FÁBIO ANDRADE
Independente do que digam os números oficiais, Rubens Barrichello comemorará no domingo sua corrida de número 300. As estatísticas não batem com os cálculos que o brasileiro usa, mas isso pouco importa. Rubinho irá comemorar em Spa o rompimento de mais uma marca histórica. Completar três centenas de gp's, além de ser um feito inédito, era inimaginável há tempos atrás.
Quis o acaso que a marca de 300 gp's fosse alcançada em Spa Francorchamps, a pista onde, em 1994, Barrichello conquistou a primeira pole de sua carreira e primeira pole da história da equipe Jordan. O brasileiro foi, na época, o mais jovem piloto a conquistar uma pole position na Fórmula-1, aos 22 anos. O acontecimento, como não poderia deixar de ser, foi resultado de condições adversas do clima nas ardenhas. Barrichello andou rápido na sexta-feira, pegou o momento de pista menos molhada, e terminou o dia como o mais rápido, mesmo pilotando a modesta Jordan. No sábado a chuva persistiu, torrencial, e Rubinho sagrou-se pole pela primeira vez.
A pole do brasileiro foi, por muitas razões, especial. Foi em Spa, que mesmo com a Eau Rouge transformada em uma chicane lenta (os acontecimentos de maio daquele ano ainda reverberavam com força no ambiente da F-1), ainda era um dos mais míticos circuitos do calendário. E foi meses depois da morte de Ayrton Senna, afinal. Um tempo em que o Tema da Vitória soava mais como marcha fúnebre do que como alegre celebração no Brasil.
Barrichello liderou a largada. Aguentou a pressão na La Source e resistiu também na "Eau Rouge", mas sucumbiu a Michael Schumacher na longa reta Kemmel. Na volta 19 o brasileiro saiu da pista e abandonou a prova:
Schumacher também não venceu. Na verdade, venceu, mas teve a vitória subtraída por questões de regulamento. Coisas de um campeonato em que a FIA quis garantir o contole absoluto da situação depois do fim de semana negro de maio em Ímola.
4 comentários:
O ano de 94 foi o mais esquisito de todos, e até o maravilhoso gp da Bélgica entrou na onda. Quem ganhou não levou...
Pois é. Esse ano foi maluco e triste demais. E Rubens fazer uma pole com uma jorda em cima de Williams, Ferrari e Benetton foi demais. Mas claro que na corrida ele perderia até porque ele não tinha carro para segurar os outros. E mesmo assim, ele estava bem até abandonar. Spa é a melhor do mundo rsrs.
Eis um momento especial para Rubinho: o GP de número 300. E como o piloto confirma que já fez pole no GP da Bélgica, vamos acelerar para que o experiente profissional leve a todos nós o orgullho de sermos brasileiros! E esta afirmação ergue nossa nação porque o momento é oportuno para visitarmos a trajetória de um guerreiro que não cansa de desafios. Os seus planos já ultrapassam os 300! Quer permanecer competitivo. lutador e desvendar o seu crescimento comprovando atuações que perpassam situações históricas nos GPs mundiais. Vamos juntos de alma e coração, vamos bater de 300 e Rubinho nos levando a 300 quilômetros por hora.
Pinheirinho é divulgador cultural é maranhense, a partir de Brasília. - E-mail: pinheirinhoma@hotmail.com
É sempre bom ver pilotos com poucos recursos financeiros conseguir se sobressair na categoria topo do automobilismo como é a F1.
Em alguns países um piloto que chegue até a F1 já é considerado um herói, outros para serem considerados especiais no seu país uma vitória já é suficiente.
Penso que muitos brasileiros precisam reavaliarem suas visões, sobre o que é ser um ótimo piloto, pois o Rubinho, tem onze vitórias, dois vices campeonatos, é um piloto que não erra, é rápido, constante, um ótimo acertador e todos os grandes entendidos de F1 o consideram um dos melhores pilotos da F1 e um piloto que une a equipe.
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