domingo, 30 de novembro de 2008

Ganhar, ganhou, mas...

Rubens Barrichello venceu o Desafio das Estrelas, o evento que reúne grandes figuras do automobilismo nacional e internacional. Neste ano, em virtude dos acontecimentos em Santa Catarina, a competição ganhou um caráter de solidariedade.
Na pista, foi um espetáculo, como era de se esperar. Lucas di Grassi faturou a pole, travando o duelo com Rubens nas duas baterias. A primeira foi vencida pelo Barrichello. Já na segunda, quando ocorre a inversão dos oito primeiros no grid, deu Felipe Massa.
Rubinho levou o caneco por um pontinho. Ao sair do carro, ao invés de comemorar, resolveu esbravejar para cima dos concorrentes.
Disse que o Schumacher estava em clima de guerra, que vinha dando pancada, que não poderia ter feito isso, que ele está no Brasil e a coisa poderia ficar ruim. Também falou do Lucas, com quem se chocou na etapa da tarde. Acusou o di Grassi de ter tentado tirá-lo da corrida, e nem mesmo na festa do pódio deu sossego ao test-driver da Renault.
Ambos responderam. Lucas disse que o toque foi normal e não entendia a razão daquela irritação. Schumacher foi mais direto: "O Barrichello é assim: reclama quando perde e quando ganha". O alemão acrescentou que foi forçado a abandonar por conta de um toque danoso ao escapamento, nem por isso chegou a se exaltar como outrem.
Francamente, Rubens, já passou da hora de você aprender a ganhar...

sábado, 29 de novembro de 2008

Pequeno alívio

De volta às medalhas.
Dessa vez não é para falar sobre o terrível estado das faculdades mentais de Bernie Ecclestone mas sim para desmenti-lo.
Embora o poderoso chefão tenha espalhado por aí que a idéia certamente será implementada, provavelmente já em 2009, uma vez que todas as escuderia estariam de acordo.
Mentira! A inteligência ainda é um fator importante no ambiente da Fórmula 1.
O site Pit Stop fez referência a alguns sites britânicos que exploraram o assunto. Consta que a FIA se posiciona totalmente contra a proposta. Nem mesmo unanimidade entre as equipes é verdade.
Um exemplo é o Daily Telegraph que se arriscou a dizer que a questão não deve nem mesmo constar na pauta da próxima reunião do Conselho Mundial.
Que assim seja.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Olha o homem aí

Michael Schumacher já chegou a Florianópolis para participar do Desafio das Estrelas. E ele não não largava do kart, trabalhou bastante nele ao lado do mecânico e do tradutor.
Quem conta é Fábio Seixas, que tratou de publicar a foto do alemão em mais uma roupitcha exótica.
A frase do dia também é do heptacampeão, falando sobre o amigo Felipe Massa: "Ele é como se fosse o meu irmão mais novo".
Pois é, Ralf...

Mutley Ecclestone

Pelo registro da coluna de Jos Verstappen, quase que se começa desconfiar de que o ex-piloto anda tão caduco quanto Bernie Ecclestone.
"Existem muitas pessoas que ridicularizam essa sugestão, e, honestamente, tenho de admitir que primeiramente pensei que ele tinha sido pego pelo estresse do divórcio. Mas acho que ele, na verdade, tem um ponto a favor. Como ele, penso que o maior vencedor de corridas automaticamente deva ser o campeão".
O holandês, no entanto, foi menos radical e apenas propôs o alargamento da diferença de pontuação entre primeiro e segundo colocados.
Enquanto isso, Bernie segue defendendo com unhas e dentes a F-1 olímpica, acreditando que esse será o único jeito de permitir o aumento das ultrapassagens no pelotão da frente.
Mal sabe ele que está zelando apenas pela extinção das batalhas de pista do quinto colocado para trás.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Pitaco de patrocinador

O presidente do Santander, Emilio Botin, comentou sobre o acordo firmado com a Ferrari a partir de 2010 e aproveitou para reacender a esperança da espanholada.
"O Fernando é o melhor piloto do mundo. Queremos muito trabalhar com ele, é claro. Mas esse acerto, no entanto, não depende apenas da gente".
Nem iniciou o prazo de contrato e já começou a falar demais...
Independente da declaração que pode vir a incomodar McLaren (que possui contrato vigente), a Ferrari (que ainda não o tem mas o terá) e a Renault (que tem o Alonso), é sempre bom relembrar: Massa e Raikkonen estão garantidos na escuderia italiana até 2010. O mesmo vale para Alonso com os franceses.
Mesmo que a ida de Fernando para a Ferrari exija uma surreal quebra coletiva de acordos, vira e mexe e a boataria volta a bater na mesma tecla. Vai acontecer, é inevitável.
Os futuros rumores um pouco mais sensatos, porém, apostarão nessa parceria em 2011. Depois, 2012. E assim vai, ano após ano. E eu continuo achando que nunca ocorrerá.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Guilhotina de custos

A Toyota como sempre será uma das primeiras a apresentar seu novo modelo. A data marcada é 15 de janeiro, sendo que os primeiros testes serão realizados em Algarve, entre os dias 20 e 22.
A grande surpresa, no entanto, é relativa ao formato da apresentação: os japas anunciaram que não haverá evento de lançamento, e que sons e imagens apenas serão disponibilizadas no site da escuderia. O motivo? Corte de custos...
"Para enfatizar nosso compromisso com a redução de custos geral na F-1, a equipe não irá prosseguir com o seu tradicional programa de evento de pré-temporada".
Se fosse ironia não soaria tão patético.
A equipe que menos se importa com gastos na F-1 abusou da hipocrisia indo de um extremo a outro.
Se continuar desse jeito, o próximo passo para cortar custos será banir os carros do automobilismo. Vai ser uma economia e tanto.

