Daniel Ricciardo foi confirmado como piloto titular da Hispania a partir da próxima etapa da Fórmula 1 que acontecerá no maravilhoso circuito de Silverstone na Inglaterra. Um acordo envolvendo Red Bull e a equipe espanhola selou a ida do jovem de 22 anos para o lugar do indiano Narain Karthikeyan, que deverá disputar somente o GP da Índia nesse restante de temporada.
Acontece que uma dúvida pairou na cabeça da maioria dos que acompanharam essa notícia, inclusive da minha. Será que vale a pena trocar uma vaga quase certa na Toro Rosso ou ainda até mesmo na Red Bull para o ano que vem com um lugar em uma equipe que ainda nem sequer pode ser levada à sério? O que Ricciardo poderá fazer por lá senão ficar à frente de seu companheiro de equipe e de dois carros tão ridículos quanto o dele?
[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Daniel Ricciardo pode ter ficado mais distante de uma vaga na Red Bull"][/caption]
Seria uma chance de ganhar experiência, alguém diria. Mas sempre quando ouço ou leio reflexões como essa, lembro-me das afirmações de Lucas Di Grassi e Bruno Senna que no ano passado guiaram uma Virgin e uma Hispania respectivamente. Ambos, especialmente Bruno, saíram dizendo que aquilo não era nível de Fórmula 1 e que guiar um carro, mesmo que de uma escuderia média é algo bem diferente do que as carroças que andam no final do grid.
Creio que Ricciardo encontrará alguma dificuldade em pegar a mão do carro da Hispania e quando conseguir não fará muito melhor do que Karthikeyan estava fazendo. Ao menos que um GP seja decidido à base da loteria, ele passará longe dos pontos. Claro que não é somente o australiano que define o seu rumo dentro da categoria, já que é um pupilo da grande Red Bull, mas ter ficado na Toro Rosso poderia ter rendido uma vaga de titular em uma equipe média quem sabe nesse ano ainda.
Agora, posso estar redondamente enganado, mas acho difícil ele mirar a vaga de Mark Webber já para o ano que vem. As chances de alcançar uma vaga em um super carro parece que minguaram para Ricciardo.
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quinta-feira, 30 de junho de 2011
terça-feira, 28 de junho de 2011
Aquele que só reclama
Posso estar errado, mas às vezes Rubens Barrichello soa como dono da equipe Williams, como alguém que cobra demais, vive reclamando. Sem parcialidade, mas reclamar sempre foi o forte de Rubinho, mesmo que não existisse motivo para isso. No entanto, agora, neste ano que vem sendo muito ruim e decepcionante para a equipe de Grove, as reclamações acontecem em praticamente todas as etapas, às vezes nos treinos classificatórios ou até durante a semana quando ele não está correndo.
Basta uma entrevista, um microfone perto de si ou algum jornalista com um bloco de notas por perto para ele demonstrar sua insatisfação por estar na Williams. “Esse é um ano de sofrimento”, disse o piloto à imprensa recentemente. Por um lado é compreensível uma frustração como a do brasileiro, visto que no ano passado o time de Frank Williams demonstrou que tinha evoluído consideravelmente em relação às temporadas anteriores, mas retrocedeu a ponto de ter o pior início de campeonato da sua história.
[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Apesar das críticas que faz, Barrichello não tem tido mais tanta importância na Williams"][/caption]
No entanto, tamanha reclamação não é justificável para um empregado de qualquer empresa. Se o funcionário não é lá alguém muito importante dentro do lugar onde exercita sua profissão ele é demitido sem dó nem piedade por viver criticando a empresa. Pelo que parece, Rubens se sente como um herói dentro da Williams, o que não é verdade. Se continuar a exigir muito, algum outro jovem endinheirado toma seu lugar para o ano que vem.
Ontem, 27, o piloto fez uma visita à equipe para acompanhar de perto o desenvolvimento do carro de 2012 e para tentar saber também se realmente é interessante continuar no time inglês diante de tantas dificuldades que ela enfrenta.
Na minha opinião, acho que já está na hora do piloto pedir às contas e ir curtir a sua família. Se sua vontade é ainda continuar no automobilismo, que tente alguma coisa fora da Fórmula 1, do ambiente extremamente competitivo que é a categoria. Um pouco de seu desânimo e de suas críticas é achar que ainda conseguirá resultados expressivos, como pódio e até vitórias. E todos sabemos que se não acontecer nada de outro mundo, Barrichello já rendeu tudo o que tinha que render na F-1.
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Basta uma entrevista, um microfone perto de si ou algum jornalista com um bloco de notas por perto para ele demonstrar sua insatisfação por estar na Williams. “Esse é um ano de sofrimento”, disse o piloto à imprensa recentemente. Por um lado é compreensível uma frustração como a do brasileiro, visto que no ano passado o time de Frank Williams demonstrou que tinha evoluído consideravelmente em relação às temporadas anteriores, mas retrocedeu a ponto de ter o pior início de campeonato da sua história.
[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Apesar das críticas que faz, Barrichello não tem tido mais tanta importância na Williams"][/caption]
No entanto, tamanha reclamação não é justificável para um empregado de qualquer empresa. Se o funcionário não é lá alguém muito importante dentro do lugar onde exercita sua profissão ele é demitido sem dó nem piedade por viver criticando a empresa. Pelo que parece, Rubens se sente como um herói dentro da Williams, o que não é verdade. Se continuar a exigir muito, algum outro jovem endinheirado toma seu lugar para o ano que vem.
Ontem, 27, o piloto fez uma visita à equipe para acompanhar de perto o desenvolvimento do carro de 2012 e para tentar saber também se realmente é interessante continuar no time inglês diante de tantas dificuldades que ela enfrenta.
Na minha opinião, acho que já está na hora do piloto pedir às contas e ir curtir a sua família. Se sua vontade é ainda continuar no automobilismo, que tente alguma coisa fora da Fórmula 1, do ambiente extremamente competitivo que é a categoria. Um pouco de seu desânimo e de suas críticas é achar que ainda conseguirá resultados expressivos, como pódio e até vitórias. E todos sabemos que se não acontecer nada de outro mundo, Barrichello já rendeu tudo o que tinha que render na F-1.
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domingo, 26 de junho de 2011
Mais uma vez deu Vettel
O GP da Europa disputado no circuito de Valência foi o pior e mais chato do ano, sem dúvida. Nem a asa traseira móvel, nem o os pneus paçoca da Pirelli conseguiram fazer com que a corrida fosse empolgante e repleta de disputas e ultrapassagens. E olha que existiam dois pontos onde a asa móvel poderia ser usada.
[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Sem ameaça alguma Vettel faturou mais uma corrida neste ano"][/caption]
Apesar de ter sido uma corrida chatinha, ela teve um número que a colocou para a história da Fórmula 1. Foi a corrida que teve mais carros recebendo a bandeira quadriculada, 24. Nenhum abandono e o safety car que poderia salvar a corrida e colocar uma pressão em Sebastian Vettel passou longe de aparecer.
Aliás, o vencedor foi Vettel, como já está virando rotina neste ano. Em oito corridas disputadas, o alemão da Red Bull venceu seis e só não faturou todas por detalhes. Abriu 77 pontos de vantagem para o segundo colocado Jenson Button que agora tem como companheiro Mark Webber com os mesmos 109 pontos do inglês.
Na segunda colocação terminou o grande piloto da casa, Fernando Alonso, o espanhol que não desiste nunca. Duelou com Webber boa parte da prova pela segunda posição e no final, por méritos próprios, conseguiu o segundo posto e ao meu ver foi um dos melhores da corrida. Outro espanhol que também fez uma bela exibição foi Jaime Alguersuari. Mesmo com boatos de que sua estada na Toro Rosso é uma questão de tempo, Alguersuari fez uma boa pilotagem poupando os pneus e levando seu carro à oitava posição. Nada mau para quem saiu da 18ª colocação.
[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Fernando Alonso fez sua melhor corrida no ano"][/caption]
Os brasileiros seguem cada um no seu mau momento. Felipe Massa até ameaçou fazer uma corrida interessante e lutar pelas primeiras posições, mas como sempre não acompanhou o ritmo dos líderes e recebeu a bandeirada na quinta colocação. O erro da Ferrari nos boxes pode ter o prejudicado sim, mas não o suficiente para o levar a fazer mais uma das suas corridas sem brilho e solitárias. Massa tem menos que a metade dos pontos de Alonso no campeonato. Já Rubens Barrichello disse que tirou o máximo do carro da Williams e acabou terminando na 12ª colocação. Para mim, se esse não for o seu último ano, deveria ser.
