quarta-feira, 30 de abril de 2008

Entre quatro paredes

A Fórmula 1 andou se reunindo com vontade durante o GP da Espanha. Mosley, KERS e safety car foram os assuntos de destaque nas discussões.
Comecemos com o mais polêmico: Diante das dificuldades, Max Mosley perdeu um grande aliado, que é ninguém menos que um sujeito chamado Bernie Ecclestone.
O poderoso chefão da categoria liderou um encontro com os diretores das escuderias, com exceção da Aguri. Ele sugeriu que todos assinassem um comunicado pedindo a renúncia do presidente da FIA, mas esbarrou na oposição de Ferrari, Williams e Toro Rosso.
Ecclestone se mostra preocupado com a imagem da F-1, além do risco de algumas federações se organizarem para romper com a FIA e criar um novo órgão do automobilismo mundial, caso Max permaneça no comando depois da assembléia de 3 de junho. A iniciativa de Bernie, porém, não pôde ser concluída, pois a unanimidade entre as equipes era uma exigência.
Um outro assunto de debate entre os chefes de equipe levantou a questão do também polêmico KERS, o sistema de recuperação de energia cinética, previsto para ser implementado em 2009.
Alguns dirigentes reclamam dos custos elevados no desenvolvimento deste recurso, como é o caso da Renault e da McLaren, e isso numa temporada com limite orçamentário.
Por mais estranho que possa parecer, justamente a Williams, com todas as suas dificuldades financeiras, se mostrou a favor da instalação do novo equipamento. Tanto é que o time de Grove anunciou, no início da semana, ter adquirido ações da Automotive Hibrid Power Ltd, empresa que desenvolve e coleta energia procedida por outras partes do carro. Frank Williams acompanha a transferência da fábrica da AHP para Oxford, perto da sede da equipe, e espera se beneficiar da influência direta da empresa no desenvolvimento do KERS.
Tradicionalmente conhecida pelo respeitável corpo de engenharia, talvez a Williams seja uma das equipes que mais se destaque no trabalho para a construção desta novidade, que permitirá um ganho extra de potência na forma análoga ao "push-to-pass", através da energia liberada nas freadas.
Uma outra divergência provocada pelo regulamento não poderia ficar de fora: a regra do safety car. A reunião do Grupo de Trabalho Esportivo (SWG) foi uma oportunidade para as escuderias pedirem a eliminação da luz vermelha nos boxes enquanto o carro de segurança estiver na pista. A proposta foi vetada, porém o Grupo optou por dar uma forcinha visual aos pilotos, aprovando o semáfora pisca-pista, isto é, a luz vermelha passará a piscar para tentar atrair a atenção dos pilotos.
Não é nenhuma grande mudança que esbanja inteligência na resolução dos problemas, mas é um começo. As reclamações devem prosseguir, e as alterações vão surgindo pouco a pouco. Um dia, quem sabe, eles acertam a mão.

2 comentários:

Anônimo disse...

Quer dizer então que o Ecclestone tentou dar um golpe de estado no Max? E concentrar o poder apenas em suas mãos? Agora acho que aquela tese da conspiração e armação começam a fazer efeito.

F1 Trulli disse...

a eliminação da luz vermelha nos boxes seria a melhor mudança...
fica uma questão d sorte se o saft car entrar na hora da suaparada sua corrida já era...
muito melhor quando tinha aquela confusão nos boxes todo mundo parando

p.s. Trulli já conseguiu + pontos q o ano passado...

abraços