Bom sinal

Luca di Montezemolo já soltou o verbo para cima dos traçados novos de Cingapura e Valência após conferir a estréia desses GPs, que de fato não foram nada animadores.
O próprio também tratou de ir conferir pessoalmente o autódromo que ganha espaço no calendário a partir do ano que vem. Sua impressão não poderia ter sido melhor.
"Fui para ver o progresso do circuito e fiquei satisfeitíssimo. Pelo que vi até agora, algo absolutamente extraordinário e muito diferente está vindo. O traçado é bastante interessante. Felizmente, muito mais interessante do que os novos circuitos deste ano. Abu Dhabi proporciona ultrapassagens em, pelo menos, três pontos. Isso significa que não ficaremos assistindo uma fila indiana".
Se Luca disse, está dito.
O circuito anti-horário de Abu Dhabi fecha o Mundial 2009 da F-1. Agora ficou com cara de boa novidade.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Berger, Toro e Red Bull

Gerhard Berger assumiu metade das ações logo no nascimento da Toro Rosso e, neste ano, vivenciou bons momentos na direção da equipe, tendo como ápice a vitória de Sebastian Vettel em Monza.
Mas a aventura do austríaco se encerra por aqui. A Red Bull anunciou que está retomando os 50% de Berger, que comentou o assunto em tom de missão cumprida: "Sou muito feliz por ter ajudado Didi, que se comprometeu com a F-1 com tanta dedicação, na reorganização do time e neste processo de uso do meu conhecimento".
Ele acredita que a mudança será positiva para o time e explica sua saída: "O apoio à STR já não será feito da mesma forma que tem sido até agora para avançar. Nestas condições, é difícil melhorar o sexto lugar. E andar para trás eu não vou jamais, não combina com a minha natureza".
Didi, ou Dietrich Mateschitz, havia declarado no meio do ano que tinha pretenções de se desfazer da Toro, vendendo sua parte. Com a repentina ascenção da escuderia na segunda fase da temporada, o Mr. Energético se viu em condições de repensar sua posição, e por fim tomou a medida contrária, comprando a outra metade do bolo.
Assim como a parceria McLaren-FI, a consolidação da Red Bull dentro da STR reafirma a lógica de que a FIA está prestes a liberar as equipes-clientes a partir de 2010, embora ameaçasse fazer o oposto há um ano.
Já Gerhard Berger deixa o cargo para entrar na história. Ele se despede com um feito venerável. Comandou o time B que superou a própria matriz. Levou a equipe à sua primeira vitória, enquanto o time A jamais venceu um GP. A dupla com Franz Tost fez da ex-Minardi uma escuderia de respeito.
Ah, sim, claro: Mérito do Vettel também.

Di Grassi responde

Nelsinho inventou de meter o bedelho na disputa com uma declaração nada animadora para o test-driver da própria equipe, garantindo que "Bruno Senna é muito melhor que o di Grassi". Lucas respondeu.
Em entrevista ao site Grande Prêmio, di Grassi deu de ombros para o comentário de Piquet: "Acho irrevelante a opinião dele".
"Na verdade, eu não sei em que circunstâncias ele falou aquilo, mas não tenho muito que comentar dessa situação, cada um tem uma opinião. O que me importa, por exemplo, é a opinião dos jornalistas. Ganhei o 'Capacete de Ouro', que foi uma coisa que me deixou feliz e surpreso de ter ganhado, e continuo focado no meu trabalho e no que eu tenho de fazer".
Acontece que, neste momento, a opinião dos jornalistas não lhe é tão favorável. Lucas está sendo colocado como carta fora do baralho, e a vaga na Honda está sendo vista como um duelo restrito a Senna e Barrichello. E existe uma boa razão para isso.
Di Grassi faz o estilo de piloto técnico, assim como Rubens, que tem a experiência a seu favor. Ele também é mais uma boa promessa para o futuro, o mesmo vale para Bruno, com a diferença de que este é um Senna.
Merecer uma vaga, com certeza merece. Mas a situação mais difícil talvez seja a dele.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Um treino diferente

Além da FIA, agora temos uma outra entidade engajada em lançar idéias geniais para "melhorar" a Fórmula 1: É Fota...
A última diz respeito ao treino classificatório. O sistema atual é bom, só tem como defeito a questão do combustível, que por vezes entrega a pole àquele piloto que optou por largar mais leve, enquanto competidores potencialmente mais rápidos perdem o direito de sair da posição de honra em virtude da estratégia adotada para a corrida.
Solução óbvia para isso: libera a gasolina na super pole. Mas não... Eles têm que complicar.
O site Autosport contou que o novo formato em estudo consiste em soltar à pista todos os vinte pilotos com a mesma quantidade de combustível. A cada volta o mais lento é eliminado. Após 14 giros, os seis sobreviventes buscam um novo jogo de pneus e novamente igualam o tanque.
A infeliz proposta também visa definir o campeonato no sábado, dando um ponto ao pole position, além de uma quantia em dinheiro.
Ridículo. Péssimo. Um lixo.
Não preciso ficar aqui enumerando os pontos negativos nem prevendo os problemas que a suposta novidade traria ao circo. Essa é uma daquelas idéias na qual você bate o olho e já sabe que não pode dar certo.
Tomara que haja ao menos uma criatura sensata na mesa de reunião da Fota no dia 4 dezembro para que a unanimidade não aprove a idéia e, consequentemente, que ela jamais passe perto da mesa de Max Mosley.
É por essas e outras que as escuderias jamais criarão uma categoria independente. Quando o assunto é regulamento, suas pérolas podem superar as da FIA.

domingo, 23 de novembro de 2008

F-1 sem França

Se a notícia é boa ou ruim fica a critério de cada um. Eu vejo com bons olhos a desistência da EuroDysney em receber a F-1 a partir de 2010.
Os organizadores alegaram que a falta de patrocínio foi crucial para se jogar a toalha, e assim a França perde sua chance de sediar um GP não só em 2009 como também em 2010.
É uma pena um país de tradição ser obrigado a passar por situações como essa. Mas também não seria bom negócio a construção de um pista urbana nos arredores de Paris. Já ficou bastante claro que Hermann Tilke não é um arquiteto muito inspirado quando o assunto é traçado de rua. Quando a França retornar ao circo, espera-se que seja numa pista realmente boa. A F-1 não precisa de mais um Mickey Mouse e a França não merece sediar, por tanto tempo, um GP assim.
"O que queremos é encontrar um lugar certo, pois o GP francês tem de ter vida longa". Foram as palavras animadoras de Bernie Ecclestone, mostrando-se disposto a encontrar um espaço para a França na categoria. Ao contrário do que faz com a Inglaterra, o Canadá e os EUA.

sábado, 22 de novembro de 2008

Round 2

Sites brasileiros andam espalhando a notícia de que o duelo Senna x di Grassi terá mais uma segunda edição.
Os próximos treinos serão realizados entre os dias 9 e 11 de dezembro, em palco espanhol novamente, mas desta vez em Jerez.
Se a primeira foi dada como vitória de Bruno Senna, consta que Lucas di Grassi pediu à equipe que no próximo treino ambos os brazucas saiam dos boxes com o acerto zerado, em igualdade de condições.
Se for verdade, é porque está tentando usar a seu favor o ano de test-driver que a Renault lhe proporcionou. A brincadeira que parecia ter terminado pode estar apenas esquentando.