E só para finalizar, o circuito de Valência deveria ser definitivamente riscado do calendário. Chato e tedioso demais para um campeonato que tem sido pra lá de empolgante.
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[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Sem ameaça alguma Vettel faturou mais uma corrida neste ano"][/caption]
Apesar de ter sido uma corrida chatinha, ela teve um número que a colocou para a história da Fórmula 1. Foi a corrida que teve mais carros recebendo a bandeira quadriculada, 24. Nenhum abandono e o safety car que poderia salvar a corrida e colocar uma pressão em Sebastian Vettel passou longe de aparecer.
Aliás, o vencedor foi Vettel, como já está virando rotina neste ano. Em oito corridas disputadas, o alemão da Red Bull venceu seis e só não faturou todas por detalhes. Abriu 77 pontos de vantagem para o segundo colocado Jenson Button que agora tem como companheiro Mark Webber com os mesmos 109 pontos do inglês.
Na segunda colocação terminou o grande piloto da casa, Fernando Alonso, o espanhol que não desiste nunca. Duelou com Webber boa parte da prova pela segunda posição e no final, por méritos próprios, conseguiu o segundo posto e ao meu ver foi um dos melhores da corrida. Outro espanhol que também fez uma bela exibição foi Jaime Alguersuari. Mesmo com boatos de que sua estada na Toro Rosso é uma questão de tempo, Alguersuari fez uma boa pilotagem poupando os pneus e levando seu carro à oitava posição. Nada mau para quem saiu da 18ª colocação.
[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Fernando Alonso fez sua melhor corrida no ano"][/caption]
Os brasileiros seguem cada um no seu mau momento. Felipe Massa até ameaçou fazer uma corrida interessante e lutar pelas primeiras posições, mas como sempre não acompanhou o ritmo dos líderes e recebeu a bandeirada na quinta colocação. O erro da Ferrari nos boxes pode ter o prejudicado sim, mas não o suficiente para o levar a fazer mais uma das suas corridas sem brilho e solitárias. Massa tem menos que a metade dos pontos de Alonso no campeonato. Já Rubens Barrichello disse que tirou o máximo do carro da Williams e acabou terminando na 12ª colocação. Para mim, se esse não for o seu último ano, deveria ser.
E só para finalizar, o circuito de Valência deveria ser definitivamente riscado do calendário. Chato e tedioso demais para um campeonato que tem sido pra lá de empolgante.
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quinta-feira, 23 de junho de 2011
Quando os pneus esquentam...
Um vídeo bastante legal e instrutivo neste feriadão para quem acompanha a Fórmula 1. Os pneus Pirelli tem sido o grande diferencial da categoria em comparação com os últimos anos, quando a Bridgestone era a fornecedora exclusiva de pneus na F-1. Com o desgaste acentuado dos compostos, muitas disputas tem acontecido durante as etapas e com certeza muitas emoções.
No vídeo a explicação a respeito das consequências do aquecimento dos pneus:
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No vídeo a explicação a respeito das consequências do aquecimento dos pneus:
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quarta-feira, 22 de junho de 2011
Os resultados determinarão o futuro da Mercedes
Os resultados obtidos pela Mercedes até aqui não nos permitem chama-la de equipe grande, de uma equipe que chegará facilmente à vitória neste ano. O próprio Michael Schumacher assumiu isso dizendo que o rendimento dos carros da equipe estão aquém do esperado. Isso faz sentido já que no ano passado a escuderia já havia sido uma decepção e nos testes de inverno, os carros prateados demonstraram uma boa evolução e chegaram a liderar vários dias de treinamento, à frente de Red Bull, McLaren e Ferrari.
Difícil saber ao certo o que não permite fazer da Mercedes uma equipe vencedora nos dias atuais. Eles tem praticamente tudo nas mãos. Possuem um chefe de equipe excepcional chamado de Ross Brawn, um piloto que possui a carreira mais vitoriosa da Fórmula 1, que é Schumacher, um jovem talentoso que ainda promete muito como Nico Rosberg e um orçamento, esse sim, de equipe grande. O que eles não possuem é um carro que lhes permitam vencer. E por que eles não tem? Como dito, é difícil saber levando em consideração todos esses fatores.
[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="O desempenho da Mercedes definirá de Schumacher permanecerá ou não na Fórmula 1"][/caption]
Não duvido em nada que a Mercedes já comece a pensar no ano que vem, no carro que dará aos seus dois pilotos alemães em 2012. E é melhor que ele traga consigo a capacidade de vencer, pois o futuro de Schumacher na Fórmula 1 depende justamente de seu desempenho. Caso o carro continue vegetando nas posições intermediárias, conquistando apenas uma fatia pequena de pontos em cada etapa, a Mercedes corre o risco de perder seus dois pilotos.
Schumacher deverá se aposentar caso o desempenho da Mercedes não evolua e Rosberg deverá procurar uma nova equipe, disputar a vaga de Felipe Massa na Ferrari talvez, de Mark Webber na Red Bull ou quem sabe um cockpit na McLaren caso Lewis Hamilton continue com a sua insatisfação e feche com a escuderia dos energéticos.
E por mais promissor que seja Paul Di Resta, que deverá assumir uma vaga na Mercedes caso Schumacher ou Rosberg abandonem o barco, ficará ainda mais improvável que a equipe de Brawn consiga conquistar triunfos.
O GP do Canadá, apesar de bastante variável, deu uma esperança à Mercedes de que bons resultados podem voltar a acontecer e pódios não são tão improváveis assim. Acontece que isso é muito pouco para um time da proporção das flechas prateadas.
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Difícil saber ao certo o que não permite fazer da Mercedes uma equipe vencedora nos dias atuais. Eles tem praticamente tudo nas mãos. Possuem um chefe de equipe excepcional chamado de Ross Brawn, um piloto que possui a carreira mais vitoriosa da Fórmula 1, que é Schumacher, um jovem talentoso que ainda promete muito como Nico Rosberg e um orçamento, esse sim, de equipe grande. O que eles não possuem é um carro que lhes permitam vencer. E por que eles não tem? Como dito, é difícil saber levando em consideração todos esses fatores.
[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="O desempenho da Mercedes definirá de Schumacher permanecerá ou não na Fórmula 1"][/caption]
Não duvido em nada que a Mercedes já comece a pensar no ano que vem, no carro que dará aos seus dois pilotos alemães em 2012. E é melhor que ele traga consigo a capacidade de vencer, pois o futuro de Schumacher na Fórmula 1 depende justamente de seu desempenho. Caso o carro continue vegetando nas posições intermediárias, conquistando apenas uma fatia pequena de pontos em cada etapa, a Mercedes corre o risco de perder seus dois pilotos.
Schumacher deverá se aposentar caso o desempenho da Mercedes não evolua e Rosberg deverá procurar uma nova equipe, disputar a vaga de Felipe Massa na Ferrari talvez, de Mark Webber na Red Bull ou quem sabe um cockpit na McLaren caso Lewis Hamilton continue com a sua insatisfação e feche com a escuderia dos energéticos.
E por mais promissor que seja Paul Di Resta, que deverá assumir uma vaga na Mercedes caso Schumacher ou Rosberg abandonem o barco, ficará ainda mais improvável que a equipe de Brawn consiga conquistar triunfos.
O GP do Canadá, apesar de bastante variável, deu uma esperança à Mercedes de que bons resultados podem voltar a acontecer e pódios não são tão improváveis assim. Acontece que isso é muito pouco para um time da proporção das flechas prateadas.
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domingo, 19 de junho de 2011
O lado barbeiro de Hamilton
Depois de ter escrito meu último post, que vocês podem ler logo abaixo, continuei pensando nas barbeiragens de Lewis Hamilton. Você pode pensar que esse assunto já rendeu tudo o que tinha que render e eu até concordo com você. É que barbeiragens em um meio de altíssimo nível técnico entre os pilotos não costumam passar batidos por mim por um longo tempo, não mesmo.
Os recentes acidentes que Lewis Hamilton provocou em Mônaco e em Montreal me levaram a recorrer à temporada 2007 e à 2008, tão famosas pelos erros tolos de um jovem que acabara de chegar à Fórmula 1 e já disputava o título com grandes pilotos.
No GP da China de 2007, Hamilton cometeu um erro que eu, nem no videogame, cometeria. Vejam no vídeo abaixo que vocês irão se lembrar.
