domingo, 31 de julho de 2011

Há um novo rei das condições adversas na F-1

Foi uma corrida de heróis? A julgar pelas condições da pista nas voltas iniciais, sim. O asfalto não estava seco, mas também não estava molhado. Ele estava melado, o que se configura numa das condições mais difíceis para guiar um carro de corrida. Nunca se sabe ao certo até onde a aderência vai te levar numa pista melecada de sujeira, óleo e uma quantidade de água suficiente apenas para misturar tudo isso. Na verdade, o GP da Hungria foi uma prova de que abandonar uma corrida hoje na Fórmula-1 é algo que só vai acontecer se eventos muito estranhos derem o ar de sua graça. Como no incidente ainda sem explicação que torrou a Renault de Nick Heidfeld. Salvo casos desse tipo, toda escapada de pista será perdoada.

[caption id="" align="aligncenter" width="500" caption="Escapole e volta: Hamilton retornando à pista após visitar a área de escape"][/caption]

Se a corrida de hoje se desse há 20 ou 30 anos atrás, nenhum dos seis pilotos das equipes de ponta a teria completado. Todos rodaram ou passearam pela área de escape, hoje asfaltada. Se estivéssemos em 1986, quando Hungaroring estreou na Fórmula-1, possivelmente o vencedor da prova húngara seria Paul di Resta, que em ótima forma levou a Force India ao sétimo lugar, o primeiro depois dos seis postos reservados a Red Bull, McLaren e Ferrari.

Talvez a implicância com os seis primeiros colocados não faça justiça a Mark Webber. Não me lembro se vi o australiano rodar ou escapar da pista, mas confesso que não acompanhei a corrida com a atenção habitual, estou viajando e não pude ver o GP da Hungria solitariamente como faço em casa, sem interferências. De toda  forma seria um erro avaliar que Webber foi quem mais mereceu a vitória por ter errado menos. Numa temporada em que vem sendo batido com facilidade por Vettel, Webber teve um fim de semana apagado em Budapeste: enquanto Vettel fez a pole, o piloto do carro de número 2 ficou apenas com o sexto lugar. Na corrida, Webber vagou sem muito objetivo pela pista, para terminar num opaco quinto lugar.

A vitória em Hungaroring caiu no colo do piloto que mais se dá bem em condições adversas na atual F-1. Jenson Button é um caso a ser estudado pela leitura clara que faz em corrida complicadas - e também pela sorte que o acompanha nessas ocasiões. E note-se que na Hungria ele não foi bem apenas no domingo, também fez uma sessão classificatória satisfatória, ficando na segunda fila e a frente das Ferraris.

[caption id="" align="aligncenter" width="500" caption="No seu gp de número 200, Button comemora: é sua 2ª vitória em 2011 e sua 2ª vitória na Hungria"][/caption]

A vitória de Button não era bem o que o campeonato precisava, já que o britânico é apenas o quinto colocado na disputa pelo título e talvez o triunfo de um rival mais próximo de Vettel como Hamilton ou Alonso fosse mais interessante para a briga. Mas enquanto a chuva continuar a dar as caras com tamanha frequência sempre haverá um convite a Button, que já começa a criar fama de rei em condições como a de hoje. A julgar pelo local onde será disputada a próxima corrida - Spa, com sua famosa instabilidade climática - e o britânico mais gente boa da McLaren pode ter uma nova grande chance.
Grande Prêmio da Hungria, após 70 voltas:

1º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), 70 voltas em 1h46min42s337
2º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), a 3s5
3º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 19s8
4º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 48s3
5º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 49s7
6º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 83s1
7º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 1 volta
8º. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), a 1 volta
9º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 1 volta
10º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), a 1 volta
11º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 1 volta
12º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), a 1 volta
13º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), a 2 voltas
14º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 2 voltas
15º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), a 2 voltas
16º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), a 2 voltas
17º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), a 4 voltas
18º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), a 4 voltas
19º. Jérôme D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), a 5 voltas
20º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), a 5 voltas

Não completaram:

Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault)
Michael Schumacher (ALE/Mercedes)
Nick Heidfeld (ALE/Lotus Renault)
Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault)

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sábado, 30 de julho de 2011

Vettel desbanca Hamilton e mantém supremacia da Red Bull em classificações

No treino classificatório para o GP da Hungria de 2010, Sebastian Vettel assombrou a concorrência. A pole do então aspirante a campeão foi de tal maneira dominante que o alemãozinho pôs quatro décimos sobre o companheiro Mark Webber, que dividia com ele a primeira fila. Sobre Fernando Alonso, o então terceiro colocado, Vettel registrou uma vantagem de um segundo e dois décimos. Esse tipo de vantagem na conquista de uma pole position por Vettel faria sentido também nas sessões classificatórias do início da atual temporada. Mas no treino do GP da Hungria de 2011, Vettel e a Red Bull não apareciam com o favoritismo pleno que existia na primeira metade do mundial. E mesmo assim, conquistaram a pole, uma das mais suadas para o líder do campeonato nesse ano.

[caption id="" align="aligncenter" width="500" caption="Concentrado, Vettel se prepara para conquistar a 23ª pole de sua carreira"][/caption]

A supremacia da Red Bull nos treinos classificatórios nunca pareceu tão ameaçada como em Hungaroring. Lewis Hamilton, que já estivera bem próximo de Vettel na classificação de Nurburgring há uma semana, registrou tempos bastante competitivos nos treinos de sexta na Hungria. Some-se a isso o fato de que Red Bull vem de duas derrotas nas últimas duas corridas e que o ritmo de corrida de Ferrari melhorou sensivelmente desde o GP da Grã-Bretanha para cá e o panorama para a disputa desse sábado já não parecia tão favorável a Vettel e a Webber.

Quando Hamilton terminou sua primeira volta rápida no Q3 com um tempo abaixo de 1min20s, a pole já parecia ter dono. Foi a primeira vez em todo o fim de semana que alguém virou na casa de 1min19s, mas Vettel tratou de pulverizar a marca do piloto da McLaren com uma volta perfeita em 1min19s815. Os números de Vettel seguem impressionando: é a 23ª pole position em 72 grande prêmios, o que resulta num aproveitamento de quase 32%. De cada três sessões classificatórias que disputou, Vettel foi o pole em uma.

A McLaren apareceu forte em Hungaroring, e dessa vez com os dois pilotos. Hamilton conquistou o segundo posto e Button larga em terceiro. A decepção ficou por conta da Ferrari, que novamente prometia uma classificação forte, já que para a Hungria foram selecionados os pneus macios e supermacios, combinação que mais agrada à equipe de Maranello. Depois de fazer os melhores tempos no Q1 e no Q2, Alonso ficou com a quinta posição no grid. Felipe Massa, pela primeira vez no ano, larga a frente do companheiro de equipe, na quarta posição.

