segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Bolão da Fórmula 1 e promoção para leitores



FELIPE MACIEL


No ano passado participamos da montagem de um jogo especial para a temporada 2010 da Fórmula 1, o F1 Champion. Foi um bom entretenimento para todos que ingressaram nessa e concorreram ao longo do ano. Em 2011, a mesma brincadeira muda de nome e de endereço, ganha novas regras, mantém algumas características e espera você para participar dessa disputa.

É o Bolão Podium GP! Um bolão diferenciado, de regras únicas, que tornarão o campeonato online bastante disputado e divertido. Sendo que, enquanto a temporada 2011 não começa, já tem prêmio sendo oferecido aos participantes!

podium gp


No dia 13 de março, o domingo no qual seria disputado o GP do Bahrein, o site Podium GP sorteia um anuário AutoMotor para os participantes cadastrados em seu bolão. Basta ser um deles que você estará concorrendo. Para qualquer esclarecimento, leia as regras da promoção.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Revelada mais uma falcatrua de Alonso



ANDERSON NASCIMENTO


A biografia de Bernie Ecclestone escrita por Tom Bowers trouxe mais uma polêmica não conhecida envolvendo o piloto espanhol Fernando Alonso. Segundo o livro, o piloto da Ferrari que em 2007 era companheiro de Lewis Hamilton na McLaren pediu para que o carro do inglês fosse sabotado no GP da Hungria daquele ano.

Ron Dennis havia recebido o pedido de Alonso pessoalmente e creio que não deve ter se assustado, mas jamais faria isso com a equipe que defende tão bem. A ideia do bicampeão era que a equipe colocasse menos combustível no carro de Hamilton para que ele não conseguisse completar a corrida.

No mesmo fim de semana, Alonso já havia prejudicado seu companheiro, demorando nos boxes e impossibilitando que Hamilton fizesse mais uma volta rápida no treino classificatório e assim ficasse com a pole-position. O espanhol conseguiu o que queria, mas a FIA, atenta ao que acontecia, o puniu e Alonso foi obrigado a ceder o lugar de honra ao seu companheiro inglês. O vídeo abaixo mostra bem como aconteceu este ato desonesto do asturiano.



A crise na escuderia inglesa havia se instalado. Fernando Alonso e Lewis Hamilton brigavam pela preferência da equipe e também por quem levaria o campeonato. Acabou que Alonso perdeu a vaga no time e o seu tricampeonato. Kimi Raikkonen levou o título da temporada 2007.

Para mim, não me espanta ver mais uma atitude desse tipo vinda de Fernando Alonso. É inegável que ele possui pouco caráter esportivo, e há quem discorde disso, mesmo sabendo de todo seu histórico. Não é a toa, afinal, que ele possui uma grande quantidade de fãs pelo mundo todo, especialmente na Espanha, que não quer saber o que ele faz desde que ganhe títulos e continue levando a bandeira vermelha e amarela ao topo da Fórmula 1.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Tudo continua azul



FÁBIO ANDRADE


O azul já é praticamente uma tradição, e continua lá, predominando nas cores da Williams. É o que mostra o layout do FW33 o carro de equipe inglesa para 2011. O mistério foi descortinado hoje e pouca coisa mudou nos carros de Grove. O azul continua predominando e os patrocínios, como já se sabia, rarearam.









Muita gente por aí anda dizendo que a pintura remete aos Williams-Rothmans dos anos 90. Juram? Até achei que sim, mas não foi a impressão imediata. Só reparei mesmo nisso lendo as matérias dos sites. Quase todos, aliás, destacam essa dita inspiração nos modelos fabricados pela Williams entre 1994 e 1997.





Apesar de não achar tão parecido com os Williams-Rothmans, achei um dos carros mais bonitos nessa fase em que todos são feios. Sim, do regulamento de 2009 para cá eu acho todos os carros feios.


Mas quem disse que eles eram bonitos com aquele monte de aletas, chifres e barbatanas?

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Rádio OnBoard - Edição do Regulamento



FELIPE MACIEL


Está no ar a 105ª edição da Rádio OnBoard!

Na presença de Fábio Campos e Ron Groo, colocamos em evidência as principais novidades das regras para este ano, fazendo uma prévia do que está por vir em 2011.



