segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Um pouco deste 2011 da F-1

A temporada de 2011 da Fórmula 1 terminou. Terminou com uma corrida um tanto chata, que nos criou grande expectativa por conta da chuva anunciada que era dada como certa que viria, mas que não veio. Mas, o GP do Brasil só revelou o que estávamos cansados de ver neste ano: o domínio impressionante da Red Bull, ou melhor, como dito ontem pelo Fábio, de Sebastian Vettel.

O carro de fato foi formidável durante todo o ano. Equipe alguma chegou próxima de ameaçar em circunstâncias normais o imperialismo da Red Bull em 2011. A McLaren bem que tentou, mas ter chegado próxima dos taurinos em certas vezes no ano foi mais por conta do grande desempenho que Jenson Button, vice-campeão, teve, ao lado de alguns lampejos de ótima performance de Lewis Hamilton.

Button guiou com a fineza de sempre, conquistou vitórias expressivas como a sua primeira vitória em pista seca desde que chegou à McLaren e a épica conquista no GP do Canadá, que foi algo que não sairá tão cedo da cabeça do piloto inglês. Já Hamilton errou muito durante o ano. Apesar de ter conquistado algumas vitórias, ficou bem longe do esperado e analisando o ano no geral, preferiu insistir mais nos erros ao invés de tentar conserta-los. Quando se deu por conta que precisava arrumar o ano ruim que estava tendo, já era um pouco tarde para almejar alguma coisa no campeonato. Mas a vitória em Abu Dhabi fez-nos ter a esperança de que Hamilton estará como nos velhos tempos em 2012.

[caption id="" align="aligncenter" width="602" caption="O GP do Canadá mostrou bem a diferença entre Button e Hamilton na temporada"][/caption]

A Ferrari passou o ano tentando se encontrar em meio a um carro totalmente perdido. Se não fosse o talento indiscutível que Fernando Alonso demonstrou dentro da pista, a Ferrari poderia terminar 2011 sem uma vitória sequer, ou talvez, sendo mais dramático, sem sequer um pódio. O GP da Inglaterra foi o único em que a Ferrari saiu realmente contente com o resultado. A vitória ali havia dado o ânimo necessário para que a equipe pudesse trabalhar no desenvolvimento do carro. No entanto, o carro de nome comemorativo ao seu país fracassou novamente em tentar dar o tricampeonato a Alonso. Há quem já diga que a escuderia italiana está atrapalhando e muito a carreira do piloto espanhol, que tem todo o talento para conquistar ainda mais títulos.

Felipe Massa foi pior que Alonso e pior do que a Ferrari. O brasileiro passou o ano sem conquistar nenhum pódio e por algumas vezes foi superado por carros claramente mais fracos do que o seu. Os dirigentes da Ferrari já deram um ultimato a Felipe, já que seu contrato termina no final do próximo ano, e seu desempenho em 2012 será crucial para a renovação deste. 2011 foi um ano para Massa esquecer e prova de que ele também concorda com isso é que ele mesmo se sentiu aliviado em ver a temporada acabada. “2011 acabou e isso é muito legal.”

A Mercedes conseguiu o mesmo resultado de desempenho que 2010. Porém, neste ano contou com uma melhora significativa de Michael Schumacher em alguns GPs. Em Spa-Francorchamps e no Canadá, por exemplo, o multicampeão se destacou e chegou a ameaçar os líderes em alguns momentos. Na classificação do campeonato, terminou bem próximo de seu companheiro de equipe Nico Rosberg e a expectativa para 2012 caso a Mercedes consiga enfim criar um carro de ponta é que ele volte às vitórias. Algo que muita gente torce, inclusive o blogueiro aqui.

[caption id="" align="aligncenter" width="602" caption="Schumacher teve bons desempenhos como no GP da Bélgica, que alcançou o 5º lugar"][/caption]

A Force India foi apontada como a equipe que melhor conseguiu trabalhar na evolução de seu carro neste campeonato. A equipe começou o ano postulante a disputar a 8ª posição no Mundial de Construtores, mas o desempenho de seus pilotos, especialmente de Adrian Sutil, e a melhora visível no desempenho do carro levaram a escuderia ao 6º lugar, somente 4 pontos atrás da Renault. No próximo ano, a melhora deve continuar, mesmo sem Adrian Sutil, que deve dar lugar a Nico Hulkenberg.

A Renault, por sinal, sentiu demais a falta de Robert Kubica. Nem Nick Heidfeld, nem Vitaly Petrov, nem Bruno Senna chegam perto do grande piloto que é o polonês. Olhando para trás agora, fica fácil definir que a possibilidade de fazer uma boa temporada para a equipe terminou junto com as chances de Kubica poder pilotar em 2011 após seu acidente em uma prova de rali na Itália. E sem um piloto de ponta – Kubica já anunciou que não volta em 2012 – o próximo ano pode ser tão ruim quanto este.

Amanhã, o blogueiro aqui continua a segunda parte do texto contando um pouco como foi a temporada que findou para pilotos e equipes na F-1.

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