Webber fora

Mark Webber terá de se ausentar de boa parte do período da pré-temporada da F-1. O piloto também é obrigado a esquecer sua participação na Corrida dos Campeões, em Wembley.
Tudo por causa de um acidente sofrido na Tasmânia, durante o evento beneficente que patrocina, o Mark Webber Pure Tasmania Challenge.
Ele foi atropelado por um motorista que, ao que consta, apenas tratou de fugir. Mark foi levado de helicóptero ao Hospital Real de Hobart e posteriormente transferido a um hospital particular. Houve ferimentos nos braços e, sobretudo, nas pernas.
Após a operação para a colocação do pino na perna quebrada - a perna direita -, ele passa bem, mas ficará de molho por pelo menos seis semanas.
Ano que vem ele está de volta.

Rádio OnBoard - Edição de Novembro-08

Está no ar a edição número 25 da Rádio OnBoard!
Ao meu lado, Fábio Campos marcou presença para nos atualizarmos de alguns assuntos posteriores ao GP do Brasil, sobretudo os badalados treinos em Barcelona.
Conforme prometido no programa anterior, estreamos a novidade das férias: um quadro de entrevistas com nossos ouvintes. Eduardo Moreira foi quem inaugurou a seção, trazendo para discussão tópicos das categorias automobilísticas que mais gosta de acompanhar. São elas F-1, F-Indy e Nascar.
Quem quiser participar nas próximas oportunidades, basta fazer o mesmo que Eduardo, escrevendo para radioonboard@gmail.com, contando sua relação e/ou histórias com o automobilismo, e esperar o retorno da nossa equipe.
Excepcionalmente neste programa o amigo Ron Groo não esteve presente, mas esperamos que retorne em breve, na edição seguinte, que irá ao ar em dezembro. Até lá!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Barrichellox

Postando pra dizer que estou vivo.
O motivo da ausência é problema de conexão. A coisa realmente está feia por aqui.
A conexão vive dando pau e, durante o pouco tempo que resolve funcionar, a net fica lentíssima.
É muito difícil postar e seria impossível publicar a última edição da Rádio OnBoard se não tivesse apelado para o primo. Eis o link, ouve lá.
Já foi uma conquista enorme fazer este post sair, sobretudo nesse tom calmo e paciente. Mas é melhor eu encerrar logo por aqui antes que essa porcaria caia de novo. Vou continuar tentando o possível para voltar a postar o quanto antes.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

E o pior de tudo...

"Claro que perdemos muita pressão aerodinâmica em comparação ao carro de 2008. Só que, com pneus slicks, tivemos um aumento substancial de aderência nas curvas lentas. Sendo assim, não vejo que teremos uma grande diferença entre os dois carros", Robert Kubica, comparando o novo com o antigo.
Pelo visto, a diferença de feeling não deve ser tão significativa, mas a grande mudança que se espera obter é a ausência do ar sujo em "curvas-chave" para se realizar ultrapassagens.
Quem falou sobre as expectativas para os futuros duelos foi o piloto de testes Pedro de la Rosa:
"Vai ser mais fácil ultrapassar, mas a F-1 não vai virar a MotoGP. O carro vai continuar influenciado pela aerodinâmica, e vai continuar existindo turbulência. Mas não haverá nenhuma transformação radical".
A julgar pelas declarações, nada sofrerá tantas alterações quanto a questão visual.
Ah, sim... Antes de encerrar o post é bom que se diga: o piloto da foto é mesmo o espanhol da McLaren guiando pela Force India. Cooperação técnica ou imposição de piloto? A ver.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O que é isso, BMW?

Geralmente, quando as equipes apresentam os carros no início do ano, os fãs da categoria discutem qual o bólido mais bonito da temporada. Em 2009 deve ser diferente: a disputa será pelo mais feio.
Estão rolando em Barcelona os testes mais esquisitos dos últimos tempos. Look na bagaça...
Nem parece que é de verdade...

domingo, 16 de novembro de 2008

3 candidatos por vaga

Esta é a semana em que Bruno Senna e Lucas di Grassi brigarão para provar à equipe Honda quem merece o cockpit da equipe em 2009.
Nelsinho Piquet estranhamente resolveu meter o bedelho em defesa do amigo: "O Bruno é muito melhor que o Lucas", afirmou.
Piquet esteve presente nas 500 Milhas de Granja Viana neste fim de semana mas foi desclassificado por antitude anti-desportiva. Segundo os comissários, ele teria se desentendido com membros de equipes adversárias.
Já Rubens Barrichello faturou o título da competição, acompanhado de Tony Kanaan, Luciano Burti, Felipe Giaffone e Renato Russo.
Mais uma vez, garantiu que disputará o próximo Mundial. "Isso [as 500 Milhas] não serve como uma despedida, serve como treino. Quero muito continuar na F-1. Se alguém quiser que eu pare, ou o destino for assim, que seja assim. Mas eu estou pronto para mais e acho que a Honda precisa de mim como eu também preciso deles, então eu espero que dê certo".
Pelo visto, vai precisar torcer por um treino muito infeliz, tanto do Bruno quanto do Lucas. Button e Wurz também estão convocados para as sessões de Barcelona. Rubinho não, mas ele é um brasileiro que não desiste nunca.

sábado, 15 de novembro de 2008

Tilke's

O GP de Cingapura foi eleito a melhor etapa do ano no Professional World MotorSport Awards.
A pista provocou diversas reclamações dos pilotos com relação às malvadas tartarugas da curva 10, com relação a alguns trechos pouco iluminados, havia perigo na entrada e na saída dos boxes (que por sinal foram alterados antes do domingo), além de muitas irregularidades no asfalto, que provocaram faíscas nos carros durante todo o fim de semana. A corrida também não foi das melhores da temporada.
Ou os jurados avaliaram apenas as questões estruturais, supervalorizando o desafio da iluminação, ou são um bando de puxa-saco do Bernie Ecclestone.
Em contrapartida, um outro circuito de Hermann Tilke anda mal das pernas. O GP chinês tem contrato com a FOM até 2010, mas está à beira da extinção. Neste ano, a organização contou com a entrada gratuita de estudantes para tentar evitar o vazio das arquibancadas. Nem assim.
"Estamos estudando o que fazer. Se não renovarmos com a F-1 após o fim do atual contrato, em 2010, daremos um jeito de usar essa área durante o ano. Queremos transformar isso numa Disneylândia dos carros. Fãs poderão vir aqui e sentir a emoção de pilotar com velocidade, num circuito de primeira linha", disse Qiu Weichang, diretor da empresa que administra o circuito.
Este é o preço que se paga por levar a F-1 a lugares sem tradição.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

