FÁBIO ANDRADE
Foi também durante uma Copa do Mundo. Na sexta-feira, dia 21 de junho, o Brasil jogou e venceu nas quartas de final do mundial de futebol contra a Inglaterra, numa partida que foi considerada a final antecipada do torneio, para muitos, a melhor daquela copa. E no domingo, dia 23, o GP da Europa de Fórmula-1, disputado naquela época no circuito de Nurburgring, viu outra vitória brasileira.
Rubens Barrichello venceu pela segunda vez na mesma Alemanha em que ganhara a primeira de sua carreira dois anos antes. É uma vitória pouco comentada, talvez porque Barrichello já tenha vencido com tons mais dramáticos em outras ocasiões. Mas não deixa de ser notável a primeira volta do brasileiro, pilotando sua Ferrari pelas curvas da sinuosa Nurburgring, pulando do quarto para o primeiro lugar em menos de um giro. Sim, semelhante ao feito de um outro brazuca, numa corrida inesquecível, sob o mesmo nome de Grande Prêmio da Europa.
A vitória de Barrichello no GP da Europa de 2002, no entanto, esteve sob suspense até a bandeirada. Apenas 42 dias antes, no GP da Áustria, A Fórmula-1 assistia incrédula a um de seus maiores escândalos. As atenções nas últimas voltas da corrida em Nurburgring foram dividas entre o que acontecia na pista e os cliques de Ross Brawn no rádio da equipe Ferrari.
A ordem de troca de posição dessa vez não veio, e Barrichello pôde, enfim, vencer, como conta um repórter iniciante em coberturas esportivas chamado Tadeu Schimidt:
E aí mora uma curiosidade. Hoje mais acostumada às vitórias de brasileiros (ainda que o Tema da Vitória não toque desde o GP da Itália de setembro do ano passado), a cobertura global da F-1 quase sempre reserva apertado espaço em sua grade jornalística para falar de esporte a motor. Há oito anos, porém, cada vitória de Barrichello era recebida como chuva de verão, e ocupava a posição de chamariz de audiência, encerrando o Globo Esporte.
3 comentários:
Só uma correção. O Brasil jogou contra a Inglaterra nas quartas de finais, na semifinal o Brasil ganhou da Turquia de 1X0.
Confere, Bruno, corrigido. Obrigado.
A ousadia de Rubinho confirmou sua fase madura e de preparo para a disputa de um título mundial. Enfrentar riscos, com a coragem que lhe traz simpatia, é tarefa daquele que está preparado para se constituir como um exímio campeão.
Autêntico no brilho do seu sorriso. E humilde na sinceridade de suas aptidões típicas de brasileiro que segue a frente. Independe de críticas ou de elogios. O seu sucesso rendeu-nos a vitória célebre e a certeza que outras virão.
Rubinho vence com o peso das dificuldades que enfrentou nesta corrida, demonstra-nos a garra e a estratégia que o devem tornar cada vez mais "driblador" das dificuldades e um agente notório e carismático com a alma e a cara deste país tropicaliente, que escalda-nos emoções e nos eleva a estima na crença de partirmos em busca de ideais mesmo complexos ou que sonhamos impossíveis.
Impondo ritmo às superações dos desafios. E quem mais que o próprio Rubinho não deve saber que valor há na superação das limitações. E aí está o gosto da vitória. Saber que todo o ser humano pode e deve elevar-se à sua própria condição.
Mesmo existindo situações que contradizem tal superação. E saber que tal conquista se realiza no coletivo, nas interações, numa combinação de resultados e fatores. E eis que Rubinho ergue-se. E erguendo-se, com sua simpatia, sempre lembra e leva cada um de
nós juntos. Parabéns Rubinho, você é 100% vencedor, 100% Brasil. E todos nós reunidos, 100% no seu coração.
É hora de empurrar Rubens Barrichello rumo ao lugar mais alto do pódio!
Pinheirinho é divulgador cultural é maranhense, a partir de Brasília. - E-mail: pinheirinhoma@hotmail.com
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