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A pré-temporada se prolongou e a Rádio OnBoard volta ao ar em poucas semanas, em mais uma edição sob a expectativa do começo das corridas na Fórmula 1. Até a próxima.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A boa notícia para a McLaren



ANDERSON NASCIMENTO


A McLaren foi uma das equipes que mais comemorou a decisão do cancelamento da etapa bahrenita da Fórmula 1, que marcaria a abertura da temporada da categoria. O motivo é que a equipe pode usar as duas semanas a mais até o GP da Austrália (que se tornou o primeiro do ano) para evoluir o MP4-26 que apresentou problemas além do esperado nos testes coletivos realizados na Espanha.



O novo modelo da equipe de Woking possui problemas em ter uma boa performance em ‘stints’ longos, ou em configurações de corrida. Os engenheiros e mecânicos da equipe ainda procuram entender como os pneus, o carro e os sistemas (especialmente o KERS) funcionam juntos. Será necessário compreender mais durante os próximos testes o quanto as mudanças mais radicais do carro influenciam em seu desempenho.

Mesmo com muitos pontos negativos jogando contra o time de Martin Whitmarsh, o fato de ter Jenson Button a bordo de um de seus cockpits é uma grande chance de obter um bom resultado nas corridas iniciais onde se conhece pouco sobre o comportamento dos pneus durante uma corrida de verdade. O cerebral e ótimo piloto inglês quando o assunto é estratégia pode compensar os “defeitos” que a equipe talvez ainda traga para as primeiras etapas do campeonato.

Lewis Hamilton já chegou a reclamar, mas a equipe afirma que tudo está saindo como o esperado e que poderão chegar na Austrália em condições iguais aos carros da Red Bull e Ferrari. Apesar de parecer pequeno o tempo de duas semanas a mais para trabalhar no crescimento de um carro tão complexo quanto o MP4-26, quem conhece bem o potencial dos mecânicos e engenheiros da Fórmula 1 sabe que muita coisa pode ser modificada e muito trabalho pode ser feito em quinze dias. Além disso, a McLaren, por zelar de um profissionalismo a altura de sua tradição, está ainda mais otimista quanto a melhoria de seu carro.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

De quem foi o bom senso?



FÁBIO ANDRADE


Não foi Bernie Ecclestone, tampouco a FIA ou a FOM que vieram à público em coletiva ou em comunicado esclarecer que não há condições de o GP do Bahrein ser disputado no próximo dia 13 de março. Ninguém diretamente ligado à estrutura da Fórmula-1 sugeriu esse movimento. A suspensão da prova barenita veio via comunicado da própria organização local da prova, em nota divulgada aos meios de comunicação. Uma decisão de bom senso.


O bom senso demonstrado aqui, entretanto, não veio da parte dessa categoria dita mundial que é a F-1, porque a impressão que se colheu desde que a crise se intensificou no Bahrein era a de que a corrida ia acontecer, sob qualquer circunstância. Foi o que ficou sinalizado com a insistência de Bernie Ecclestone e suas declarações polêmicas e com os comunicados burocráticos das equipes, que foram ruminando os eventos em Manama. A Fórmula-1 não vai ao Bahrein nesse início de campeonato porque o Bahrein acendeu a luz vermelha e disse um “stop” com sotaque árabe.



O GP do Bahrein foi, finalmente, cancelado e a F-1 se safou de prestar um imenso desserviço indo correr alegremente num país em delicada situação política e social. A temporada volta a começar no GP da Austrália, nas ruas de Melbourne - cidade que também dá cada vez mais e maiores sinais de que não abrigar um gp por muito tempo, mas por motivos econômicos - no dia 27 de março.


Os testes coletivos de pré-temporada que estavam marcados para acontecer entre os dias 3 a 6 de março no Bahrein foram transferidos para o circuito espanhol da Catalunha e vão ocorrer de 8 a 11 do próximo mês. Como o início da temporada só se dará 15 dias depois do que era inicialmente planejado é possível que testes extras sejam marcados durante o mês de março.


Parte da imprensa se apega ainda à possibilidade de o GP do Bahrein não ter sido cancelado, mas apenas adiado. Segundo alguns sites, a corrida barenita pode ser encaixada no final da temporada, entre os gp’s de Abu Dhabi e do Brasil. Nesse caso a prova brasileira seria transferida do dia 27 de novembro para o dia 4 de dezembro.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Red Bull lidera dois primeiros dias de testes em Barcelona



FÁBIO ANDRADE


Na época em que os times não enfrentavam restrições para testar durante a temporada, o circuito catalão de Barcelona era frequentemente chamado de “casa de todas as equipes”. A maioria dos times realizava sessões de testes por lá já que o circuito é praticamente um ideal para treinos de F-1. Possui curvas lentas, velozes, aclives e declives e lá em Barcelona fundamentou-se outro chavão que se repetia ano após ano: carro que vai bem na pista do GP da Espanha, vai bem em todo o resto do campeonato.

