segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Lotus, Renault e Sauber lançam seus carros



FÁBIO ANDRADE


O fim do mês janeiro tradicionalmente é marcado pelos lançamentos dos carros dos times da Fórmula-1. Para não fugir à regra, só hoje três equipes revelaram os carros que disputarão o mundial de 2011 na categoria: o Team Lotus, a Lotus Renault (é mole?) e a Sauber.



Team Lotus

O Team Lotus, o time que disputou a temporada passada sendo chamado apenas de Lotus, revelou seu T128 via web. Foram poucas e tímidas imagens em formato 3D. O real T128, o carro com a frente mais baixa entre os já lançados, poderá ser visto na terça-feira, quando o time participa dos testes em Valência.






Foi confirmada também a presença do piloto brasileiro Luiz Razia no Team Lotus. O baiano, de 22 anos, já foi campeão da F-3 Sulamericana e será o terceiro piloto da equipe malaia. Ao mesmo tempo, Razia continuará participando da GP2 Ásia, campeonato que terá a primeira etapa disputada nos próximos dias 11 e 12 em Abu Dhabi.



Lotus Renault

O insólito lançamento de dois carros diferentes de equipes com o mesmo nome no mesmo dia aconteceu hoje. Enquanto o Team Lotus apresentou seu monoposto pra 2011 pela internet, a Lotus Renault, que disputou o campeonato passado chamando-se apenas de Renault, desvendou as linhas do R31 em Valência. Além de lançar o carro, a Renault anunciou ainda a pequena multidão de pilotos-reserva que estarão ligados ao time em 2011.






O tcheco Jan Charouz, o chinês Ho-Ping Tung e o malaio Fairuz Fauzy serão pilotos-reserva da equipe. Já Bruno Senna e Romain Grosjean serão os chamados terceiros pilotos, os substitutos imediatos dos titulares Robert Kubica e Vitaly Petrov. Toda essa variedade de pilotos estará presente dentro de uma única equipe numa categoria que praticamente aboliu os testes durante a temporada.






A equipe havia anunciado a pretensa intenção se homenagear a clássica pintura preta e dourada da época da Lotus John Player Special. Se a intenção era realmente essa, faltou delicadeza na hora de planejar o layout do carro.



Sauber

Já a Sauber, que não está envolvida em nenhuma confusão a respeito de sua nomenclatura, também exibiu hoje o novo carro. O C30, como é tradicional na equipe suíça, será empurrado por motores - e agora também pelo KERS - da Ferrari.










A Sauber também apostou no bico alto, tendência desse início de pré-temporada. Mas o que mais capturou a atenção no novo carro de Kamui Kobayashi e Sérgio Perez foi a multiplicação dos patrocínios na equipe. Enquanto o C29, carro do time na temporada passada, correu quase “pelado” o C30 já surge com mais marcas estampadas em sua carenagem logo na apresentação. Segundo Peter Sauber, a equipe já entra em 2011 com as finanças estabilizadas.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Uma nova oportunidade para Bruno?



ANDERSON NASCIMENTO



Como anunciado recentemente, Bruno Senna pode estar com contrato fechado para trabalhar na Lotus Renault como piloto de testes. Se a notícia for verdadeira, o piloto brasileiro será muito beneficiado, sem dúvida alguma, em trabalhar numa estrutura de equipe de ponta e vencedora ao lado de um grande piloto chamado Robert Kubica mesmo que seu lugar de piloto de testes seja bem mais ilustrativo do que qualquer outra coisa nestes tempos de ausência de testes coletivos na Fórmula 1.



Talvez Bruno possa pilotar em algum treino livre nas sextas-feiras e isso pode dar-lhe a oportunidade que ele tanto queria de mostrar que pode guiar como titular em uma equipe média ou grande. Talvez apareça alguma oportunidade ainda melhor caso Vitaly Petrov continue a ser massacrado pelos resultados de Kubica. Nunca se sabe, mesmo que o investimento do piloto russo para conquistar essa sua vaga seja assombroso.