Sem dúvida, foi algo dramático, mas que não deixou de ser engraçado também. Um piloto que tem o título praticamente nas mãos sendo traído por uma mísera curva com o carro em baixa velocidade é pra fazer qualquer piloto sentir uma raiva inexplicável.
E além do erro cometido na China, não poderia passar em branco a barbeiragem que Hamilton causou no GP do Canadá em 2008, onde acertou em cheio o carro de Kimi Raikkonen que aguardava o sinal verde para poder sair dos boxes. O inglês apressadinho ‘não notou’ os carros na saída dos boxes parado e acertou em cheio o finlandês. Um belo strike!
Como dizem, os grandes pilotos também tem seus momentos de barbeiragem. Não é isso Hamilton?
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Os recentes acidentes que Lewis Hamilton provocou em Mônaco e em Montreal me levaram a recorrer à temporada 2007 e à 2008, tão famosas pelos erros tolos de um jovem que acabara de chegar à Fórmula 1 e já disputava o título com grandes pilotos.
No GP da China de 2007, Hamilton cometeu um erro que eu, nem no videogame, cometeria. Vejam no vídeo abaixo que vocês irão se lembrar.
Sem dúvida, foi algo dramático, mas que não deixou de ser engraçado também. Um piloto que tem o título praticamente nas mãos sendo traído por uma mísera curva com o carro em baixa velocidade é pra fazer qualquer piloto sentir uma raiva inexplicável.
E além do erro cometido na China, não poderia passar em branco a barbeiragem que Hamilton causou no GP do Canadá em 2008, onde acertou em cheio o carro de Kimi Raikkonen que aguardava o sinal verde para poder sair dos boxes. O inglês apressadinho ‘não notou’ os carros na saída dos boxes parado e acertou em cheio o finlandês. Um belo strike!
Como dizem, os grandes pilotos também tem seus momentos de barbeiragem. Não é isso Hamilton?
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sexta-feira, 17 de junho de 2011
Foco: a diferença entre Hamilton e Vettel
Por ser jovem, encontro-me na posição de analisar o assunto que tratarei neste post, até por experiência própria. Jovens, por serem jovens raramente possuem a capacidade que só a experiência traz, aquela capacidade em focar em mais de uma coisa, de conhecer atalhos e poupar sofrimento, dificuldades e fracassos. Porém, todos passam por essa fase, alguns da melhor maneira que existe, outros da pior.
Estive pensando sobre como anda o comportamento dos jovens na Fórmula 1 e o lado profissional deles, claro, afinal é este aspecto que mais conhecemos e podemos opinar. Lewis Hamilton e Sebastian Vettel são os principais entre essa nova geração que já rendeu muito na máxima categoria do automobilismo e que ainda prometem render mais ainda. Por serem os principais, vou me ater a eles.
[caption id="" align="aligncenter" width="590" caption="Enquanto um mostra-se maduro, o outro demonstra que a madureza ainda não chegou"][/caption]
Hamilton é um grande piloto. Um campeão mundial prematuro, cheio de talento e repleto de confiança e agressividade dentro da pista. Agressividade e confiança que lhe trouxeram grandes problemas, mas que também lhe renderam um campeonato na temporada 2008, quando conquistou o caneco na última volta de maneira sofrível em Interlagos. Em 2007, quando chegou à McLaren, o piloto inglês estava visivelmente admirado com o espaço que havia conquistado, com o sonho realizado. Concentrou-se integralmente na categoria, deu primazia à sua carreira. E foi isso que o levou a se tornar um piloto espetacular no seu ano de estreia, mesmo errando muito e sem nenhuma experiência anterior na F-1.
No entanto, os anos passaram, e seu emprego na Fórmula 1 começou a não ser a coisa mais importante na sua vida, a prioridade de anos anteriores. O relacionamento com a cantora e popstar Nicole Scherzinger ganhou grande destaque em sua vida, o que não é nada errado. Porém, um jovem que ainda não mostrou estar maduro o suficiente não possui a capacidade de focar perfeitamente em várias coisas na vida; isso é uma questão de escolha, que todos nós temos que fazer. Deixar a F-1 um pouco de lado, levou Lewis Hamilton a tomar decisões erradas, como a de dispensar seu pai da função de seu empresário. Os erros na pista são reflexos de um jovem perdido, aparentemente sem rumo e com certeza sem foco. Reclamações, um espírito soberbo e arrogante e contestações até caluniosas agora fazem parte de um ‘novo’ Lewis Hamilton.
Por outro lado, os jovens na F-1 possuem um companheiro que podem se orgulhar. Sebastian Vettel chegou à categoria impressionando assim como Hamilton. Não aconteceram vitórias meteóricas como ocorreu com o colega inglês, mas o tempo passou rápido também e logo tínhamos mais um jovem campeão na Fórmula 1. Um jovem que desde o começo se mostra focado e atento ao que escolheu fazer de melhor na sua vida.
Longe dos holofotes da vida particular, Vettel prefere ser conhecido e venerado pelo que é dentro das pistas e pelo jovem carismático que não permitiu que a F-1 moldasse seu jeito de moleque despretensioso. Raramente se vê comentários dele que não sejam relacionados a uma bela ultrapassagem ou à vitórias conquistadas com muito mérito e dedicação.
[caption id="" align="aligncenter" width="590" caption="Sebastian Vettel vive seu melhor momento na F-1"][/caption]
Adrian Newey, projetista da Red Bull, declarou que o jovem alemão é bem mais maduro do que as pessoas de sua idade. “A coisa mais legal de Sebastian é o seu nível de maturidade com a idade que tem. Já vi muito o filme do piloto que deixa a fama subir à cabeça quando sai da escuridão ao estrelato. Ele está sempre à noite no paddock, conversando com os seus engenheiros, analisando os dados e refletindo sobre o que fez dentro do carro. Acho que esta é a única coisa que todos os ótimos pilotos têm em comum.”
Uma prova de que o foco absoluto de Vettel está na Fórmula 1. Talvez uma garota popular, um contrato polpudo financeiramente ou outro glamour qualquer que os pilotos da F-1 tem a chance de ter atrapalhariam o sucesso que o alemão da Red Bull está tendo hoje. Talvez ele não seria o atual campeão mundial. Talvez ele não seria o líder da tabela de classificação e o virtual novo bicampeão da categoria. Mas, uma coisa é certa, os jovens na vida, e também na Fórmula 1, precisam de foco, disciplina, dedicação e concentração, do contrário serão apenas mais alguns homens a empurrarem a vida e a carreira com a barriga.
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Estive pensando sobre como anda o comportamento dos jovens na Fórmula 1 e o lado profissional deles, claro, afinal é este aspecto que mais conhecemos e podemos opinar. Lewis Hamilton e Sebastian Vettel são os principais entre essa nova geração que já rendeu muito na máxima categoria do automobilismo e que ainda prometem render mais ainda. Por serem os principais, vou me ater a eles.
[caption id="" align="aligncenter" width="590" caption="Enquanto um mostra-se maduro, o outro demonstra que a madureza ainda não chegou"][/caption]
Hamilton é um grande piloto. Um campeão mundial prematuro, cheio de talento e repleto de confiança e agressividade dentro da pista. Agressividade e confiança que lhe trouxeram grandes problemas, mas que também lhe renderam um campeonato na temporada 2008, quando conquistou o caneco na última volta de maneira sofrível em Interlagos. Em 2007, quando chegou à McLaren, o piloto inglês estava visivelmente admirado com o espaço que havia conquistado, com o sonho realizado. Concentrou-se integralmente na categoria, deu primazia à sua carreira. E foi isso que o levou a se tornar um piloto espetacular no seu ano de estreia, mesmo errando muito e sem nenhuma experiência anterior na F-1.
No entanto, os anos passaram, e seu emprego na Fórmula 1 começou a não ser a coisa mais importante na sua vida, a prioridade de anos anteriores. O relacionamento com a cantora e popstar Nicole Scherzinger ganhou grande destaque em sua vida, o que não é nada errado. Porém, um jovem que ainda não mostrou estar maduro o suficiente não possui a capacidade de focar perfeitamente em várias coisas na vida; isso é uma questão de escolha, que todos nós temos que fazer. Deixar a F-1 um pouco de lado, levou Lewis Hamilton a tomar decisões erradas, como a de dispensar seu pai da função de seu empresário. Os erros na pista são reflexos de um jovem perdido, aparentemente sem rumo e com certeza sem foco. Reclamações, um espírito soberbo e arrogante e contestações até caluniosas agora fazem parte de um ‘novo’ Lewis Hamilton.