Das 20 edições do GP da Espanha na pista catalã, em 14 ocasiões o piloto vencedor da prova foi o campeão ao final do ano e em 16 vezes o time que venceu a etapa espanhola em Barcelona terminou a temporada no ponto mais alto da tabela.

Tudo isso atesta a importância dos resultados colhidos pela Red Bull nos dois primeiros dias de testes coletivos de pré-temporada na Espanha. Sebastian Vettel liderou as atividades tanto na sexta como no sábado. O RB7, tal como seu antecessor, o RB6, aparentemente continua imbatível nas voltas voadoras, um dos grandes trunfos do carro projetado por Adrian Newey no ano passado.



Vettel liderou com folga na sexta, quando seu melhor giro foi mais de 1.1s mais rápido do que o do segundo colocado, o espanhol Fernando Alonso, da Ferrari. No primeiro dia de testes, porém, Vettel conseguiu pouca quilometragem. Foram apenas 31 voltas, pouco menos da metade de um gp oficial. Já no sábado o atual campeão cumpriu um percurso equivalente a mais de uma corrida e meia, realizando 103 giros, o melhor deles em 1min23s315. A melhor volta de Vettel no sábado foi mais de um segundo mais rápida do que a de sexta-feira.

Na Ferrari, quem trabalhou na F150th Itália (o nome de carro mais patético dos últimos tempos) foi Alonso. Na sexta-feira o bicampeão foi o segundo mais veloz e no sábado com o terceiro melhor tempo. O grande mérito do time italiano até aqui não tem sido as voltas voadoras e sim o acúmulo de quilometragem. A Ferrari foi a equipe que mais andou nesses testes de pré-temporada, sofrendo pouco com quebras e problemas no seu modelo. A confiabilidade parece ser uma das grandes virtudes do carro rosso, que não dá sinais de que vá sofrer com as quebras que assombraram o time no início do campeonato de 2010.



Entre as outras equipes grandes, McLaren e Mercedes raramente figuraram entre as mais rápidas nesses dois dias de testes em Barcelona. No caso da Mercedes chama atenção a mudança no discurso de Michael Schumacher, que outrora afirmou que o W02 brigaria pelo título e agora já admite mirar apenas algumas vitória em 2011. Já a McLaren, que só estreou o novo carro depois da primeira bateria de testes, parece estar mais preocupada em desenvolver todas as áreas do MP4/26 do que em impressionar ou gerar mídia com possíveis blefes.
Testes coletivos, Barcelona, dia 1:


Testes coletivos, Barcelona, dia 2:

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O problema do primeiro GP do ano



ANDERSON NASCIMENTO


Como as notícias vem nos informando, a situação no Bahrein continua difícil e perigosa. Protestos e manifestações se intensificaram e as reinvindicações estão sendo cessadas à força e com violência pela polícia local, que tem apoio do exército saudita. Tudo isso levou os organizadores da GP2 Asia a cancelarem a rodada dupla que aconteceria neste fim de semana na categoria, por conta da insegurança que ronda o país.

A Fórmula 1 tem data para desembarcar em solo bahrenita. No próximo dia 3 de março está marcada as últimas sessões de testes antes do início da temporada que também será realizado no Bahrein. Só que do jeito que a coisa anda, será impossível realizar ambos os eventos sem que a categoria seja afetada pelos protestos.



Com toda essa dificuldade do país asiático em garantir a segurança de jornalistas, torcedores e pilotos para a realização da prova, foi-se cogitado nestes últimos dias o cancelamento dos testes e da etapa de abertura do mundial. Os testes teriam sua sede em Barcelona como continuação dos que já estão acontecendo no circuito espanhol. Quanto a corrida de estreia da temporada, muitos pensaram em transferi-la para uma outra data até que as coisas se acalmem ou simplesmente cancela-la.

No entanto, há, como em quase tudo o que envolve a F-1, um grande acordo financeiro. O governo do Bahrein pagou cerca de 60 milhões de euros para ter em seu país a etapa de abertura do campeonato de F-1. Como já conhecemos Bernie Ecclestone, dificilmente ele devolveria o dinheiro ao governo, visto que até mesmo este valor já esteja comprometido com alguma outra coisa. O cancelamento do evento ou seu adiamento com certeza não agradaria ao rei do Bahrein que pagou muito caro para tê-lo em seu país. Um acordo, enfim, seria desmanchado sem o acordo entre as duas partes.

