FELIPE MACIEL
Às vezes sou obrigado a digerir um piloto que afirma que "estamos conversando com duas ou três equipes". Duro entender o que significa "duas ou três equipes". É o piloto não sabe contar ou foi o gravador do jornalista que pifou no momento da entrevista e ele mal se lembra do que foi dito?
Bem, deixemos isso pra lá. O fato é que Bruno Senna e Lucas di Grassi estão aí disputando cockpit em um número desconhecido de escuderias. Provavelmente são concorrentes. Se um pegar uma vaga, sobra para o outro. E vice-versa.
A Fórmula 1 vive sério risco de presenciar a queda do número de carros para 2011. Carabante pôs a Hispania à venda, e na falta de um projeto de carro, seria surpreendente se alguém resolvesse investir nessa compra.
Mas esse detalhe é quase irrelevante, afinal a HRT já não era um lugar muito digno para se correr. A Lotus mantém Trulli e Kovalainen, enquanto D'Ambrosio é o favorito para se aliar a Glock na Virgin. Se Senna e di Grassi acharem uma vaga, será numa equipe melhor. Por outro lado, a vaga de piloto reserva parece mais acessível que a de titular.
Os dois brasileiros são bons pilotos que não tiveram chance de mostrar o quão bom podem ser, muito menos em seu primeiro ano. Eles levam seu montante de patrocinadores seja em que porta puderem bater, mas não devemos nos surpreender se ao menos um deles acabar dando um passo atrás na carreira, perdendo a titularidade por um ano no aguardo de uma grata promoção na temporada seguinte.
2 comentários:
Só não pode acontecer a "DisGrassia" de Bruno 'Sobrinho' Senna e Lucas Di Grassi serem a dupla de pilotos da 'nova' Hispania... já pensou?
um abraço.
“estamos conversando com duas ou três equipes”
É o piloto fazendo de tudo para despistar, ou para deixar o público com a impressão de que tem chances. O fato é que está difícil para eles, e o Di Grassi, melhor piloto brasileiro que surgiu nos últimos anos, ao meu ver, tem menos chances, pois disputa com um Senna.
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