sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Di Grassi vs Senna

A Honda programou para novembro, nos testes coletivos em Barcelona, uma avaliação com os pilotos Lucas di Grassi e Bruno Senna.
Com a experiência de um ano de test-driver e com o desempenho altamente respeitável em duas temporadas da GP2, di Grassi aparentemente possui fácil preferência da escuderia. Briatore naturalmente deve apoiar a chance, já que Alonso e Piquet têm tudo para repetir a parceria no ano que vem.
De acordo com o site Grande Prêmio, a questão do Bruno já ganha mais o campo burocrático, envolvendo um pedido de dossiê à equipe iSport, pela qual o brasileiro conquistou o vice-campeonato na GP2. A Honda deseja conhecer o piloto, seus comportamentos, suas aprendizagens.
O duelo, portanto, está marcado para o período entre 17 e 19 de novembro. E mesmo que Senna não fature essa vaga, ele ainda possui uma outra opção, talvez até melhor: a Toro Rosso.
A Folha de São Paulo publicou que ele oferecerá US$ 14 milhões em patrocínio e está próximo de ser escolhido pelo agente Gerhard Berger. A Red Bull já selecionou Buemi. Cabe ao austríaco fechar o time.
No mínimo curioso notar que praticamente todas as especulações colocam Rubens Barrichello como carta fora do baralho.
Tudo indica que gente nova deve chegar. Quem sai merece uma despedida à altura. Mas tem alguém que, se sair, não a terá.

Hamilton e os humoristas

No evento da McLaren que promove o consumo responsável de bebidas alcoólicas, Lewis Hamilton foi alvo dos humoristas da TV.
Primeiro ganhou uma camisa do Vasco de um dos membros do programa CQC: "É para ele ficar com o vice-campeonato", contou. Ótima essa!
Depois foi a vez do Pânico entrar na roda atirando um gato preto ao piloto: "Gostaríamos de entregar um presente que é sinônimo de sorte no Brasil", disse antes de lançar.
Em meio à confusão da saída, o Pânico, não satisfeito, ainda tentou entregar a Lewis um DVD ("Como perder uma corrida, por Rubens Barrichello").
De um jeito ou de outro, sempre sobra para ele...

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Despedida em grande estilo

David Coulthard guiará o RB4 com uma pintura especial no Grande Prêmio do Brasil, a corrida que marca a sua aposentadoria.
A inscrição "Wings For Lifes" se refere à fundação que cuida de crianças com câncer de medula espinhal, e é apoiada pela Red Bull.
Em Interlagos o dia foi bem descontraído, como se pode notar.
Bela homenagem da equipe... A Red Bull é boa nisso.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Ao vencedor

O vencedor do GP do Brasil irá levar para casa uma obra de arte desenhada pelo brilhante Oscar Niemeyer.
"Pensei na coluna do Alvorada, que é uma coisa bem brasileira e já é copiada no mundo inteiro", comentou o arquiteto.
Consta que foi desenhado em apenas 15s. Suas curvas lembram um volante. Tem fundo ecológico, matéria-prima de origem vegetal chamado de plástico verde. Obra gratuita do mestre.
Caso um dos postulantes ao título cruzem a linha em primeiro, poderá contar com outra grata surpresa, oferecida pelo diretor Carlos Montagner. Desta vez, na bandeirada, nem Pelé nem Gisele...
"Vamos convidar o pai e a mãe do Massa, e também o pai e o irmão do Hamilton. Espero que eles aceitem".
"A corrida do Brasil tem esse lado mais romântico", concluiu.
Excelente...

Rádio OnBoard - Edição Pré-Brasil

Está no ar a 23ª edição da Rádio OnBoard!
A edição Pré-Brasil conta também com Ron Groo e com o nosso convidado especial, Fábio Campos, jornalista proprietário do blog Grid GP.
De início, trouxemos diversos comentários a respeito dos temas em debate para as próximas temporadas, seja do regulamento técnico, seja do regulamento esportivo. Posteriormente, as considerações sobre a prova decisiva que encerra o Mundial 2008 da F-1.
A pauta:
-O surgimento do KERS
-A aprovação do comércio de chassis
-Ameaça de padronização de motor e transmissão
-Redução do tamanho das corridas
-Corridas extra-campeonato
-Ponto para líder do Q2
-A questão dos reabastecimentos
-A despedida de Coulthard
-A incerteza de Barrichello
-O duelo pelo campeonato
-Superstições
-Palpites para o título
Retornamos após o GP para falar da grande decisão e também lançar novidades para as férias. Até lá!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Iluminados

Em Cingapura a FIA estreou as chamadas bandeiras eletrônicas, que são painéis de sinalização espalhados pelo circuito. Mesmo se tratando de um GP noturno, quase ninguém notou.
Pra variar, a Federação foi a única que se empolgou com o recurso e já encomendou mais quatro para o diurno Grande Prêmio do Brasil.
"Estamos fazendo experiências em algumas corridas neste ano. Para o ano que vem, a idéia é ter um sistema misto e, para o final da temporada, ter todo o sistema de painéis", garantiu Charlie Whiting.
Gastar dinheiro em sistemas supérfluos e pouco eficientes não parece ser uma medida muito compatível com a síndrome do corte de custos.
Excelente exemplo para as escuderias...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Ignorado

Não adiante que nada irá tirar o foco de Felipe Massa antes da decisão. Nem mesmo as palavras ousadas de Eddie Jordan sobre um duelo imaginário com Lewis Hamilton.
O brasileiro fez pouco caso do comentário do irlandês e tratou tudo com muita simplicidade: "O Eddie Jordan não tem nada para fazer. Ele vendeu a equipe, está aposentado e fica brincando com a imprensa".
Para quem não viu, o link do post.