No final das contas, o brasileiro acabou não se dando tão mal assim. Amargar mais um ano sendo piloto da frágil Hispania seria um desastre (ainda mais pagando para isso) e ficar um ano de fora da categoria para quem não é mais tão jovem assim também não seria nada bom. Ultimamente essa tem sido a vida não só do brasileiro, mas de todos aqueles pilotos que sofrem por não ter patrocinadores e investidores tão fortes e afortunados para arrumarem uma vaga na categoria. Lucas di Grassi, por exemplo, está aí, sem nada, apesar de seu talento.

Vale lembrar que não há nada de oficial ainda sobre a ida de Bruno como piloto de testes para a Lotus Renault. Fairuz Fauzy foi anunciado recentemente para o mesmo posto, além do chefe da equipe, Eric Boullier, querer que seu protegido Romain Grosjean ocupe esta função. Por isso, não é certo confirmar nada até que este imbróglio que é mais político do que esportivo se resolva.

sábado, 29 de janeiro de 2011

O Efeito Pirelli



FÁBIO ANDRADE


Stefano Domenicali torce para que a chuva molhe os treinos que a Fórmula-1 realiza na próxima semana em Valência. O chefe da Ferrari aguarda a resposta do pneus Pirelli na pista molhada, condição em que o desempenho da borracha da fabricante italiana ainda é uma incógnita, exceto pelo único teste realizado com asfalto molhado pela própria Pirelli em Abu Dhabi na semana passada.




Enquanto na Ferrari a expectativa é para descobrir como será o rendimento dos pneus sob chuva, a torcida que acompanha a F-1 deve estar atenta a outra questão que envolve a nova marca que calça os bólidos: na semana passada, visando contribuir com “o show”, a Pirelli anunciou que os compostos que calçam os carros serão menos duráveis do que os Bridgestone, usados até o ano passado. Com a redução da vida-útil dos pneus a fabricante italiana espera que o número de paradas aumente para duas, ao contrário do que se viu em 2010, quando o praxe foi visitar os boxes apenas uma vez por corrida.


Os testes da próxima semana vão começar a responder as dúvidas sobre a durabilidade dos pneus. Segundo Fernando Alonso, “vamos saber se o maior desgaste dos pneus é só especulação”. Pneus que se consomem mais depressa apresentam duas hipotéticas e distintas consequências na história das corridas em 2011:


1) Por um lado tendem a incentivar a volta das ultrapassagens nos boxes e se o efeito predominante for esse, haverá aí uma contradição gritante com a recente alteração que aumentou os tanques de combustível dos carros para que a gasolina durasse toda uma corrida. Entretanto, como não há reabastecimento envolvido nessas paradas, e se a diferença de rendimento entre um pneu novo e um usado não for absurda, é provável que o expediente de tentar avançar lugares com uma parada mais precipitada não seja usual;




2) Há também a chance de que com o desgaste maior sejam premiados os pilotos poupadores de pneu. Parece um contracenso, mas se algum piloto conseguir poupar a borracha a ponto de poder fazer uma parada enquanto a maioria dos outros faz duas, melhor para ele. O cuidado deve ser para que o ritmo de corrida de um poupador não seja tão lento que permita que os adversários façam as duas paradas e mantenham-se a frente.


O que vai definir, na verdade, se uma das duas hipóteses se mostrará verdadeira ou se uma terceira irá se concretizar é o ritmo do desgaste desses pneus e a diferença de rendimento que isso trará. É possível que os testes de pré-temporada comecem a responder a essas dúvidas, mas a tendência é que as respostas definitivas só sejam dadas quando a temporada começar pra valer em março.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Ferrari F150 lançada



FELIPE MACIEL


Chegou o dia da primeira apresentação de carros de 2011. A Ferrari fez as honras, pena que não mostrou nada de muito novo em relação ao desenho do modelo.

Mas faz parte do jogo do esconde-esconde deixar para os testes coletivos a colocação do verdadeiro carro na pista, por isso até lá o F150 pode passar por alguma reformulação para incorporar mais novidades.