Por outro lado, os jovens na F-1 possuem um companheiro que podem se orgulhar. Sebastian Vettel chegou à categoria impressionando assim como Hamilton. Não aconteceram vitórias meteóricas como ocorreu com o colega inglês, mas o tempo passou rápido também e logo tínhamos mais um jovem campeão na Fórmula 1. Um jovem que desde o começo se mostra focado e atento ao que escolheu fazer de melhor na sua vida.
Longe dos holofotes da vida particular, Vettel prefere ser conhecido e venerado pelo que é dentro das pistas e pelo jovem carismático que não permitiu que a F-1 moldasse seu jeito de moleque despretensioso. Raramente se vê comentários dele que não sejam relacionados a uma bela ultrapassagem ou à vitórias conquistadas com muito mérito e dedicação.
[caption id="" align="aligncenter" width="590" caption="Sebastian Vettel vive seu melhor momento na F-1"][/caption]
Adrian Newey, projetista da Red Bull, declarou que o jovem alemão é bem mais maduro do que as pessoas de sua idade. “A coisa mais legal de Sebastian é o seu nível de maturidade com a idade que tem. Já vi muito o filme do piloto que deixa a fama subir à cabeça quando sai da escuridão ao estrelato. Ele está sempre à noite no paddock, conversando com os seus engenheiros, analisando os dados e refletindo sobre o que fez dentro do carro. Acho que esta é a única coisa que todos os ótimos pilotos têm em comum.”
Uma prova de que o foco absoluto de Vettel está na Fórmula 1. Talvez uma garota popular, um contrato polpudo financeiramente ou outro glamour qualquer que os pilotos da F-1 tem a chance de ter atrapalhariam o sucesso que o alemão da Red Bull está tendo hoje. Talvez ele não seria o atual campeão mundial. Talvez ele não seria o líder da tabela de classificação e o virtual novo bicampeão da categoria. Mas, uma coisa é certa, os jovens na vida, e também na Fórmula 1, precisam de foco, disciplina, dedicação e concentração, do contrário serão apenas mais alguns homens a empurrarem a vida e a carreira com a barriga.
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quarta-feira, 15 de junho de 2011
Rádio OnBoard - Edição de Montreal
No ar a 116ª edição da Rádio OnBoard!
Na companhia ilustre dos amigos Fábio Campos e Ron Groo, discutimos os pontos altos do GP do Canadá, uma corrida interrompida pela chuva, que nem por isso deixou de ser uma forte candidata a um dos melhores GPs do ano.
A vitória inacreditável de Jenson Button, a falha grosseira de Sebastian Vettel, a performance de Schumacher, Massa e Kobayashi, a fase de Lewis Hamilton, o tombo do fiscal, e muito mais foi discutido neste programa:
A Rádio OnBoard volta na próxima semana para comentar as notícias do momento e nos projetarmos para a etapa seguinte do calendário 2011 da Fórmula 1. Até lá!
Na companhia ilustre dos amigos Fábio Campos e Ron Groo, discutimos os pontos altos do GP do Canadá, uma corrida interrompida pela chuva, que nem por isso deixou de ser uma forte candidata a um dos melhores GPs do ano.
A vitória inacreditável de Jenson Button, a falha grosseira de Sebastian Vettel, a performance de Schumacher, Massa e Kobayashi, a fase de Lewis Hamilton, o tombo do fiscal, e muito mais foi discutido neste programa:
A Rádio OnBoard volta na próxima semana para comentar as notícias do momento e nos projetarmos para a etapa seguinte do calendário 2011 da Fórmula 1. Até lá!
Um resultado histórico para a Hispania
A corrida deste último domingo nos atraiu a atenção por vários motivos. Uma vitória espetacular de Jenson Button, os erros um tanto absurdos de Lewis Hamilton, a forte chuva que interrompeu a prova, um deslize de Sebastian Vettel na última volta e uma Hispania que por pouco não alcançou a tabela de pontuação, mas conseguiu seu melhor resultado na sua história de um ano e meio na Fórmula 1.
Eu, por exemplo, me vi totalmente desatento às posições intermediárias e as do final da tabela, o que consequentemente me levou a passar batido pelo resultado histórico da Hispania no GP canadense. A vitória de Button, os erros de Lewis Hamilton e a precipitada de Sebastian Vettel na volta final detiveram minha atenção e creio que o da maioria, que não observaram como deveriam o feito da equipe espanhola.
Sem dúvida que as condições do tempo e os imprevistos que aconteceram no circuito de Montreal colaboraram e muito para a 13ª posição de Vitantonio Liuzzi e a 14ª colocação de Narain Karthikeyan, porém, todos, obviamente, pilotaram nas mesmas circunstâncias que o time de Jose Ramón Carabante. O indiano chegou a estar na zona de pontuação por uma volta, mas acabou sucumbindo à falta de experiência e a desatenção durante o restante da corrida.
[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Ambos os carros da Hispania conseguiram um bom resultado"][/caption]
Além das circunstâncias, o que parece ter ajudado a equipe foi o trabalho de engenheiros e mecânicos em conseguir um novo escapamento que aumentasse a velocidade ao F111, prova de que nem tudo foi fruto do acaso.
“Foi um grande resultado para nós, para a equipe, porque fizemos um grande trabalho durante todo o final de semana, demos os passos certos e a equipe trabalhou perfeitamente durante os pit-stops. Temos muito trabalho pela frente, mas é um bom ponto de partida para o futuro”, celebrou Liuzzi. Grande parte desse elogio também, se deve ao resultado de que ambos os carros superaram a dupla da Marussia Virgin, que chegaram logo atrás dos carros espanhóis. Pelo que parece, a equipe de Richard Branson já ganhou a posição de “lanterninha” no grid da F-1.
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Eu, por exemplo, me vi totalmente desatento às posições intermediárias e as do final da tabela, o que consequentemente me levou a passar batido pelo resultado histórico da Hispania no GP canadense. A vitória de Button, os erros de Lewis Hamilton e a precipitada de Sebastian Vettel na volta final detiveram minha atenção e creio que o da maioria, que não observaram como deveriam o feito da equipe espanhola.
Sem dúvida que as condições do tempo e os imprevistos que aconteceram no circuito de Montreal colaboraram e muito para a 13ª posição de Vitantonio Liuzzi e a 14ª colocação de Narain Karthikeyan, porém, todos, obviamente, pilotaram nas mesmas circunstâncias que o time de Jose Ramón Carabante. O indiano chegou a estar na zona de pontuação por uma volta, mas acabou sucumbindo à falta de experiência e a desatenção durante o restante da corrida.
[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Ambos os carros da Hispania conseguiram um bom resultado"][/caption]
Além das circunstâncias, o que parece ter ajudado a equipe foi o trabalho de engenheiros e mecânicos em conseguir um novo escapamento que aumentasse a velocidade ao F111, prova de que nem tudo foi fruto do acaso.
“Foi um grande resultado para nós, para a equipe, porque fizemos um grande trabalho durante todo o final de semana, demos os passos certos e a equipe trabalhou perfeitamente durante os pit-stops. Temos muito trabalho pela frente, mas é um bom ponto de partida para o futuro”, celebrou Liuzzi. Grande parte desse elogio também, se deve ao resultado de que ambos os carros superaram a dupla da Marussia Virgin, que chegaram logo atrás dos carros espanhóis. Pelo que parece, a equipe de Richard Branson já ganhou a posição de “lanterninha” no grid da F-1.
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terça-feira, 14 de junho de 2011
Quem é você, Button?
Cada um dos seis pilotos das três equipes de ponta da atualidade na Fórmula-1 convive com algum estigma, um gracejo, uma marca jocosa que acabou sendo incorporada à sua imagem com o passar do tempo. Mark Webber é o leão de treino, o cara que “está voltando ao normal” depois de correr como campeão em algumas prova de 2010 e disputar o título até a última corrida contra o queridinho da equipe. Felipe Massa é o “quase campeão”, mas o quase soa aqui quase (!) como uma ofensa, um quase agressivo, que faz questão de lembrar que o vice é o primeiro dos últimos. Os quatro pilotos restantes, mesmo sendo campeões, não escapam: Sebastian Vettel é o “menino”, o campeão verde, o garoto com pinta de gênio que foi campeão mesmo cometendo erros no atacado, e que por isso precisa amadurecer. Lewis Hamilton idem, com o agravante de ter uma personalidade meio pitoresca graças a seus ataques de estrelismo. Fernando Alonso pouco pode ser criticado pelo que faz na pista, é considerado o piloto mais completo de todos, mas a lendária antipatia à sua figura é célebre, sobretudo no Brasil, imagino. Resta Jenson Button. Quem é Button nesse baile de máscaras em que todo mundo veste uma fantasia que não lhe agrada?