Fim da linha

A moda do Schumacher pegou e David Coulthard também permanecerá na equipe como consultor após pendurar o capacete.
"Nada vai mudar drasticamente. Vou continuar trabalhando na RBR, indo a todas as corridas e guiando nos testes. A principal diferença é que, aos domingos, assistirei às provas em vez de estar dentro do carro”, disse o escocês.
A sempre despojada Red Bull fez uma singela homenagem ao experiente piloto. Além de revelar seu nome completo - David Marshall Coulthard - levantou dados de suma importância nesta trajetória do grande Marshall na F-1.
- Deu 55.400 entrevistas
- Usou 160 macacões, 140 capacetes, 85 pares de luvas e um macacão espacial
- Fez 31.322 horas de exercícios físicos
- Foi o único piloto a usar uma fantasia de Superman em um pódio
- Pegou 1.927 vôos
- Teve sete companheiros de equipe
- Comeu 432 frangos no almoço
- Esteve em 22 desfiles de moda
- Tem um museu próprio que vende pijamas de bebê
- Vestiu-se como policial de Nova Iorque uma vez.
Só faltou dizer o número de namoradas, mas eles devem ter perdido a conta.

domingo, 26 de outubro de 2008

Pelo mundo

Ao contrário do domingo que vem, este foi um dia sem nenhum acontecimento relevante na F-1. Então, nada melhor do que destacar o passeio dos carros pelo mundo.
David Coulthard curtiu mais um de seus últimos momentos a bordo de um bólido nas ruas de los hermanos, em Buenos Aires.
Enquanto Lucas di Grassi, que briga para entrar no circo, foi fazer zerinhos em Portugal.

sábado, 25 de outubro de 2008

Das antigas

Eddie Jordan está de volta, ao menos para dar pitaco. Sem papas na língua, falou do duelo em Interlagos e incentivou Lewis Hamilton a jogar duro no roda-a-roda.
"As pessoas não devem gostar do que eu vou dizer, mas se Massa tentar tirá-lo da prova, como fez no Japão, então Lewis deve estar pronto. Se ele tentar algo assim, Lewis terá de virar o volante em direção a Massa para garantir que ele também não acabe a corrida".
Eddie é um cara das antigas e mantém seu pensamento livre do conceito de politicamente correto que ganhou muito espaço com o passar dos anos. Lembro bem do dia em que Schumacher parou na curva La Rascasse e foi "apedrejado" por vários espectadores, além de punido pelos comissários. Jordan foi um dos poucos que tratou o incidente como fato normal, afirmando que o alemão apenas fez uso de um determinado recurso para faturar a pole position. Simples assim. E, realmente, se acontecesse há uns anos, tinha boas chances de não dar em penalty nenhum.
De volta ao presente.
O irlandês também avaliou: "O que acontecerá no campeonato dependerá do que Lewis aprendeu nas duas últimas provas. Ele foi brilhante na China, foi perfeito, mas foi horrível no Japão. Se o Hamilton da China for o do Brasil, ele será campeão".
"Ele precisa ser cuidadoso. Ele sabe que agora o mundo está contra ele — os outros pilotos e os comissários estão na oposição. Creio ainda que o que aconteceu com ele após vitória em Spa foi terrível e a punição no GP do Japão foi muito dura também. Ele tem que saber lidar com isso".
Até acusar os comissários de parcialidade ele faz. Esse Eddie...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Não custa pedir

Em 2002 a Ferrari alterou o resultado de dois GPs após a curva da vitória. Como forma de repressão ao anti-espetáculo, a FIA prometeu punir o jogo de equipe na F-1.
Dali em diante, todas as trocas de posição foram feitas pela sombra, embora todos soubessem o que se passava. Demorou mas Montezemolo enfim pediu o fim do disfarce.
''Precisamos falar com o presidente da FIA e acabar com essa hipocrisia", exclamou. "O importante é que você não prejudique os outros. Mas, se for apenas para o interesse da equipe, é algo lindo de se ver num esporte coletivo''.
Luca usou o velho exemplo do Galvão: ''É só lembrar do ciclismo. São os companheiros que levam o corredor principal à liderança do pelotão''.
Existem casos e casos. Em plena fase decisiva, quando há um título em jogo, "hipocrisia" é a palavra certa. Por outro lado, se voltassem a liberar, o livre troca-troca poderia ressurgir, ao menos na teoria, considerando que certas escuderias não tenham aprendido a lição.
O fato é que nesse momento a Federação já tem regrinha demais para se preocupar. O pedido é válido mas dificilmente despertará a atenção de Max Mosley.

Começou

A Toyota se encarregou de iniciar publicamente a pressão sobre Mosley.
''Para a Toyota, a padronização dos motores seria um motivo para abandonar a Fórmula 1''. Detalhe: a frase pertence a John Howett, chefão da escuderia e representante dos times na Fota, ao lado de Montezemolo.
No final das contas, todas as montadoras deverão se colocar contra a padronização, e a medida que pode ser implementada em 2010 enfrentará oposição da unanimidade. Pelo visto, Max Mosley gostou da brincadeira "todos contra um".