O que se viu hoje foi basicamente a amostragem da pintura, que carrega o bandeira italiana no aerofólio traseiro, que juntamente ao nome do bólido remete aos 150 anos da unificação do país.

Não passa despercebido o novo logotipo da escuderia, impregnado na tampa do motor fazendo uma alusão ainda mais óbvia à Marlboro do que o antigo código de barras.





A equipe revelou que usou o Acordo de Restrição de Recursos da Fota para "terceirizar" parte do desenvolvimento do carro, pagando pelo uso do túnel de vento da Toyota, e assim disponibilizando mais tempo de preparação e trabalho do que o permitido por padrão. Parece que na Fórmula 1 atual os times não precisam respeitar o regulamento da FIA se estiverem seguindo o da Fota...

Fernando Alonso cuidou da estreia do F150 conduzindo a nova Ferrari no shakedown em Fiorano.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

As asas móveis poderão ser vilãs das ultrapassagens



ANDERSON NASCIMENTO



A declaração do diretor técnico da Red Bull, Adrian Newey, diz muito sobre as polêmicas asas traseiras móveis. “Devemos tornar ultrapassagens possíveis, mas não fáceis!” O engenheiro vem alertando, assim como alguns de seus colegas, que as ultrapassagens poderão se tornar artificiais e bastante comuns.



Em busca de um meio para trazer a emoção das ultrapassagens novamente às corridas, a Fórmula 1 pode deixar elas ainda mais sem graças com esta nova engenhosidade. E mesmo que os carros não sejam os principais causadores da monotonia das etapas da categoria, parece que só eles que sofrerão as modificações.

A asa móvel deve funcionar de uma maneira bastante sutil, porém terá uma grande participação no desempenho dos carros no momento das ultrapassagens, acreditando-se que às vezes será mais vantajoso estar atrás do que na frente do adversário.

Os pilotos poderão ajustar a asa em até 50 mm através de um dos botões do volante. Assim, a asa menor deverá erguer permitindo que o ar passe com maior volume entre a asa menor e a asa maior da parte traseira do bólido.

Engenhosamente falando, a novidade parece simples, porém suas consequências até que os carros ganhem as pistas para a pré-temporada são incertas. Por isso, a pré-temporada será fundamental para a aceitação (ou não) da mais nova técnica de ultrapassagem, que não exige habilidade alguma dos pilotos.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Schumi, o enjoo e a falta de redimento



FÁBIO ANDRADE


O caso é algo insólito, mas tem seu lado curioso. Pipocou na manhã de hoje a história de que uma das razões para o fraco desempenho de Michael Schumacher em seu retorno às corridas de Fórmula-1 seria a incapacidade do heptacampeão de utilizar o simulador de corridas de sua equipe, a Mercedes. Segundo o site “F1 Today”, Schumacher manteve-se longe do simulador da equipe por sentir-se mal nas vezes em que tentou usar o aparelho. O motivo do mal-estar seria um distúrbio chamado de cinetose, popularmente conhecido como enjoo de movimento. Pacientes afetados por esse problema sentem náuseas e tonturas, sobretudo quando estão em movimento. A cinetose teria se manifestado em Schumacher depois do acidente sofrido pelo piloto quando pilotava uma moto em 2009.


O afastamento de Schumacher do simulador ajudaria a explicar a distância entre o rendimento do veterano e a performance de seu companheiro de Mercedes, o também alemão Nico Rosberg. “Nico passava muito tempo no simulador se preparando para os fins de semana de gp’s, enquanto Michael começava a sexta-feira com um acerto básico. Está é uma das razões que explicam a desvantagem de Schumacher em relação a Rosberg” - afirmou uma fonte da Mercedes.




