FELIPE MACIEL
Mais uma vez a Fórmula 1 sinalizou suas intenções de desenvolver tecnologias limpas. Por enquanto fica só no gogó mas é uma questão de tempo para que as novidades sejam implementadas. Principalmente agora em que FIA e Fota apontam as metas em conjunto, com data marcada.
O mais recente preview com cara de propaganda partiu das equipes. No comunicado, comenta-se que a categoria finalmente voltará a lançar produtos que ganharão as ruas de todo o mundo dentro dos próximos 3 anos. Motores turbo, injeção eletrônica, freios ABS, controle de tração, suspensão ativa e muitos outros recursos despertaram evoluções nos carros de passeio graças à F-1. Agora chegou a vez da sustentabilidade ditar os lançamentos da categoria, que se tornará tão verde quanto se espera.
O grande carro chefe das mudanças será o KERS. Há alguns meses se comentou que futuramente o sistema será usado durante a passagem pelo pit lane, substituindo o trabalho do motor. Neste caso, sim, o dispositivo estará exercendo sua função amiga do ambiente, coerente com a proposta de estímulo às montadoras para fabricação de carros híbridos. Muito melhor do que a pura instalação daquela nulidade conhecida como push-to-pass, a exemplo do que (poucos) fizeram em 2009.
O presidente da Fota, Martin Whitmarsh, também destacou os planos de reduzir em 12% a emissão de dióxido de carbono até 2012. Mas somente em 2013 teremos a combinação de tecnologias desejadas, que incluem os novos motores aliados ao sistema de transmissão que formarão a base para o desenvolvimento contínuo de tecnologias que melhorem a eficiência do consumo de combustível.
O escopo já foi descrito, resta esperar que se cumpram as diretrizes traçadas pelas próprias escuderias. As mudanças estipuladas para o médio prazo conferem o tempo necessário para que as ideias tomem forma. E o melhor: desta vez, FIA e Fota trabalham em total concordância e aprovação. Esta é a tranquilidade que se precisa para se desempenhar um projeto sério e conciso para o futuro; sem aquele clima de guerra e troca de farpas como vimos no final da era Mosley. Para se desenvolver o que se quer, tem que gastar dinheiro, tem que respeitar quem produz, tem que usar o tempo a seu favor. Agora sim a categoria se encontra numa posição estável para investir nas causas ambientais. A Fórmula 1 verde já está encomendada.
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