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

O mexe-mexe

O site F1-Live trouxe uma notícia óbvia: a Petrobrás espera contar com um brasileiro jovem na Honda.
Consta que Bruno Senna encabeçaria a lista, seguido por Nelsinho Piquet, que tenta renovar o contrato com a Renault.
Mas o conterrâneo Lucas di Grassi, atual piloto de testes, é o próximo candidato do programa de desenvolvimento de jovens pilotos da Renault, e já reconheceu que tem chances de assumir a vaga de Piquet: "Existe a possibilidade de eu substituí-lo, mas vai depender de outros fatores". Seria o tal fator Honda?
Sob risco de perder o cockpit, Rubens Barrichello teria prometido à equipe se empenhar durante as férias para perder algo em torno de oito quilos e assim igualar o peso do parceiro Button (68kg).
Isso porque Rubens está rendendo melhor que Jenson! Pelo visto, a única solução para o carro da Honda andar mais é reduzir o peso dos pilotos...
Voltemos à Renault: Lucas também afirmou que há chances de assinar com outro time, mas aguarda o posicionamento da escuderia francesa, uma vez que ela possui a opção de renovar seu contrato.
Enquanto isso, Fernando Alonso anuncia em tom de mistério: "Estou 99% certo do que eu vou fazer. Logo após a prova no Brasil, todos saberão".
E nós estamos 99% certos de que ele fica onde está.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Rádio OnBoard - Edição de Xangai-08

Está no ar a 22ª edição da Rádio OnBoard!
Na presença do grande Ron Groo, o programa trouxe comentários sobre a etapa chinesa, bem como as informações da importante reunião na Suíça.
Veja a pauta:
-Domínio absoluto de Lewis Hamilton
-Kovalainen alheio ao bom equipamento
-Novo bom rendimento de Fernando Alonso
-Renault definitivamente melhor que BMW
-Ferrari, Massa, Raikkonen...
-Batida entre Trulli e Bourdais
-Toyota, Honda...
-Comparação com antigo formato de pontuação
-Mudanças previstas para os próximos anos
-Resultado da reunião na Suíça
-Expectativa para a reunião no Brasil
Retornamos na semana que vem com as discussões sobre os preparativos da corrida que define o Mundial: O Grande Prêmio do Brasil.

Classe econômica

Nos próximos anos, a F-1 inevitalmente passará a voar baixo com um orçamento mais reduzido.
Na Suíça, a FOTA e a FIA se encontraram para discutir o planejamento para as temporadas que seguem.
De acordo com o site Autosport, ficou acordado que os motores deverão durar 3 GPs em 2009. Ao ano, as montadoras deverão disponibilizar 25 unidades às equipes às quais fornecem seus propulsores.
As discussões serão retomadas em breve, aqui no Brasil, onde ocorrerá uma nova reunião para se definir o limite quilométrico de testes ao longo do próximo campeonato, bem como a regulamentação do KERS para 2010 e 2011. Em 2009, o sistema deve ser de uso facultativo.
Também avaliarão a questão do corte de custos no desenvolvimentos de chassis. Além disso, está para ser aprovado o comércio de chassis, que inclusive garantiria a Toro Rosso no grid da categoria por mais tempo.
O tópico de maior polêmica é o desejo de Max Mosley de padronizar os motores. O presidente da FIA se mostra realmente engajado em fazê-lo. Lançar tal idéia justo na era das montadoras é querer brincar com fogo. Mais do que isso: nem mesmo os torcedores conseguem simpatizar com esse tipo de decisão.
O mandato do depravado está a um ano do fim, mas ele faz questão de encerrar suas atividades em grande estilo.

Vale tudo

Na disputa pelo título vale até superstição.
Para evitar patacoadas comparáveis com a da primeira volta no GP do Brasil do ano passado, Lewis Hamilton apelou até para sobrenatual, e está contando com a ajuda do paranormal Uri Geller, famoso por entortar colheres com o poder da mente.
Felipe Massa, por sua vez, novamente contará com a cueca da sorte, que usará tanto no sábado quanto no domingo. Sem lavar, é claro.
O brasileiro comentou que o ato exótico o deixa mais tranquilo, embora reconheça que não faz nenhum diferença no que tange à sua pilotagem. É como crer em algo sabendo que não existe. Muito curioso...
No campo matafísico, podemos dizer que a temporada será decidida entre o poder da mente e o da cueca. Dia de 2 novembro, o duelo final. Aguardem...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Vai que é tua, Galvão!