[caption id="" align="aligncenter" width="500" caption="No meio do bloco durante boa parte da corrida, Button era um improvável candidato à vitória no Canadá"][/caption]
O Groo diria que ninguém liga pro Button. É, a brincadeira fez sentido até 2008, mas é impossível ignorar alguém que tem no bolso um título mundial. É justamente aí que está a pedra no sapato de Button. Enquanto os outros cinco vizinhos de posições no grid são criticados pela falta de combatividade ou pelos muitos erros que ainda cometem, Button é o zoado da turma por ter sido campeão com um carro de outro mundo em 2009 (enquanto a Brawn era esse carro de outro mundo). Isso faz sentido?
Não gosto de questionar campeões. Acredito que, com raras e pontuais exceções, todos que chegaram a conquistar um mundial, com qualquer um dos regulamentos que já existiu, o fizeram por merecer. De mais a mais, crivar de críticas um piloto por ganhar com melhor carro é atentar contra ícones da própria história da Fórmula-1. Não foi com o melhor carro que Senna ganhou seu primeiro título? Não foi assim que Mansell e Prost jantaram a concorrência em 1992/1993? E Schumacher em 2002 e 2004? E Vettel, que ganhará dessa forma o mundial desse ano? O melhor carro não pode ser demérito, não pode ser usado como arma contra o próprio piloto. Ter o melhor carro nas mãos faz parte do jogo.
[caption id="" align="aligncenter" width="500" caption="Button abrindo caminho com a Brawn no GP da Austrália de 2009"][/caption]
Button é um campeão circunstancial?. Esse é um argumento que costuma pesar contra pilotos que conquistaram apenas um título. Mas se é assim, por que Hamilton, campeão com uma extensa lista de erros 2008, também não é questionado da mesma forma? E Raikkonen, que passou a primeira metade de 2007 tirando um longo cochilo? Há uma certa insistência em salientar que Button venceu seis das sete primeiras em 2009 enquanto seu carro era imbatível e depois não se destacou. Ok, mas não seria essa uma mera questão de distribuição de vitórias ao longo do campeonato?
Sobre as vitórias na chuva, parecia que até ontem Button não tinha uma grande exibição no molhado. Mas ele tinha a sua primeira vitória, com a Honda na Hungria em 2006, quando a corrida começou com chuva e foi secando, com todos os grandes pilotos da época na pista.
[caption id="" align="aligncenter" width="500" caption="Vitória úmida: Hungria 2006"][/caption]
O que é definitivo nessa história toda é que depois desse GP do Canadá a imagem que muitos faziam de Button mudou. Não é mais só o companheiro do Hamilton. Button é o sujeito que venceu uma corrida depois de duas batidas, uma punição, um pneu furado, e um total de seis pit stops, numa pista que variou de encharcada a úmida. Combativo, mas sem ser atabalhoado como Hamilton, Button teve de recomeçar sua corrida a cada punição/batida/furo de pneu. Deu sorte pelas várias entradas do Safety Car, que garantiram que o pelotão ficasse compacto, mas quem disse que sorte não faz parte do jogo? Button, no finzinho, contrariou sua fama de “piloto que não ultrapassa” e ultrapassou como se não houvesse amanhã: Schumacher, Webber e, finalmente, Vettel. Este só capitulou de forma tão primária na última volta graças à pressão de Button, que induziu o atual campeão e líder do campeonato ao erro.
E agora, quem é Button? É o gente boa, o lord, o piloto educado que desfila com sua bela Michibata por aí. No passado, quando muitos davam sua carreira como encerrada, já fora o playboy, o festeiro, o deslumbrado com esse mundo de aparências da F-1. Para quem já operou tamanha metamorfose, não é de estranhar que o GP do Canadá tenha sido o casulo desse Button agressivo e determinado que abriu as asas domingo em Montreal.
[caption id="" align="aligncenter" width="500" caption="No meio do bloco durante boa parte da corrida, Button era um improvável candidato à vitória no Canadá"][/caption]
O Groo diria que ninguém liga pro Button. É, a brincadeira fez sentido até 2008, mas é impossível ignorar alguém que tem no bolso um título mundial. É justamente aí que está a pedra no sapato de Button. Enquanto os outros cinco vizinhos de posições no grid são criticados pela falta de combatividade ou pelos muitos erros que ainda cometem, Button é o zoado da turma por ter sido campeão com um carro de outro mundo em 2009 (enquanto a Brawn era esse carro de outro mundo). Isso faz sentido?
Não gosto de questionar campeões. Acredito que, com raras e pontuais exceções, todos que chegaram a conquistar um mundial, com qualquer um dos regulamentos que já existiu, o fizeram por merecer. De mais a mais, crivar de críticas um piloto por ganhar com melhor carro é atentar contra ícones da própria história da Fórmula-1. Não foi com o melhor carro que Senna ganhou seu primeiro título? Não foi assim que Mansell e Prost jantaram a concorrência em 1992/1993? E Schumacher em 2002 e 2004? E Vettel, que ganhará dessa forma o mundial desse ano? O melhor carro não pode ser demérito, não pode ser usado como arma contra o próprio piloto. Ter o melhor carro nas mãos faz parte do jogo.
[caption id="" align="aligncenter" width="500" caption="Button abrindo caminho com a Brawn no GP da Austrália de 2009"][/caption]
Button é um campeão circunstancial?. Esse é um argumento que costuma pesar contra pilotos que conquistaram apenas um título. Mas se é assim, por que Hamilton, campeão com uma extensa lista de erros 2008, também não é questionado da mesma forma? E Raikkonen, que passou a primeira metade de 2007 tirando um longo cochilo? Há uma certa insistência em salientar que Button venceu seis das sete primeiras em 2009 enquanto seu carro era imbatível e depois não se destacou. Ok, mas não seria essa uma mera questão de distribuição de vitórias ao longo do campeonato?
Sobre as vitórias na chuva, parecia que até ontem Button não tinha uma grande exibição no molhado. Mas ele tinha a sua primeira vitória, com a Honda na Hungria em 2006, quando a corrida começou com chuva e foi secando, com todos os grandes pilotos da época na pista.
[caption id="" align="aligncenter" width="500" caption="Vitória úmida: Hungria 2006"][/caption]
O que é definitivo nessa história toda é que depois desse GP do Canadá a imagem que muitos faziam de Button mudou. Não é mais só o companheiro do Hamilton. Button é o sujeito que venceu uma corrida depois de duas batidas, uma punição, um pneu furado, e um total de seis pit stops, numa pista que variou de encharcada a úmida. Combativo, mas sem ser atabalhoado como Hamilton, Button teve de recomeçar sua corrida a cada punição/batida/furo de pneu. Deu sorte pelas várias entradas do Safety Car, que garantiram que o pelotão ficasse compacto, mas quem disse que sorte não faz parte do jogo? Button, no finzinho, contrariou sua fama de “piloto que não ultrapassa” e ultrapassou como se não houvesse amanhã: Schumacher, Webber e, finalmente, Vettel. Este só capitulou de forma tão primária na última volta graças à pressão de Button, que induziu o atual campeão e líder do campeonato ao erro.
E agora, quem é Button? É o gente boa, o lord, o piloto educado que desfila com sua bela Michibata por aí. No passado, quando muitos davam sua carreira como encerrada, já fora o playboy, o festeiro, o deslumbrado com esse mundo de aparências da F-1. Para quem já operou tamanha metamorfose, não é de estranhar que o GP do Canadá tenha sido o casulo desse Button agressivo e determinado que abriu as asas domingo em Montreal.
domingo, 12 de junho de 2011
Na melhor corrida do ano, Button vence de maneira épica
O GP do Canadá já prometia ser uma daquelas corridas incríveis e surpreendentes pelos ingredientes que já se aguardavam antes de seu início. Uma Ferrari mais forte, uma Red Bull nem tão superior e uma McLaren com acerto para chuva aliado a um histórico recente de boas conquistas no circuito de Montreal eram algumas das atrações. A chuva veio e a corrida reservou momentos bastante atípicos.
Jenson Button não era favorito, ao contrário de Sebastian Vettel. O inglês envolveu-se em uma batida com seu companheiro de equipe Lewis Hamilton, com Fernando Alonso e ainda foi punido por ter excedido o limite de velocidade quando o safety car estava na pista. No total, foram 6 passagens pelos boxes. Mas nada disso foi o suficiente para impedir que o campeão de 2009 vencesse de maneira incontestável, dramática e espetacular.