[caption id="" align="aligncenter" width="500" caption="Na tradicional paisagem húngara, onde viveu o pior acidente de sua carreira, Massa conquistou o 4º posto no grid"][/caption]

A previsão do tempo para Budapeste nesse fim de semana é de tempo nublado a parcialmente nublado, com chances de chuva variando de 20 a 30 % até o fim da tarde de domingo. A largada para o GP da Hungria acontece às 9 da manhã desse domingo, com transmissão ao vivo da Tv Globo. A Rádio OnBoard transmite o programa Pré-Race nesse sábado, às 8 da noite.
Grid de largada para o GP da Hungria:

1º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 1min19s815 (14)
2º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 0s163 (12)
3º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 0s209 (15)
4º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 0s535 (15)
5º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 0s550 (15)
6º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 0s659 (16)
7º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 1s283 (12)
8º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 1s630 (19)
9º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), a 2s092 (17)
10º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), (16)

11º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 2s342 (15)
12º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), a 2s469 (13)
13º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 2s620 (14)
14º. Nick Heidfeld (ALE/Lotus Renault), a 2s655 (16)
15º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), a 2s869 (14)
16º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), a 3s164 (16)
17º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), (10)

18º. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), a 4s547 (9)
19º. Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault), a 4s719 (8)
20º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), a 6s479 (7)
21º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), a 6s508 (10)
22º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), a 6s664 (11)
23º. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), a 4s255 (9)*
24º. Jérôme D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), a 6s695 (8)

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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Memória Blog F-1: Alonso na Hungria

O campeonato de 2003 foi, certamente, o menos tranquilo dos anos dourados de Michael Schumacher na Ferrari. No GP da Hungria daquele ano, o time italiano foi batido facilmente pela concorrência. Rubens Barrichello não passou do quinto lugar na classificação, enquanto Schumacher ficou apenas com o oitavo posto no grid de largada. Na corrida, o brasileiro abandonou na 19ª volta com a quebra da suspensão traseira de sua F-2003GA e o alemão chegou na mesma oitava posição em que largou, a uma volta do vencedor da corrida.

O vencedor do GP da Hungria de 2003 experimentava pela primeira vez a sensação de estar no alto do pódio. Fernando Alonso, protegido do chefão Flávio Briatore, vencia sua primeira corrida e se tornava o mais jovem piloto a atingir a vitória numa corrida de Fórmula-1, aos 22 anos e 26 dias (marca derrubada por Sebastian Vettel no GP da Itália de 2008, conquistado pelo alemão aos 21 anos, 3 meses e 8 dias).

Mas no sábado, Alonso já havia impressionado pela facilidade com que conquistou a posição de honra no grid, sendo muito veloz no trecho mais sinuoso da pista húngara. O espanhol cravou a segunda pole de sua carreira (a primeira foi conquistada na Malásia, no mesmo ano, também batendo o recorde de precocidade para pole positions) com 256 milésimos de vantagem sobre o segundo colocado, o alemão Ralf Schumacher, então na Williams:



O curioso é que depois disso, mesmo nas temporadas em que foi campeão, Alonso jamais voltou a vencer em Hungaroring. Sua passagem mais conhecida no autódromo magiar depois de sua vitória data de 2007, também no treino classificatório para o GP da Hungria:



Foi o racha definitivo entre a dupla da McLaren. E a assinatura simbólica da carta de demissão de Alonso do time de Woking.

Rádio OnBoard - Edição de Nurburgring

No ar a edição número 120 da Rádio OnBoard!

Ao lado dos amigos Fábio Campos e Ron Groo, comentamos os principais destaques do GP da Alemanha, onde acompanhamos uma acirrada briga pela vitória sem a presença de Sebastian Vettel no pódio.

O programa é especial não apenas por tratar de uma corrida com disputa até pelo primeiro lugar, mas também pela comemoração do aniversário do grande Ron Groo! Acompanhe a edição nos links abaixo.



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Estaremos de volta dentro de uma semana repercutindo o Grande Prêmio da Hungria. Até a próxima.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Heidfeld com os dias contados e o retorno de Grosjean

A Lotus Renault não está satisfeita com o trabalho apresentado até aqui por Nick Heidfeld, que foi contratado para suprir a ausência de Robert Kubica e liderar a equipe em busca de bons resultados e até de vitórias. Porém, as etapas discorreram e, junto com Vitaly Petrov, Heidfeld não conseguiu colocar o R31 em uma posição que a diretoria da equipe esperava. Resultado: decepção.

Decepção essa que pode custar a cabeça de Heidfeld na equipe. Muito se fala de Romain Grosjean, que disputa a GP2 e que dois anos atrás foi piloto da equipe ao lado de Fernando Alonso, voltar a Fórmula 1 pela equipe de Eric Boullier, que fez elogios ao jovem.

Com base em tudo isso, incluindo o fato do R31 não ser um carro competitivo e que dê condições para que seus pilotos possam brigar por posições a frente, uma pergunta intrigante paira na cabeça de muita gente. Será que vale a pena arrancar dali um piloto experiente como Heidfeld e colocar um Grosjean que foi muito mal em sua única passagem pela F-1?

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Romain Grosjean chegou à F-1 em 2009, mas não mostrou um bom desempenho"][/caption]

Para analisar melhor a condição que Heidfeld se encontra na equipe é bom levarmos em conta que a diretoria da equipe esperava dele a mesma habilidade e capacidade de corrigir erros que Kubica sempre mostrou ter. Mas aí se encontra um primeiro erro, pois os chefões da Renault deveriam saber que Heidfeld não chegaria na equipe com o mesmo potencial de Kubica. O polonês é muito superior ao alemão e provou isso quando os dois eram companheiros de equipe na BMW Sauber. Assim, o que podia se esperar de Heidfeld era que ele apenas daria continuidade a um trabalho iniciado no ano passado, nada mais do que isso. Heidfeld sequer venceu uma corrida na F-1. É cobrar de alguém algo que ele nunca prometeu.

Quanto a Romain Grosjean muito temos que se basear no desempenho dele dois anos atrás quando substituiu Nelsinho Piquet e correu ao lado de Fernando Alonso. A experiência foi muito aquém do que se esperava. Portanto, mesmo apesar de Grosjean estar realizando uma boa e consistente temporada na GP2, correr na F-1 é um desafio bem diferente, um desafio que ele não correspondeu a altura.