Fazia tempo que as galvanadas não apareciam por aqui. Desta vez, elas retornam, mas diretamente na corrida. Como eu estava menos acordado do que de costume, devo ter passado em branco em muitas, por isso se alguém quiser ajudar puxando pela memória, fique à vontade.
Nos instantes que antecediam a largada, a câmera foca no pole position Lewis Hamilton, que acaba de alinhar após a volta de apresentação, e o narrador já demonstra nervosisimo: "Aí o Hamilton, olhou ali, checou, vai acender a luz vermelha...". Enquanto que a TV exibe imagens da metade do grid que nem se posicionou para largar. E o Galvão já queria acender a luz...
Após tantas voltas, Lewis domina com uma sobra de longos 4s em relação ao Raikkonen, até que Kimi inventa de fazer a volta mais rápida da prova. Pronto, lá vem o locutor: "Vai tentar fazer o ataque, o Raikkonen, agora!". Como se o finlandês fosse algum pokemon para dar ataque a distância...
Desesperado com a vantagem do inglês, ele manda outra: "O Felipe ainda não conseguiu tirar essa diferença, ele agora tem que correr levando a corrida pro final!". Moleza! Queria ver correr levando a corrida para o início...
Agora escancarou. Hamilton saiu dos boxes na maior tranquilidade, mas o narrador global conseguiu enxergar o impossível: "Será que a roda traseria esquerda do Hamilton não beliscou a linha branca? Só pra botar pimenta na história!", admitiu, "será que a roda traseria esquerda do Hamilton não beliscou a linha branca?". Querendo ganhar a corrida no grito? Berra mais, berra mais...
Robert Kubica faz sua primeira parada de box e não troca pneus. Galvão não notou mas até aí tudo bem. A transmissão, porém, mostrou o replay on board e ainda assim ele não percebeu: "Vocês viram aí o replay do reabastecimento do Kubica , uma parada absolutamente normal, eles só mostram o mecânico limpando ali o radiador...".
Luciano Burti, mais atento, havia reparado na cena e chamou o nome do locutor, que não parava de falar em outro assunto. O comentarista insiste: "Galvão...", e o Galvão fala do futsal. "Galvão...", e o Galvão diz que Hamilton está na liderança. "Galvão...", e o Galvão solta o slogan e entra o patrocinador. E assim passaram-se quase dez voltas, até que Burti finalmente consegue explicar o pit stop do polonês. Guerreiro, esse Burti, não?
Bem, de minha parte foi tudo. Realmente, foi um esforço grande me manter acordado nesse GP, até porque nem tinha dormido antes, deixei para dormir depois. Permanecer acordado e prestando atenção na voz gloriosa foi ainda mais complicado. De qualquer forma, nosso narrador tem parcela de responsabilidade por deixar nossos olhos abertos durante a corrida. Boa, Galvão!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Direito deles

Kimi Raikkonen não fez cerimônia ao comentar a possibilidade de título de Felipe Massa. Fora o profissionalismo, o finlandês disse que "tanto faz".
"Se ele ganhasse, seria bom para o Felipe e para a Ferrari. Mas, honestamente, não faz nenhuma diferença para mim".
Numa época em que quase todo o grid torce contra Hamilton, curioso notar a indiferença de Kimi a respeito. De fato, para Raikkonen existem duas opções: ou ele é campeão ou não é. Completamente alheio ao resto...
Quem também saiu falando abertamente e sem medo nesses dias foi o depravado Mr. president Max Mosley. Ele revelou que a polêmica festinha não foi uma caso à parte.
"Faço isso há 45 anos. Fui extremamente cauteloso e nunca tinha sido flagrado. Para qualquer um que não goste, é uma atividade absurda. Como, por exemplo, ser um travesti é absurdo para quem não é. Portanto, se você gosta, não revela às pessoas que não gostam, e isso pode incluir sua família".
Não precisavam sair por aí revelando aos quatro cantos, podem alavancar algumas pequenas polêmicas, mas são apenas suas próprias reações pessoais. Direito de cada um deles. Nada demais.

Enquete F-1

A última enquete do Blog F-1 levantou o seguinte questionamento: Nelsinho permanecerá no grid em 2009?
Com 91 cliques, tivemos este resultado:
Sim, na Renault - 48,35%
Não - 40,66%
Sim, em outra equipe - 10,99%
Ele ainda está engatinhando mas tem boas chances de continuar. Ao menos a maioria do pessoal acredita.
A próxima pergunta vai na mesma linha e é até mais abrangente. Tem brasileiro disputando vaga com brasileiro na categoria. A nova enquete está no ar, é só clicar!

domingo, 19 de outubro de 2008

Só pra constar

A uma etapa do final, sempre surge aquela curiosidade de saber qual seria a situação caso convivêssemos com a pontuação antiga, que vigorou até 2002: um sistema que privilegiava mais a vitória e menos a regularidade.
Se assim fosse, a tabela indicaria hoje 78 pontos para Hamilton contra 73 do Massa. A diferença cairia de sete para cinco. Acha pouco?
Na verdade, essa possibilidade alternativa seria um ganho enorme para Felipe. Considerando que o brasileiro vencesse em Interlagos, bastava contar com Raikkonen ou qualquer outro piloto diferente de Lewis na segunda colocação para conquistar o título.
Atualmente, Hamilton assegura o campeonato chegando em quinto. Na pontuação antiga, precisaria de um segundo lugar para se garantir. Este último paronama seria mais confortável para o ferrarista por uma razão muito simples: o peso da vitória.
Nisso, os rivais estão pau a pau: 5 pra lá, 5 pra cá. A diferença se vê na importância do hipotético sexto triunfo.
Independente de estarmos falando sobre Massa, sobre Hamilton, tenho a impressão de que a maioria dos espectadores ainda prefere o sistema que a FIA abandonou.