[caption id="" align="aligncenter" width="609" caption="Impressionante como em condições anormais Button consegue se destacar"][/caption]
Passando um por um, Button foi chegando mais próximo dos líderes com um carro que se mostrou muito veloz e consistente, consistência que foi ainda mais bem aproveitada nas mãos de um piloto preciso, de pouquíssimos erros e arrojado quando necessário. Quando a maioria tinha se dado conta, o piloto da Mclaren já estava na quarta posição, batalhando com Mark Webber e Michael Schumacher para ver quem iria definitivamente à caça de Sebastian Vettel, que tinha uma vantagem considerável na primeira colocação.
Aproveitando o gancho, foi muito bom ver Schumacher voltar a correr em alto nível. Se não fosse uma Mercedes visivelmente mais lenta do que os carros de Webber e Button, o alemão poderia ter conseguido facilmente um pódio, o que só viria a premiar merecidamente o desempenho dele durante toda a corrida. Webber também foi outro que teve uma bela atuação nas dificuldades e imprevistos de Montreal. Depois de ter levado a pior no toque com Hamilton nos primeiros metros depois da largada, o australiano fez uma corrida de recuperação que se pareceu muito com aquela que ele havia feito na China.
Já Vettel fez tudo o que deveria ter feito, só não fez duas coisas que acabaram por impedir mais uma vitória sua nessa temporada da Fórmula 1. A primeira, que ele mesmo assumiu após a corrida, foi não ter aberto uma vantagem maior para o segundo colocado quando Webber, Schumacher e Button disputavam posições, visto que ele tinha caminho livre ela frente. A outra foi ter errado na última volta por causa da pressão sofrida pelo desempenho avassalador de Button.
[caption id="" align="aligncenter" width="593" caption="Button festeja sua primeira vitória no ano que lhe deixa agora na vice-liderança do campeonato"][/caption]
Alonso e a Ferrari tiveram a chance de ter feito muito melhor, mas não conseguiram driblar os imprevista que o circuito Gilles Villenueve impôs aos pilotos e equipes neste domingo. Felipe Massa errou sozinho e perdeu a chance de selar bem um fim de semana de trabalho muito bem feito. A quinta colocação teve gosto amargo, mesmo sendo conquistada por preciosos centímetros em cima de Kamui Kobayashi.
Sem sombra de dúvidas, essa foi uma corrida para entrar para a história e uma atuação de gala de um sujeito que mereceu mais do que ninguém uma vitória neste domingo. Se existe alguém que possui condições de derrubar a ótima fase de Vettel durante o restante do ano, a tabela de classificação já mostra que esse é Jenson Button.
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Jenson Button não era favorito, ao contrário de Sebastian Vettel. O inglês envolveu-se em uma batida com seu companheiro de equipe Lewis Hamilton, com Fernando Alonso e ainda foi punido por ter excedido o limite de velocidade quando o safety car estava na pista. No total, foram 6 passagens pelos boxes. Mas nada disso foi o suficiente para impedir que o campeão de 2009 vencesse de maneira incontestável, dramática e espetacular.
[caption id="" align="aligncenter" width="609" caption="Impressionante como em condições anormais Button consegue se destacar"][/caption]
Passando um por um, Button foi chegando mais próximo dos líderes com um carro que se mostrou muito veloz e consistente, consistência que foi ainda mais bem aproveitada nas mãos de um piloto preciso, de pouquíssimos erros e arrojado quando necessário. Quando a maioria tinha se dado conta, o piloto da Mclaren já estava na quarta posição, batalhando com Mark Webber e Michael Schumacher para ver quem iria definitivamente à caça de Sebastian Vettel, que tinha uma vantagem considerável na primeira colocação.
Aproveitando o gancho, foi muito bom ver Schumacher voltar a correr em alto nível. Se não fosse uma Mercedes visivelmente mais lenta do que os carros de Webber e Button, o alemão poderia ter conseguido facilmente um pódio, o que só viria a premiar merecidamente o desempenho dele durante toda a corrida. Webber também foi outro que teve uma bela atuação nas dificuldades e imprevistos de Montreal. Depois de ter levado a pior no toque com Hamilton nos primeiros metros depois da largada, o australiano fez uma corrida de recuperação que se pareceu muito com aquela que ele havia feito na China.
Já Vettel fez tudo o que deveria ter feito, só não fez duas coisas que acabaram por impedir mais uma vitória sua nessa temporada da Fórmula 1. A primeira, que ele mesmo assumiu após a corrida, foi não ter aberto uma vantagem maior para o segundo colocado quando Webber, Schumacher e Button disputavam posições, visto que ele tinha caminho livre ela frente. A outra foi ter errado na última volta por causa da pressão sofrida pelo desempenho avassalador de Button.
[caption id="" align="aligncenter" width="593" caption="Button festeja sua primeira vitória no ano que lhe deixa agora na vice-liderança do campeonato"][/caption]
Alonso e a Ferrari tiveram a chance de ter feito muito melhor, mas não conseguiram driblar os imprevista que o circuito Gilles Villenueve impôs aos pilotos e equipes neste domingo. Felipe Massa errou sozinho e perdeu a chance de selar bem um fim de semana de trabalho muito bem feito. A quinta colocação teve gosto amargo, mesmo sendo conquistada por preciosos centímetros em cima de Kamui Kobayashi.
Sem sombra de dúvidas, essa foi uma corrida para entrar para a história e uma atuação de gala de um sujeito que mereceu mais do que ninguém uma vitória neste domingo. Se existe alguém que possui condições de derrubar a ótima fase de Vettel durante o restante do ano, a tabela de classificação já mostra que esse é Jenson Button.
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sábado, 11 de junho de 2011
O clima será mais um adversário de Vettel em Montreal?
Das pistas da primeira parte do campeonato, a de Montreal é aquela em que, teoricamente, a Red Bull tem menos vantagem. Não há no circuito Gilles Villeneuve, as curvas de média/alta velocidade em sequência que privilegiam a eficiência aerodinâmica do modelo projetado por Adrian Newey. Pelo contrário, uma das características mais marcantes do traçado que sedia o GP do Canadá são as fortes freadas distribuídas pelos 4361 metros de ruas e parques que temporariamente convertem-se em autódromo. Em pistas com essas características, como Monza, o RB6, modelo da Red Bull de 2010, não se deu muito bem. Hoje o RB7, ou melhor, Sebastian Vettel, reverteu as expectativas e cravou mais uma pole, a sexta em sete sessões classificatórias na Temporada 2011.
[caption id="" align="aligncenter" width="500" caption="Vettel com o indicador para cima: a cena mais previsível das classificações em 2011"][/caption]
A pole de Vettel depois da grande sexta-feira da Ferrari é prenúncio de uma briga acirrada pela vitória amanhã. Os italianos enxergam o GP do Canadá como a chance de virada no campeonato. É o tipo de pista em que o modelo ferrarista diminui a desvantagem em relação ao RB7, sobretudo com os pneus macios e super macios, com os quais a Ferrari trabalha melhor. Tanto é assim que não Fernando Alonso esteve em boa forma durante o fim de semana, também Felipe Massa apareceu menos apático, e brigou pela segunda posição com o companheiro de equipe até o final do Q3, quando foi superado por menos de dois centésimos de segundo.
E a Ferrari, que já surpreendeu pelo bom ritmo de corrida em algumas provas do ano, pode ser um osso duro de roer para Vettel. E além de Alonso e Massa, o alemãozinho terá de conviver com outro inimigo que pode teimar em complicar sua vida durante a corrida.
O mundial desse ano já está repleto de corridas agitadas. Talvez a alcunha de “maluca” não caiba a todas as corridas, mas elas têm transcorrido com uma sequência veloz e ininterrupta de acontecimentos que alteram as histórias das provas. A previsão do tempo para amanhã em Montreal promete incrementar tudo isso: deve chover durante todo o dia em Montreal. O GP do Canadá, que já costuma ser caótico por causa da escassez de áreas de escape, tende a ser uma corrida ainda mais atípica caso a chuva se confirme. Vettel não deve ao mundo uma vitória na chuva, o primeiro triunfo do alemãozinho foi no inesquecível e encharcado GP da Itália de 2008. Mas uma nova vitória sob chuva, em Montreal, coroaria de vez o momento brilhante que vive esse moleque de 23 anos que cravou nesse sábado sua 21ª pole position na Fórmula-1.