Desse modo, trocar Heidfeld por Grosjean pode não ser uma boa ideia se a intenção da Renault for melhorar o desempenho obtido até aqui. E mesmo que se o objetivo for dar experiência ao francês, ainda acredito que não será uma boa decisão, visto que existem outros pilotos mais interessantes para se ‘premiar’, como Bruno Senna, por exemplo. Esse sim nunca teve uma oportunidade de verdade na categoria.

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domingo, 24 de julho de 2011

Hamilton vence prova marcada pelo equilíbrio na Alemanha

Quando o fim do ano chegar e trouxer com ele o Oscar F-1, a categoria “Melhor Corrida” promete ser uma das mais disputadas. O GP da Alemanha foi mais uma ótima corrida e desafio o leitor a me dizer, de cara, de qual corrida gostou mais em 2011? Eu mesmo sou incapaz de dar essa resposta no ato, sem refletir ao menos um pouco e tentar lembrar dos lances de cada prova. Vou me render e admitir que apesar dos vários dispositivos, do regulamento que engessa a sessão classificatória e obriga os pilotos a usar os dois tipos de pneus, a atual temporada está rendendo ultrapassagens bonitas e corridas prazerosas de assistir.

Prazer. Foi evidente o prazer de Lewis Hamilton ao sair do cockpit de sua McLaren hoje em Nurburgring. De sua última vitória na China até hoje, Hamilton viveu o Purgatório de sua imagem como piloto até se redimir com a vitória maiúscula de hoje. Se envolveu em pelo menos dois toques (Felipe Massa e Pastor Maldonado) que determinaram o fim de corrida para seus oponentes em Mônaco e se retirou da corrida no Canadá após se enroscar com o companheiro Jenson Button, que venceu a corrida. Depois da saraivada de críticas que recebeu, Hamilton sai de Nurburgring com uma vitória e possivelmente com a auto-estima revigorada. Se bem que Hamilton já não deve ser aquele menino bobo que se abate com as críticas e que perdeu o campeonato em 2007.

[caption id="" align="aligncenter" width="500" caption="Hamilton comemora a 16ª vitória na Fórmula-1"][/caption]
Movimento na frente

O grande barato da corrida em Nurburgring não foi a intensa troca de posições no meio do pelotão, como aconteceu em provas menos empolgantes como em Valência. Na Alemanha foram os líderes que se revezaram e trocaram de lugar não só em função das paradas de boxes, mas também na pista, e isso é uma excelente notícia para a Fórmula-1. Destaque para a tentativa de Mark Webber de ganhar a liderança de Hamilton na chicane, ainda no primeiro quarto da prova e para a reação do britânico, que retomou a posição na reta principal. Uma das disputadas de posição mais bonitas da temporada.

Mas nesse trio que passou toda a corrida discutindo a vitória também estava Fernando Alonso. O espanhol não teve um pulo de largada tão bom como o de Felipe Massa, por exemplo, mas se posicionou melhor na primeira curva e ganhou uma posição, enquanto o brasileiro perdeu seu quinto lugar e passou 12 voltas encaixotado atrás da Mercedes de Nico Rosberg. Já Alonso cometeu um erro na segunda volta, perdeu o terceiro lugar para Sebastian Vettel, mas recuperou o posto algumas voltas depois, se aproveitando dos problemas de freio que atrapalharam a vida do líder do campeonato em sua corrida doméstica.

[caption id="" align="aligncenter" width="500" caption="Alonso supera Vettel na freada da reta principal. Alemão não esteve em grande dia diante de sua torcida"][/caption]
O equilíbrio das três

Depois do domínio avassalador de Vettel e da Red Bull na primeiras corridas de 2011, a décima etapa do mundial se configurou, junto com Mônaco, como a mais equilibrada do campeonato. Tanto Hamilton, como Alonso e Webber poderiam ter vencido a corrida, que esteve aberta até a última volta, com os líderes muito próximos uns dos outros. Venceu que fez a corrida mais brilhante - Hamilton - e o equilíbrio existente entre McLaren, Ferrari e Red Bull na corrida, se for mantido nas próximas corridas, pode fazer sim com que o campeonato ganhe um novo ritmo daqui até o final, sobretudo porque a Red Bull, que lidera largamente o mundial de equipes, foi a grande derrotada do dia na Alemanha.

Webber não conseguiu andar o suficiente para acompanhar Hamilton e Alonso. O australiano chegou a ser devolvido à pista em primeiro depois da primeira bateria de pit stops, mas não conseguiu o mesmo êxito na segunda parada e voltou em terceiro, posição da qual não saiu mais. Atrás da Ferrari de Alonso, Webber não chegou nem a esboçar uma reação. É um incrível contraste se lembrarmos que na Espanha, o RB7 de Vettel chegou uma volta à frente das F150 Itália.

Já Vettel fez, diante de sua torcida, sua pior corrida no ano. Rodou sozinho no início da prova e sofreu o ataque de Felipe Massa logo depois. Com problemas no freios durante boa parte da corrida, não atacou o brasileiro, até o quarto final da corrida, quando teve sua dificuldade com os freios solucionada e pôde partir para o corpo-a-corpo com o brasileiro. Com a conhecida dificuldade de se ultrapassar em Nurburgring, restou a Vettel apostar na parada de boxes restante e tentar ganhar a posição nos pits, na virada da penúltima para a última volta. Aí a Ferrari, que fez trabalhos de boxes competentes em todas os outros pits stops da corrida, falhou, e Vettel conseguiu o quarto lugar.

A ultrapassagem no fim não apaga a corrida ruim de Vettel, assim como o quarto lugar em Nurburgring não afeta de forma tão dramática a posição do líder do mundial na tabela. Vettel vai para a Hungria, próxima etapa do campeonato na semana que vem, com 216 pontos, contra 139 de Webber, 134 de Hamilton, 130 de Alonso e 109 de Button.
Grande Prêmio da Alemanha, após 60 voltas:

1º. Lewis Hamilton (GBR/McLaren-Mercedes), 60 voltas
2º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 3s9
3º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 9s7
4º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), a 47s9
5º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 52s2
6º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 1min26s2
7º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 1 volta
8º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), a 1 volta
9º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 1 volta
10º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), a 1 volta
11º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), a 1 volta
12º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), a 1 volta
13º. Paul di Resta (GBR/Force India-Mercedes), a 1 volta
14º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), a 1 volta
15º. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), a 1 volta
16º. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), a 2 voltas
17º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), a 3 voltas
18º. Jérôme D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), a 3 voltas
19º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), a 3 voltas
20º. Karun Chandhok (IND/Team Lotus-Renault), a 4 voltas
21º. Vitantônio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), volta 44
22º. Jenson Button (GBR/McLaren-Mercedes), volta 42
23º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), volta 23
24º. Nick Heidfeld (ALE/Lotus Renault), volta 10

sábado, 23 de julho de 2011

Hamilton, o intruso na primeira fila

Na Alemanha de Sebastian Vettel, Mark Webber roubou a cena no treino classificatório desse sábado em Nurburgring. O australiano cravou a pole position para a 10ª etapa do mundial de Fórmula-1 numa tarde de temperaturas amenas na região noroeste da Alemanha. Mas a grande surpresa do dia foi Lewis Hamilton, que com uma volta precisa no último minuto do treino garantiu a segunda posição e empurrou Vettel para fora da primeira fila. É a primeira vez desde o GP da Itália do ano passado que Vettel não larga em uma das duas primeiras posições.