200 vezes Grã-Bretanha

Domínio absoluto de Lewis Hamilton no Grande Prêmio da China. Não tomou conhecimento das Ferraris, andou na ponta com total tranquilidade e conquistou a vitória número 200 da Grã-Bretanha na Fórmula 1.
Desta vez largou bem, não se envolveu em confusão com Kimi Raikkonen, que manteve o segundo assim como Felipe manteve o terceiro. Bom mesmo foi o duelo entre Kovalainen e Alonso. O finlandês levou a melhor nas primeiras curvas, porém o espanhol pressionou a cada curva, até apontar no retão lado a lado com Heikki e completar a ultrapassagem no cotovelo. Num bom sentido, claro.
A única patacoada da largada foi o toque de Sebastien Bourdais em Jarno Trulli, que provocou a rodada do italiano. O piloto da Toro conseguiria se manter na prova, ao contrário de Jarno, que abandonaria poucas voltas depois.
Fernando Alonso fez bem seu trabalho e cruzou em quarto. A Renault fecha o campeonato com o objetivo alcançado: o quarto lugar nos contrutores. Nelsinho Piquet terminou a corrida em oitavo e somou mais um pontinho.
A BMW nitidamente perdeu terreno para os franceses. Heidfeld e Kubica fizeram quinto e sexto, respectivamente. O polonês abandona a disputa pelo Mundial. Glock, da Toyota, foi sétimo.
O lugar dos bobos sobrou para Sebastian Vettel. David Coulthard, em seu penúltimo GP, passou em 10º, enquanto Rubens Barrichello, num fim de semana muito superior a Jenson Button, completou em 11º.
A expetativa era de domínio ferrarista em Xangai, possibilidade que não passou nem perto da realidade. O jeito foi usar o bom e velho jogo de equipe. Raikkonen estava menos pior na corrida que Massa, por isso ambos gastaram o trecho final reduzindo a diferença a cada volta até Felipe deixar o companheiro para trás.
Desdenhando da performance do parceiro de McLaren, Heikki Kovalainen decepcionou neste domingo. O carro pode estar bom, ruim ou razoável, mas Heikki se encarrega de transformar tudo em péssimo rendimento. Como acabamento da obra, teve o azar de dechapar o pneu. Caiu de posição, seja na prova, seja no campeonato. Agora, é o 7º da tabela, atrás de Fernando Alonso.
Lewis Hamilton venceu de forma incontestável. Possui sete pontos de sobra, basta chegar em quinto no Brasil e sair para o abraço. Já era de se imaginar que fariam falta os pontos da sinaleira, os pontos do motor, da estratégia e por aí vai.
Mas a briga ainda não acabou. O título do Felipe está na fronteira entre o possível e o impossível. Na verdade, depende mais do Hamilton que dele. O inglês tem grandes chances de se tornar campeão em seu segundo ano, após ser vice no primeiro. Abusado ou não, é de se tirar o chapéu.
O dia D tem data e local: 2 de novembro, em Interlagos. Teoricamente a Ferrari é mais forte. Foi o que todos pensavam antes da China, e é o que se tenta acreditar antes do Brasil.

sábado, 18 de outubro de 2008

Da China para o campeonato

É bom ficar de olho na matemática do título. No momento, o panorama é Hamilton-84, Massa-79 e, vá lá, Kubica-72.
Primeiro, vejamos a situação favorável ao título antecipado de Lewis Hamilton. Em caso de vitória, Massa não pode passar da 5ª colocação. Se Lewis for 2º, vai querer ver Felipe em 7º. Se cruzar em 3º e o brasileiro não pontuar, também chegamos ao fim da linha.
Para Massa depender somente de si no Brasil, será preciso descontar três pontos em Xangai, por isso completar a prova imediatamente à frente de Hamilton ainda é pouco. Neste caso, as posições dos dois pilotos, respectivamente, seriam 1º-3º, 2º-4º, 3º-6º, 4º-7º ou 5º-8º.
Já o polonês Robert Kubica, no pior das hipóteses, tem de descontar três pontos do Hamilton e perder no máximo mais dois para o ferrarista. Assim, chegaria à Interlagos com nove pontos de desvantagem para ambos.
A situação mais platônica para o GP da China seria vitória de Kubica, Felipe Massa em 4º e Lewis fora da zona de pontuação. O circo pararia em São Paulo com o piloto da BMW dois pontinhos atrás de cada um dos outros dois. Vai sonhando...