B wins

39 a 29. Esse foi o placar da disputa entre Toro Rosso e Red Bull em 2008. A equipe A se viu obrigada a amargar um derrota para sua filial.
Uma das primeiras providências para virar o jogo no próximo ano foi promover Sebastian Vettel ao cargo de piloto titular da RBR. Mantido no cockpit, Mark Webber avaliou a mudança interna como um fator de pressão sobre a escuderia.
"Com a vinda de Vettel, acho que o time vai sofrer com a pressão e, principalmente, porque terá de melhorar muito por causa dele. Afinal, a equipe terá de dar a ele, no mínimo, aquilo que a Toro Rosso proporcionou neste ano", e ainda completou: "Penso que, na verdade, isso será bom para o time, pois é importante ter alguém que andou rápido com o mesmo carro, mas em outra equipe. É ótimo ter alguém com esse tipo de experiência. Sempre fui fã de novas idéias. Às vezes, isso ajuda bastante".
"Não se pode simplesmente colocar a culpa na falta de sorte, mas também não podemos ignorar o fato de que Bourdais e Vettel foram sempre mais rápidos que nós em diversas ocasiões. Por outro lado, não sei dizer a razão dessa diferença de performance. E não é apenas por causa de Bourdais ou Sebastian. O fato é que não conseguimos somar pontos o bastante, e isso ficou bem claro", encerrou.
Uma das hipóteses que foram levantadas diz respeito ao motor Renault, que não estava em sua melhor forma quando se deu o congelamento dos propulsores. Por isso é bom frisar que, a partir de 2009, os construtores poderão mexer nos motores, que por sua vez precisarão durar 3 GPs em sequência.
A Red Bull nem pode pensar em perder para a Toro Rosso por dois anos consecutivos. Vettel é um piloto cobiçado e não será fácil mantê-lo até 2010 sem um carro convincente. Mais do que começar bem o ano, também será fundamental desenvolver bem ao longo da temporada para não perder mais terreno no grid. Num ano repleto de mudanças, resta a confiança na mente brilhante de Adrian Newey para alavancar a evolução de um time que, de certo, possui potencial para ir além.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Hora da premiação

Felipe Massa ganhou, pelo segundo ano consecutivo, o Capacete de Ouro da categoria Fórmula 1. Rubens Barrichello (que já faturou seis de ouro) ficou com o Capacete de Prata. Nelsinho Piquet herdou o Capacete de Bronze, já que só havia três brasileiros no grid.
Lucas di Grassi e Helio Castroneves também se destacaram no evento.

O Capacete de Ouro é tido como o Oscar do automobilismo nacional. Segue a lista dos demais ganhadores.

Fórmula 1 - Felipe Massa

Top - Hélio Castroneves

Internacional - Lucas Di Grassi

Nacional - Ricardo Maurício

Fórmula - Nelson Merlo

Fórmula Truck - Geraldo Piquet

Rali - Luís Stédile/Lucas Rocha

Off Road - Maurício Neves/Clécio Maestrelli

Turismo - Gustavo Sodermann

Endurance - Eduardo S. Ramos/Leandro Almeida

VIP - Andreas Mattheis

Kart - Felipe Fraga

Revelação - Victor Franzoni

Falando nisso, não se esqueçam do nosso Oscar F-1, que continua em aberto até o dia 8 de dezembro. Eleja você mesmo os melhores do ano! Aproveita enquanto é de graça...

Tenebroso

O aerofólio traseiro não será apenas mais alto e mais estreito: será muito mais alto e muito mais estreito.
O aerofólio dianteiro não será apenas mais baixo e mais largo: será muito mais largo do que aquele com que estamos acostumados.
A Williams divulgou o modelo atual adaptado para dar uma noção da feiura que será vista nas pista nesses próximos anos. Vai se acostumando logo...
É bom mesmo que essa coisa aumente sensivelmente as chances de ultrapassagens. Na teoria funciona. Na prática, só saberemos ano que vem.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Outra

Tirei o dia para postar piada. Essa veio do Kibe Loco, via Blog Position.
Mas para não dizer que não falei de flores, recomendo a leitura de Martin, Barak e Lewis. O piadista Ron Groo, excepcionalmente, resolveu falar sério desta vez.

Piada pra inglês ver

Que foi que deu no Button, hein?
"Lewis é um campeão digno. Mas ele não teria feito o mesmo trabalho que eu na Honda. Quer dizer, o cara nunca esteve em um carro ruim. Acho que você aprende muito e se torna um piloto melhor tentando ser competitivo com um carro fraco".
"Se eu tivesse o carro de Lewis, certamente teria sido campeão".
A convivência com Barrichello não fez muito bem a ele, não.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Negócio fechado

Force India e McLaren anunciaram a tão esperada parceria. A Mercedes fornecerá motores ao time indiano, que também será beneficiado com o fornecimento da caixa de marcha, sistema hidráulico, além do mais novo equipamento dos bólidos: o KERS.
A questão dos pilotos é bastante especulada. A mídia sempre inventa de querer colocar na F-1 o piloto do momento da Mercedes na DTM, por isso os boatos a respeito de Paul di Resta. Há quem diga que o eterno test-driver Pedro de la Rosa tem chances na FI. Mas a tendência é que Sutil e Fisichella se sustentem na equipe.
Mallya comentou que não pensa em alterar sua dupla para o ano que vem, e que neste momento só se importa com a construção do modelo de 2009, o VJMO2.
A Honda, então, que trate de acelerar, porque tem time do fundão fazendo um esforço exemplar para subir no grid.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Montezemolo abre aspas

Depois de tanta bronca que teve de soltar durante o ano, confesso que fiquei curioso para saber qual foi a reação de Luca di Montezemolo nas voltas decisivas do GP do Brasil. E, surpreendentemente, ele comentou em público o desespero pessoal ao ver Lewis Hamilton buscar o título na última curva do campeonato:
"Tenho que admitir: Eu quebrei a televisão", revelou. "Quando a TV quebrou fez um barulho terrível. Minha filha, na outra sala, ficou bem assustada".
"Felizmente nós temos outras televisões em casa, então eu consegui acompanhar a cerimônia do pódio, que foi muito bonita".
Não é de hoje que o presidente da Ferrari surpreende quando resolve falar. Há poucos dias, logo após a definição do Mundial, soltou essa para cima de Lewis e da própria equipe: "Conseguimos salvar Hamilton de ser mandado para o departamento psiquiátrico".
Até mesmo Kimi Raikkonen foi vítima das brincadeiras do patrão. Na festa de comemoração do campeonato de construtores, em Mugello, Montezemolo indagou: "Kimi, era realmente você, em carne e osso, ou foi um amigo, um dublê, que correu pela Ferrari no GP do Brasil?".

