FÁBIO ANDRADE
A manobra de defesa de posição agressiva usada por Michael Schumacher contra Rubens Barrichello quase rendeu uma bandeira preta ao alemão no GP da Hungria. Foi o que revelou Derek Warwick, ex-piloto de Fórmula-1 e comissário especial convidado pela FIA para a corrida húngara. Segundo Warwick, Schumacher só não foi desclassificado da prova em Hungaroring por falta de tempo para que os comissários chegassem a um consenso, já que a polêmica manobra aconteceu nas voltas finais da corrida.
O ex-piloto esclareceu que para punir um piloto com a bandeira preta “é necessária a prova em vídeo e a concordância dos quatro comissários”. Como no momento do incidente restavam apenas quatro voltas para o fim do GP da Hungria, não houve tempo hábil para que o alemão fosse punido antes da bandeirada final.
Punição foi justa?
Warwick disse ainda que “Schumacher poderia ter sido punido com um ou duas corridas de suspensão, mas pensamos que a perda de 10 posições em Spa já é o suficiente. Isso praticamente o retira da corrida e prova que os comissários não vão admitir esse tipo de manobra”.
Brigas por posição são, por natureza, duras. E é certo que em determinaos momentos a disputa pode descambar para eventos perigosos, e isso é, afinal, inerente ao automobilismo. No rescaldo do duelo entre Schumacher e Barrichello, muitos lembraram do caso Senna X Prost em 1988 no GP de Portugal, reproduzido no post abaixo por Felipe Maciel.
A diferença básica entre o caso de domingo e o de 22 anos atrás? É que há duas décadas não havia race control.
A estruturação da figura da “direção de prova” como a concebemos hoje viabilizou a existência de uma entidade que atua como guarda, uma espécie de xerife invisível que tem como função, além de impedir trapaças ou qualquer irregularidade na lisura esportiva da F-1 (?), zelar pela integridade física dos pilotos. É um fenômeno próprio dos nossos tempos, da era do politicamente correto e da progressiva mudança de status do automobilismo: de esporte de risco a entretenimento nas manhãs de domingo. Nós esperamos que essa guarda entre em cena quando algo muito perigoso acontece. Daí o brado de Reginaldo Leme exigindo punição a Schumacher imediatamente após a disputa.
O alemão foi punido com a perda de 10 posições no grid de largada da próxima corrida, o GP da Bélgica. Para quem esteve sob risco de ser banido do GP da Hungria ou suspenso por uma ou duas corridas, o heptacampeão, como foi característico durante sua carreira, teve sorte. No entanto, é curioso que punições tão pesadas tenham sido cogitadas para que a pena efetivamente aplicada tenha sido relativamente branda.
Peso político do capacete vermelho? Afinal, a penalidade imposta a Schumacher foi adequada?
8 comentários:
se ele tivesse sido banido da corrida, e dai? de qlqr jeito nao marcou ponto, fora tlvz a moral dele cair d vez por receber a bandeira preta, nao ia ter nada d mais.
agora q deveria tomar mais punicao, deveria.
Fabio,
Schumacher passou do limite é verdade,errou sim,merecia ser punido e foi,além disso reconheceu o erro e pediu desculpas publicas,assunto encerrado.Esse papo de alguns falando em vingança de Barrichello,isso e aquilo é pura bobagem,não leva a nada.
abraço
O chefe da Renault, acredita que a equipe vem tendo um desempenho muito melhor principalmente pela atitude positiva de Robert Kubica.
“Competência, devoção e espírito de equipe, isso muda completamente o cenário, Kubica não divide a equipe, essa era a maior fraqueza no ano passado, a total falta de comprometimento do piloto”.
“Alonso de volta à Renault após a situação que ele criou na McLaren e tendo contrato já assinado com a Ferrari, Fernando sabia que iria sair, quase aniquilou a Renault, um piloto que é muito difícil de se trabalhar, bastante arrogantes e impulsionando a Renault na direção errada, foi o principal componente que estava errado, como ele divide tenho pena do ambiente na Ferrari, tanto a Renault e a Mclaren já passaram por isso”.
“Kubica, trouxe novos ares e muita motivação, ele é muito dedicado e tem uma capacidade de unir”.
A punição foi justa sim. A manobra foi arriscada demais por parte do alemão. Mas talvez, se não tivesse acontecido, não teria tanto destaque a ultrapassagem do Barrichello. E você postou outros videos interessantes. Abraço!
Daniel, só esclarecendo: os vídeos postados abaixo foram postados pelo Maciel.
Abraço.
Punir até tudo bem, mas desclassificar seria demais.
Ai vai contra a essência da coisa.
Schumi ainda pensa que esta na Ferrari, Galvão acredita, Alonso é o piloto 1 da Ferrari e somente o Massa(de pastel) NÃO SABE.
Para Michael, estrategia de Rubinho foi certa. Dirigente da Williams não se arrepende de não ter feito pit stop.
Pinheirinho é divulgador cultural é maranhense, a partir de Brasília. - E-mail: pinheirinhoma@hotmail.com
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