Lewis sai na frente na China

Lewis Hamilton chegou à sétima pole position no ano e já se garante como o piloto que mais vezes saiu da posição de honra em 2008, enquanto Massa possui cinco.
O inglês da McLaren cravou uma volta quase perfeita e não deu chances à Ferrari. Kimi Raikkonen novamente parte da segunda posição, possivelmente mais leve.
Felipe larga em terceiro, preocupado, mas com tanque ligeiramente pesado, acredita-se.
Fernando Alonso, em mais uma boa performance, sai de quarto. Heikki Kovalainen decepcionou a bordo da rapidíssima McLaren, por isso abre a terceira fila, ao lado do bom Sebastian Vettel.
Jarno Trulli assegurou a vaga de uma Toyota na super pole e conquistou a 7ª colocação do grid. Bourdais manteve o rendimento nas classificações e brigou entre os dez melhores, concluindo o trabalho com o 8º lugar.
O pesadelo dos vovôs Nick Heidfeld foi punido. Em Cingapura perdeu três posições por atrapalhar Barrichello, mas em Xangai foi a vez de Coulthard sair prejudicado. O piloto da BMW larga em 9º.
Nelsinho Piquet não andou mal, porém ficou de fora do Q3. Bastava virar 0.007s abaixo que tiraria a vaga de Trulli na última fase, mas agora terá de se contentar com o 10º posto do grid. Ao menos escolherá a estratégia com bastante calma. Há boas chances de pontuar amanhã.
Kubica sai de um melancólico 11º, correndo sério risco de abandonar a disputa pelo título. Glock é 12º, e Rubens Barrichello tirou leite de pedra para largar da 13ª posição. Num mau fim de semana da Williams, Rosberg é 14º e Nakajima, 17º.
Coulthard foi apenas o 15º mais rápido do qualifying, posicionando-se ao lado do companheiro de equipe Mark Webber, que caiu dez posições por precisar trocar o motor.
Por fim, Button, Sutil e Fisichella.
Hamilton tem a vantagem da pole position, mas a Ferrari pode mostrar força com ritmo de corrida para manter o tabu, já que a McLaren jamais venceu em Xangai.
A largada é um momento fundamental, não só por Hamilton e Raikkonen estarem lado a lado, mas também porque a longa curva 1 permite intensas trocas de posição.
O circuito oferece pontos de ultrapassagem e costuma proporcionar boas corridas. A diferença entre os rivais é de cinco pontos e o horário da prova é 5h da manhã, no summer time de Brasília.
Que venha a penúltima! Mas que a decisão fique para o GP do Brasil.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

De volta

Oi. Tudo bem? Há quanto tempo, né?
Aconteceram muitas coisas nesses dias, mas na F-1 até que nem tanto.
Façamos um giro rápido por algumas notícias, a começar pela tal crise financeira, a gota d'água para a saída de Magny-Cours do calendário de 2009, que possui agora 17 corridas. Pena...
Parece que um grande leva do circo se voltou contra Lewis Hamilton. Aqui tem uma síntese dos protestos, caso não tenham lido antes de mim.
Vi também o atual campeão quebrando o gelo e disparando contra o tão criticado líder da temporada. Sobre o ataque de Hamilton na largada, em Fuji, Raikkonen disse que é desde os 6 anos que se aprende a encontrar um ponto de freada.
Mais: a FIA anunciou plano para padronizar os motores e o sistema de transmissão a partir de 2010. E chegará um dia que os excelentíssimos membros da Federação lançarão a brilhante idéia de padronizar o piloto. Enquanto o dia não chega, algumas escuderias se limitam a contestar os propulsores-padrão, ameaçando abandonar a categoria. O tio Bernie velho de guerra não caiu nessa.
Li por aí que a Honda, depois de tirar a Petrobrás da Williams, irá trazer a ING da Renault. Para um time do fundão, está de bom tamanho. Assim sendo, a equipe japonesa abandonaria a inexpressiva campanha ecológica e a escuderia francesa esqueceria o carnaval, recuperando a personalidade de seu layout. A ver.
E o que veremos às 3h da manhã deste sábado será o treino de classificação para o GP da China. Retornemos à nossa programação normal, pois.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Pause no blog

Ao longo desta semana, excepcionalmente, estarei viajando por razões profissionais e dificilmente poderei atualizar o Blog F-1.
Peço desculpas a todos, mas não há muitas opções. Só espero que não ocorram muitos fatos extraordinários nesse meio tempo, tipo o Bernie Ecclestone anunciar aposentadoria da FOM ou o Schumacher assumir o cockpit do Kimi Raikkonen.
A quem me pediu os horários do GP da China antecipadamente, terei de ficar devendo, já que ando com o pé atrás depois da última escorregada do site oficial. Tive pouco tempo para verificar, por isso somente poderei colocar os horários na sexta-feira.
Até lá, estão livres de mim. Até lá.
Eu volterei!

domingo, 12 de outubro de 2008

Rádio OnBoard - Edição de Fuji

Está no ar a 21ª edição da Rádio OnBoard!
Direto da Espanha, recebemos a participação especial da Priscilla, do belo blog Guard Rail. Ron Groo também participou da gravação, que teve na pauta os seguintes tópicos:
-Incidente da largada
-Batida entre Massa e Hamilton
-Toque de Bourdais e Massa
-Segunda vitória seguida de Alonso
-Performance de Nelsinho Piquet
-Entrevista de Alonso, sem cerimônia
-Quadro "Jogo Rápido"
-Números de David Coulthard
-Pneus com faixa verde
-Abaixo-assinado para Montreal
-Abaixo-assinado para Barrichello
-Conversas envolvendo Honda e Alonso
Não teremos edição Pré-China, o GP que será disputado na próxima semana. A Rádio OnBoard volta logo após a penúltima etapa do Mundial 2008.