A solução é bastante complicada para encontrar a cerca de três semanas para o começo do campeonato. O certo é que não existe condições da etapa bahrenita ser realizada em meio ao caos. Algum cidadão descontente pode acabar com a vida de uma meia dúzia de jornalistas americanos ou ingleses e desencadear um problema político ainda maior. Não creio que a família real irá se dar por vencida e declarar que não há ordem para que o evento aconteça, enquanto que Ecclestone irá até o último momento para evitar perder todo o dinheiro que conquistou.

Certamente é impossível prever o que vai acontecer nos próximos dias.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Protestos no Bahrein ameaçam abertura do mundial



FÁBIO ANDRADE


Já existem os que se apressam em chamar os levantes que eclodem desde janeiro no norte da África e no Oriente Médio de Primavera Árabe. Infelizmente, derrubar ditaduras ou regimes monárquicos absolutistas não é sinônimo de construir democracias e o grande momento de preocupação na Tunísia e no Egito - onde os governos autoritários já caíram pela vontade da população - é agora. A transição é infinitamente mais delicada e complexa do que a simples derrubada de um ditador.


Os protestos pioneiros na Tunísia em janeiro se espalharam por outros países da região onde a população há décadas vive numa insatisfação não-aparente.  A onda de protestos chegou até o Oriente Médio. Jordânia, Kuwait e Bahrein seguem assistindo a protestos inspirados nos que aconteceram no norte africano. Em Manama, capital barenita, os manifestantes rebatizaram a praça que é palco dos protestos de Tahrir de Manama, numa alusão à praça-símbolo dos protestos no Egito.


Protesto na "Tahrir de Manama" ontem, dia 15

Mas o que é o Bahrein? Um arquipélago situado no Golfo Pérsico, que tem de um lado a Arábia Saudita e do outro o Irã. Durante quase todo o século XX foi um protetorado britânico, condição da qual se livrou em 1971, quando transformou-se num emirado. Instalou-se então uma monarquia absolutista em que todo o ministério é indicado pelo rei. O país vive basicamente de suas reservas de petróleo e usa a Fórmula-1 como um modo caro e extravagante de publicidade desde 2004.


Como era de se esperar, as reações aos distúrbios em Manama já foram registradas no mundo da F-1. Bernie Ecclestone, que em 2002 abençoou a construção do suntuoso autódromo do Sakhir, já revelou sua preocupação com as manifestações. Um dos diretores do GP do Bahrein afirmou que a segurança de todos os envolvidos com a corrida, que abre a temporada de 2011 no próximo dia 13 de março, será uma prioridade. No entanto, se os protestos tiverem fôlego para resistir até lá, é bastante provável que os manifestantes enxerguem na corrida a mesma possibilidade de publicidade que motivou o governo barenita a custear um gp de F-1 anos atrás.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Rádio OnBoard - Edição de fevereiro



FELIPE MACIEL


No ar a edição número 104 da Rádio OnBoard!

O ilustre Fábio Campos e o doutor Ron Groo estiveram ao meu lado neste programa em que falamos, sobretudo, do acidente do Kubica em Andorra e sua longa recuperação durante esse ano de 2011.



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Dentro de uma semana estaremos de volta, será a hora de avaliar as regras do novo Mundial. Até a próxima!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Substituindo a desconfiança pela evolução?



ANDERSON NASCIMENTO



Com os tempos de ontem e a boa marca nessa manhã em Jerez de la Frontera, a Mercedes parece ter dissipado a desconfiança que caía sobre o W02. No começo, o carro dos alemães se mostrou frágil, cheio de problemas e demonstrando um fraco desempenho. Nico Rosberg foi o que mais sofreu com as dificuldades de se pilotar o W02 em seus primeiros dias de vida na pista.

No entanto, como já dito, nessa semana o carro se mostrou bastante sólido e confiável. Nas mãos de Michael Schumacher (de maneira alguma desmerecendo o talento de Nico Rosberg), o W02 evoluiu e há quem diga que o bólido alemão está tão forte a ponto de ameaçar o poderia de Ferrari, McLaren e quem sabe da Red Bull. Porém, vale lembrar que não se sabe exatamente as condições do W02 quanto foi para a pista do circuito de Jerez. Talvez o carro saiu dos boxes bem leve com uma gota e meia de gasolina, a exemplo da Sauber na pré-temporada do ano passado. Mas, os alemães não precisam disso e sim arrumar o carro nas condições mais próximas possíveis do real para não fazer tão feio como em 2010.



