quarta-feira, 30 de abril de 2008

Entre quatro paredes

A Fórmula 1 andou se reunindo com vontade durante o GP da Espanha. Mosley, KERS e safety car foram os assuntos de destaque nas discussões.
Comecemos com o mais polêmico: Diante das dificuldades, Max Mosley perdeu um grande aliado, que é ninguém menos que um sujeito chamado Bernie Ecclestone.
O poderoso chefão da categoria liderou um encontro com os diretores das escuderias, com exceção da Aguri. Ele sugeriu que todos assinassem um comunicado pedindo a renúncia do presidente da FIA, mas esbarrou na oposição de Ferrari, Williams e Toro Rosso.
Ecclestone se mostra preocupado com a imagem da F-1, além do risco de algumas federações se organizarem para romper com a FIA e criar um novo órgão do automobilismo mundial, caso Max permaneça no comando depois da assembléia de 3 de junho. A iniciativa de Bernie, porém, não pôde ser concluída, pois a unanimidade entre as equipes era uma exigência.
Um outro assunto de debate entre os chefes de equipe levantou a questão do também polêmico KERS, o sistema de recuperação de energia cinética, previsto para ser implementado em 2009.
Alguns dirigentes reclamam dos custos elevados no desenvolvimento deste recurso, como é o caso da Renault e da McLaren, e isso numa temporada com limite orçamentário.
Por mais estranho que possa parecer, justamente a Williams, com todas as suas dificuldades financeiras, se mostrou a favor da instalação do novo equipamento. Tanto é que o time de Grove anunciou, no início da semana, ter adquirido ações da Automotive Hibrid Power Ltd, empresa que desenvolve e coleta energia procedida por outras partes do carro. Frank Williams acompanha a transferência da fábrica da AHP para Oxford, perto da sede da equipe, e espera se beneficiar da influência direta da empresa no desenvolvimento do KERS.
Tradicionalmente conhecida pelo respeitável corpo de engenharia, talvez a Williams seja uma das equipes que mais se destaque no trabalho para a construção desta novidade, que permitirá um ganho extra de potência na forma análoga ao "push-to-pass", através da energia liberada nas freadas.
Uma outra divergência provocada pelo regulamento não poderia ficar de fora: a regra do safety car. A reunião do Grupo de Trabalho Esportivo (SWG) foi uma oportunidade para as escuderias pedirem a eliminação da luz vermelha nos boxes enquanto o carro de segurança estiver na pista. A proposta foi vetada, porém o Grupo optou por dar uma forcinha visual aos pilotos, aprovando o semáfora pisca-pista, isto é, a luz vermelha passará a piscar para tentar atrair a atenção dos pilotos.
Não é nenhuma grande mudança que esbanja inteligência na resolução dos problemas, mas é um começo. As reclamações devem prosseguir, e as alterações vão surgindo pouco a pouco. Um dia, quem sabe, eles acertam a mão.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Enquete F-1

A polêmica do Mosley foi o tema da enquete que foi ao ar durante o intervalo entre os dois últimos GPs. O Blog F-1 perguntou: Mosley merece perder a cadeira da presidência em virtude do escândalo?
73 votos decidiram:
Sim - 64,38%
Não - 35,62%
Não foi desta vez que o presidente ganhou um bom apoio. Mas o grande dia, você sabe, é 3 de junho, quando a FIA realizará uma votação secreta para definir o futuro de Max.
Uma nova enquete está disponível no canto da página. O resultado sai depois da Turquia.

Vai que é tua, Galvão!

O fim de semana dele começou a esquentar graças ao grande Nelson Piquet, com quem tinha conversado antes da transmissão. Um dos assuntos foi o freio-motor, explicado por um dos pilotos de maior conhecimento técnico que a F-1 já viu. O Galvão comentou:
"Freio-motor? O nome não é esse, pelo amor de Deus... O Nelson Piquet explicou pra gente, depois o Reginaldo repete o que ele disse e o Burti diz se concorda ou não". "Diz se concorda ou não"? Quem é Burti?...
Durante o treino o narrador relembrou a memorável disputa de Jerez em 1986, quando Senna bateu Mansell por apenas 14 milésimos. Galvão confessa: "Eu lembro que eu disse 'Senna vence por meio carro!', mas na verdade eu estava torcendo pro Ayrton". Deu uma dentro naquele dia...
Para fechar o sábado, esta não foi dele, mas vale a pena registrar. O locutor conta a pérola de um jornalista questionando o Raikkonen sobre a nova abertura no bico da Ferrari: "Perguntaram pra ele: 'isso faz diferença?', e o Kimi respondeu: 'claro! Se não fizesse, não teríamos colocado aí'", respondeu com razão, e com a mesma simpatia de sempre.
Na corrida, não havia tempo a perder: "Sobre o giro do motor, vão-se apagar as luzes vermelhas, vão-se acender as verdes!". Algum outro daltônico aí enxergou essa luz verde durante a largada?
Ainda na primeira volta, mais trapalhada: "O safety car está na pista! Ou carro de segurança?". Ó dúvida cruel... "Vamos falar os dois: é o safety car, que é o carro de segurança". Galvão poliglota...
Sobre o abandono do Piquet: "O Nelsinho, você viu, bateu na chicane de baixa". Eeehh... Defina chicane.
A questão da pole position talvez dispense comentários, muita gente já notou. Segundo Galvão, o ano em que o pole não venceu foi em 2000, quando Hakkinen largou na ponta e abandonou na última volta. Na verdade, o finlandês teve o baita azar em 2001, quando Schumacher largou da pole e venceu beneficiado com a pane do rival. De fato, o GP de 2000 foi vencido por um piloto que não saiu da pole position, mas foi o alemão quem andou melhor no qualifying, enquanto Mika subiu no topo do pódio.
Pela milésima vez, ele repetiu a frase do Alonso jogando números aleatórios: "Quando o Alonso estava para sair da McLaren, ele disse: 'não estão respeitando os 3 ou 4 décimos que eu trouxe para a equipe'". Fernando disse 6, mas um dia ele ainda acerta.
Numa das cenas mais confusas do GP, não tinha como o narrador global passar batido: "Ali, eles bateram na entrada do pit lane! Foi na entrada ou na saída? Foi na entrada!". Sim, foi na saída.
Falando sobre o triste fim da Super Aguri, cometeu um pequeno equívoco: "A equipe Suzuki foi criada para o Sato continuar correndo". Equipe what? Quem sabe não aparece agora uma equipe Mitsubishi e salve o japonesinho de novo...
Heidfeld e Fisichella batendo cabeça na pista: "Olha só como é difícil ultrapassar! Não há a menor comparação entre a BMW e a Force India. A BMW é o segundo melhor carro da F-1, só perde pra Ferrari, enquanto a Force India é o pior carro do grid". Pronto, mandou a Super Aguri pro caixão de uma vez por todas.
Chegando as voltas finais e o Hamilton descontando tempo até o Felipe responder. "Olha, o Massa foi pro limite extremo, hein". De novo essa coisa de limite extremo, não é possível, vai virar bordão... Mas se o limite não for extremo, vai ser o quê?
Chegando, portanto, ao nosso limite extremo, o Galvão fica por aqui. Volta dentro de duas semanas para exaltar o recorde do Barrichello em sua matemática duvidosa. Vai que é tua, Barrichello!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Heikki não se lembra