Alonso vence em Fuji

Se alguém estava com sono nos instantes precedentes à largada, logo tratou de acordar. Mesmo em pista seca, a corrida foi excelente.
Na largada, Kimi Raikkonen pulou para a ponta e barrou Lewis Hamilton, que se desesperou ao ver Felipe livre pela esquerda e partiu para um ataque desnecessário, tentando reeditar a bela manobra de Monza-07. Tudo o que conseguiu, porém, foi espalhar e complicar a vida de outros pilotos, inclusive a do finlandês, que foi obrigado a contornar por fora e perder posições.
Kovalainen atuou muito bem em prol do companheiro na largada, entretanto teria de se retirar mais tarde com problemas mecânicos. Coulthard foi tocado por Nakajima e abandonou após a curva 1. Terminada a primeira volta, Massa era quinto e Hamilton sexto. Eis que o britânico parte para cima do brasileiro.
Na chicane, o ferrarista joga por dentro e dá uma espalhada, enquanto Lewis consegue superá-lo. Na segunda perna da curva, Felipe se lança contra a zebra e não acha espaço suficiente na saída, provocando a rodada do rival.
Assim como no caso anterior, pareceu um ato de desespero, sendo que desta vez o desesperado foi o Massa. Não só por ter visto seu principal adversário ganhando a posição mas também por ter sido atrapalhado por um Toyota que contornava a variante à sua frente. Felipe teve de retardar a virada de volante, já que vinha por dentro e Trulli usa o traçado normal. Para um piloto que briga pelo título, ser deixado para trás pelo rival graças à influência de um terceiro costuma ser desesperador. Naturalmente, arriscou tudo para se recuperar na segunda perna e deu no que deu.
De qualquer forma, foi bom para Hamilton despertar. Depois de bater em Webber e jogar Glock para a grama, exemplos de incidentes que geram críticas de alguns pilotos até hoje, fica o recado para o inglês: o Massa também sabe ser duro nas disputas de posição.
Rubens Barrichello demonstrou na prática a disposição de que falava, defendendo a posição com unhas e dentes contra as investidas de Nico Rosberg.
Kubica liderava quando a Renault resolveu mostrar astúcia nas estratégias. Colocou Alonso em primeiro através de um pit stop rápido, e confiou no espanhol para abrir tempo até a segunda parada. Para o Nelsinho, programaram uma primeiro stint longo e um segundo mais curto. Com o bom rendimento do carro, conseguiria mais tarde um ótimo quarto lugar, que poderia se converter em pódio caso não tivesse rendido tão mal na classificação.
Raikkonen atacou Robert Kubica na parte final da prova. Brigando contra os problemas no bólido e contra o ferrarista, o polonês se sustentou e garantiu a segunda colocação. No quintal da escuderia japonesa, Jarno Trulli fez um grande trabalho cruzando a linha em quinto.
A dupla da Toro Rosso estava prestes a faturar pontos importantes na tabela, até que Sebastien Bourdais saiu dos boxes e se chocou com Felipe Massa, que ficou atravessado na pista.
O brasileiro vinha fazendo volta mais rápida atrás de voltas mais rápida na tentativa de buscar um mísero pontinho que no final pode fazer toda a diferença, por isso não estava disposto a negociar tempo com ninguém, muito menos com uma pobre STR powered by Ferrari. O francês não teve a intenção de provocar a batida, mas falhou na hora de evitar. A equipe mala de comissários emitiu o comunicado dizendo que o incidente seria investigado após a prova. A expectativa era de que ninguém fosse punido, até porque, se pintasse punição, seria para quem?
Os membros decidiram punir Bourdais com 25s.
Os pilotos deveriam saber, já não é de hoje que a FIA age assim. Na fase final do campeonato, sobretudo nas últimas três corridas, os candidatos ao título vão se tornando cada vez mais intocáveis. Lembro-me de um penalty injusto em Fuji, no passado, para uma BMW que atrapalhou Lewis na corrida. Desta vez, foi Sebastien quem pagou o pato, embora fosse um acidente normal.
Claro que também não foi por acaso que os membros da Federação arrumaram um jeito de aplicar o mesmo penalty para Massa e Hamilton no mesmo GP. É a imparcialidade parcial.
Por fim, não poderia deixar de destacar aqui que é bom demais ver os dois grandes rivais se tocando na pista. Cenas clássicas que não têm preço. A diferença para as do passado é a certeza de ocorrência de penalidade. Neste ano os comissários andam mais exigentes do que nunca.
O campeonato ficou assim: Hamilton-84, Massa-79, Kubica-72. Kimi está fora matematicamente. O Mundial pode ser definido na próxima semana, em Xangai, se Lewis vencer e Felipe chegar atrás do quarto.
É uma pista onde a Ferrari deve vir mais forte. Por outro lado, se chover, a situação se torna arriscada. Massa precisa trazer o título para o GP do Brasil. O resultado que lhe é favorável são duas vitórias contra um segundo e um terceiro de Hamilton.
Em suma, tudo segue indefinido e há boas chances de a decisão ficar para Interlagos novamente.

sábado, 11 de outubro de 2008

Indefinições

Primeiro foi Alonso quem disse que só define o futuro após a temporada. Depois, veio a Honda e fez o mesmo. Coincidência?
Claro que não. A equipe nipo-britânica está correndo atrás do bicampeão descaradamente. Por outro lado, o carro piora a cada GP, ao contrário do R28, que já tem condições de tirar pontos da BMW em algumas oportunidades.
A lógica diz que Fernando cumpre o contrato com os franceses em 2009. Button deve permanecer na Honda de qualquer jeito. A discussão é qual brasileiro será seu companheiro de equipe, que irá amargar as dificuldades do bólido.
Equipe japonesa é assim: tem dinheiro, tem pessoal, mas não tem resultado compatível com o potencial teórico do grupo. Podem correr atrás do espanhol à vontade, dificilmente irão alcançá-lo.
"A porta grande está aberta para o Fernando. Estamos prontos para recebê-lo com flores e champanhe", Nick Fry.
"Estaremos dispostos a esperá-lo até a quinta-feira que antecede o GP da Austrália", riu.