[caption id="" align="aligncenter" width="500" caption="A foto que abre o post ainda é a de Vettel, mas sem o dedo levantando em alusão ao número #1 dessa vez"][/caption]

O ritmo burocrático imposto pelo atual modelo de classificação dessa vez foi quebrado no Q2 em Nurburgring. A briga pelo direito de ir para a última parte foi intensa entre Michael Schumacher, Pastor Maldonado, e os pilotos de Force India e Renault. Depois de muita rotatividade de posições, Schumi, Adrian Sutil e Vitaly Petrov se firmaram entre os 10 primeiros.
Intruso na primeira fila

Felipe Massa liderou o Q1 usando pneus macios antes da maioria dos pilotos de ponta. Hamilton foi o mais rápido da segunda parte da classificação, mas mesmo assim o treino se encaminhava para mais uma dobradinha da Red Bull na primeira fila, já que, apesar de dominarem as etapas preliminares, Ferrari e McLaren não impuseram grande domínio.

A expectativa de que a Ferrari pudesse rivalizar com a Red Bull depois da vitória de Fernando Alonso na Inglaterra não se confirmou na Alemanha. O espanhol larga em quarto e Massa em quinto em Nurburgring, que teve nesse sábado uma tarde de temperatura em torno dos 20ºC, amenas para o pleno verão europeu e que certamente será usada como justificativa para explicar o fato de a scuderia ter ficado fora da briga pela primeira fila. Mas, na verdade, a Ferrari poderia ter dominado a segunda fila não fosse a presença inspirada de Hamilton na segunda posição do grid alemão. E o piloto da McLaren não ficou muito distante do pole, Mark Webber. Apenas 55 milésimos separaram um do outro na briga pela posição de honra em Nurburgring.

[caption id="" align="aligncenter" width="500" caption="Hamilton até chegou perto, mas..."][/caption]

[caption id="" align="aligncenter" width="500" caption="Webber foi o mais rápido e conquistou a pole em Nurburgring"][/caption]

Para as 60 voltas de amanhã, há chances de chuva de moderada a forte no horário da corrida, como manda a tradição do instável clima da região de Nurburg. A largada do GP da Alemanha é às 9 da manhã, com transmissão ao vivo da Tv Globo.
Grid de largada para o Grande Prêmio da Alemanha:

1º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), 1min30s079 (18)
2º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 0s055 (15)
3º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), a 0s137 (16)
4º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 0s363 (16)
5º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 0s831 (19)
6º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 1s184 (22)
7º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 1s209 (14)
8º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 1s941 (18)
9º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), a 2s108 (16)
10º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), a 2s403 (18 )

11º. Nick Heidfeld (ALE/Lotus Renault), a 2s136 (16)
12º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 2s481 (15)
13º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), a 2s556 (13)
14º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), a 2s964 (18)
15º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), a 3s097 (14)
16º. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), a 3s467 (11)
17º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), a 3s619 (11)

18º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 3s708 (5)
19º. Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), a 5s520 (9)
20º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), a 6s321 (12)
21º. Karun Chandhok (IND/Team Lotus-Renault), a 6s343 (11)
22º. Jérôme D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), a 6s562 (12)
23º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), a 6s932 (11)
24º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), a 6s957 (11)

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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Rádio OnBoard - Edição Pré-Alemanha

No ar a edição número 119 da Rádio OnBoard!

Ao lado do Ron Groo, conversamos sobre as novas investidas da FIA no campo da segurança, comentamos o possível retorno de Robert Kubica, falamos dos últimos comentários esquisitos de Jaime Alguersuari, abordamos as expectativas para a próxima etapa do calendário, e por aí vai.

Confira o bate-papo da Rádio OnBoard neste programa Pré-Alemanha.


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Voltaremos comentando o resultado e os acontecimentos do GP da Alemanha dentro de uma semana. Até a próxima.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Webber, Mestre de Marketing

O assunto pode até já ter sido discutido exaustivamente ao longo da semana passada, afinal, o gatilho que originou esse post foi apertado na quinta-feira, último dia 14. Mas esse blogueiro passou três semanas quase completamente offline, e só agora, está - muito aos poucos - se reinserindo novamente na linha narrativa da temporada.

Ontem a noite, passei o olho pela coluna de Mark Webber no site da BBC (em inglês). Resumo básico: em sua segunda coluna no site da BBC, Webber explica o que o levou a não cumprir a ordem da Red Bull de manter distância de Vettel no fim do GP da Grã-Bretanha. Os trechos a seguir são pequenas partes da coluna do piloto australiano (tradução livre):
“(...) se eu tivesse mantido a diferença em três segundos, como me pediram, teria sido muito mais difícil deitar a cabeça no travesseiro depois da corrida.

(...)

Se o time estava preocupado em perder pontos, uma opção seria a troca de posições, já que eu era mais rápido nessa fase da corrida e estava pressionando Vettel.

Mas eu não sou o maior fã desse método, e sei que a Red Bull também não é. Penso que devemos correr livremente, mas sempre tendo os interesses da equipe como plano de fundo (...)”

Mark Webber


Como se viu, Webber atacou Vettel no fim, indo contra a recomendação da equipe. O caso repercutiu mais pela surpresa em ver a Red Bull - que se recusou a fazer o jogo de equipe em 2010 - tentando controlar com mãos de ferro as posições de seus pilotos do que por qualquer outra coisa, já que Webber não conseguiu concretizar a ultrapassagem sobre Vettel.



Depois de ler a coluna do piloto australiano, confesso, imediatamente me vi irresistivelmente dividido entre o rejúbilo e a desconfiança.