domingo, 9 de novembro de 2008

Auto-confiança

Se o ano não foi perfeito para alguns, é hora de pensar em melhorar para mudar a própria imagem em 2009. É o caso de Nelsinho Piquet e Heikki Kovalainen, que começam a traçar objetivos para a próxima temporada.
O brasileiro já tratou de escolher uma posição na tabela, reconhecendo que não alcançou a meta de 2008: "Neste ano, eu queria estar entre os dez primeiros, terminei em 12º. Agora quero estar entre os seis primeiros no campeonato", avisou.
Enquanto isso, o finlandês da McLaren diz que irá focar no companheiro de equipe.
"Obviamente, não estou contente com meu desempenho. Não cometi erros durante o ano, mas a temporada foi muito difícil. Não completamos todas as corridas e alguns problemas no carro nos tiraram alguns bons resultados. Entretanto, acho que estou muito mais preparado para 2009 e estou ansioso para começar a trabalhar visando o próximo ano. Acredito que poderei competir contra o Lewis".
Estão aí dois jovens pilotos que têm muito a provar. 2009 será um desafio à parte.

sábado, 8 de novembro de 2008

Mais uma lamentável

A festa de fim de ano da Ferrari aqui no Brasil deu no que falar. Tudo porque Rubens Barrichello resolveu aprontar.
O ex-piloto da equipe puxou Massa para uma área elevada do setor vip e começou a gritar "Schumacher, viado!" repetidas vezes. Todos estranharam a postura de Rubens mas, aos poucos, o público passou a acompanhá-lo na manifestação, até mesmo Felipe, que se encontrava nitidamente constrangido ao lado de Barrichello.
Logicamente, a festa que começou às 22h teve distribuição de bebidas alcoólicas.
O primeiro a comentar foi o amigo e velho empresário do alemão, Willi Webber:
"Que Rubens tenha feito algo assim não me surpreende. Mas Felipe, sim. Ele e Michael tem uma relação muito boa e são bons amigos".
Michael falou sobre o episódio, já perdoando Felipe e culpando o álcool pelo incidente: "Felipe é meu amigo. E, nessas festas, sempre há bebida demais".
Na verdade, Massa havia acabado de chegar. Pena ter de passar pela recepção barrichelliana. Se alguém estava bêbado, esse alguém era Rubens. Um cara que, definitivamente, não serve para falar em público. Esteja ele sóbrio ou não.
Depois de tantas frases expressivas diante da imprensa ao longo da carreira, o possível ex-piloto fechou o ano com mais uma prova de sabedoria e inteligência. Os insultos proferidos não deveriam ser ditos em lugar algum, muito menos numa festa ferrarista. Rubinho tem a brilhante capacidade de contrair momentos infelizes para si, mesmo quando deseja atacar os outros.

Muda tudo na FI

A pior equipe do grid não mede esforços para deixar a posição que ocupa. O contrato com a Ferrari estava para ser encerrado somente em 2009, mas as conversas com a Mercedes renderam a antecipação do rompimento das relações com Maranello.
Além do propulsor, o acordo está para ser fechado com a fabricante alemã deve incluir termos de cooperação técnica com a McLaren e, segundo alguns boatos, até mesmo intercâmbio de pilotos com o time de Woking.
Internamente, uma série de remanejamentos ocorrerão. A direção da equipe formada por Colin Kolles e Mike Gascoyne é dissolvida. O próprio dono Vijay Mallya assume o comando, ao lado de Robert Fernley.
O ex-diretor corporativo e de negócios, Patrick Missling, também foi afastado. No setor técnico, o projetista Mark Smith e o diretor-técnico James Key assumem os projetos dos bólidos.
O poderoso indiano anunciou que a direção completa do time deverá ser divulgada na próxima segunda-feira.
Rapaz, o homem resolveu virar a equipe de cabeça pra baixo...

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Calendário 2009 e comissários

A FIA divulgou mais um calendário de 2009. A cada nova lista, considera-se automaticamente que se trata de um anúncio provisório, até que se prove o contrário. Desta vez não é diferente.
O Mundial começa tarde, muito tarde. Nos últimos dias do mês de março, quase abril. Em compensação, as quatro provas da primeira fase oriental serão aniquiladas em apenas cinco semanas. Austrália seguida de Malásia, catorze dias de folga, China seguida de Bahrein.
Sim, a China pula do final da tabela para o início, em 2009. O Grande Prêmio do Canadá segue descartado pela entidade, embora o governo tenha anunciado esforços para reaver a posição da tradicional pista no calendário. A França está seguramente fora.
Será vez de Nurburgring sediar na Alemanha, mas devido aos direitos de Hockenheim, o GP deve se chamar Europa, como de costume. Valência passaria a ser Grande Prêmio do Mediterrâneo. No Japão, Suzuka retorna, pena que sob ameaça de receber uma etapa noturna. O GP do Brasil deixa de receber a corrida de encerramento e cede espaço para mais um projeto de Hermann Tilke que sai do papel: Abu Dhabi. Ao menos não é urbano.
A Federação também comunicou que a questão dos comissários sofrerá certas alterações na próxima temporada.
Um novo sistema de replay será implantado para que as decisões sejam tomadas durante a corrida, e não depois.
O processo de seleção de comissários se tornará mais rogoroso, e a atuação dos mesmos, mais transparente. A cada penalty, haverá a explicação por escrito no site da FIA e da F-1, bem como um vídeo divulgado para auxiliar a argumentação. Somente será permitido um comissários local, os outros dois serão obrigatoriamente internacionais.
Assim, espera-se não só melhorar a qualidade das decisões como também diminuir o número de pessoas que vivem perturbando porque pensam que os comissários da FIA são contratados por alguma equipe para punir a rival. Mas gente discordando de punições nunca deixará de existir. Isso é natural, característica própria de qualquer criatura racional. Exigir mais do que transparência, porém, é impossível. A FIA fez a parte dela desta vez.
Edit: Fui checar e parece que o problema com Hockenheim já fora resolvido. Nurburgring receberá mesmo o GP da Alemanha, deixando Valência livre para usar o nome de Europa. Obrigado a quem me alertou nos comentários.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Alonso e Piquet confirmados