Heikki Kovalainen foi liberado nesta tarde do Hospital Geral da Catalunha. O piloto confessou que não se lembra do acidente, assim como ocorreu com Luciano Burti, em Spa-2001. Obviamente que se trata de um mecanismo de defesa do organismo.
A McLaren divulgou, em seu site, uma curta entrevista com o finlandês. Aqui está:
Como você se sente neste momento?
Tenho uma leve dor de cabeça e um torcicolo, mas estou me sentindo bem. O meu objetivo é melhorar o mais rápido possível, passar na inspeção médica da FIA e obter a permissão para correr no GP da Turquia.
Você não se lembra de nada do acidente?
Não me lembro do acidente ou do que aconteceu depois. Mas, naturalmente, gostaria de agradecer a todos da emergência do autódromo, à equipe médica da FIA e aos médicos do hospital. Também agradeço pelas mensagens que recebi - todas significam muito.
O que poderia ter causado o acidente?
A equipe me disse que a roda da dianteira esquerda poderia ter quebrado, o que poderia ter causado uma rápida deflação do pneu. No entanto, temos de esperar mais inspeções para poder confirmar a causa exata. O que é realmente importante é que a célula de sobrevivência suportou o forte impacto, por isso eu agradeço a todo o pessoal da McLaren.
Sua participação na Turquia não pode ser dada como certa, o que deixa Pedro de la Rosa em alerta, mas assim que os médicos da FIA liberarem, Kovalainen estará livre para competir após estas duas semanas. A confirmação provavelmente deverá vir somente na véspera.

domingo, 27 de abril de 2008

GP crash

Durante a prova, um comunicado oficial alertou a todos que o acidente envolvendo Glock e Coulthard seria analisado pela direção de prova após a corrida. A decisão foi mesmo a esperada: nenhuma punição será aplicada. Cada um com sua parcela de culpa num choque normal de corrida. O que não muda a piada do escocês: quem será sua próxima vítima?
O pancão de Heikki Kovalainen ainda não foi totalmente explicado. Suspeita-se de que o piloto tenha sido vítima de uma pedra perdida, que entrou na roda e destruiu o aro, causando a explosão do pneu.
Nas palavras de Ron Dennis: "Pelos sintomas, parece que uma pedra entrou entre a pinça do freio e a roda. Pode ter sido algo na suspensão, mas não é um problema que tivemos antes e a roda estava apertada. Possivelmente a culpa foi de uma pedra. Mas só saberemos quando recebermos o carro de volta para analisarmos a causa do acidente".
Heikki reclamou de dores no cotovelo mas a principal precupação do médicos foi com a cabeça do piloto. Ele está bem, embora tenha perdido a consciência por alguns instantes após a pancada. É provável que participe do GP da Turquia normalmente.
Não deve ser nada confortável virar passageiro num carro de Fórmula 1 em alta velocidade. O curioso é reparar nas semelhanças entre a batida do Hamilton, no ano passado, em Nurburgring, com a do Kovalainen agora em Barcelona. A diferença é a troca da direita pela esquerda...
Um outro choque da corrida encerrou o fim de semana de Nelsinho Piquet e Sebastien Bourdais. Como era de se imaginar, o francês confessou que não havia enxergado o brasileiro ao seu lado, provocando, assim, a batida.
"Tudo o que sei é que olhei pelo retrovisor e não me parecia que Piquet estava me atacando, apesar de estar próximo de mim, mas não o suficiente. Freei um pouco tarde na curva, comecei a contornar a curva e, de repente, ele estava ao meu lado. Este foi o fim da história".
Quem também reclamou do Nelsinho foi Anthony Davidson, da semi-falida Super Aguri: "Foi um final de semana frustrante para mim. Depois que o Piquet escapou da pista, ele trouxe muita brita para o asfalto. Uma das pedras entrou no meu carro e danificou o radiador. Foi uma pena ter abandonado a prova tão cedo, mas gostaria de agradecer toda a equipe, que fez um ótimo trabalho".
Por fim, vale destacar o conflito entre os experientes Barrichello e Fisichella na saída do pit lane. Ou talvez nem valha a pena destacar tanto assim, afinal a geração das imagens da FOM não se deu ao trabalho de mostrar nada que nos levasse a alguma conclusão.