A largada para o GP do Canadá acontece às duas da tarde desse domingo, com transmissão ao vivo da Tv Globo. Ao meio-dia, a Radio OnBoard entra no ar, também ao vivo, com o programa Pré-Race.
[caption id="" align="aligncenter" width="500" caption="Vettel com o indicador para cima: a cena mais previsível das classificações em 2011"][/caption]
A pole de Vettel depois da grande sexta-feira da Ferrari é prenúncio de uma briga acirrada pela vitória amanhã. Os italianos enxergam o GP do Canadá como a chance de virada no campeonato. É o tipo de pista em que o modelo ferrarista diminui a desvantagem em relação ao RB7, sobretudo com os pneus macios e super macios, com os quais a Ferrari trabalha melhor. Tanto é assim que não Fernando Alonso esteve em boa forma durante o fim de semana, também Felipe Massa apareceu menos apático, e brigou pela segunda posição com o companheiro de equipe até o final do Q3, quando foi superado por menos de dois centésimos de segundo.
E a Ferrari, que já surpreendeu pelo bom ritmo de corrida em algumas provas do ano, pode ser um osso duro de roer para Vettel. E além de Alonso e Massa, o alemãozinho terá de conviver com outro inimigo que pode teimar em complicar sua vida durante a corrida.
Mais uma corrida maluca?
O mundial desse ano já está repleto de corridas agitadas. Talvez a alcunha de “maluca” não caiba a todas as corridas, mas elas têm transcorrido com uma sequência veloz e ininterrupta de acontecimentos que alteram as histórias das provas. A previsão do tempo para amanhã em Montreal promete incrementar tudo isso: deve chover durante todo o dia em Montreal. O GP do Canadá, que já costuma ser caótico por causa da escassez de áreas de escape, tende a ser uma corrida ainda mais atípica caso a chuva se confirme. Vettel não deve ao mundo uma vitória na chuva, o primeiro triunfo do alemãozinho foi no inesquecível e encharcado GP da Itália de 2008. Mas uma nova vitória sob chuva, em Montreal, coroaria de vez o momento brilhante que vive esse moleque de 23 anos que cravou nesse sábado sua 21ª pole position na Fórmula-1.
A largada para o GP do Canadá acontece às duas da tarde desse domingo, com transmissão ao vivo da Tv Globo. Ao meio-dia, a Radio OnBoard entra no ar, também ao vivo, com o programa Pré-Race.
Grid de largada para o Grande Prêmio do Canadá:
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Rádio OnBoard - Edição Pré-Canadá
No ar a edição número 115 da Rádio OnBoard!
Com Ron Groo e Fábio Campos, falamos do GP do Canadá e o que ele promete para este ano, discutimos o vai-e-vem da corrida barenita que fecharia as 20 etapas da temporada da F1 e comentamos as expectativas para as 24 Horas de Le Mans.
E fique ligado que entraremos ao vivo nos instantes que antecedem o GP do Canadá! A partir das 12h do domingo, estaremos no link conversando com os ouvintes sobre o resultado do treino e as expectativas para a prova.
Com Ron Groo e Fábio Campos, falamos do GP do Canadá e o que ele promete para este ano, discutimos o vai-e-vem da corrida barenita que fecharia as 20 etapas da temporada da F1 e comentamos as expectativas para as 24 Horas de Le Mans.
E fique ligado que entraremos ao vivo nos instantes que antecedem o GP do Canadá! A partir das 12h do domingo, estaremos no link conversando com os ouvintes sobre o resultado do treino e as expectativas para a prova.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Montreal: um ótimo palco para a F-1
O circuito de Montreal é um daqueles mais convidativos para uma grande corrida do atual calendário da Fórmula 1. O traçado é interessante com pontos de altíssima velocidade e pontos que os freios são essenciais para um bom desempenho nas manobras.
Particularmente sou fã do GP do Canadá. O clima às vésperas da corrida é sempre um tanto mágico, com pessoas comentando e preparando suas malas para o que consideram como um grande evento automobilístico. A beleza do lugar também é impressionante, um verdadeiro espetáculo natural, como não poderia ser diferente em um dos países mais belos do planeta, com uma quantidade de lagos em todo o seu território surpreendente.
Mas redirecionando nosso assunto para o que mais importa, que é a Fórmula 1, todos os engenheiros e pilotos já sabem que o maior desafio na pista de Montreal não serão os pneus que já geraram tantas reviravoltas neste início de temporada, mas sim os freios que são altamente utilizados e importantes para uma melhor performance do bólido.
Estima-se que os pilotos ficam cerca de 20% do tempo de volta com o pé pressionando o freio. No vídeo acima dá para se ter uma boa noção da exigência dos freios. Isso exigirá da equipe de mecânicos um bom trabalho para colocar freios confiáveis e eficazes nos carros.
Aos favoritos, apesar das vitórias de Sebastian Vettel, alguns pilotos estão cada vez mais próximos da vitória. Em Mônaco, Jenson Button e Fernando Alonso estiveram próximos de vencer e na Espanha, havia sido Lewis Hamilton que por pouco não subiu no degrau mais alto do pódio. A McLaren costuma andar muito bem no Canadá e o retrospecto aliado ao que a equipe vem demonstrando nas corridas me leva a crer que dessa vez a vitória não será dos taurinos. Mas é só um palpite, claro.
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Particularmente sou fã do GP do Canadá. O clima às vésperas da corrida é sempre um tanto mágico, com pessoas comentando e preparando suas malas para o que consideram como um grande evento automobilístico. A beleza do lugar também é impressionante, um verdadeiro espetáculo natural, como não poderia ser diferente em um dos países mais belos do planeta, com uma quantidade de lagos em todo o seu território surpreendente.
Mas redirecionando nosso assunto para o que mais importa, que é a Fórmula 1, todos os engenheiros e pilotos já sabem que o maior desafio na pista de Montreal não serão os pneus que já geraram tantas reviravoltas neste início de temporada, mas sim os freios que são altamente utilizados e importantes para uma melhor performance do bólido.
Estima-se que os pilotos ficam cerca de 20% do tempo de volta com o pé pressionando o freio. No vídeo acima dá para se ter uma boa noção da exigência dos freios. Isso exigirá da equipe de mecânicos um bom trabalho para colocar freios confiáveis e eficazes nos carros.
Aos favoritos, apesar das vitórias de Sebastian Vettel, alguns pilotos estão cada vez mais próximos da vitória. Em Mônaco, Jenson Button e Fernando Alonso estiveram próximos de vencer e na Espanha, havia sido Lewis Hamilton que por pouco não subiu no degrau mais alto do pódio. A McLaren costuma andar muito bem no Canadá e o retrospecto aliado ao que a equipe vem demonstrando nas corridas me leva a crer que dessa vez a vitória não será dos taurinos. Mas é só um palpite, claro.
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domingo, 5 de junho de 2011
Vitória, Manama e porque eu acho que ir ao Bahrein é vergonhoso para a F-1
A semana que passou foi quente. Não na perspectiva climática, mas porque aconteceu muita, muita coisa.
Não sei se muitos dos leitores me seguem no Twitter. Não sei se eles passam muito tempo ligados nessas redes sociais, mas de quinta-feira para cá minha participação no microblog e no Facebook praticamente se resumiu a comentários sobre os protestos que entraram para o centro da discussão sobre transporte público e direitos civis aqui em Vitória, a cidade em que vivo. Vou me permitir falar sobre isso, para depois apenas citar a Fórmula-1 no final do texto.
Em linhas gerais, os estudantes querem discutir o atual preço da passagem dos ônibus e grande parte deles é a favor do passe-livre. Os passageiros pagam R$ 2,30 para utilizar o sistema metropolitano, que integra seis cidades. O governo responde dizendo que a passagem em Vitória está longe de ser uma das mais caras entre as de capitais de estado e lembra que já subsidia as passagens e que sem esse apoio elas seriam mais caras. Argumenta ainda que todos os estudantes são beneficiados com a meia-tarifa e parte deles já é beneficiada com a gratuidade para se locomover de casa para a escola.
Muito pessoalmente, para desespero de alguns colegas de faculdade, sou contra essa discussão do modo como ela é feita. Talvez por gostar de ônibus (é estranho, eu sei, mas clique aqui para descobrir até que ponto esse escriba é fascinado por essas caixas de carregar gente) percebo que a discussão sobre gratuidade para estudantes no transporte público está fora de lugar. Primeiro porque não concordo com essa tendência de achar que transporte tem que ser de graça porque é um direito. Comer também é um direito, penso eu, e nem por isso comida é de graça. E o preço da carne, do leite, do feijão e do pão subiu estratosfericamente nos últimos meses, e nenhum estudante foi fechar o trânsito da cidade para protestar. Ninguém foi pedir esclarecimentos para o dono da padaria, do supermercado, para o fazendeiro que cria vacas ou que planta feijão. Talvez porque a maioria de nós, estudantes, não vá muito ao supermercado.