Mas além da possível melhora do carro, o desempenho nestes testes coletivos em Jerez dão pinta de que algo mais evoluiu. Schumacher esteve longe de sua forma impecável que o fez multicampeão na temporada passada, porém, nas últimas provas do campeonato, o piloto da Mercedes mostrou uma certa melhora e uma salto de qualidade, mesmo que pequeno em alguns momentos. Essa resultado positivo pode ainda estar em curso, como provavelmente acredito que está. Schumacher pode estar se acostumando a nova Fórmula 1 e, dessa forma, justificar os resultados destes últimos dias.

Mais uma vez é bom salientar que os resultados desta pré-temporada são muito obscuros ainda. Mas pelo que se dá pra notar até agora é que a Mercedes está diferente de como começou o ano. Os motivos ainda são incertos, mas seria bom que fossem pelas questões apresentadas acima que o time pode pintar como candidato às vitórias em 2011.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Nick Heidfeld pré-contratado pelo Lotus Renault



FELIPE MACIEL


As palavras de Eric Boullier são categóricas. Nick Heidfeld só perde para ele mesmo. Ok, o Boullier não usou essas palavras; mas foi por pouco...

O alemão está para ser avaliado por um dia neste fim de semana em Jerez. Se o time se convencer, Nick tá dentro. Bruno estará presente no autódromo apenas para ganhar quilometragem; o chefe da equipe afirmou que só seria possível abrir chance a um novato se o acidente do Kubica acontecesse no meio do campeonato, quando o carro já tivesse sido desenvolvido.

A verdade é que para substituir Kubica é preciso alguém experiente. Estivesse o Petrov fora de combate, Senna seria o herdeiro da vaga. Mas a vaga de o piloto principal da equipe não pode ser oferecida a um dos inexperientes test drivers.



Com isso, Heidfeld tem a faca e o queijo na mão. Ele chega lá, dá umas voltinhas em ritmo razoável, faz o favor de não quebrar o carro e sai de contrato assinado. Só depende dele. Numa remota chance de Nick não agradar à Renault, Liuzzi e de la Rosa ganham a oportunidade de mostrar serviço na semana seguinte.

É inegável que a situação está mole para Heidfeld. Em princípio não possui concorrência, e caso não ganhe a simpatia da Lotus Renault de imediato, surgem fracos concorrentes para tentar lhe tirar a vaga. Não tem para ninguém: Nick provou na BMW ser equiparável a Robert Kubica e é o nome certo a assumir seu lugar. A Renault sabe disso, do contrário não teria lhe arrumado um teste exclusivo.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Massa lidera a bordo de carro rebatizado; Kubica deixa a UTI



FÁBIO ANDRADE


Foi pilotando o "novo" novo carro da Ferrari que Felipe Massa marcou a melhor volta do primeiro dia de testes coletivos da Fórmula-1 no circuito espanhol de Jerez de la Frontera. Não, a repetição da palavra “novo” na primeira linha não é um equívoco. É que o monoposto italiano para 2011, que foi lançado com o nome de F-150 em homenagem aos 150 anos da unificação da Itália como nação sofreu sua primeira atualização. Agora o carro chama-se F-150th Itália.


A mudança de nome no carro rubro se deu depois que a Ford anunciou um processo contra a Ferrari pelo uso de uma marca que pertence à empresa americana. Em comunicado, a Ford salientou que a F150 é uma marca conhecida e forte da Ford e que a pickup é um dos modelos mais vendidos nos Estados Unidos e um dos maiores sucessos comerciais da tradicional montadora estadunidense.


A Ferrari então emitiu uma linda e inocente nota, em que afirma que F-150 é apenas a abreviação de Ferrari F-150th Itália, que seria o nome completo do novo carro de corridas do time italiano. Abreviações costumam ser usadas apenas depois que o nome oficial de algum produto aparece, mas trata-se aqui, pelo visto, de uma nova forma de nomenclatura de marcas.



Massa lidera primeiro dia de testes em Jerez


A bordo do rebatizado F-150th Itália, nome que fundamenta uma emenda pior que o soneto, Felipe Massa treinou sem os contratempos que dificultaram seu trabalho em Valência no início do mês. O piloto brasileiro foi o campeão de quilometragem hoje, dando 101 voltas, a melhor delas em 1min20s709, o giro mais rápido do dia. Massa foi seguido de longe por Sérgio Perez, da Sauber, que ficou a mais sete décimos de distância do brasileiro.


Na metade de baixo da tabela de tempos, a Williams se enrolou com a asa traseira do FW33. A demora no preparo do carro fez com que Pastor Maldonado só pudesse aproveitar os últimos 30 minutos da sessão. Force India e Marussia Virgin também enfrentaram problemas e perderam boa parte da do dia com os carros parados nos boxes.