A Renault foi além do óbvio. Piquet conseguiu enganar em algumas corridas e ganhou o direito de guiar pela equipe por mais uma temporada, na qual precisará mostrar seu verdadeiro talento. Mas a grande surpresa foi o acordo com Fernando Alonso, que renovou não só para 2009 mas também para 2010.
Parece que finalmente o espanhol abraçou a idéia de reerguer a equipe que lhe deu dois títulos mundiais. A evolução da segunda metade do ano incentivou o retorno da vencedora parceria Renault-Alonso.
Agora é trabalhar para enfrentar de igual para igual Ferrari e McLaren. Sem se esquecer da BMW, que nunca pode ser descartada. As próximas temporadas prometem disputas mais abertas na F-1.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Rádio OnBoard - Edição de Interlagos-08

No ar, a edição da decisão do campeonato 2008 de F-1!
O jornalista Fábio Campos é oficializado membro permanente da Rádio OnBoard nesta edição e se une, portanto, a Ron Groo e a mim nas gravações. Aline Rodrigues está de volta em seu inconfundível quadro Stop and Go.
Comentamos sobretudo os grandes acontecimentos do GP do Brasil, e aproveitamos a parte final do programa para lançar uma novidade aos ouvintes para estas férias.
Veja a pauta:
-A inesquecíveis últimas voltas do Mundial
-O merecimento de Hamilton e Massa
-Visão sobre a velha pontuação
-A atuação de Sebastian Vettel
-A interferência de Robert Kubica
-A participação de Timo Glock
-Quadro "Jogo Rápido"
-A aposentadoria de Coulthard
-O risco imediato de Barrichello
-A possível retirada de Ron Dennis
-Quadro "Stop and Go"
-Anúncio aos ouvintes: convite para entrevistas
A Rádio OnBoard anuncia a seção de entrevista com os ouvintes. O comunicado completo foi feito na edição e quem estiver interessado em participar, basta enviar alguma história ou curiosidade da própria experiência com a F-1 para o email radioonboard@gmail.com. A partir da próxima edição, já deve ir ao ar o nosso primeiro bate-papo com ouvintes.
Dentro do possível, retornaremos na segunda metade do mês de novembro. Até a próxima!

Fala, campeão

O Centro de Tecnologia da McLaren recebeu Lewis Hamilton com muita empolgação para festejar o título que há muito tempo insistia em não vir para a equipe.
Fogos de artifício e brindes de champagne foram algumas das manisfestações de satisfação com o Mundial conquistado pelo pupilo de Ron Dennis.
O piloto discursou orgulhosamente diante dos funcionários devidamente uniformizados: "Amo este time, não irei a qualquer outro lugar. É a melhor equipe do mundo. Estou muito orgulhoso com tudo que a McLaren conquistou".
"Eu costumava ir à fábrica e via os carros vencedores de Ayrton Senna e Mika Hakkinen. Eu tocava os volantes e sonhava que, um dia, teria um desses com meu nome. Agora, o sonho virou realidade".
Certamente Lewis deve estar muito grato pela temporada que o time lhe proporcionou. A McLaren foi brilhante em 2008, deu a ele um carro altamente confiável, que lhe permitiu completar todas as provas (o episódio do Canadá foi falha do piloto). Talvez o único erro cometido da parte dela tenha sido a estratégia no GP da Alemanha, mas logo compensou, já que o carro rendia tão bem naquele final de semana que Hamilton naturalmente recuperou as posições na pista.
No campeonato de equipes, a escuderia de Woking foi a que mais mereceu o título, embora tenha ficado com a Ferrari. Mérito do pessoal de Maranello por possuir uma dupla de pilotos mais forte e confiável, provavelmente a melhor do grid.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Oscar F-1

É declarada aberta a votação para o Oscar F-1 2008!
Todos poderão votar no canto direito da página até o dia 8 de dezembro. O segredo do resultado será guardado a sete chaves pela academia e revelado no dia 9 de dezembro, dia da festa do Oscar, sob o camando do blogueiro Ron Groo.
Uma novidade neste ano é a entrada da categoria de melhor figurino. Em contrapartida, não teremos a premiação de melhor piloto estrangeiro, como ocorreu em 2007. Portanto, estas são as categorias do Oscar F-1 2008: melhor piloto, melhor diretor, melhor grande prêmio, melhor piloto coadjuvante, melhor figurino, melhor roteiro, melhores efeitos visuais, melhor curta-metragem de animação.
Seguem os indicados:
Melhor piloto
Categoria disputada entre os principais pilotos do ano.
Lewis Hamilton
Felipe Massa
Robert Kubica
Melhor diretor
Concorrem os diretores de equipe que mais se destacaram no ano.
Ron Dennis
Mario Theissen
Gerhard Berger
Melhor Grande Prêmio
Candidatas à melhor corrida da temporada.
Canadá
Mônaco
Inglaterra
Alemanha
Bélgica
Itália
Brasil
Melhor piloto coadjuvante
Disputam os pilotos de equipes média e pequena que se destacaram em 2008.
Fernando Alonso
Sebastian Vettel
Melhor figurino
Concorrem os carros com as mais belas pinturas do grid.
Ferrari
McLaren
Toro Rosso
Red Bull
Williams
Melhor roteiro
Max Mosley: O presidente da FIA viveu em 2008 um dos anos mais difíceis de sua vida. Praticante de atos sexuais sadomasoquistas, sofreu com as cenas comprometedoras publicadas pelo "News of the World". Mais do que precisar dar explicações dentro de casa, o mundo se voltou contra ele, porém Mosley jamais se entregou. Enfrentando todos os protestos, venceu a votação da FIA e conseguiu o direito de se manter na presidência até o final do mandato. Max deu a volta por cima, provou a inexistência do suposto cunho nazista nas relações, ganhou o processo contra o jornal e segue firme e forte no comando da entidade máxima do automobilismo mundial.
Super Aguri: A equipe B que quase superou o time A no ano anterior vivia sérios risco de ficar de fora do Mundial. Antes da abertura do campeonato, havia a expectativa sobre as reais chances de a SA estrear em Melbourne. Mesmo com todas as dificuldades financeiras, foi possível iniciar a temporada, mas parecia ser tudo uma questão de tempo. Até que apareceu um investidor que se dizia disposto a assumir o controle da equipe, mas a Honda estava mesmo disposta a enterrar o projeto. Nick Fry bateu o martelo, a Aguri foi barrada no portão de Barcelona, para o desespero do chefe Suzuki. Era o fim da então escuderia mais simpática do grid.
Fernando Alonso: O bicampeão sentou no carro de uma equipe que, ao que parecia, caminhava para a decadência. Os maus resultados no início de 2008 fizeram-no criticar o time da Renault publicamente, o que só aumentou os boatos sobre sua saída ao fim do ano. Mas, com seu talento e capacidade de tirar o máximo que um equipamento tem para dar, foi o grande responsável por elevar os franceses à categoria de, no mínimo, quarta força do campeonato. Conquistou inesperadas vitórias no final do ano, e nas últimas seis corridas da temporada marcou mais pontos que qualquer outro piloto do grid.
David Coulthard: Com 15 anos de experiência na F-1, o renomado escocês estranhamente fez uma campanha desastrosa na temporada 2008. Desde a primeira corrida, aprontou aquela que seria sua principal ação durante o ano: bater. Após subir ao pódio no Canadá, resolveu pendurar o capacete, e gastou o restante do ano colecionando vítimas nas pistas. Em seu último GP, conseguiu o raro direito de usar uma pintura diferenciada no bólido, mas pouco dela pôde exibir. Bateu na primeira curva da corrida e deu adeus às competições na Fórmula 1.
Melhores efeitos visuais
Concorrem os pilotos que protagonizaram os acidentes mais impressionantes.
Hamilton / Alonso (Bahrein) Foto
Kovalainen (Espanha) Foto
Hamilton / Raikkonen (Canadá) Vídeo
Fisichella / Nakajima (Turquia) Foto
Glock (Alemanha) Foto
Melhor curta-metragem de animação
Prêmio para os pilotos que, em poucos metros, animaram o público e levantaram a torcida com manobras altamente empolgantes.
Heidfeld /Alonso e Coulthard (Malásia) Vídeo
Hamilton / Massa (Turquia) Vídeo
Massa / Barrichello e Kovalainen (Canadá) Vídeo
Massa / Hamilton (Hungria) Vídeo
Hamilton / Raikkonen (Bélgica) Vídeo
Além de mim, outros dois blogueiros amigos formaram a academia para debater minuciosamente a seleção de candidatos por categoria. Foram eles Ron Groo e Fábio Campos.
Repetindo, portanto: todos poderão votar até o 8 de dezembro e a festa do Oscar acontecerá no dia 9 de dezembro, com todo o humor do grande Ron Groo.
Para encerrar, vale relembrar os vencedores de 2007:
Piloto: Kimi Raikkonen
Diretor: Jean Todt
Grande Prêmio: GP do Brasil
Piloto coadjuvante: Sebastian Vettel
Piloto estrangeiro: Kubica (polonês)
Roteiro: Kimi Raikkonen
Efeitos visuais: Kubica (Canadá)
Curta-metragem de animação: Massa/Kubica (Japão)