Não sei se muitos dos leitores me seguem no Twitter. Não sei se eles passam muito tempo ligados nessas redes sociais, mas de quinta-feira para cá minha participação no microblog e no Facebook praticamente se resumiu a comentários sobre os protestos que entraram para o centro da discussão sobre transporte público e direitos civis aqui em Vitória, a cidade em que vivo. Vou me permitir falar sobre isso, para depois apenas citar a Fórmula-1 no final do texto.
Em linhas gerais, os estudantes querem discutir o atual preço da passagem dos ônibus e grande parte deles é a favor do passe-livre. Os passageiros pagam R$ 2,30 para utilizar o sistema metropolitano, que integra seis cidades. O governo responde dizendo que a passagem em Vitória está longe de ser uma das mais caras entre as de capitais de estado e lembra que já subsidia as passagens e que sem esse apoio elas seriam mais caras. Argumenta ainda que todos os estudantes são beneficiados com a meia-tarifa e parte deles já é beneficiada com a gratuidade para se locomover de casa para a escola.
Muito pessoalmente, para desespero de alguns colegas de faculdade, sou contra essa discussão do modo como ela é feita. Talvez por gostar de ônibus (é estranho, eu sei, mas clique aqui para descobrir até que ponto esse escriba é fascinado por essas caixas de carregar gente) percebo que a discussão sobre gratuidade para estudantes no transporte público está fora de lugar. Primeiro porque não concordo com essa tendência de achar que transporte tem que ser de graça porque é um direito. Comer também é um direito, penso eu, e nem por isso comida é de graça. E o preço da carne, do leite, do feijão e do pão subiu estratosfericamente nos últimos meses, e nenhum estudante foi fechar o trânsito da cidade para protestar. Ninguém foi pedir esclarecimentos para o dono da padaria, do supermercado, para o fazendeiro que cria vacas ou que planta feijão. Talvez porque a maioria de nós, estudantes, não vá muito ao supermercado.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Sai Nick Wirth, entra Pat Symonds
A situação da Marussia Virgin não é nada boa. Dias atrás saiu a notícia de que Nick Wirth não é mais o responsável técnico pelos carros da equipe, visto que seu contrato foi rescindido e a sua parceria com a Virgin, que começou desde a entrada da escuderia na Fórmula 1 no ano passado, terminou após frustrações para ambos os lados.
[caption id="" align="aligncenter" width="568" caption="Wirth estava com a Virgin desde seu início na Fórmula 1 no ano passado"][/caption]
O diretor-executivo da equipe, Andy Webb, afirmou que a Marussia Virgin quer agora ter mais controle sobre si mesma, se referindo ao rompimento com a empresa de Wirth, a Wirth Research, que comandava o desenvolvimento dos carros vermelhos.
“A decisão tomada foi a de que o time vai ter maior controle de seu próprio destino. Assim, depois de consultar nosso parceiro técnico durante as últimas semanas, fomos obrigados a encerrar nosso relacionamento”, afirmou Webb.
O que mais nos surpreende nisso tudo é que o substituto do inglês é Pat Symonds, ex-diretor de engenharia da Renault e um dos grandes envolvidos no caso “Crashgate”. Recentemente ele havia sido contratado pela equipe russa para o cargo de consultor. Polêmicas a parte duvido que ele faça alguma coisa para a melhoria do atual carro da equipe em curto prazo, ou ainda este ano.
Um bólido desenhado por computador por completo, abrindo mão do tradicional túnel de vento, foi uma inovação bem radical que era novidade na temporada passada. No entanto, o desempenho do carro guiado por Timo Glock e por Lucas di Grassi não foi nada convincente e a nova tecnologia se mostrou um tanto inútil quando comparada ao velho mecanismo adotado pelas outras equipes, inclusive as de ponta.
[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="A Marussia Virgin segue sem saber o que é pontuar e deverá permanecer assim até o final do ano"][/caption]
Neste ano, como prova de que a Virgin não aprendeu com os problemas da temporada passada, o MVR-02 foi desenvolvido da mesma maneira que seu antecessor e, como resultado, concentrou os mesmos problemas também. Era esperado que uma evolução significativa viesse pelo fato de que a Marussia, construtora de carros russa, injetou uma boa quantidade de dinheiro na equipe.
E como todo negócio, quem investe espera ter o retorno esperado ou ao menos não levar um prejuízo. Com certeza, cobranças dentro da equipe começam a fazer com que os dirigentes percebam que mudanças precisariam ser feitas para que alguma coisa nas pistas fosse transformada. A primeira cabeça já rolou e não duvidaria nada que outras peças importantes também saíssem do tabuleiro da escuderia dentro em breve.
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[caption id="" align="aligncenter" width="568" caption="Wirth estava com a Virgin desde seu início na Fórmula 1 no ano passado"][/caption]
O diretor-executivo da equipe, Andy Webb, afirmou que a Marussia Virgin quer agora ter mais controle sobre si mesma, se referindo ao rompimento com a empresa de Wirth, a Wirth Research, que comandava o desenvolvimento dos carros vermelhos.
“A decisão tomada foi a de que o time vai ter maior controle de seu próprio destino. Assim, depois de consultar nosso parceiro técnico durante as últimas semanas, fomos obrigados a encerrar nosso relacionamento”, afirmou Webb.
O que mais nos surpreende nisso tudo é que o substituto do inglês é Pat Symonds, ex-diretor de engenharia da Renault e um dos grandes envolvidos no caso “Crashgate”. Recentemente ele havia sido contratado pela equipe russa para o cargo de consultor. Polêmicas a parte duvido que ele faça alguma coisa para a melhoria do atual carro da equipe em curto prazo, ou ainda este ano.
Um bólido desenhado por computador por completo, abrindo mão do tradicional túnel de vento, foi uma inovação bem radical que era novidade na temporada passada. No entanto, o desempenho do carro guiado por Timo Glock e por Lucas di Grassi não foi nada convincente e a nova tecnologia se mostrou um tanto inútil quando comparada ao velho mecanismo adotado pelas outras equipes, inclusive as de ponta.
[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="A Marussia Virgin segue sem saber o que é pontuar e deverá permanecer assim até o final do ano"][/caption]
Neste ano, como prova de que a Virgin não aprendeu com os problemas da temporada passada, o MVR-02 foi desenvolvido da mesma maneira que seu antecessor e, como resultado, concentrou os mesmos problemas também. Era esperado que uma evolução significativa viesse pelo fato de que a Marussia, construtora de carros russa, injetou uma boa quantidade de dinheiro na equipe.
E como todo negócio, quem investe espera ter o retorno esperado ou ao menos não levar um prejuízo. Com certeza, cobranças dentro da equipe começam a fazer com que os dirigentes percebam que mudanças precisariam ser feitas para que alguma coisa nas pistas fosse transformada. A primeira cabeça já rolou e não duvidaria nada que outras peças importantes também saíssem do tabuleiro da escuderia dentro em breve.
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quarta-feira, 1 de junho de 2011
Rádio OnBoard - Edição de Mônaco/Indianápolis
Está no ar a edição número 114 da Rádio OnBoard!
Na grata companhia de Ron Groo e Fábio Campos, pudemos falar sobre este fim de semana possivelmente histórico, de uma grande corrida realizada em Mônaco, além de uma digníssima 500 Milhas de Indianápolis completando seus 100 anos.
Também pintou um grande debate sobre campeonatos mundiais disputados vs campeonatos bem dominados, e a história escrita pelo piloto campeão. Isso e tudo o mais você confere neste programa, clicando logo abaixo:
Estaremos de volta na semana que vem, véspera do GP do Canadá. Te aguardamos no próximo encontro...
Na grata companhia de Ron Groo e Fábio Campos, pudemos falar sobre este fim de semana possivelmente histórico, de uma grande corrida realizada em Mônaco, além de uma digníssima 500 Milhas de Indianápolis completando seus 100 anos.
Também pintou um grande debate sobre campeonatos mundiais disputados vs campeonatos bem dominados, e a história escrita pelo piloto campeão. Isso e tudo o mais você confere neste programa, clicando logo abaixo:
Estaremos de volta na semana que vem, véspera do GP do Canadá. Te aguardamos no próximo encontro...
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