Na Lotus Renault quem treinou hoje foi o titular Vitaly Petrov, mas a equipe já anunciou que Bruno Senna e Nick Heidfeld também participarão dos testes, que vão até domingo em Jerez.


A McLaren fez o shakedown do MP4/26 com Lewis Hamilton. O britânico acumulou uma boa quilometragem com o novo bólido de Woking que não fez feio na tabela de tempos, já que se tratava de um carro estreante.




Testes coletivos, Jerez de la Frontera, dia 1:


Quadro médico de Kubica evolui e polonês deixa a UTI

Na Itália a boa notícia vem do Hospital Santa Corona di Pietra Ligure, onde o piloto polonês Robert Kubica está internado depois do acidente que sofreu durante um rally no último domingo. Kubica foi transferido da UTI para um quarto na manhã de hoje, depois apresentar notável melhora clínica. O piloto deve ser submetido a duas cirurgias amanhã: uma no pé e outra no ombro direito.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

And The Oscar goes to...



FÁBIO ANDRADE


Já faz tempo que o Oscar F-1 entregou os troféus aos vencedores das oito categorias votadas aqui no Blog F-1. O GP da Bélgica foi eleito pelos (e)leitores como o melhor de 2010 e há semanas que eu queria trazer o vídeo do clip da FOM pra cá, mas o site da F-1 ainda está na idade da pedra, não permite a "embedação" dos vídeos. Mas eis que aparece o clipe em boa qualidade e fora do Youtube, em um lugar que os caçadores da FOM ainda não atuam, felizmente.


Então, com quase dois meses de atraso, entregaremos o prêmio. "The Oscar F1 goes to... Belgian Grand Prix":




Aí teve o moonwalker do Webber, o atropelamento do Barrica sobre o Alonso, o rebolation do Vettel que tirou o Button da corrida, o quase abandono do Hamilton no finalzinho e o abandono do Alonso a poucas volta do fim. Mas resisto e protesto: ainda acho que o melhor grande prêmio de 2010 foi o da Austrália.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Rádio OnBoard - Edição de Novos Carros



FELIPE MACIEL



No ar a edição número 103 da Rádio OnBoard!

A equipe está reunida novamente: Ron Groo, Fábio Campos e eu chegamos para falar dos carros já revelados para a temporada 2011. O programa foi gravada antes do grave acidente de Robert Kubica, por isso o assunto tão delicado não pôde ser mencionado em nosso bate-papo.


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Logo voltaremos em um novo programa, dando continuidade aos comentários e análises da época que antecede o início da temporada 2011 da F1.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O conservador MVR-02



ANDERSON NASCIMENTO



A Marussia Virgin não fez o que era necessário para que ela pudesse sonhar com lugares melhores na temporada 2011. Deixou de inovar e preferiu o conservadorismo. Por isso, sua campanha este ano não deverá ser tão diferente do que foi no ano passado.



O MRV-02 foi apresentado no estúdio 1 da emissora de televisão britânica BBC. Presentes estavam diretores, o projetista do carro Nick Wirth e os dois pilotos titulares Timo Glock e Jerome D'Ambrosio. Posaram para fotos, deram explicações sobre o carro e toda aquela "cerimônia" que existe em toda a apresentação de um carro novo na Fórmula 1.

Quanto as partes técnicas e o design, como já dito foram conservadores demais no meu ponto de vista. Inclusive voltaram a utilizar o CFD para projetar o novo bólido. Garantiram que a tecnologia utilizada dessa vez era bem melhor do que a que foi usada para desenvolver o VR-01. Isso só revela que o time não tirou lição nenhuma do ano horrível que teve em 2010.



As entradas de ar laterais chegam quase a ter formas ovais e o bico não seguiu a tendência dos carros apresentados até aqui, visto que possui ondulações e é baixo. A asa dianteira é larga e chamada pelos diretores de 'tromba'. O escapamento ficou posicionado abaixo do difusor traseiro.

A pintura não recebeu grande alterações. O vermelho e preto ainda imperam como cores principais, porém, os detalhes em branco ganharam mais força. O novo logo da equipe está estampado bem no bico do carro nas cores vermelho branco e azul, fazendo lembrança as cores da bandeira russa, na qual o time passará a defender agora.