Porque, sejamos honestos, é muito legal ver que dentro do capacete ainda existem cabeças que pensam por conta própria e não apenas se preocupam em mudar o balanço de freios ou em cumprir ordens de parar nos boxes na volta X. Ótimo.

Mas, convenhamos, o discurso de vítima do destino, da equipe, da imprensa e da vida vem sendo adotado ostensivamente por Webber desde a temporada passada. Dentro da história vivida pelo australiano em 2010, quando ele tinha a vantagem na tabela na parte final da temporada e mesmo assim não contou com a preferência escancarada da equipe, a postura de franco-atirador lhe caiu muito bem. Mas agir sempre dessa forma acaba gerando um inevitável desgaste, tanto de imagem, como na relação com a equipe. E é muito conveniente para o australiano, agora, forjar uma imagem de cara “sensato” num cenário em que ele claramente nunca foi o sujeito preferido pela equipe.



É igualmente interessante para Webber encaixar em sua fala algo como “se eu tivesse mantido a diferença em três segundos, como me pediram, teria sido muito mais difícil deitar a cabeça no travesseiro depois da corrida”. É algo que vai contar com a simpatia imediata de qualquer fã do automobilismo, porque contraria a lógica dominante de pilotos que são papagaios dos assessores de imprensa. É um tiro certeiro no ganho de popularidade.

Com sua fala mansa, com sua exposição de argumentos concisa e direta, mas respeitosa para com a equipe e com Vettel, e com frases de efeito como a do parágrafo acima, percebi uma esperteza sutil e uma enorme presença de espírito da parte de Webber. Vettel já tem uma “imagem”, um círculo de subjetividades que o cerca. É jovem e se comunica com esse público, é bom no que faz e promete reescrever os almanaques de recordes da Fórmula-1, transmite o ideal de garoto descolado que tanto se liga com a marca Red Bull e por aí vai. É alguém popular e que goza da preferência da maioria. Webber sempre esteve à sombra, eclipsado pela figura de Vettel. Com o discurso adotado em sua coluna e com as palavras escolhidas para redigi-lo, Webber começou, mesmo que involuntariamente, a criar também uma imagem, e essa, se for alimentada, vai além da de franco-atirador que goza da simpatia de todos: Webber pode começar a ser o contraponto, o ser pensante, o que cara que destoa dos releases previsíveis para a imprensa. A Red Bull é mestre em ações de marketing e pode ser que Webber tenha aprendido na melhor escola.

Ir contra uma ordem de equipe no domingo e expor seus motivos calmamente numa coluna na internet durante a semana com tamanha destreza foi um admirável golpe de marketing.

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domingo, 17 de julho de 2011

Memória Blog F-1: Nurburgring 1995

O mítico Nordschleife já estava aposentado para a Fórmula-1 há vários anos, mas o retorno de Nurburgring à categoria em 1995 valeu a pena em termos de emoção. A corrida começou molhada e o asfalto secava a medida que os carros iam rasgando os 4556 metros do autódromo alemão. Melhor para Jean Alesi, um dos poucos que preferiu largar com pneus slick, mesmo na pista molhada. Em pouco tempo a maioria dos pilotos precisou ir aos boxes trocar os pneus de chuva pelos de pista seca e o francês, que largara em sexto, era o líder da prova.

O ferrarista manteve a ponta até muito perto da bandeirada e esteve perto de dar uma rara segunda vitória ao time do cavalinho rampante na temporada. Mas Michael Schumacher destruiu a festa dos tiffosi a três voltas do fim. Com um ritmo muito mais forte do que o de Alesi, o alemão deixou para trás a Ferrari e partiu para a vitória diante de sua torcida:



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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Ordens de equipe versão Red Bull

Confesso que esse texto estava programado para sair antes, dias atrás, mas achei melhor esperar um pouco pra ver se aconteceria algum desenrolar mais interessante sobre o assunto. O GP da Inglaterra disputado no último final de semana, retomou um assunto que estava adormecido desde o GP da Alemanha do ano passado quando Felipe Massa permitiu, sob ordem de sua equipe, que Fernando Alonso o ultrapassasse e tomasse a liderança do piloto brasileiro. Em Silverstone, Mark Webber declarou que recebeu ordem para não atacar seu companheiro Sebastian Vettel nas últimas voltas da corrida e assim tentasse ganhar o segundo lugar. O assunto gerou polêmica, claro.

Primeiramente irei me atentar ao efeito que isso pode ou não ter no relacionamento profissional de Webber com a escuderia austríaca e depois a atitude da Red Bull em tomar uma decisão antidesportiva.

[caption id="" align="aligncenter" width="568" caption="Webber terminou em terceiro no GP da Inglaterra em que recebeu ordem para não disputar o segundo posto com Vettel"][/caption]

Webber está em vias de renovar seu contrato por mais um ano com a equipe taurina. Muitos talvez pensem ao contrário, mas a desobediência do piloto australiano certamente coloca em dúvida sua possível renovação na cabeça de alguns dirigentes. Webber já não é lá um piloto tão preterido assim e muitos na Red Bull prefeririam ver outro companheiro ao lado de Sebastian Vettel. Por isso, qualquer problema, mesmo que pequeno, joga contra a renovação do contrato do veterano.

Christian Horner afirmou que o acontecido não influenciará na negociação do contrato. O piloto também declarou a mesma afirmação em tom mais confiante ainda, dizendo que a possibilidade de renovação é muito grande e que o episódio do domingo não ‘vai virar seu mundo de cabeça para baixo’.

De qualquer forma, a renovação do contrato de Webber se dá mais pela falta de pilotos disponíveis no mercado do que qualquer outra coisa.

Quanto a decisão antidesportiva de pedir ao seu piloto resguardar-se de uma disputa leal e justa dentro da pista com o seu próprio companheiro de equipe, a Red Bull prova que não é tão diferente das demais escuderias como muitos pensavam, inclusive eu.

[caption id="" align="aligncenter" width="610" caption="No GP da Alemanha do ano passado, a Ferrari ordenou que Felipe cedesse a sua posição para Alonso"][/caption]

No final do ano passado, Christian Horner e companhia defendiam com convicção que as disputas entre pilotos de uma mesma equipe deveriam acontecer sem interferência de dirigentes. Pegaram o exemplo do GP da Turquia, onde Vettel e Webber se colidiram quando disputavam posição dentro da pista e usaram como principal prova do que estavam afirmando. Utilizaram o GP da Alemanha como ponto alto para demonstrar que a Red Bull era sim uma equipe séria e que valorizava o esporte acima de qualquer interesse.

