FELIPE MACIEL
As desconfianças existiam desde a pré-temporada, mas como sempre a FIA deixou para julgar após a primeira corrida, dando aos espertinhos o direito de competir fora das regras ao menos por 1 GP.
"Fora das regras", vírgula... O regulamento sequer especifica o tamanho do orifício traseiro que permite o acesso do motor de arranque.
As regras da FIA apenas dizem que espaço deve ser suficiente para a entrada do dispositivo. Aproveitando-se da indefinição númerica, determinados times abusaram da abertura (indicada na imagem obtida do blog Guard Rail) e criaram um canal extra para gerar mais fluxo de ar através do difusor.
Estamos falando com certeza de McLaren e Mercedes, sendo que Force India e Renault também são apontadas pela imprensa como farinha do mesmo saco. Portanto, essas 4 equipes chegarão a Melbourne com o rabinho mais estreito.
A entidade se viu na obrigação de alegar que a postura de tais times infringiu o espírito da regras. Trata-se de uma descarada mudança de critério, porque no ano passado a essência do regulamento zelava pela redução da pressão aerodinâmica nos bólidos, mas a FIA não enxergou problemas para aprovar o difusor radical da Brawn GP.
Mas nós já estamos acostumados, não é verdade? Afinal, a Fórmula 1 é um esporte em que regras são redigidas claramente e aplicadas sempre, a todo rigor, sem interesses secundários nem julgamentos parciais referentes a situações específicas.
"Ou não", completaria o sábio Cléber Machado.
1 comentários:
A Fórmula 1 nunca redigiu bem suas regras. Muitas e muitas vezes tivemos que presenciar ambíguidades nas especificações concebidas pela FIA.
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