Dobradinha número dois

Uma corrida um tanto quanto conturbada foi esta etapa da Espanha. Mas não para os pilotos da Ferrari, que confirmaram o favoritismo cravando a segunda dobradinha consecutiva.
Antes mesmo de os competidores alinharem no grid, Fernando Alonso deu um passeio na grama após escapar em seu agressivo aquecimento de pneus. Nada como um pequeno susto para levantar a torcida local.
Mais uma vez, Felipe Massa fez uma grande largada e ganhou uma posição, deixando Alonso para trás. Kimi Raikkonen se manteve na ponta. Lewis Hamilton driblou Robert Kubica e pulou para quarto.
Ainda na volta 1, houve a primeira batida, graças ao Adrian Sutil, que rodou enquanto dividia posição, e acabou sobrando para o conterrâneo Vettel. Quando será que o Sebastian vai terminar uma corrida?
Logo de cara o safety car entrou na pista, o que já dava uma idéia de que uma prova incomum estava por vir.
Após a relargada, Nelsinho Piquet começou a se complicar na pista. Primeiro passou reto numa curva, caindo de décimo para décimo oitavo. Na tentativa de se recuperar, arriscou uma ultrapassagem sobre Sebastien Bourdais, que virou o volante no melhor estilo David Coulthard, provocando o choque que tirou os dois da corrida.
O grande momento, sem dúvida, foi o acidente de Kovalainen. O finlandês virou passageiro quando viu o pneu dianteiro esquerdo estourar, ocasinando uma forte batida. Heikki saiu pela tangente e parou sob barreira de pneus, onde permaneceu por um longo intervalo de tempo, enquanto os comissários se atrapalhavam para tirá-lo de lá. O piloto se queixou de dores no cotovelo mas passa bem.
O safety car liderou várias voltas, e o prejudicado da vez foi Nick Heidfeld, que precisou reabastecer com o pit stop fechado. O stop and go acabou de vez com seu fim de semana.
Ainda com o carro de segurança na pista, Rubens Barrichello foi surpreendido por Giancarlo Fisichella na saída do pit lane. O encontro proporcionou uma indesejável quebra da asa dianteira do brasileiro, que retornou aos boxes lentamente, mas logo abandonou.
Fernando Alonso ficou pelo caminho com o motor estourado, assim como Nico Rosberg. O bicampeão aproveitou a proximidade com o público para saudar a torcida. Houve até sujeito que saiu de onde não devia para cumprimentar o piloto pessoalmente. Impressionante a empolgação dos espanhóis...
Para não perder o costume, Coulthard deu outra fechada, agora para cima do Timo Glock. Desta vez, porém, ficou evidente que o alemão forçou além da conta para tentar passar o escocês, porém não há como negar que David alterou a trajetória sem dó nem piedade para barrar o adversário. Resultado: Glock quebrou a asa dianteira e Coulthard dechapou o pneu traseiro esquerdo.
Nos instante finais, um duelo fora do normal: Nick Heidfeld suando o macacão para ultrapassar Giancarlo Fisichella. Foram necessárias quase dez voltas para a BMW superar a Force India.
David Coulthard também brigou por posição com Takuma Sato, passando o japonês de forma limpa, para o nosso alívio.
A Ferrari dominou de ponta a ponta, mas teve de ficar de olho no retrovisor para administrar a vantagem sobre Hamilton e Kubica, que vinham descontando nas últimas voltas.
O quinto lugar ficou com Mark Webber, de quem pouco se espera mas que surpreende pela regularidade nesse início de temporada. Jenson Button conquistou os primeiros pontos da Honda no campeonato. Nakajima, comendo pelas beiradas, terminou em sétimo. E Trulli, que ninguém viu durante a corrida, fechou em oitavo. Heidfeld, Fisichella, Glock, Coulthard e Sato também receberam a bandeirada.
A McLaren não foi tão mal quanto no Bahrein, somente provou que pode competir com a BMW. Raikkonen dispara no campeonato com 9 pontos sobre Lewis Hamilton, que possui 20 contra 19 do Kubica e 18 do Massa. Heidfeld não está mais dando conta do recado, caiu de segundo para quinto na tabela. Num dia ruim, Kovalainen não marcou pontos, é o sexto. Com isso, a Ferrari sobe ao lugar que merece e lidera entre os construtores, fazendo 47 a 35 sobre a BMW, com a McLaren um pontinho atrás desta.
Em duas semanas, o circo chega à Turquia, onde o Massa dominou nos dois últimos anos. Novamente, deverá ter Kimi Raikkonen como principal adversário, já que a equipe tem o melhor carro do grid e tende a fazer muitas dobradinhas durante a temporada.
Istambul é uma pista recheada de pontos de ultrapassagem, quesito que Barcelona fica devendo. Para a próxima etapa, está marcada a festa de Rubens Barrichello, que escreve o seu nome definitivamente na história, se consagrando como o piloto que mais disputou GPs na F-1.

