terça-feira, 23 de março de 2010

Eau Rouge Facts



FÁBIO ANDRADE



Não cabem dois na Eau Rouge? Juan Pablo Montoya e Felipe Massa discordam:

8 comentários:

Luiz Sergio disse...

É esse piloto que o Alonso vai enfrentar a cada provas, RAÇA PURA.

Luiz Sergio disse...

Fábio Andrade, não deixe de ver um documentário de cinco vídeo sobre o Nelson Piquet, na coluna do Flavio Gomes, hoje é o primeiro.

SÃO PAULO – Antes de mais nada, obrigado ao blogueiro Thiago Pereira, que mandou o link. O vídeo acima é o primeiro de cinco de um documentário pouco conhecido sobre Nelson Piquet, gravado no final de 1987, quando ele conquistou seu terceiro tíulo mundial e estava de saída da Williams para a Lotus. É um material precioso. Precioso e muito didático. Ouvir a história de sua carreira contada por ele mesmo me leva a perguntar: por que será que só Ayrton Senna, entre os grandes pilotos brasileiros, conseguiu colar na testa a fama de batalhador obstinado, perseverante, destemido, lutador incomparável? Por que só a ele é atribuída a exclusividade de detentor da garra, do patriotismo, da raça, do orgulho de ser brasileiro? Por que só ele tinha, como escreveu um blogueiro nos comentários, “vontade, sabedoria, talento, arrojo, coragem e amor pelo o esporte”?

A trajetória de Piquet foi bem mais dura, pode-se dizer. E conta com todos esses ingredientes, que parecem, pela visão de muita gente, privilégio de um único esportista e cidadão em toda a história do país: obstinação, perseverança, destemor, luta, garra, patriotismo, raça, orgulho, vontade, sabedoria, talento, arrojo, coragem, amor pelo esporte. Desde o início, em Brasília, passando pelos autódromos brasileiros a bordo de uma Kombi, e depois na Europa, onde morava dentro de um ônibus e dormia ao lado do carro. Ayrton tinha motorista particular, bons patrocínios, estrutura financeira. As coisas, para ele, foram bem mais fáceis.

Não quero, aqui, desmerecer nada do que Senna fez, e que veio à tona nos últimos posts sobre seus 50 anos. São histórias diferentes, apenas. Cada um tem a sua. Mas fico imaginando se essa, de Piquet, fosse contada por Ayrton. O que Nelson fala sorrindo, Senna, possivelmente — por seu jeito, personalidade, estilo pessoal —, carregaria com tons épicos. E não há nada de épico ou sobrenatural em ser piloto de corridas. É esse o recado que Piquet passa, com seu jeito quase simplório de contar episódios de uma vida muito rica, difícil, cheia de obstáculos.

A vida de cada um é rica. Seja a de um piloto, a de um bombeiro, de um motoboy, de uma atendente de telemarketing. Cada um de nós escreve sua própria epopeia quando nasce. E não há epopeias melhores que as outras. Há, apenas, histórias diferentes.

Daniel Médici disse...

Fábio, procure algo sobre a disputa entre Berger e Nannini no GP da Bélgica de 1990. Deve ter algum vídeo deles no Youtube. Antigamente, a diferença entre um piloto de corridas e um kamikaze era muito mais estreita.

Montoya não era um piloto para essa Fórmula 1 propaganda-de-produto-de-limpeza. Sempre bom vê-lo em ação.

Fábio Andrade disse...

Luíz, dei uma olhada lá. Me pareceu bom o material, acho que vai valer a pena ver os próximos.

Médici, achei esse aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=V6ofv6mXMTo

Também gostava do Juan Pablo. Foi quem movimentou a F-1 enquanto o Schumacher reescrevia os recordes naquela rotina infalível dele.

E fico percebendo como o Felipe domesticou o instinto win or wall dele em nome de ser um cara mais regular. Era mais divertido vê-lo mais jovem na Sauber.

Thiago Wilvert disse...

Isso me lembrou aquele clássico video do Massa x Kubica na chuva...

Ron Groo disse...

Dois corajosos cabem sim... Embora eu ache que o Montoya tenha dado uma recolhida.
Mas acho que foi só impressão minha...

Kimi_Cris disse...

Grande momento, fantastico... Adorava ver momentos como esse este ano, mas duvido.

Grande Abraço!

Kimi_Cris

Pedrero disse...

Cara, eu queria um dia fazer esta curva...nem que fosse de bicicleta kkkkk