FELIPE MACIEL
A entrevista coletiva após o Grande Prêmio da Itália de 2000 foi um memorável momento "manteiga derretida" da Fórmula 1. Michael Schumacher igualava, naquele 10 de setembro, o número de vitórias de Ayrton Senna. O alemão não conteve o choro pela emoção de alcançar seu piloto de referência. Não bastasse isso, o rival Mika Hakkinen também entrou na onda.
Ok, mas por que relembrar esse fato hoje? Não que precisemos de um motivo concreto, mas se fosse para apontar um, ficaria de bom tamanho citar um fato histórico que está acontecendo com Rubens Barrichello: ele se tornou o primeiro brasileiro a atingir o mesmo número de pontos do Senna na F-1, e talvez neste GP do Canadá consiga passar à frente do grande ídolo nacional.
Não que isso seja tão marcante quanto as vitórias. A estatísticas de pontos não devem levar ninguém ao choro como no caso das vitórias... muito menos agora com essa pontuação maluca.
Com o distorcido formato dos 25, implementado pela FIA em 2010, não serão poucos os pilotos que terão o privilégio de ostentar mais pontos que o Ayrton. Na verdade, a aceleração desse processo já teve início, basta dizer que neste ano Fernando Alonso superou, e muito, o tricampeão em número de pontos graças ao surgimento do novo sistema.
De qualquer forma, registre-se aí: neste instante, Senna e Barrichello encontram-se empatados na tabela histórica de pontos com 614 para cada um. Os mais próximos candidatos da atualidade são Jenson Button e Felipe Massa, com 415 e 387 respectivamente, estando Lewis Hamilton, 340, logo atrás. Todos com chances matemáticas de pularem na frente do Senna ainda em 2010.
4 comentários:
Boa lembrança, Maciel. Eu lembro bem desse dia. Foi uma cena bacana, que eu sinceramente não esperava. Pelo menos não do Schumacher.
Eu me lembro bem disto.
E me lembro da falação de que ele tinha sido hipócrita ou dissimulado.
Coisa de quem não gosta dele.
Hoje se quisermos fazer estatísticas, pontos não servem mais. Acho que número de vitórias e poles é o que conta mesmo.
A cena do Schumacher chorando mostrou a admiração e respeito que ele tinha/tem pelo Senna. Achei legal de ver.
Abraço a todos.
Acho que definir o melhor piloto por métodos quantitativos é complicado. Mais vitórias, mais pontos, mais titulos, mais poles, etc. Quem foi melhor? Um piloto com 80 vitórias em 300 gp´s ou um piloto com 20 vitórias, em 60 gp´s?
As mudanças de critérios, pontos, número de gp´s por temporada, longevidade dos pilotos, etc. impedem uma comparação.
Outro fator determinante é a supremacia da máquina - basta lembrarmos, num passado mais recente, das McLarens de Prost e Senna, da Williams com suspensão ativa, da Benneton e da Ferrari do Schummy, da Renault do Alonso e, mais recentemente, da Brown, claro.
Mas que ninguém duvide que o Schummy, assim como Senna, Prost, Alonso e tantos outros, são exímios pilotos!
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