sábado, 26 de abril de 2008

Raikkonen, enfim

A primeira pole do campeão nesta temporada tardou mas finalmente chegou. Kimi Raikkonen cravou 1:21.813 na fase da super pole para assegurar a melhor vaga do grid de largada para a corrida de amanhã.
Fernando Alonso, correndo em casa, esqueceu o combustível, a estratégia, a corrida e fez uma graça para a torcida. Fechou o treino com o segundo tempo. Nelsinho Piquet conseguiu se classificar para o Q3 pela primeira vez na categoria. Ele admitiu que poderia ter obtido um desempenho um pouco melhor; sai da 10ª posição.
De qualquer forma, copiando o Newey ou não, tudo indica que a Renault foi a equipe que mais evoluiu nessas três semanas de intervalo entre o GP do Bahrein e da Espanha.
Felipe Massa não treinou tão bem quanto poderia. Assim como em Sakhir, deu uma traseirada no trecho final da última volta rápida. Sobrou-lhe o terceiro posto do grid.
O polonês Robert Kubica fez mais uma excelente classificação e fecha a segunda fila. Bem melhor que o desanimador 9º lugar do companheiro Nick Heidfeld, que decepcionou hoje.
A McLaren tanto prometeu mas nada mudou. Mais uma vez larga atrás da BMW, com Hamilton em 5º e Kovalainen em 6º.
Mark Webber continua surpreendendo, ao contrário do David Coulthard, que nem se deu ao trabalho de passar para a segunda fase. O australiano sai da 7ª posição, com boas chances de pontuar pela terceira prova seguida.
Timo Glock não passou de 14º, e ainda fez uma cara impagável para a câmera enquanto assistia ao Jarno Trulli competindo entre os dez primeiros. O italiano levou sua Toyota ao 8º posto.
Rubens Barrichello, de capacete novo, se mostrou muito contente com o 11º lugar conquistada neste sábado, ele larga duas posições à frente de Jenson Button, que ainda tenta se entender com o novo pacote aerodinâmico.
Entre eles, Kazuki Nakajima, que alcançou seu melhor resultado em treinos oficiais, chegando a superar até mesmo o parceiro Nico Rosberg, 15º colocado. A Williams deixa a desejar...
Quem também não se livra das vacas magras é o alemão Sebastian Vettel, que andou pior que o Coulthard. Menos mal que o Bourdais tenha se classificado para o Q2, mas não passou disso: fecha a oitava fila.
No fundão, a dupla da Force India seguida pela da Super Aguri.
Num circuito bem conhecido pelas equipes, é curioso notar a proximidade de desempenho entre os pilotos. Menos de 9 décimos separam o pole do décimo colocado.
Numa pista de difícil ultrapassagem, não devemos esperar uma corrida tão empolgante para amanhã. Raikkonen é favoritíssimo. O Alonso pára bem cedo, mas se permanecer à frente do Massa nessas dez voltinhas ou um pouco mais, dará total tranquilidade ao Kimi por toda a corrida. A McLaren precisa tentar provar que ainda tem capacidade de andar mais que a BMW, o que já parece ser pouco provável.
A posição em que cada um ocupa depois da primeira curva é decisiva. Todos sabem disso, Massa e Alonso que o digam.
Domingo, também às 9h, será dada a largada para o GP da Espanha. Vamos ver se eles se comportam na curva 1 dessa vez.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Nelsão solta o verbo

O tricampeão Nelson Piquet está na Espanha acompanhando as movimentações do fim de semana. Sua presença pode ter dado uma força extra a Nelsinho, que fez seu melhor treino na Fórmula 1 hoje, com o segundo tempo na sessão da tarde.
Polêmico como sempre, o grande Souto Maior deu pitaco pra todos os lados, sobre os mais variados assuntos, durante a entrevista à rádio Jovem Pan.
Com relação ao escândalo masoquista envolvendo Max Mosley... "Estou irritado com o Mosley, ele nem me convidou...", brincou.
Nelson também acusou: "É muita hipocrisia criticá-lo por isso. Muitos dos que falam fazem coisas até piores".
Perguntado se a vitória da Danica na Indy abriria as portas da F-1 para uma mulher, ele deu um banho de água fria em muita gente: "Não vejo nada. Aquilo lá é oval, não faz curva, é outro mundo... Aqui na Fórmula 1, esquece".
Falando sobre presente e passado, sobrou até para o Fittipaldi: "Hoje é mais difícil ganhar. Se o carro é bom, ele não quebra e o piloto da melhor equipe ganha. Na minha época, os carros quebravam mais, dava mais chance para todo mundo. No tempo do Emerson Fittipaldi, ainda mais. O Emerson ganhou 14 GPs, e eu o vi ganhar três. As outras todas caíram no colo dele, ele largava em sétimo, todo mundo quebrava e ele ganhava".
E ainda uma alfineta geral: "O piloto bom ainda faz a diferença, mas a eletrônica hoje em dia ajuda muito, basta ver este ano o que os caras fizeram de merda com o fim do controle de tração".
Não podia faltar uma para o Barrichello: "O Rubinho tinha que arrumar um recorde para ele e arrumou isso", comentou, aos risos. "Mas tem um mérito, porque você precisa ter uma p... paciência para correr 15 anos. Se bem que se eu fosse europeu, os caras iam ter que me botar para fora da Fórmula 1. Eu só parei porque queria ir para casa, senão corria mais uns dez anos aqui. Mas se o Rubinho teve paciência, bacana".
E se resolvem atiçar o cara pondo em dúvida a nacionalidade de seu filho, aí é mesmo que ele se rebela: "Ele não é alemão de jeito nenhum! Nasceu em Heidelberg (Alemanha) porque na época era o melhor hospital que tinha na Europa. Mas na Alemanha, a cidadania da criança é determinada pela origem dos pais, ou seja, Nelsinho tem passaporte brasileiro e holandês, e pronto".
Esse jeitão do Piquet é sensacional, mas ele teve de reconhecer que o estilo politicamente correto do momento colocaria em risco até mesmo seu comportamento, caso guiasse na F-1 numa época como esta.
"Tudo é uma questão de contrato. Se cada vez que eu falasse, tirassem algum do meu bolso, eu iria ficar quietinho".
Nasceu em boa hora, sem dúvida.