Não acredito muito que a equipe russa de Richard Branson, mesmo com mais investimentos e um orçamento maior para essa temporada, deixe de andar no fundo do grid. Quanto aos pilotos, Timo Glock pode trazer alguma evolução ao time durante a temporada, mas D'Ambrosio não possui talento para fazer mais do que aprender neste seu ano de estreia na Fórmula 1. Vale lembrar que a equipe ainda não escolheu seu piloto reserva para a temporada.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Kubica, o acidente, a cobertura



FÁBIO ANDRADE


O acidente sofrido pelo piloto polonês Robert Kubica nesse domingo durante sua participação em um rali na Itália foi assunto de destaque na manhã deste dia 6 na web. Rapidamente o nome do piloto polonês entrou no Trending Topics, a lista de assuntos mais comentados do Twitter. E em meio às notícias desencontradas de primeira hora, um tema que sempre anda ao lado dos acidentes e catástrofes novamente se fez notar: a cobertura da imprensa em casos como esse.




Kubica se acidentou quando participava de uma etapa de rali nas proximidades de Gênova, no norte da Itália. O piloto da Renault guiava acompanhado por James Gerber, seu navegador, que saiu ileso do acidente. Para Kubica, entretanto, o choque com um muro às margens da estrada resultou em várias fraturas na perna, braço e mão direitas. As lesões foram confirmadas pela Renault. Ainda no final da manhã a informação era de que o piloto ainda estava na mesa de cirurgia e a avaliação inicial dos médicos era de que o risco de amputação da mão do polonês era baixo, apesar das sérias lesões.


Os fatos são esses. Alguns veículos de mídia europeus, porém, noticiaram que Kubica chegou a ter uma das mãos amputadas ainda no local do acidente. No Brasil, o direcionamento da notícia em alguns sites pendeu para a declaração que Eric Boullier, chefe da Renault, deu na semana passada, quando afirmou que o brasileiro Bruno Senna era o substituto imediato em caso de problemas com algum dos titulares (Kubica ou Petrov). Tudo isso ainda nas primeiras horas após o grave acidente.




[caption id="" align="aligncenter" width="498" caption="O carro de Kubica após o acidente"]O carro de Kubica após o acidente[/caption]

Os protestos logo se fizeram ouvir no Twitter. E nessa era em que a lógica de mercado penetrou em praticamente todos os setores, tornou-se comum ver os veículos de comunicação estampando seus posicionamentos mercadológicos disfarçados de “interesse do público”. Alguns veículos devem achar que é de “interesse do público” saber que um piloto brasileiro - sobrinho de um tricampeão brasileiro - pode ocupar a vaga de Kubica. E de fato isso é algo de interesse do público, não só o brasileiro mas o que acompanha a Fórmula-1 de uma forma geral. Mas o interesse maior poucas horas após um acidente grave, que pôs em risco a vida do piloto e cujas consequências ainda são incertas para a carreira do polonês, é saber sobre o estado de saúde de Kubica. Curiosidade sobre possíveis substitutos é algo secundário, até fútil e mesquinho, sobretudo porque a declaração de Boullier no fim das contas não quer dizer nada.


Kubica segue sendo operado durante toda a tarde de domingo na Itália. Na próximas horas um boletim médico deve atualizar o estado de saúde do piloto polonês.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A nova arma da McLaren



ANDERSON NASCIMENTO



A McLaren apresentou seu novo carro para a disputa da temporada 2011 em público na cidade de Berlim. E além de revelar inovações no carro, como já era esperado, o time inglês também inovou na hora de apresentar sua mais nova arma para voltar a conquistar o título.



Diante de uma grande multidão, o novo McLaren MP4-26 foi sendo montado com alguns mecânicos trazendo as peças que restavam ao bólido. Uma maneira bem criativa e interessante de sair da mesmice de tirar um pano sob o carro já pronto.

Quanto as alterações no carro que será usado por Lewis Hamilton e Jenson Button, a equipe seguiu algumas tendências para a temporada, mas foi mais além. O nariz continua a ser bem alto e a asas dianteira apresenta detalhes interessantes que com certeza atuarão na performance do carro.



Outras duas alterações, com certeza as mais importantes, justificam o fato do time ser um dos últimos a revelar seu novo carro. Nas laterais da entrada superior de ar acima da cabeça dos pilotos, um duto foi implantados. As entradas de ar laterais do carro são a outra novidade apresentada. Elas são mais altas do que as das rivais e possuem uma forma de L.

A pintura permaneceu a mesma, o que já era de se esperar. No entanto, muitos esperavam que os novos macacões dos pilotos fossem apresentados, mas isso não aconteceu.



