[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Com um ano de atraso, Vettel cede a posição para Webber"][/caption]
O porquê de um esforço tão grande da Red Bull na luta por um segundo lugar na tabela? Poucas explicações são plausíveis além do fato de que o time dominou, humilhou e massacrou a concorrência. O time não, Sebastian Vettel. Estava na hora de deixar Mark Webber participar da festa. Frustração para a equipe foi ver que nem com o jogo de equipe o vice-campeonato veio. Jenson Button segurou as pontas e Webber ficou numa posição que, numa análise mais fria, é duplamente humilhante: nem com essa vitória dada de bandeja ele conseguiu terminar o ano ao lado de Vettel na tabela de classificação. Sintomático.
Acabado o campeonato, Fernando Alonso, a despeito de estar no mais alto nível de pilotagem da sua vida, terminou o mundial num indigesto quarto lugar que não lhe faz justiça. Coisas da vida, afinal. E a Ferrari, grande derrotada do ano, começa 2012 obrigada a entregar ao bicampeão um carro minimamente competitivo sob a pena de ser acusada de impedir a progressão da carreira do cara que, a meu modo de ver, ainda é o melhor piloto desse certame.
Mas não nos esqueçamos da corrida. Houve uma disputada do terceiro lugar para trás. Lá na frente, a Red Bull fez como a Ferrari há 10 anos, e brincou de decidir o vencedor da prova. Fora dos dois primeiros lugares, o movimento foi outro.
A principal briga da prova se deu entre Alonso e Button, aqueles que, além de Vettel, formam o trio mágico de 2011. O espanhol fez a ultrapassagem mais sensacional da corrida - e uma das mais do ano - sobre o britânico por fora no Laranjinha, a curva mais desafiadora de Interlagos. Mas a falta de rendimento da Ferrari permitiu a Button devolver a manobra na Curva do Lago, também por fora, no final da corrida. E a troca de ultrapassagens entre os dois foi o melhor de uma corrida morna, onde a zona de ativação do DRS surtiu pouco efeito.
Houve mais em Interlagos, como o toque de corrida entre Bruno Senna e Michael Schumacher e a excelente exibição de Adrian Sutil. Mas ninguém ligou muito. Depois de uma temporada longa, há muito decidida e sem um atrativo de peso, pareceu que o circo estava mais preocupado em arrumar logo as malas e curtir as férias na Europa, do que em interessado em alguma coisa no Brasil. Tanto foi assim que o jogo de equipe da Red Bull passou em branco. Boas férias, Fórmula-1.
Grande Prêmio do Brasil, após 71 voltas:
1 - Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1h32min17s434
2 - Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - a 16s9
3 - Jenson Button (ING/McLaren) - a 27s6
4 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 35s0
5 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 1min06s7
6 - Adrian Sutil (ALE/Force India) - a 1 volta
7 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 1 volta
8 - Paul di Resta (ESC/Force India) - a 1 volta
9 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - a 1 volta
10 - Vitaly Petrov (RUS/Renault) - a 1 volta
11 - Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - a 1 volta
12 - Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - a 1 volta
13 - Sergio Perez (MEX/Sauber) - a 1 volta
14 - Rubens Barrichello (BRA/Williams) - a 1 volta
15 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 1 volta
16 - Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - a 2 voltas
17 - Bruno Senna (BRA/Renault) - a 2 voltas
18 - Jarno Trulli (ITA/Lotus) - a 2 voltas
19 - Jerome d'Ambrosio (BEL/Virgin) - a 3 voltas
20 - Daniel Ricciardo (AUS/Hispania) - a 3 voltas
21 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania)
22 - Lewis Hamilton (ING/McLaren)
23 - Pastor Maldonado (VEN/Williams)
24 - Timo Glock (ALE/Virgin)
2 comentários:
Não pra ninguém a Red Bull brincou. só não precisava a encenação, dava logo a vitória ao Webber e pronto.
enfim, DPT Chegando
só faltou o churrasco depois do pódio. foi beeeem meia boca.
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