Surtou

Um videozinho pra animar.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Em defesa do Lewis

A fase do Hamilton está despertando muitos comentários, e agora foi a vez de Martin Whitmarsh fazer a defesa do piloto.
"Sejamos honestos, é uma reação humana bastante normal tentar andar mais do que o carro se ele não está bem acertado, se o piloto não está em forma ou se seu companheiro de equipe o está pressionando".
Conclusão: ou o Hamilton não sabe acertar o carro, ou não está em forma, ou sente pressão do Kovalainen. E o Whitmarsh não daria num bom advogado de defesa.
"E tentar andar mais que o carro na Fórmula 1 geralmente não é um bom negócio", completou.
"Lewis é um vencedor, e se a equipe não lhe fornece um carro capaz de vencer, ele fica insatisfeito, não aceita um carro que seja o segundo melhor".
"A dor da derrota motiva a todos na Mclaren, e com o Lewis não é diferente", e continuou falando: "Não podemos reduzir essa pressão que sentimos. É assim com todos nós; Lewis, a equipe e os fãs ficarão um pouco desapontados se ele não conquistar o campeonato ao final da temporada".
E o Heikki? Quanto mais fala, mais tem de se explicar: "É claro que ficaremos igualmente felizes se o Kovalainen for campeão, mas se nenhum deles ganhar o título, virá aquela sensação de falha. Nós não gostamos dessa palavra e também não gostamos de falar sobre isso, mas essa é a realidade".
Martin bem que tentou defender o Hamilton, mas acabou com um discurso melancólico. Será que a McLaren vai mesmo recuperar terreno a partir da Espanha, como anunciam?
Já que estamos falando nele, a FIA finalmente confirmou o lançamento da campanha anti-racismo, em virtude dos atos racistas ocorridos em Barcelona durante a pré-temporada.
Segue um trecho do comunicado: "A FIA está satisfeita pela Federação Espanhola e as autoridades do circuito de Montmeló terem respondido de maneira eficiente a esta situação. Monitoramos as medidas implementadas desde fevereiro e notamos que não houve mais problemas. Concordamos que as pessoas envolvidas naqueles incidentes não representam os milhares de fãs, que gostam da atmosfera e do espetáculo oferecido pelo esporte a motor".
O nome da campanha é Everyrace, que em inglês tem duplo sentido: "todas as corridas" ou "todas as raças". O pessoal da publicidade é mais criativo para bolar um nome do que a FIA para criar uma regra.
O site está no ar, cheio de caras, passando a mensagem de que a discriminação não tem vez neste esporte.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Abre o olho, Lewis

A má fase de Lewis Hamilton deixou inquieto até mesmo o ex-dirigente da McLaren, Jo Ramirez, que comentou o caso:
"Não estou entendendo o porquê dele errar tanto. Se eu fosse responsável na McLaren, estaria preocupado pela atual situação. Ron Dennis já falou do desempenho dele com ele. Nas últimas cinco etapas, as falhas foram muito grandes".
Já o diretor da Renault, Flavio Briatore, fez questão soltar uma indireta para cima do inglês quando perguntado se o Alonso poderia chegar ao pódio na Espanha.
"Pensar grande é sempre bom. Fernando pode conseguir um pódio, a menos que alguém passe por cima dele".
Sem mais.

Críticas ao KERS

O Sistema de Recuperação de Energia Cinética, que deve integrar aos carros da Fórmula 1 em 2009, foi alvo de críticas do vice-presidente da Ferrari, Piero Ferrari.
Piero reclamou do regulamento e dos altos gastos esperados, além de pôr em dúvida a eficiência do equipamento para permitir as ultrapassagens por meio do "push-to-pass", que disponibilizará 60kW extra aos pilotos.
"Nós devemos refletir sobre várias das decisões técnicas e desportivas tomadas nos últimos anos".
"Os motores foram congelados e, como resultado, todos eles agora funcionam a 19 mil giros, então não há diferença de potência, portanto não é possível tirar vantagem de um possível aumento de giros para tentar ultrapassar", concluiu.
"Da maneira como o regulamento está agora, não podemos reprojetar uma única parte a fim de melhorá-lo. É excessivo. A Ferrari tem ótimas pessoas de motor de braços cruzados".
"Eles nos fazem gastar tempo e dinheiro para projetar o KERS, para o qual não podemos avaliar precisamente os custos, porque é uma tecnologia nova. Também é baseado em um conhecimento que as pessoas tradicionais de motor não têm, como baterias de alta capacidade e motores elétricos de alta performance, para os quais você precisa de engenheiros especializados de fora do mundo automotivo".
"Para conseguir esse know-how, vamos gastar muito dinheiro durante muito tempo, e essa não me parece a melhor solução para reduzir custos".
"Trabalhar com recuperação de energia é aceitável, mas não assim. Existem muitos sistemas, e eles precisam ser limitados. Caso contrário, vamos ter de cortar o orçamento em outras áreas, como foi feito com os motores e a eletrônica. Assim, corremos o risco de transformar a F-1 em uma nova GP2. E isto não pode acontecer".
Há poucos dias, a Ferrari fez uma crítica igualmente pertinente a uma outra novidade que ainda não estreou. Michael Schumacher questionou o banimento dos aquecedores de pneus para 2009, argumentando que os compostos quando frios apresentam um desempenho muito inferior, devido à baixa aderência, o que corresponderia a um risco desnecessário aos pilotos.
"Acho que a FIA terá de repensar essa questão, porque todos já têm mantas térmicas. Não pouparemos nada (de dinheiro) e deixaremos as coisas mais difíceis para todos".
A Ferrari não esté entre as montadoras que aproveitaram o escândalo para solicitar a retirada de Max Mosley, mas a equipe se sente tão incomodada com determinadas medidas quanto BMW, Mercedes, Toyota e Honda, que ergueram a bandeira em favor da deposição do presidente.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Kimi e Alonso não

