[caption id="" align="aligncenter" width="500" caption="Escapole e volta: Hamilton retornando à pista após visitar a área de escape"][/caption]
Se a corrida de hoje se desse há 20 ou 30 anos atrás, nenhum dos seis pilotos das equipes de ponta a teria completado. Todos rodaram ou passearam pela área de escape, hoje asfaltada. Se estivéssemos em 1986, quando Hungaroring estreou na Fórmula-1, possivelmente o vencedor da prova húngara seria Paul di Resta, que em ótima forma levou a Force India ao sétimo lugar, o primeiro depois dos seis postos reservados a Red Bull, McLaren e Ferrari.
Talvez a implicância com os seis primeiros colocados não faça justiça a Mark Webber. Não me lembro se vi o australiano rodar ou escapar da pista, mas confesso que não acompanhei a corrida com a atenção habitual, estou viajando e não pude ver o GP da Hungria solitariamente como faço em casa, sem interferências. De toda forma seria um erro avaliar que Webber foi quem mais mereceu a vitória por ter errado menos. Numa temporada em que vem sendo batido com facilidade por Vettel, Webber teve um fim de semana apagado em Budapeste: enquanto Vettel fez a pole, o piloto do carro de número 2 ficou apenas com o sexto lugar. Na corrida, Webber vagou sem muito objetivo pela pista, para terminar num opaco quinto lugar.
A vitória em Hungaroring caiu no colo do piloto que mais se dá bem em condições adversas na atual F-1. Jenson Button é um caso a ser estudado pela leitura clara que faz em corrida complicadas - e também pela sorte que o acompanha nessas ocasiões. E note-se que na Hungria ele não foi bem apenas no domingo, também fez uma sessão classificatória satisfatória, ficando na segunda fila e a frente das Ferraris.
[caption id="" align="aligncenter" width="500" caption="No seu gp de número 200, Button comemora: é sua 2ª vitória em 2011 e sua 2ª vitória na Hungria"][/caption]
A vitória de Button não era bem o que o campeonato precisava, já que o britânico é apenas o quinto colocado na disputa pelo título e talvez o triunfo de um rival mais próximo de Vettel como Hamilton ou Alonso fosse mais interessante para a briga. Mas enquanto a chuva continuar a dar as caras com tamanha frequência sempre haverá um convite a Button, que já começa a criar fama de rei em condições como a de hoje. A julgar pelo local onde será disputada a próxima corrida - Spa, com sua famosa instabilidade climática - e o britânico mais gente boa da McLaren pode ter uma nova grande chance.
Grande Prêmio da Hungria, após 70 voltas:
1º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), 70 voltas em 1h46min42s337
2º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), a 3s5
3º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 19s8
4º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 48s3
5º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 49s7
6º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 83s1
7º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 1 volta
8º. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), a 1 volta
9º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 1 volta
10º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), a 1 volta
11º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 1 volta
12º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), a 1 volta
13º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), a 2 voltas
14º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 2 voltas
15º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), a 2 voltas
16º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), a 2 voltas
17º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), a 4 voltas
18º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), a 4 voltas
19º. Jérôme D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), a 5 voltas
20º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), a 5 voltas
Não completaram:
Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault)
Michael Schumacher (ALE/Mercedes)
Nick Heidfeld (ALE/Lotus Renault)
Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault)
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