Aquecimento global

Dizem por aí que este é o último ano do eco-Honda, pois a partir de 2009 a escuderia deve usar uma pintura normal, com patrocínios, livre de qualquer campanha.
Se for verdade, então esta é a última imagem da novela ecológica. No capítulo final, deu-se o apocalipse.
Eis aí uma mensagem extremamente preocupante para o mundo:
Jenson Button, desesperado atrás de um extintor, queria salvar a Terra a todo custo.
Até que o grande John Button resolver mostrar total comoção com o bólido que deu a seu filho seus mais recentes resultados na F-1.
De dentro do box, John exclamou: "Deixa queimar!".

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

El campeón, the champion

Confira as reações espanholas e britânicas no eletrizante momento da definição do título.
Os latinos do canal Telecinco falam desesperadamente um por cima do outro. Nem sequer notaram a ultrapassagem de Lewis sobre Timo Glock.
"La maldición de Hamilton!". Chega a ser até engraçado... "No, no, no, campeón del mundo Hamilton".
A narração já desacreditada e relativamente fria do canal ITV espera o inglês cruzar em sexto até o alívio e a euforia na curva do Café.

Enquete F-1

A última enquete da temporada perguntou: Além de Felipe Massa, quais brasileiros disputarão GPs na F-1 em 2009?
Foram 189 votos no total que resultaram no disputado placar:
Piquet - 31,75%
Barrichello - 23,81%
di Grassi - 23,81%
Senna - 20,63%
O site Grande Prêmio trouxe a notícia de que Nelsinho já renovou com a equipe, agora só falta o anúncio oficial. Consta que o poderoso chefão Bernie Ecclestone teria conversado com o brasileiro presidente da Renault, Carlos Ghosn, para manter Piquet na F-1. Com ou sem empurrãozinho, tudo indica que o novato deve mesmo ficar para 2009.
Ele não é do tipo que emplaca logo de cara. A temporada de estréia foi decepcionante, é inegável, mas no segundo ano provavelmente mostrará mais serviço, como aconteceu em categorias de base, a exemplo da GP2. O período de aprendizagem ficou para trás, está na hora de alavancar o próprio nome e mostrar a que veio. O verdadeiro Nelsinho nós ainda iremos conhecer.
Os outros três brigam pelo pouco espaço que resta. Salve-se quem puder...

domingo, 2 de novembro de 2008

Se...

Recalculando o campeonato pela velha curiosidade de saber como tudo sairia se estivesse valendo o sistema de pontuação em vigor até 2002, que valoriza mais a vitória e menos a regularidade em comparação com o atual.
Após o GP do Brasil, a tabela estaria assim:
Massa - 83
Hamilton - 80
Raikkonen - 56
Kubica - 50
Em teoria, Felipe Massa seria campeão no 10-6-4-3-2-1. Em teoria, apenas. Porque, se fosse assim, Hamilton chegaria ao Brasil precisando de um segundo lugar, e correria com menos cautela. Seria outra postura, outro comportamento. Seria outra corrida. Mas não necessariamente teríamos outro campeão. Porque o "se" não é lógico, só é imaginário.
O sistema antigo surgiu como forma de diminuir o efeito das abundantes vitórias de Schumacher. Mesmo com o fim do período hegemônico da Ferrari, a FIA não cogitou a possibilidade de recuperar aquela pontuação. E o pior de tudo: as Olimpíadas subiram à cabeça de Bernie Ecclestone, que voltou a propôr, neste mês, a adoção de medalhas na F-1. Ouro para o vencedor, prata para o segundo colocado e bronze para o terceiro.
Pensando bem... está bom demais do jeito que está.