Luca di Montezemolo fechou as portas da Ferrari para Alonso em 2009. Para o presidente ferrarista, uma dupla Kimi-Alonso não seria uma boa opção na escuderia.
"Colocá-los no time acabaria prejudicando ambos. Eu quero dois pilotos iguais que trabalhem juntos".
Pelo que conhecemos da filosofia da própria Ferrari, seria absurdo imaginar uma dupla formada por Raikkonen e Alonso. Mas foi a primeira vez que Montezemolo deixou isso bem claro.
Com relação ao sonho do espanhol de guiar para Maranello, suas chances talvez estajam na aposta de um tricampeonato do finlandês até o final do próximo ano. Raikkonen já disse que não pretende permanecer por tanto tempo na Fórmula 1, um discurso semelhante ao do Alonso. Caso ganhe os dois próximos mundiais, Kimi provavelmente encerraria o contrato cheio de vontade de ir esquiar, abrindo espaço para o rival.
Ou será que um bicampeonato já o deixaria satisfeito? Bom, cada um com sua futurologia...

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Coulthard bate-bate

Em sua coluna no site ITV, David Coulthard se defendeu das críticas de forma veemente, acusando seus adversários.
Após bater em Massa em Melbourne e se chocar com o Button no Bahrein, o escocês liberou sua frustração.
"O que mais me decepciona é que admito quando erro, mas quando outras pessoas causam um acidente comigo, parece que eles não fazem isso".
Ele contou que o Button pediu desculpas pessoalmente, apesar de, anteriormente, ter dito em público que ele alterara seu traçado, fechando a porta e assim provocando o acidente.
"Eu estou um pouco cansado de ficar discutindo essas batidas, porque eu acho que os outros pilotos têm responsabilidade sobre seus atos também. Mas se eles ficam felizes, vou dizer que tudo é culpa minha", desabafou.
Por fim, um recadinho para os restante do grid: "Ou me ultrapassa direito ou não enfie o nariz aí".
Em outras palavras: não bota por dentro que ele bota pra fora...
Quanto mais velho, mais teimoso.

Mosley confiante

Ao contrário do que muitos pensam, o mundo não se voltou contra Max Mosley. De acordo com o presidente, ele possui apoio da maioria e acredita que permanecerá no cargo.
"A razão fundamental pela qual eu me recuso a renunciar é que muitas das pessoas que me elegeram mandaram cartas. E, para cada uma que diz que eu deveria deixar o cargo, recebo sete pedindo para que eu fique. Então, seria impossível dar as costas a essa grande maioria e dizer 'vou embora'. Minha intenção é de ficar e lutar".
"A maioria das pessoas fala que não diz respeito a elas se alguém gosta de fazer determinada coisa, desde que não machuque ninguém, que seja privado e que seja totalmente secreto e pessoal", argumentou. "Acho que todos concordam que o que houve foi algo feito com o consentimento de todos, e diz respeito somente àqueles que participaram do ato. Foi algo privado. Não vejo isso como uma questão moral, pois não prejudicou ninguém".
Max comentou sobre a Assembléia que definirá seu futuro, marcada para o dia 3 de junho:
"Vou dizer 'isso é o que aconteceu, vocês querem que eu continue ou que eu saia?', e eles irão resolver. Não vai ficar a cargo de ex-pilotos ou algo do gênero. Se decidirem pela minha permanência, eu fico. Se não, obviamente eu saio".
Mosley também fez uma revelação: já não pretendia dispustar a reeleição para prosseguir dirigindo a FIA em um novo mandato:
"Esta sempre foi a minha intenção. Não planejava passar desse ano. Só não tinha dito isso antes porque, no dia em que você diz que vai parar, perde a influência". Disse.
E para provar que, de fato, recebe bons apoios, segue a transcrição das palavras de Jean Todt, que não economizou nos elogios:
"Ele é um verdadeiro presidente. Sabe qual a sua função e é um grande trabalhador, confiável, inteligente e um homem de rara elegância. Sabe como impor liderança quando precisa e sempre trabalhou para melhorar a segurança no esporte. Quando você analisa o automobilismo de 30 anos atrás, especialmente os circuitos, você consegue ver o que ele fez. Salvou inúmeras vidas durante seu mandato, tomando decisões corajosas, como a imposição do HANS. Todos estavam contra ele naquele momento, mas ele estava certo. Estou surpreso de ver as pessoas criticando-o sobre um assunto que não tem nada a ver com seu cargo".

domingo, 20 de abril de 2008

Danica vence e faz história

A tão sonhada primeira vitória de Danica Patrick finalmente se concretizou. A piloto da Andretti-Green bateu todos os adversários após as 200 voltas do circuito japonês de Montegi, cruzando a linha na liderança para ser reverenciada no topo do pódio.
Ela descreve a sensação: "Na hora, foi quase um anticlímax. Pensei 'aconteceu'. Logo depois, me perguntei se era sério, se eu tinha mesmo vencido. E aí, a emoção veio à tona".
A vitória de Patrick era esperada desde 2005, quando estreou na categoria. Não houve como segurar o choro na chegada aos boxes.
A bandeira amarela provocado por Roger Yasukawa 142ª passagem representou o início da recuperação da Danica na corrida. Até então, ela oscilava entre a quinta e a sexta posições, e contou com uma sábia estratégia da equipe, que realizou o pit stop a 50 voltas do fim. Daí em diante teve de se concentrar em administrar o combustível até a bandeirada.

O brasileiro Helio Castroneves tentou uma manobra parecida, e liderava a prova até as últimas duas voltas, quando foi superado por Danica Patrick.

"Na minha parada nos boxes, algo deu errado e eu demorei muito tempo para sair. Com isso, não consegui completar a carga de combustível e acabei perdendo muitas posições na volta à pista. No fim, tive que tirar o pé para economizar combustível, e foi aí que a Danica me ultrapassou".