[caption id="" align="aligncenter" width="499" caption="Os enjoos teriam sido decisivos para a diferença de rendimento entre Rosberg e Schumacher"]Os enjoos teriam sido decisivos para a diferença de rendimento entre Rosberg e Schumacher[/caption]

Pesquisando sobre o tema internet a fora, de fato há citações relacionando traumatismos de cabeça e pescoço com quadros de tontura. Entre outros fatores, também o envelhecimento aparece como causa da cinetose. E se Schumacher não é um idoso, tem seus 42 anos, está na chamada meia-idade, e isso certamente interfere numa atividade de alta performance e de forte impacto físico como a Fórmula-1.


Se a hipótese de o heptacampeão sofrer de enjôo de movimento realmente foir real, a grande ironia reside no fato de que o super homem de outrora, soberano dentro de um carro de competição, hoje enjoe como uma mulher grávida ao entrar num simulador de corridas.


Afinal, o tempo passa e esse mundo dá voltas.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Niki Lauda nunca mais será o mesmo



FELIPE MACIEL



Há mais de 30 anos, desde o trágico acidente em Nürburgring, Niki Lauda anda com seu bonezinho vermelho onde quer que esteja. Durante mais de duas décadas levou a logomarca da italiana Parmalat em sua cabeça, sendo que em 2002 a empresa alemã Viessmann passou a estampar seu boné, sendo substituída pelo consórcio industrial suíço, Oerlikon, a partir de 2007.

Pois bem, chegou a hora de Lauda mudar seu visual, pelo menos da testa para cima. O famoso boné vermelho mudará de cor... Isso mesmo, agora você terá de se acostumar com a ideia de ver o tricampeão usando boné azul!



A responsável por tamanho radicalismo responde pelo nome de Money Service Group, uma empresa de serviços financeiros que deve ter oferecido uma fortuna por essa reviravolta na cabeça do ex-piloto.

Trabalhando como comentarista de TV, Lauda está sempre presente no ambiente da Fórmula 1. E não deve ser exagero dizer que o sessentão anda mais bem de patrocínio que muito piloto desesperado por aí...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Mercedes pode ser favorita ao título neste ano?



ANDERSON NASCIMENTO



A Mercedes já tem data marcada para apresentar seu novo carro para a temporada 2011 da Fórmula 1. No dia 1º de fevereiro, no primeiro dia de testes para a pré-temporada da competição que será realizada em Valência, a equipe alemã mostrará o modelo W02 MGP.

Nico Rosberg e Michael Schumacher apresentarão o novo carro momentos antes dele sair para a pista. Mas será que ele pode ser apontado como uma das temidas forças para a disputa do título mesmo levando em consideração o decepcionante ano de 2010?



Bem, é claro que apontarmos favoritos neste momento não passará de especulação ou de um tiro no escuro. Mas, podemos deduzir com certeza que algo de melhor deve acontecer ao time alemão em 2011 em comparação com a temporada anterior.
Michael Schumacher já está readaptado e o W02 muito provavelmente foi construído segundo as suas características. Além do mais, nunca se deve subestimar a qualidade e a genialidade da dupla Brawn-Schumacher que já rendeu muitos títulos no início da última década.

Talvez seja por isso também que Fernando Alonso e Martin Whitmarsh, chefe da McLaren, fizeram questão de comentar sobre a força da Mercedes para este ano. A experiência tanto de Schumacher quanto de Ross Brawn pode ser decisiva na questão de como lidar com as mudanças que a F-1 terá.

O outro alemão Nico Rosberg demonstrou em 2010 que, apesar do carro ruim que tinha nas mãos, pode fazer um bom trabalho e quem sabe este ano lutar pela sua primeira vitória na categoria.

Uma expectativa ainda maior do que a do ano passado está depositada nas costas da escuderia alemã e do seu piloto multi-campeão. Schumacher, mesmo que não tenha nada o que provar, precisará mostrar que ainda pode triunfar numa categoria que vai se tornando cada vez mais dos jovens pilotos. A Mercedes precisará fazer jus ao seu alto orçamento e recuperar o ótimo desempenho que teve em 2009 quando sagrou-se campeã ainda com o nome de Brawn GP.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Podium GP: um espaço completo para o automobilismo



FELIPE MACIEL


Nesta semana nasceu um simpático e ambicioso projeto que visa levar aos fãs do automobilismo uma vasta cobertura das categorias do esporte a motor, com publicações de excelente matérias, um trabalho de análises, observações técnicas, histórias do passado e até comentários engraçados a respeito do mundo das corridas.

