A situação da Marussia Virgin não é nada boa. Dias atrás saiu a notícia de que Nick Wirth não é mais o responsável técnico pelos carros da equipe, visto que seu contrato foi rescindido e a sua parceria com a Virgin, que começou desde a entrada da escuderia na Fórmula 1 no ano passado, terminou após frustrações para ambos os lados.
[caption id="" align="aligncenter" width="568" caption="Wirth estava com a Virgin desde seu início na Fórmula 1 no ano passado"][/caption]
O diretor-executivo da equipe, Andy Webb, afirmou que a Marussia Virgin quer agora ter mais controle sobre si mesma, se referindo ao rompimento com a empresa de Wirth, a Wirth Research, que comandava o desenvolvimento dos carros vermelhos.
“A decisão tomada foi a de que o time vai ter maior controle de seu próprio destino. Assim, depois de consultar nosso parceiro técnico durante as últimas semanas, fomos obrigados a encerrar nosso relacionamento”, afirmou Webb.
O que mais nos surpreende nisso tudo é que o substituto do inglês é Pat Symonds, ex-diretor de engenharia da Renault e um dos grandes envolvidos no caso “Crashgate”. Recentemente ele havia sido contratado pela equipe russa para o cargo de consultor. Polêmicas a parte duvido que ele faça alguma coisa para a melhoria do atual carro da equipe em curto prazo, ou ainda este ano.
Um bólido desenhado por computador por completo, abrindo mão do tradicional túnel de vento, foi uma inovação bem radical que era novidade na temporada passada. No entanto, o desempenho do carro guiado por Timo Glock e por Lucas di Grassi não foi nada convincente e a nova tecnologia se mostrou um tanto inútil quando comparada ao velho mecanismo adotado pelas outras equipes, inclusive as de ponta.
[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="A Marussia Virgin segue sem saber o que é pontuar e deverá permanecer assim até o final do ano"][/caption]
Neste ano, como prova de que a Virgin não aprendeu com os problemas da temporada passada, o MVR-02 foi desenvolvido da mesma maneira que seu antecessor e, como resultado, concentrou os mesmos problemas também. Era esperado que uma evolução significativa viesse pelo fato de que a Marussia, construtora de carros russa, injetou uma boa quantidade de dinheiro na equipe.
E como todo negócio, quem investe espera ter o retorno esperado ou ao menos não levar um prejuízo. Com certeza, cobranças dentro da equipe começam a fazer com que os dirigentes percebam que mudanças precisariam ser feitas para que alguma coisa nas pistas fosse transformada. A primeira cabeça já rolou e não duvidaria nada que outras peças importantes também saíssem do tabuleiro da escuderia dentro em breve.
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sexta-feira, 3 de junho de 2011
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3 comentários:
Pronto...
A Renault foi absolvida, Briatore vem ai... Symonds empregado.
O único realmente punido foi o Nelsinho...
Que coisa.
Pra falar a verdade, acho uma pena o abandono de uma inovação (nem tanto assim!) tecnológica na F1, ainda mais quando mexe com as estruturas do ato de projetar um carro.
Torcia pra que a Virgin "acertasse a mão" nos seus carros... Não foi na F1 que aplicaram essa metodologia pela primeira vez. Acho que foi na Le Mans Series, se não me engano, em parceria com a Honda (ou eu estou viajando?) e acho que, de alguma forma, o Gil de Ferran estava envolvido... Me parece que o resultado foi bem melhor que o da Virgin na F1.
Acredito que o principal motivo do insucesso, é o atual estado da F1: testes inexistentes e, associado a isso, o fato da Virgin/Manor tem vindo para a F1 com aquela condição/promessa de orçamento na casa dos 40 milhões de dólares (ou Euros?). Sem dinheiro e sem testes fica difícil a calibragem dos [poucos] dados colhidos com os carros e a simulação computacional. Ou, fica difícil verificar numa situação real uma possível solução surgida na simulação...
Enfim, acho que foi uma idéia muito interessante num momento muito ruim para que desse certo... uma pena!
Aliás, ultimamente quase toda novidade na F1 é colocada como ilegal na temporada seguinte: amortecedor de massa, difusor duplo, duto F, 'shark fin', difusor soprado, etc, etc...
um abraço
o projeto de fazer um carro só por computador foi inovador demais, pode dar certo daqui há alguns anos, mas agora não surtiu efeito. Mas o symonds só vai entrar em 2012,né? ele ainda está suspenso, assim como o Briaotre só volta em 2013...
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