Parece que com o MP4-26 a McLaren veio para fazer frente às principais candidatas ao título. Com as inovações e com dois pilotos que saberão muito bem o que estarão guiando, o bólido dos ingleses pode se tornar o temor de Red Bull e cia. É claro que ainda é muito cedo para se fazer comparações, apontar favoritos e até mesmo dizer que o MP4-26 andará na frente. Mas tudo parece conspirar a favor de uma grande luta pelo campeonato.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A Zona



FÁBIO ANDRADE


No dia que concluiu uma semana de testes pouco conclusiva o que mais chamou a atenção no mundinho paralelo da Fórmula-1 foi a sugestão, partida da Federação Internacional de Automobilismo, de criar o que se chamou de “zona de ultrapassagem”. A ideia é estabelecer uma área de 600 metros nas retas principais de cada circuito e liberar, nesse trecho, o uso das asas móveis.




A iniciativa de criação da zona surgiu depois de alertas de engenheiros e de pessoas ligadas ao corpo técnico das equipes. Adrian Newey, engenheiro-chefe da Red Bull cravou a mais forte das declarações até então, e foi preciso ao dizer que “devemos tornar as ultrapassagens possíveis, não fáceis”. O efeito do alerta foi o receio de que as asas móveis tornem as ultrapassagens banais e artificiais. Pior do que isso, as asas móveis somadas ao KERS correm o risco de acabar com todo o jogo de xadrez que envolve uma ultrapassgem, e que as vezes é mais interessante do que somente a ultrapassagem. Uma ultrapassagem não é só a ultrapassagem em si, mas toda a trama e sequência de tentativas e erros que leva até o desfecho da manobra. E, historicamente, uma ultrapassagem é o triunfo de um conjunto equipamento/piloto que seja superior a outro conjunto equipamento/piloto naquele determinado momento. Não é um simples apertar de botões.




O vai e vem de regrinhas e preciosismos que a FIA sinaliza nessa pré-temporada revela ainda que quase um ano depois desse post várias coisas ainda são válidas para o momento da Fórmula-1. A categoria precisa de mais do que um regulamento estável, precisa primeiramente decidir afinal que filosofia de espetáculo ela vai seguir. No momento atual é impossível dissociar a palavra “espetáculo” da palavra “esporte” porque os dois andam juntos. Mas aquela que se considera a categoria máxima do automobilismo tenta se equilibrar numa escorregadia fronteira: entre se afirmar como celeiro da técnica e dos melhores pilotos do mundo ou injetar artifícios que descambam para sua própria mariokartização. E antes de tudo é preciso escolher qual estilo de entretenimento será representado.


Até que alguém do alto comando da Fórmula-1 acorde para isso, continuamos acompanhando a evolução da zona.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Ross Brawn faz pouco caso do escapamento frontal



FELIPE MACIEL


Em todas as apresentações feitas até aqui, vimos muitos carros sem nada de novo a apresentar, com exceção do bólido da Lotus Renault. Quando olharam para sua traseira, veio a pergunta: onde foi parar o escapamento que deveria estar aqui?

Logo se descobriu que a equipe inseriu uma solução inovadora, apontando o exaustor para frente, nas proximidades do sidepod. A ideia é basicamente canalisar o fluxo de ar na direção do difusor, ainda que através de um longo caminho. Clique e entenda como funciona o escapamento da Lotus Renault.



Mas o que à primeira vista parece uma invenção a ser disseminada pelo grid, pode na verdade não ser tão essencial quanto se sugere. Ross Brawn, por exemplo, não se surpreendeu em nada com a novidade e deu de ombros para ela, arriscando-se a dizer que os times devem optar por diferentes soluções.

Eu vi a Ferrari, e eles tinham algumas opções diferentes. Eu acho que existem algumas soluções que você pode implementar para obter os benefícios provenientes da energia do escape. Então eu creio que veremos diversas soluções até o Bahrein.

Ross Brawn



Rumores indicam que a McLaren estaria preparando o novo MP4 para abrigar o exaustor de saída frontal; o dia do lançamento dirá se é apenas um boato.

A julgar pelas palavras de Brawn, o escapamento da Lotus Renault está longe de ser a grande inovação do ano. Alguns podem copiar mas há outras opções a se considerar. Também há que se considerar que certas estranhezas no conceito não fazem do escape frontal uma aposta tão segura. A Renault abraçou o risco e o lançou, e os times que resolverem incorporá-lo não deverão enfrentar grandes desafios técnicos.

Resumindo a ópera, passada a surpresa do primeiro momento, o exaustor revolucionário começa a não impressionar tanto assim. Mas somente com o tempo saberemos quais soluções irão se sobressair no final.