Mas pelo que se vê mais disfarçadamente é que os taurinos preferem promover seus interesses da mesma maneira que as demais em detrimento do esporte. Protegem seu pupilo mesmo que isso custe atitudes antidesportivas e antiéticas. Claro que como todo o time, eles tem direito de fazerem o que bem quiserem com seus carros e pilotos, ainda mais quando um deles está a cada vez mais perto de se tornar bicampeão antecipadamente. O problema é que ao contrário da Ferrari, por exemplo, eles tentam promover uma imagem diferente, uma ‘personalidade’ de bom moço. Mas como vemos aí, isso não passa de mais uma mentira bem velada e mascarada.

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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Rádio OnBoard - Edição de Silverstone

Está no ar a edição número 118 da Rádio OnBoard!

Junto a Ron Groo e Fábio Campos, trouxemos os destaques e as discussões do GP da Inglaterra, comentando a vitória de Alonso, os erros de McLaren e Red Bull, as punições, a regra que acabou não mudando, e muitos outros tópicos neste programa:



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Aguardamos retornar na próxima semana trazendo as notícias do momento que antecedem o GP da Alemanha. Até lá.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Fernando Alonso de volta às vitórias

A Ferrari não anda lá aquela coisa toda. Mas, em Silverstone fez o suficiente para dar um carro nas mãos de um gênio capaz de correr e andar além do limite de sua equipe. Quatro, cinco corridas atrás, lá estavam os ferraristas, chorando por estarem tão longes e tão fora da briga pela vitória. A Red Bull dominava e quem mais se aproximava de desbanca-los era a McLaren.

No entanto, a Ferrari soube fazer um trabalho no mínimo competente neste domingo. Foi precisa nos boxes, deu um carro que não seria capaz de vencer sozinho é verdade, mas que fez um casamento perfeito com o bicampeão espanhol. Alonso é daqueles que jamais jogam a toalha, por mais difícil que as condições estejam.

Se Lewis Hamilton demonstra toda a ousadia e confiança que possui dentro das pistas, Alonso costuma pratica-las de uma outra maneira, acreditando que uma hora ou outra trabalhando perfeitamente e no limite as coisas ocorrerão da melhor maneira possível.

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="A vitória da Ferrari em Silverstone revela o quanto a equipe evoluiu e o ótimo trabalho de Fernando Alonso"][/caption]

Claro que compara-lo com Felipe Massa talvez seja até covardia, já que o brasileiro não vem demonstrando nem de longe o mesmo desempenho que o de seu companheiro. Massa fecha o fim de semana sempre com uma desculpa ou senão com uma falta de sorte que não cabe dentro de si. Foi assim em Mônaco, por exemplo. Felipe não anda ganhando uma e podem acreditar, esse fato influência muito a performance empolgante e competente de Alonso e digo o porquê.

O espanhol realmente só se destacou pelo talento que possui quando era tratado como a estrela dentro da equipe. Prova disso foi que em 2007, quando dividiu as atenções da McLaren com Lewis Hamilton, ele, assim como seu companheiro, se perdeu e deixou um possível título escapar com tamanha facilidade. Hoje na Ferrari com as atenções voltadas para si, Alonso trabalha com motivação extra de estar a frente de sua equipe. Mas não se engane em pensar que essa preferência não tenha sido conquistada por méritos do espanhol. Os números estão aí para provar o que falo.

Seria até mesmo difícil de imaginar alguma chance de alguém, incluindo Fernando Alonso, de bater a superioridade de Sebastian Vettel nessa temporada. Mas, o que anima nisso tudo, com a evolução da Ferrari e o bom trabalho que a McLaren tem demonstrado também, é que podemos ter uma segunda parte do campeonato bem mais disputada e acirrada do que foi até aqui.

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domingo, 10 de julho de 2011

O peso político de uma vitória



[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Após um jejum que durava 10 corridas, a Ferrari volta a vencer com Alonso"][/caption]

Primeiro Ato – Projetista genial desenha carro infalível e dá o pulo do gato, descobrindo um modo de otimizar os gases que saem do escapamento de modo a gerar mais downforce nas curvas. A nova invenção é levada à FIA antes do início da temporada e recebe ok para ser usada livremente;

Segundo Ato – O carro é um foguete, tem amplo domínio sobre os rivais e, combinado com a pilotagem de um jovem e também genial piloto, rende ao time pole positons e vitórias com extrema facilidade. O campeonato já parece decidido antes mesmo de chegar à metade;

Terceiro Ato – Equipe tradicional tem dificuldades em alcançar o ritmo do time que vence uma corrida atrás da outra e lidera o mundial. Além dos problemas com o chamado escapamento soprado, esse time também se enrola com o aquecimento dos pneus, sobretudo os mais duros.

Quarto Ato – Depois do amplo domínio da equipe que lidera o campeonato e com a perspectiva de o mundial acabar cedo demais sendo cada vez mais real, a entidade que regula a competição alega que o escapamento soprado, que havia sido aprovado numa primeira inspeção, não está mais de acordo com o regulamento. O uso do dispositivo é limitado na nona etapa do campeonato. Etapa vencida pela equipe tradicional e que apresentava maiores problemas com o uso da novidade aerodinâmica.


[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Dessa vez, mesmo pulando na frente logo na largada e abrindo uma certa vantagem, Vettel foi traído por um erro nos boxes e ficou sem a vitória"][/caption]


Desfecho - ?
Se o campeonato de 2011 fosse de fato uma peça teatral, o desfecho ainda levaria mais algumas corridas para ser conhecido. Mas os atos apresentados até aqui contam a história de uma equipe, a Red Bull, que inovou no aproveitamento lícito de recursos disponíveis no próprio carro, e otimizou isso até chegar ao ponto de humilhar as outras equipes com sua supremacia. Foi contada também a história de um piloto, já apontado como promissor, e o começo de sua metamorfose - de jovem promessa a campeão de respeito. E o que vai ser contado daqui em diante, se o banimento do escapamento soprado realmente vingar?

Histórias sobre o uso de força política são comuns. A própria F-1 já viu algumas dezenas delas, e assiste a mais uma agora. A opinião desse blogueiro, ao analisar o que se viu no conjunto do que foi apresentado desse fim de semana em Silverstone, é que a Red Bull ainda tem o melhor conjunto, mas que perdeu drasticamente a vantagem que tinha até a corrida anterior em Valência. Em nenhuma das oito provas anteriores em 2011 viu-se a F-150 Itália abrir distância do RB7 como nesse domingo em Silverstone. Alonso chegou ao final da prova mais de 15 segundos a frente de Vettel.

