FÁBIO ANDRADE
Desde o início da temporada o polonês Robert Kubica aparece como um dos grandes nomes do grid da safra 2010. Pelo menos desde o GP da Austrália, Kubica tem surpreendido positivamente por sua pilotagem consistente e por estar frequentemente a frente de carros mais badalados, como o F-10 da Ferrari.
Na mesma medida, desde o início do ano, o calouro russo Vitaly Petrov apresenta um desempenho bem mais discreto, como é próprio dos novatos. Enquanto Kubica ocupa o sétimo posto na classificação geral de pilotos, com 67 pontos, Petrov amealhou suados seis tentos. O russo estava prestes a conseguir mais quatro pontinhos na Turquia, mas a manobra da defesa de posição perante as investidas de Fernando Alonso tirou o novato da zona de pontuação por causa de um pneu furado.
Petrov fazia em Istambul sua melhor corrida desde o GP da China, quando chegou em sétimo e conquistou seus únicos seis pontos. Na Turquia, o russo esteve durante boa parte da corrida entre os dois carros da Ferrari e, na parte final, resistiu a alguns dos ataques do bicampeão Fernando Alonso. Caminhava para um redentor oitavo lugar quando teve seu pneu furado.
Foi a ocasião em que Petrov andou mais próximo de Kubica no ano, tal como em Xangai. O piloto russo não cometeu erros e, junto com o polonês, manteve a equipe Renault próxima à Ferrari praticamente durante toda a corrida. Ferrari que já ligou o sinal vermelho. Depois de Felipe Massa passar toda a corrida turca atrás de Kubica e de Alonso só conseguir a ultrapassagem sobre Petrov no finalzinho e com certa dificuldade, ficou a impressão de que a Renault já briga com o time italiano pelo posto de quarta força do grid de 2010.
Te cuida, Ferrari
Um fracasso do modelo F-10, no qual a equipe italiana investiu enorme energia e também enorme esperança depois do fiasco da F-60, seria vexatório para a Ferrari, e a alta cúpula da equipe sabe disso. O modelo desse ano começou a ser gestado em Maranello ainda no meio de 2009 e, pelo tempo que sua preparação consumiu, o bólido vermelho está deixando a desejar. Por isso mesmo Stefano Domenicali, chefe do time rubro, promete atualizações técnicas importantes para o time a partir do GP da Europa, no dia 27 de junho. Só que antes de correr nas ruas de Valência, a Fórmula-1 viaja para a América do Norte, para o GP do Canadá. Mais uma corrida com desempenho modesto pode comprometer de vez o ano da equipe de Maranello.