"Na hora em que cruzamos a linha para a última volta, vi que o número 3, do meu carro, caiu do primeiro para o segundo lugar. Antes disso, não fazia idéia de que era o líder", contou Helio, que também reclamou do volante pesado, que prejudicou a dirigibilidade nos instantes finais.

O neozelandês Scott Dixon completou o pódio.

Foram necessárias 50 corridas para a Patrick conquistar a sua primeira vitória e, de quebra, se sagrar a primeira mulher a vencer na história da F-Indy.

Um belo feito de uma bela piloto.

sábado, 19 de abril de 2008

My friend

O ritmo de postagens estão caindo ultimamente, mas garanto que teremos pelo menos um por dia.
Ando mesmo bastante ocupado, mas ainda assim consigo lembrar do nome do Schumacher. Uma vez, o Alesi esqueceu...

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Último dia em Barcelona

A chuva atrapalhou o trabalho das equipes nesta quinta-feira. Mark Webber foi o único que conseguiu virar com pneus de pista seca, durante o pouco tempo que São Pedro tirou um descanso, logo depois do almoço. Durante a manhã caiu bastante água e, depois de uma pausa, a tempestade retornou.
Os novatos Nelsinho Piquet e Kazuki Nakajima aproveitaram para ganhar experiência, foram os pilotos que mais completaram voltas.
Quem não deu as caras em Barcelona foi a Super Aguri, e ninguém sabe se a equipe será vista novamente numa pista de F-1. Se não conseguir investimentos de outra grande empresa e depender apenas da "Honda-matriz", vai ficar dependendo...
"Nós não planejamos aumentar nossa ajuda à Super Aguri", garantiu o porta-voz.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Magma abandona Aguri

A crise da Super Aguri alcançou um ponto crítico com a bombástica carta enviada pelo Magma Group, comunicando à escuderia que está retirando os seus investimentos.
A equipe foi melancólica ao confirmar brevemente o fato: "A Super Aguri confirma que foi informada pelo Magma Group, os compradores potenciais da equipe, que não estão mais interessados na aquisição. É com imenso pesar que Aguri Suzuki agora é forçada a considerar o futuro da equipe, mas negociações com outros parceiros continuam".
Aguri Suzuki corre contra o tempo para conseguir apoio de novos investidores. O time não vinha apresentando bons desempenhos, mal conseguia participar de testes, até nos treinos livres andava timidamente, e a saída do Magma pode representar o fim definitivo da simpática equipe japonesa.
O GP da Espanha é na próxima semana e uma fonte da equipe esclareceu que existe um prazo curtíssimo para que o problema seja resolvido, caso contrário a presença da Aguri em Barcelona deixará de ser uma possibilidade concreta: "Nós temos exatos três dias para encontrar uma alternativa. Se não tivermos dinheiro, não poderemos correr".

quarta-feira, 16 de abril de 2008

3º dia em Barcelona

Fernando Alonso dominou a sessão coletiva nesta quarta-feira, em Barcelona. Michael Schumacher foi o segundo, porém testando a configuração aerodinâmica de 2009, ao contrário do espanhol.
O terceiro melhor tempo ficou com Adrian Sutil, calçando pneus slicks, assim como os dois primeiros. Kubica e Rosberg vieram atrás, seguidos por Rubens Barrichello, que andou bastante hoje.
O destaque negativo do treino fica por conta de Sebastien Bourdais. A bordo da versão 2008 da Toro Rosso, o francês bateu forte após escapar na curva 9. Batizou tão bem o novo bólido que o companheiro Sebastian Vettel dificilmente terá a chance de guiá-lo amanhã, no último dia dos ensaios.
O chefe Tost afirmou que Bourdais "apenas foi rápido demais".
O modelo deste ano promete disputar sua primeira corrida em Istambul, durante o GP da Turquia. Desde que a programação não seja alterada com esse acidente.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Ayrton, há 15 anos...

Postando com alguns dias de atraso, mas vale a pena publicar o vídeo descoberto pelo amigo Speeder, do Continental Circus.
O tema do youtube é a performance assustadora do Senna em Donington-93, com grandes nomes da F-1 comentando o inesquecível episódio, com direito a lamentações de Alain Prost.
Dica dada, dica assistida. Clica lá!

Inovações em Barcelona

A Fórmula 1 está em Barcelona para realizar os ensaios que precedem o GP da Espanha. Os testes estão repletos de novidades.
Na segunda, Felipe Massa dominou o dia cravando a volta rápida calçando os pneus slicks, que proporcionam um desempenho mais veloz que os sulcados, e devem retornar à categoria em 2009.
A Ferrari estreou uma novidade que estuda desde o final do ano passado: duas frestas sobre o bico que servem de saída para o ar que entram na parte frontal do bólido.
Hoje, a Renault foi à pista com a barbatana da Red Bull. Para melhorar sua baixa eficiência aerodinâmica vale tudo, principalmente estudar o acessório do Newey.
A Honda, por sua vez, voltou a usar as "orelhas de Dumbo" no bico. Com pneus slicks, Rubens Barrichello surpreendeu ao virar o melhor tempo do dia, seguido pelo italiano Giancarlo Fisichella, da Force India.
Felipe Massa foi o terceiro, mas só treinou com compostos sulcados. Alonso foi o sexto colocado, atrás de Coulthard e Hamilton.
Como se não bastassem todas as variáveis de acerto do carro, ainda há a diferença de pneus e as novidades que estão sendo testadas. Em termos de tempo, portanto, as sessões não dizem absolutamente nada.
Amanhã tem heptacampeão na pista.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Cacá solta o verbo