LEWIS HAMILTON CAMPEÃO

Ele iniciou o ano com o peso de ter perdido o campeonato anterior por pura afobação. Começando tudo do zero novamente, seria colocado à prova sua capacidade de liderar uma equipe sem a companhia de um piloto experiente para comandar a evolução do carro.
No princípio, tudo pendia a favor da Ferrari. Muitos acreditaram que o duelo da temporada não passaria de uma batalha interna da escuderia italiana. Mas a McLaren cresceu, Lewis trabalhou bem junto ao time e o jogo virou de lado.
Hamilton dominou a tabela por mais tempo do que qualquer outro piloto. Cometeu erros, alguns até bizarros. Muitas vezes abusou devido à própria personalidade agressiva dentro do cockpit. Mas esse é Lewis Hamilton, um competidor que costumeiramente pensa na vitória de cada batalha, e raramente na vitória da guerra.
Na corrida da decisão, ostentava sete pontos de folga com relação ao adversário, que por sua vez corria em casa, contando com o apoio da torcida mais calorosa da F-1. A sombra da final de 2007 pairava sobre ele. Era uma prova diferente. Chegou a hora da batalha decisiva, é momento para se pensar na guerra.
A McLaren preparou o inglês excepcionalmente bem para o GP do Brasil. Guiando com a cabeça, Lewis aceitou ocupar as posições intermediárias que bastavam para a conquista do campeonato. Nas voltas finais, o teste mais rigoroso: Sebastian Vettel deixa Hamilton para trás e abre uma contagem regressiva que exige que o britânico recupere a colocação em nome do título. Imagina o que se passa na mente de um piloto sob tais circunstâncias...
Sem arriscar mais do que deveria, perseguiu o alemão sob alta adrenalina, protagonizando a cena da definição, um episódio épico que entra automaticamente na história da categoria. Mas o pivô acabou se tornando Timo Glock, o único piloto com pneus de pista seca posicionado mais à frente, que sofreu com o aperto da chuva e viu seu desempenho ruir.
A temporada como a de 2008 não poderia ser encerrada sem a interferência de São Pedro. Os céus promoveram uma série de emoções durante todo o ano. E, no último instante, deu Lewis Hamilton.
É, sem dúvida, um piloto fantástico. Vice na estréia e campeão logo em seguida. Líder de uma das escuderias mais tradicionais da F-1. O título foi merecido, o troféu está em boas mãos. Possivelmente, este será o primeiro de muitos.

O último investimento

O Daily Mirror trouxe uma informação curiosa: Para o GP do Brasil, a McLaren gastou o valor recorde de US$ 7 milhões (cerca de R$ 15 milhões) no carro de Lewis Hamilton.
É o maior investimento da história da equipe para uma só corrida. O pessoal prateado trabalhou arduamente em cada uma das 3000 partes do bólido do inglês. A probabilidade de pane, pelo visto, é quase nula.
É bom lembrar que, em 2007, um problema de câmbio aniquilou as chances de título de Hamilton no Brasil, portanto o time não está disposto a correr o menor risco um ano depois. A versão que prevaleceu conta que o piloto apertou o botão neutro por engano, porém um vídeo on board revelado posteriormente mostrou a ocorrência da pane técnica.
A McLaren está investindo pesado para dar um ponto final no jejum de títulos que dura desde 1999, com o bicampeonato de Mika Hakkinen.

sábado, 1 de novembro de 2008

O cão do tricampeão

Mais uma do homem: Adivinha o nome do cachorro de Nelson Piquet?
Numa matéria do Globoesporte, o irreverente tricampeão revela:
"Dei o nome para um de meus cachorros de Kimi Raikkonen. Ele é um maltês, branco, pequinininho, viaja com a gente para todo lado".
"Ah, ele também é bem quietinho, nem late".
É cada uma...

De novo, Massa pole no Brasil

Felipe Massa sobrou no treino classificatório do GP do Brasil. Cravou duas voltas voadoras e colocou 0.369s no segundo colocado. Terceira pole seguida em Interlagos.
Jarno Trulli, com tanque mais vazio que de costume, alcançou a segunda posição de largada. Kimi Raikkonen fez o suficiente para superar Lewis Hamilton e faturou o terceiro melhor posto.
Em nenhuma das voltas lançadas da super pole Lewis fez um bom segundo setor. O inglês sai na quarta colocação, à frente de Kovalainen. Fernando Alonso fez charme nos treinos livres mas sai apenas de sexto amanhã.
A STR termina o ano em grande estilo, classificando Vettel em 7º e Bourdais em 9º. O mesmo não se pode dizer da BMW: Nick Heidfeld, 8º, levou seu F1.08 ao Q3, ao contrário de Robert Kubica, num decepcionante 13º.
Timo Glock fecha o grupo dos dez primeiros.
Nelsinho Piquet mais uma vez ficou de fora do top-ten e amarga o placar de 18 x 0 a favor de Alonso nas classificações.
Mark Webber larga em 12º, duas colocações à frente de Coulthard, que disputa a última prova da carreira neste domingo. Rubens Barrichello corre o mesmo risco, embora nitidamente ande mais que o parceiro Jenson Button. O brasileiro trouxe a Honda ao Q2; o inglês não. 15º e 17º respectivamente.
Entre eles, Kazuki Nakajima. Somente de 18º vem Nico Rosberg. Péssimo rendimento da Williams. Fisichella e Sutil encerram a tabela.
A chuva ameaça aparecer, diz a meteorologia.
Se assim for, Felipe tem a vantagem de correr sem spray. Embora Trulli seja experiente e dificilmente iria interferir na briga pelo título, é bom ter cuidado. Afinal, um intruso é sempre um intruso.
Massa pode estar com tanque baixo, mas não significa que esteja tão leve assim, já que suas voltas rápidas foram realmente muito boas. O importante é cruzar a primeira volta em primeiro e abrir vantagem.
Quanto ao Hamilton, terá de sair num pequeno bolo mas se for cauteloso na largada consegue sustentar uma posição confortável, contando com a ajuda de Heikki Kovalainen.
A possibilidade que existe é difícil, porém longe de ser impossível. Que seja um corridão. A prova mais esperada do ano está aí...
Amanhã conheceremos um novo campeão mundial da Fórmula 1.

Cascos para Interlagos

Barrichello homenageia Ingo Hoffman neste final de semana, usando um casco pintado igual ao do doze vezes campeão da Stock Car, que deu a Rubens o seu primeiro capacete na carreira.
É bom lembrar que Ingo tem três largadas na F-1 pela equipe Copersucar, na década de 70. O Alemão se despede da Stock nesta temporada.
Nelsinho Piquet pintou a bandeira brasileira no topo do capacete e também na tradicional gota da lateral.
Mas quem apareceu para soltar mais uma de suas frases fortes foi o tricampeão Nelson Piquet. Sobre a disputa pelo título, ele disparou: "Estou achando que Lewis Hamilton não passará da primeira curva da corrida. Tem muito piloto no grid que não vai com a cara dele. Não sou de apostar, mas, se tivesse que fazer isso, colocaria todo meu dinheiro no título de Felipe Massa".
Em sua última corrida pela Toro Rosso, Sebastian Vettel fez essa homenagem, como mostra a imagem publicada pelo Capelli.
Mais do que esteticamente bonito, a pintura especial traz a inscrição:
Obrigados mil, Toro Rosso!