[caption id="" align="aligncenter" width="564" caption="Kimi Raikkonen volta à F-1 vestindo o macacão da equipe que já o queria no início desta temporada"][/caption]
Muitos colocam em dúvida sua volta. Outros fazem comparações com o retorno bem abaixo do esperado que teve Michael Schumacher, mas a verdade é que pouca coisa se assemelha ao retorno do finlandês com a volta do multicampeão alemão. As mudanças não foram muito grandes desde que Raikkonen deixou a categoria no final de 2009, por conta do desonroso descompromisso da Ferrari perante seu contrato. Então, o retorno do finlandês em alto nível depende mais do carro que lhe será dado para os próximos dois anos de contrato, do que propriamente de sua motivação.
Todos sabem bem o bom piloto que Kimi é. Ao contrário do que alguns dizem por aí, sua participação no WRC não foi medíocre, tampouco vexatória. Vale lembrar também, que o piloto finlandês perdeu seu pai no tempo que esteve fora da F-1, pessoa que ele era muito ligado. E pergunto quem é que não se sente abatido na vida pessoal e na profissional com a morte de alguém tão próximo? Mesmo sendo uma pessoa fria e de poucas palavras, aquilo pesou muito sobre os ombros de Raikkonen.
Jean Alesi, embaixador da Lotus Renault, disse que “a F-1 precisa de um piloto que marque voltas 100% no limite. Isso um piloto do calibre de Kimi pode fazer, dançar no limite e nunca cair. A partir disso, os engenheiros conseguem uma base”. Todo mundo sabe que Raikkonen não é lá um piloto que trabalha ligado a equipe o tempo todo, contando as experiências das voltas que fez em detalhes. Não disponibiliza um grande feedback, mas as palavras de Alesi nos fazem entender que mesmo com esse trabalho, Kimi pode fazer o suficiente para a Lotus-Renault.
[caption id="" align="aligncenter" width="602" caption="Enquanto uma vaga se define na equipe, outros três pilotos lutam pelo outro cockpit da Lotus-Renault"][/caption]
Com Kimi Raikkonen confirmado para uma das vagas da equipe e Robert Kubica fora dos planos da escuderia em 2012, a outra vaga continua em aberto e deve ganhar dono muito em breve. Vitaly Petrov, Bruno Senna e Romain Grosjean disputam a vaga colocando na mesa todo o dinheiro que possuem e levando para critério de desempate o desempenho nas pistas. Triste isso, já que a Fórmula 1 merecia o inverso dos critérios.
Como Raikkonen é um piloto que não deve custar nada barato para a escuderia, o segundo piloto do time precisará ajudar a Lotus a bancar os gastos da próxima temporada. Conclusão: o dinheiro será decisivo na escolha entre candidatos à vaga.
Ao Kimi, boa sorte em seu retorno e que tenhamos uma temporada de 2012 cheia de habilidade por parte dos seis campeões mundiais que farão parte do grid.
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