Duas das novas regras da Stock Car deixaram o bicampeão Cacá Bueno ligeiramente revoltado.
No sábado, o piloto havia sido o mais rápido do treino, mas o regulamento de 2008 diz que os seis melhores disputarão as primeiras filas do grid em um duelo na pista. O primeiro compete com o sexto, o segundo com o quinto, e o terceiro com o quarto.
Bueno caiu para quinto, e não economizou críticas à novidade:
"Corrida é no domingo; sábado é dia de classificação e tomada de tempos. Sempre foi assim. Não me agradava quando inventaram, e me agradou menos ainda quando participei. O Marcos foi um dos mais rápidos e larga em sexto; o Ingo, que foi o pior, sai em primeiro. Dos seis primeiros, a volta lançada mais rápida foi minha e eu saio em quinto".
"Não dependi de mim nesta classificação. Hoje, dependi do Thiago. Ele ficou na primeira volta mais preocupado em não me deixar passar do que andar rápido. Poderíamos ter ido bem melhor. Ele quase parou o carro na Curva do Lago. Não digo que ele está errado, mas isso deixou a gente para trás".
Para fechar com chave de ouro: "Se a idéia era fazer várias corridinhas de arrancada, então vamos mudar o nome para 'Campeonato de Velocidade e Arrancada' e faz um misto disso tudo. Ou vamos fazer uma gincana de rapel para definir o pole na próxima etapa. Vamos jogar bola, montar dois times de 16 jogadores e quem ganhar decide a pole".
Na corrida, seu alvo foi o reabastecimento obrigatório:
"O Marquinhos estava com o carro muito mais rápido. Mas não dividiu curva comigo, não dividiu curva com o Camilo... Essas disputas, que aconteceriam, ficaram para os boxes. A Stock está crescendo por vários motivos, mas não pode esquecer da emoção para o público".
Marcos Gomes foi o vencedor da corrida, ganhando quatro posições na dança dos pit stops.
Mais do que antipatia pelas novidades do regulamento, Cacá Bueno pode ter também um quê de razão. Ou será que não?
Uma coisa é certa: não perde a chance de dar palpite, igualzinho ao pai...

domingo, 13 de abril de 2008

Mais um

O chefe da Honda, Ross Brawn, anunciou que pretende realizar mais uma mudança significativa no carro da equipe durante os próximos meses, e esta será a última da atual temporada:
"O plano é fazer apenas mais uma atualização no meio da temporada e, depois disso, vamos concentrar nossos esforços somente para a temporada 2009, cujo programa já começou. A cada mês, pesquisamos cada vez mais sobre isso. Acho que o pacote deve ficar pronto entre maio e junho; depois disso, vamos nos voltar para o ano que vem".
De uma vez por todas, a equipe deixa bastante claro que sua prioridade está em 2009.
Pensando também um pouco mais à frente, a escuderia decidiu adotar uma manobra semelhante à da McLaren.
Além de lançar Lewis Hamilton, Ron Dennis já confirmou, em 2007, o investimento numa nova estrela do automobilismo: o inglês Oliver Rowland.
Agora foi a vez da Honda. O time nipo-britânico bancará o crescimento do também inglês Will Stevens, de 16 anos, que conquistou a confiança do grupo ostentando vários títulos no kart europeu.
"Estou extremamente feliz por juntar-me à Honda e isso me dá uma grande chance de conquistar meu objetivo de chegar à Fórmula 1".
Mais um nome para ser lembrado...

sábado, 12 de abril de 2008

Pobre Esteban

Uma aula rápida de como não se deve fazer um pit stop.
Há dez anos...

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Desprezos

O fraco desempenho da Renault neste início deu a Giancarlo Fisichella a chance de limpar sua imagem, o que o motivou a falar em alto e bom som:
"Todos acharam que Fernando ia salvar a Renault, e eles gastaram muito para contratá-lo e montar um bom carro. Mas a verdade é que eu fui melhor nas três primeiras provas do ano passado do que ele agora". Em 2007, Fisico havia somado 8 pontos nas três etapas iniciais; hoje Alonso possui apenas 6.
Está registrada, portanto, sua redenção. Mas que tal comparar seu desempenho com o do Alonso nas temporadas em que dividiram a mesma equipe?
Com a língua ainda mais afiada está Mark Webber. Sobre a disputa entre pela quarta força no Mundial, o australiano apontou a Red Bull como favorita por uma razão pra lá de contestável.
"Temos dois pilotos. Williams e Renault só têm um. Precisamos extrair todo o potencial do carro o mais rápido possível", afirmou. "Porém, é claro que tanto Nelson Piquet quanto Kazuki Nakajima podem, às vezes, ser bons".
Curioso como ele parte do pressuposto de que Coulthard está dando uma verdadeira aula de pilotagem a cada corrida. Também é interressante vê-lo se nivelando com Alonso e Rosberg. Pior ainda quando se trata de um piloto em final de carreira que nunca fez nada na F-1 desprezando o potencial de novatos promissores.
E para fechar o show de disparates, o falastrão Jacques Villeneuve comenta sua antipatia pela conduta de Lewis Hamilton: "No ano passado, quando dividia a McLaren com o Alonso, Hamilton deveria ter mostrado mais respeito ao espanhol, afinal, é um bicampeão. Hamilton deveria ter feito como eu fiz em 1996, quando tinha o Damon Hill ao meu lado". Hill não tinha título em 96... mas isso não tira a essência do seu argumento.
Jacques também tem elogios a fazer: "Dos atuais pilotos da Fórmula 1, os que mais admiro são Felipe Massa, que correu comigo na Sauber em 2005, e Alonso".
"Massa foi impressionante no Bahrein, e se ele pilotar dessa forma no restante da temporada, ninguém vai pará-lo na luta pelo título".
Sobre o asturiano: "O Alonso é um touro, ele é espanhol, tem isso no coração e vai dar o seu melhor até o fim. E tenho certeza que ele fará isso este ano".