Lewis muito à frente em Fuji

Antes eram sete pontos. Depois do treino, a vantagem de Lewis Hamilton passou a ser de sete pontos mais quatro posições de largada.
O inglês voou na super pole e não deu chances aos adversários. Kimi Raikkonen fez as pazes com a primeira fila, mas parece que ainda ficou devendo, em virtude de sua virtual estratégia.
Heikki Kovalainen conquistou um bom terceiro posto, que por pouco não foi parar com a Renault de Fernando Alonso, quarto.
Cade você, Felipe?
Massa enfrentou dificuldades na fase final do qualifying e não passou de um desanimador quinto lugar. O brasileiro se queixou da baixa aderência nas últimas voltas, reconheceu o erro em pista, e avisou que promete arriscar na largada amanhã, lembrando do episódio de Hungaroring.
Robert Kubica salvou a decadente BMW. Ao contrário de Nick Heidfeld, o polonês passou não só do Q1 como também do Q2, faturando a sexta posição de largada. O alemão foi vítima do mau rendimento da escuderia com os compostos duros, por isso terá de largar em 16º.
Correndo no quintal de casa, a Toyota garantiu seus dois pilotos entre os dez melhores: Trulli é sétimo, enquanto Glock sai de oitavo. A STR também levou ambos os carros à terceira fase, dando a Vettel e a Bourdais o nono e décimos lugares, respectivamente.
Nelsinho Piquet, como sempre, ficou só no "poderia". Tinha tudo para chegar à super pole, porém cometeu erros nas duas voltas lançadas da segunda classificação. Restou-lhe o 12º posto, entre a dupla da Red Bull, desta vez com Coulthard à frente de Webber.
O japonês Nakajima superou o companheiro Rosberg: 14º e 15º. Os pilotos da Honda andaram melhor que os da Force India, apenas. Parece que a crise retomou as proporções apocalípticas de 2007.
Hamilton é o favorito de domingo. Kimi Raikkonen, reconhecidamente segundo piloto, precisará mostrar serviço para tirar pontos do inglês. Fato esse que não ocorrerá.
Felipe Massa tem de ganhar posições na largada e partir para uma prova de recuperação. Ao menos velocidade em reta a Ferrari tem, o que deve ajudar. Em contrapartida, a curva final é daquelas de pouco agrado aerodinâmico para o piloto que vem atrás.
Os mais otimistas podem acreditar que o Felipe adotou a estratégia de parada única, o que não seria uma idéia tão ruim, já que tanta gente andou no mesmo segundo durante o fim de semana, representando, portanto, uma opção interessante para a corrida. No entanto, a expressão da Ferrari e do brasileiro deixam transparecer uma significativa preocupação com o resultado do treino. Massa está, de fato, mais pesado, porém vai parar duas vezes sabendo que inicia o GP no prejuízo. A prova é de recuperação.
A largada será dada no instante em que os relógios marcarem 1h30min. Olhos bem abertos, é a reta final da temporada...

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Veja só...

Em entrevista ao Ico, jornalista do site Tazio, Lewis Hamilton negou que tenha se nivelado arrogantemente ao Ayrton como foi divulgado.
"Isso é besteira. Nunca disse isso e, se fosse dizer algo sobre alguém, com certeza não seria sobre Ayrton. Ele é meu piloto favorito, foi o melhor que já existiu e acho que, ainda hoje, ninguém conseguiria derrotá-lo. Sempre disse que seria um sonho alcançar apenas uma parte pequena do que ele alcançou em sua carreira. Seria bom se vocês corrigissem isso na mídia".
Não dá para ficar surpreso com essa resposta, já que as distorções da imprensa são muito comuns, lamentavelmente. Mas confesso que acreditei que ele havia proferido aquela pérola, sobretudo porque o órgão de imprensa que o entrevistou se encarregou de chamá-lo de "magalomaníaco". Dessa vez, a mídia alemã passou dos limites: além de alterar as palavras do piloto, resolveu criticar o entrevistado em cima da frase não dita.
Haja paciência. O jeito é esquecer e passar uma borracha na história mal contada.
E aí está o pirulito eletrônico da Honda. Até no design falta personalidade.
O bicho pode ser esquisito, mas, se de fato for usado no GP, esperemos que funcione bem e não atrapalhe os pilotos na briga contra a Force India.
Sim, tirei o dia pra pegar no pé da Honda.
Por fim, o Grande Prêmio do Japão marca, de certa forma, a estréia de Sebastien Buemi na F-1.
O novato, porém, não guiará um Red Bull mas sim o carro-médico, uma vez que o francês Jacques Tropenat vem sofrendo de uma infecção no ouvido e não poderá participar novamente.
Em Cingapura, foi a vez de Wurz ser convocado como substituto. Agora, a tarefa caiu no colo de Buemi.