sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O problema do primeiro GP do ano



ANDERSON NASCIMENTO


Como as notícias vem nos informando, a situação no Bahrein continua difícil e perigosa. Protestos e manifestações se intensificaram e as reinvindicações estão sendo cessadas à força e com violência pela polícia local, que tem apoio do exército saudita. Tudo isso levou os organizadores da GP2 Asia a cancelarem a rodada dupla que aconteceria neste fim de semana na categoria, por conta da insegurança que ronda o país.

A Fórmula 1 tem data para desembarcar em solo bahrenita. No próximo dia 3 de março está marcada as últimas sessões de testes antes do início da temporada que também será realizado no Bahrein. Só que do jeito que a coisa anda, será impossível realizar ambos os eventos sem que a categoria seja afetada pelos protestos.



Com toda essa dificuldade do país asiático em garantir a segurança de jornalistas, torcedores e pilotos para a realização da prova, foi-se cogitado nestes últimos dias o cancelamento dos testes e da etapa de abertura do mundial. Os testes teriam sua sede em Barcelona como continuação dos que já estão acontecendo no circuito espanhol. Quanto a corrida de estreia da temporada, muitos pensaram em transferi-la para uma outra data até que as coisas se acalmem ou simplesmente cancela-la.

No entanto, há, como em quase tudo o que envolve a F-1, um grande acordo financeiro. O governo do Bahrein pagou cerca de 60 milhões de euros para ter em seu país a etapa de abertura do campeonato de F-1. Como já conhecemos Bernie Ecclestone, dificilmente ele devolveria o dinheiro ao governo, visto que até mesmo este valor já esteja comprometido com alguma outra coisa. O cancelamento do evento ou seu adiamento com certeza não agradaria ao rei do Bahrein que pagou muito caro para tê-lo em seu país. Um acordo, enfim, seria desmanchado sem o acordo entre as duas partes.

A solução é bastante complicada para encontrar a cerca de três semanas para o começo do campeonato. O certo é que não existe condições da etapa bahrenita ser realizada em meio ao caos. Algum cidadão descontente pode acabar com a vida de uma meia dúzia de jornalistas americanos ou ingleses e desencadear um problema político ainda maior. Não creio que a família real irá se dar por vencida e declarar que não há ordem para que o evento aconteça, enquanto que Ecclestone irá até o último momento para evitar perder todo o dinheiro que conquistou.

Certamente é impossível prever o que vai acontecer nos próximos dias.

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