Alonso contou com o problema no pit stop de Vettel para vencer. Se o espanhol ultrapassaria ou não o alemão na pista, é impossível dizer. Mas a Ferrari apresentou em Silverstone um ritmo ainda não visto em 2011. Com a vitória dos italianos na Grã-Bretanha, a unanimidade entre as equipes - necessária para a liberação e o retorno ao uso livre dos escapamentos soprados – deve ficar mais distante.

A nova Silverstone dá as caras
Na corrida britânica de 2010, carros e pilotos correram por uma versão intermediária entre o “antigo” e o novo Silverstone. Nesse ano, com a reforma terminada, o ponto de largada mudou e Silverstone, já um dos mais tradicionais e técnicos traçados do mundo, melhorou ainda mais. A parte da arena junto ao novo ponto de largada e as já tradicionais curvas do antigo desenho que foram preservadas proporcionam uma pilotagem interessante para os pilotos e corridas também interessantes para o público. E no novo Silverstone, a F-1 viu um novo vencedor em 2011.

Resultado do GP da Inglaterra:

1º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 52 voltas em 1h28min41s196
2º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), a 16s5
3º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 16s9
4º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 28s9
5º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 29s0
6º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 1min00s6
7º. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari), a 1min05s5
8º. Nick Heidfeld (ALE/Lotus Renault), a 1min15s5
9º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), a 1min17s9
10º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), a 1min19s1
11º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 1min19s7
12º. Vitaly Petrov (RUS/Lotus Renault), a 1min20s6
13º. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), a 1 volta
14º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth), a 1 volta
15º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 1 volta
16º. Timo Glock (ALE/Marussia Virgin-Cosworth), a 2 voltas
17º. Jérôme D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth), a 2 voltas
18º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth), a 2 voltas
19º. Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth), a 3 voltas


Não terminaram:

Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), 39 voltas
Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), 25 voltas
Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), 23 voltas
Jarno Trulli (ITA/Team Lotus-Renault), 10 voltas
Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault), 2 voltas

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sábado, 9 de julho de 2011

Deu Red Bull, mas não foi com Vettel

Diferentemente do que vinha acontecendo, dessa vez não foi Sebastian Vettel quem conquistou a pole position neste sábado. O atual campeão do mundo sairá na primeira fila sim, mas da segunda posição dessa vez. Quem abocanhou a posição de honra foi seu companheiro de equipe, o australiano Mark Webber que vinha – e ainda está – sendo muito criticado pela tamanha disparidade entre seu desempenho e o desempenho de Vettel, que virtualmente está com o bicampeonato garantido.

A chuva que era esperada veio, mas não da maneira que deveria, diríamos. Foram mais chuviscos e garoas que não fizeram com que o grid ficasse bagunçado e a corrida de amanhã bem mais interessante do que pintar ser. Nem mesmo o treino de hoje teve emoções por conta do pouco de água que caiu.

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Quem larga na frente no GP da Inglaterra é Mark Webber"][/caption]

A estreia de Daniel Ricciardo, diferentemente da chuva, foi o que a maioria apostava. Largará na última colocação e com certeza absoluta deve estar comparando a performance da sua antiga Toro Rosso que ao menos lhe dava o status de piloto jovem e possivelmente genial. Na Hispania, o máximo que ele conseguirá é mostrar que é melhor do que um veterano sem motivação alguma chamado Vitantonio Liuzzi.

Falando em Toro Rosso, nenhum dos dois pilotos, que travam uma briga de vida e morte na equipe para o ano que vem, conseguiram avançar para o Q2. Alguersuari largará na 18ª posição e seu companheiro sairá uma posição atrás.

A Williams foi quem melhor demonstrou uma evolução nas qualificações. Rubens Barrichello e Pastor Maldonado frequentemente ocupavam o top 10, mas o brasileiro, que sempre arruma desculpas para não se colocar em posição inferior a ninguém, menos ainda com relação ao seu companheiro de equipe, não encaixou uma boa volta e largará da 15ª posição. Maldonado avançou para a última parte dos treinamentos e obteve o 7º lugar no grid. Um ótimo trabalho do venezuelano.

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Pastor Maldonado fez uma ótima qualificação demonstrando a evolução da Williams"][/caption]

Outros que também fizeram um bom trabalho fora Paul Di Resta e Kamui Kobayashi. O piloto da Force India conquistou o 6º lugar e o japonês sairá em 8º. Se caso a previsão de chuva se confirmar amanhã durante a corrida, poderemos ter uma surpresa ainda maior relacionado a esses pilotos. Quem sabe até um pódio de Kobayashi, que debaixo de chuva no Canadá fez uma corrida muito interessante. Quero ver quem não vai gostar disso...

A Ferrari largará na segunda fila com Alonso em 3º e Massa logo ao seu lado na 4ª colocação. Já a McLaren teve um desempenho decepcionante. Jenson Button não se mostrou nada contente com o seu 5º lugar e Lewis Hamilton deve ter gostado menos ainda de só conseguir o 10º melhor tempo. Estranho, mas pelo que parece não existe problema nenhum nos bólidos.

As modificações introduzidas pela FIA mostraram-se pouco úteis para o objetivo que ela queria: diminuir a diferença de performance entre os carros taurinos da Red Bull e os demais nos treinos classificatórios. Se nos treinos onde a mudança deveria fazer diferença tudo continuou como estava, na corrida as coisas quase que impossivelmente deverão mudar. Se a água não cair, os taurinos tem uma enorme chance de continuar a vencer no campeonato.



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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Treinos que não dizem nada

A chuva que caiu no segundo treino livre que teve Felipe Massa no primeiro lugar com a marca de 1min49s967 serviu mais para atrapalhar as coisas do que para ajudar. Sim, na Fórmula 1 a chuva é quase sempre bem-vinda, mas é melhor que ela apareça no domingo durante a corrida ou pelo menos manhã no treino classificatório.

Quando os carros começaram a ir para a pista, o asfalto estava bem encharcado, mas conforme a trilha mais seca no traçado utilizado pelos carros ia se secando e permitindo uma melhor estabilidade dos bólidos, os tempos começaram a cair. Quem esteve perto de fechar com a melhor marca foi Nico Rosberg. Por ser uma situação atípica, não dá pra dizer se foi realmente um ótimo desempenho do alemão conquistar a segunda melhor marca ou se houve um bocado de sorte. Mas vale ficar atento ao jovem, que parece dia após dia estar mais perto de sua primeira vitória na Fórmula 1.