Lá você vai encontrar uma forte equipe de editores - alguns dos quais já deve conhecer - buscando abordando o que há de interessante para ser dito, avaliado, discutido.




Se ainda não conhece, clique aqui para visitar o Podium GP. Todo dia uma série de novas publicações, que vão desde a F1 até GP2, Nascar, Indy, Rali, DTM, Le Mans, Moto GP...

Este é site feito por amantes do automobilismo para amantes do automobilismo. Se isso te inclui, esperamos vê-lo por lá muitas vezes!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Memória Blog F-1: Temporada 2002



ANDERSON NASCIMENTO



Vencida pelo atual multicampeão Michael Schumacher, a temporada 2002 da Fórmula 1 foi uma das mais marcantes da última década. Não pela briga pelo campeonato, que não existiu durante todo o ano, visto o grande domínio da Ferrari, mas por aspectos negativos e alguns positivos.

Como o vídeo abaixo mostra bem como foi a temporada, vale lembrar apenas o fato mais ridículo daquele ano. A escuderia de Maranello, destemida a vencer o campeonato a qualquer custo, ordenou que Rubens Barrichello cedesse passagem à poucos metros de vencer a corrida ao companheiro de equipe Schumacher. Atitude que está marcada como uma das piores imagens da história da Fórmula 1.

A temporada tinha como pilotos brasileiros, além de Barrichello, Felipe Massa, que corria pela Sauber, e Enrique Bernoldi, companheiro de Heinz-Harold Frentzen na Arrows. O brasileiro da Ferrari foi o vice-campeão daquele ano, enquanto que Massa somara 4 pontos ficando em 13º lugar, atrás de seu companheiro Nick Heidfeld. Já Bernoldi passou a temporada sem pontuar e não disputou as cinco últimas etapas.

Assistam o vídeo com os melhores momentos da temporada e relembrem o que de mais marcante ocorreu em 2002 na F-1:

sábado, 15 de janeiro de 2011

Roma nos games



FÁBIO ANDRADE


Aproveitando que o Anderson comentou sobre a possibilidade de um gp em Roma e que eu sou um grande interessado em games de corrida, segue abaixo o vídeo do Gran Tursimo 3 para Play Station 2 nas ruas da capital italiana:




O carro é o F-094, que lembra o FW 18, carro da Williams que disputou a temporada de 1994. A pista romana possui cerca de quatro quilômetros de extensão, é bastante veloz em alguns trechos e é marcada por freadas fortes, sobretudo na curva 6. As duas primeiras curvas, em contraste, são velozes, feitas em 6ª marcha (a última desses carros no jogo) e flats. Detalhe: curva 2 é um suave aclive e as duas curvas seguintes contornam um dos principais pontos turísticos romanos, o Coliseu.




É minha pista de rua preferida no GT 3, junto com a Tóquio R246 que de tão veloz nem parece um traçado urbano. Em Roma a volta é rápida, e eu, que não quero contar uma vantagem, já consegui fechar um giro na cada de 1min02s.


Isso tudo aí é no GT 3, jogo que eu tenho em casa. Mas soube que no GT 2 também há uma outra pista de rua romana, onde as corridas são disputadas a noite. Essa pista eu não conheço, mas o que consegui descobrir é que a extensão é de 4271 metros e que o layout é o seguinte:




Parece interessante, mas apesar de gostar muito de Roma nos games, não aprecio muito a ideia de trocar Monza por qualquer pista de rua. Nem por uma dessas existantes nos games, tampouco por uma idealizada pelo arquiteto-monopolista da F-1, o alemão Hermann Tilke.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Dois GPs na Itália?



