temporada decidida nas pistas, o que corresponde a um procedimento louvável diante de tudo o que aconteceu neste ano, quando sua escuderia esteve a um passo de ser excluída desta e das próxima temporada.
As transcrições também revelaram o apelo salvador do advogado Ian Mill, que implorou ao júri por uma pena que não chegasse à tão temida exclusão. "Vocês vão destruir a McLaren se fizerem isso!", argumentou comoventemente.