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="A chuva deu mais tempo a incógnita de quem sairá mais prejudicado diante das mudanças de regra"][/caption]

Kamui Kobayashi conseguiu um ótimo terceiro tempo, mas bem longe da marca de Felipe Massa. Como dito, a chuva não ajudou em nada na hora de olhar para a tabela de tempos e ver quem realmente poderá estar forte para a corrida no domingo. Não ajudou nem mesmo a analisar o quão bom ou ruim foram as mudanças no traçado do remodelado circuito inglês.

A Red Bull viu Mark Webber ser o14º e o campeão mundial Sebastian Vettel ficar somente com o 18º tempo. Prova de que o segundo treino foi mais loteria do que qualquer outra coisa. Por isso, não dá para dizer que Massa foi fenomenal, que colocou um “tempaço” em Fernando Alonso, que ficou quase três segundos do tempo do piloto brasileiro.

Corrida em Silverstone debaixo de chuva é sempre uma atração a parte. Seria ainda mais interessante que as previsões se confirmassem e a chuva caísse no domingo durante a corrida para ainda tentar manter as esperanças de uma briga pelo título do campeonato de pilotos.

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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Williams-Renault de volta!

Já faz algum tempo que a Williams vem demonstrando um trabalho bem distante daquele que fez da equipe uma das mais poderosas da Fórmula 1. Desde as vitórias de Juan Pablo Montoya, a equipe de Grove nunca mais subiu no lugar mais alto do pódio. Foram anos que se passaram de mãos dadas com a decepção e com o fracasso. Pilotos e novos projetos não foram o suficiente para garantir que a equipe não se definhasse. A estreia desse ano, por sinal, foi a pior da história da equipe na categoria.

Porém, hoje o torcedor da Williams recebeu uma notícia que pode ser bastante comemorada. Pode ser que não signifique muita coisa, mas só pelos motivos nostálgicos já fazem os mais apaixonados sonharem com dias melhores, com dias de vitórias. A Williams anunciou que a partir do ano que vem usará os motores Renault em seus carros ao invés do atual Cosworth. A parceria Williams-Renault rendeu a equipe títulos e uma época de ouro na Fórmula 1. Só para recordar, foram 5 títulos de Construtores e 4 de Pilotos. Uma época que todos, até aqueles que não se simpatizam tanto assim com a escuderia inglesa, tem saudades.

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="A parceria Williams-Renault traz doces lembranças de triunfos e conquistas"][/caption]

O interessante é que essa luz no final do túnel é mais nítida não somente pelo fato da troca de motores, mas também pela questão das mudanças do pessoal que gerencia a construção do projeto do carro. Ao que parece, os diretores da Williams querem fazer uma revolução a fim de trazer de volta as mesmas alegrias e triunfos dos tempos de glória. Mas com tudo isso, seria natural que Rubens Barrichello permanecesse ao menos mais uma temporada a frente do time de Grove por sua ampla experiência na categoria.

Claro que ainda todas os palpites sobre a performance da equipe no próximo ano são precoces demais, mas alguma coisa me diz que a Williams está direcionado para o caminho correto. Resta descobrir um método de trilhar o caminho da melhor maneira possível.

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domingo, 3 de julho de 2011

Trocando de mãos

Bom, parece que venderam a geringonça da equipe da Hispania. Um bom valor, diga-se. R$ 54 milhões ( €24 milhões ), nem sei se a equipe vale tudo isso mesmo. Não tenho ideia de quanto ela possa valer, do tamanho de sua estrutura – se é que ela tem – e do valor que foi pedido antes da oferta do grupo que gastou o dinheiro oriundo do Banco Nomura, do Japão. A “hipótese quase certa” saiu do colunista J. G. Matallanas, do espanhol As. Segundo ele, o anúncio deve ocorrer nessa segunda-feira.

Na parte esportiva, é claro que alguma coisa pode mudar. Uma melhor administração, alguém que queira levar a equipe mais a sério e injetar mais dinheiro pode mudar de vez a reputação de uma equipe que até hoje só se viu acostumada a ser motivo de chacota e de desprezo por todas as partes que seguem a Fórmula 1. Talvez os reflexos da negociação sejam vistos mais claramente no ano que vem.

[caption id="" align="aligncenter" width="568" caption="Trocando de mãos será que vai?"][/caption]

Sair das mãos de um sujeito todo abarrotado em dívidas e com mais preocupações do que um dono de equipe deve ter como Jose Ramón Carabante já é um grande passo. A equipe podia até querer ir para frente, mas com Carabante no comando, as coisas só tendiam a naufragar. Resultado: um ano e meio torrando o pouco de dinheiro que existia.

Pode até ser que em 2012 apareçam dois carros com uma disposição de lutar por posições bem melhores do que as que a Hispania disputa hoje. Mas isso soa mais como fantasia do que como realidade.

O que será feita com a escuderia ainda não se sabe, mas se for para continuar na Fórmula 1, que seja para não se arrastar mais.

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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Memória Blog F-1: GP da Inglaterra 2008

Algumas sextas-feiras passo aqui em frente ao computador procurando por alguma corrida bacana, seja da Fórmula 1 ou de outras categorias como a NASCAR. E como estamos entrando perto da semana que ocorrerá o GP da Inglaterra, no mágico circuito de Silverstone, o melhor, na minha opinião, e o que deve ser um dos mais gostosos de se guiar do calendário da F-1, fui em busca de alguns vídeos que não são nada fáceis de se encontrar no YouTube, porém consegui encontrar alguns com vários lances sobre a etapa inglesa de 2008.

Debaixo de chuva, quase ninguém ou todo mundo errou ao menos uma vez, ou melhor, foi traído pela água que não parava de cair em Silverstone. Lewis Hamilton faturou a prova depois de ter feito uma largada pra lá de ousada e se manter razoavelmente na pista durante toda a corrida. Nick Heidfeld também subiu ao pódio depois de ter guiado uma BMW Sauber sedenta por vitórias. Rubens Barrichello, demonstrando que corre como poucos na chuva, conseguiu chegar ao pódio também, mesmo com uma BAR ruim e que estava a beira de um colapso por resultados horrorosos, diríamos.

Bom, o vídeo é curto, mas dá para ter uma boa noção do que aconteceu no GP da Inglaterra três anos atrás. Uma boa lembrança nessa noite de sexta-feira.




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Rádio OnBoard - Edição de Valência

No ar a edição número 117 da Rádio OnBoard!

Fábio Campos, Ron Groo e eu estivemos juntos para registrar o campeonato de desfecho anunciado, após mais esta vitória soberana de Sebastian Vettel, desdenhando da arbitrariedade da FIA em tentar mudanças técnicas que minimizem o domínio do alemão da Red Bull.


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Voltamos na próxima semana, antes do GP da Inglaterra. Até lá.