ANDERSON NASCIMENTO


A possibilidade de um novo circuito em Roma voltou a fazer parte dos noticiários nestes últimos dias. Segundo alguns meios de comunicação da imprensa, Bernie Ecclestone, diretor comercial da Fórmula 1, vetou a realização do GP na capital italiana, visto a já existente prova no circuito de Monza no mesmo país. Porém, de acordo com o promotor do evento, Maurizio Flammini, Ecclestone não chegou a vetar a construção e a realização da prova, porém, sugeriu fazer um acordo com a etapa que acontece no veloz circuito de Monza, nas proximidades de Milão.

O prefeito de Roma, Gianni Alemanno, ratificou a afirmação do promotor e disse que não houve uma "rejeição" à proposta. Segundo ele, Bernie revelou que a sede do GP da Itália poderia se alternar entre Monza e Roma.



Bom, é claro que o chefão da categoria não iria dispensar a proposta de um GP em Roma da maneira como muitos veículos da mídia divulgaram. Sem levar para o lado esportivo, por enquanto, o polpudo dinheiro que estaria envolvido em todo este projeto não é de se brincar, e como amante dele, mas pressionado pelo não desejo de Ferrari, da imprensa especializada e dos torcedores, Bernie parece ter encontrado um "jeitinho" para tentar agradar ambos os lados.

Esportivamente, o circuito de rua de Roma deve ser mais um marasmo para a temporada, caso seja realizado. Não estou muito informado sobre o traçado e suas características, mas como trata-se de um circuito de rua e pelo pouco que já soube, a proximidade com o que vemos em Valência, na Espanha, nos incomoda ainda mais.

Apesar de competitivamente ser ruim e para nós torcedores e fãs da categoria ainda mais sofrível, Ecclestone já provou que não se importa muito com o espetáculo se uma boa quantia em dinheiro estiver ao alcance. Mais um fator preocupante.

Pode ser que a posição contrária da Ferrari sobre a realização do evento influencie na dispensa do projeto. Assim, a política do time italiano servirá de algum proveito à categoria.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Em Madonna di Campiglio, Vrooom inicia o ano da velocidade



FÁBIO ANDRADE


Tradicionalmente o Vrooom inaugura o ano na seara de notícias da Fórmula-1. O evento reúne duas das principais equipes da Fórmula-1 e da Motovelocidade (ambas patrocinadas pela Philip Morris, a empresa dona da marca Marlboro) nas montanhas de Madonna di Campiglio. Ferrari e Ducati iniciam o ano numa estação de esqui na região do Trentino, nordeste da Itália.


O Vrooom 2011, que devia ter começado na segunda, teve sua estreia adiada para terça devido às más condições climáticas de região. Ontem, enfim, as duplas de pilotos de Ferrari e Ducati finalmente apareceram, e esse ano o elenco presente em Madonna di Campiglio ganhou um reforço estelar de peso: Valentino Rossi se juntou ao companheiro Nicky Hayden e à dupla da Ferrari, composta por Fernando Alonso e Felipe Massa. E em sua primeira aparição na festa das equipes italianas o maior vencedor da história das motos ofuscou até mesmo o prestigiado Alonso.




[caption id="" align="aligncenter" width="500" caption="Alonso, Massa, Rossi e Hayden em Madonna di Campligio"]Alonso, Massa, Rossi e Hayden em Madonna di Campligio[/caption]

Rossi foi o centro das atenções, dos flashes e das perguntas dos jornalistas na estação de esqui italiana. Apesar da evidente expectativa em torno da chegada do “Doutor” à Ducati, o italiano nove vezes campeão mundial advertiu que ainda não está na melhor forma e nem estará no início da temporada, no dia 20 de março. Rossi, que fraturou a perna na etapa de Mugello em 2010 e ficou ausente de quatro corridas do campeonato, passou por uma cirurgia nos tendões do ombro. “Os torcedores terão de ser pacientes. Ainda preciso melhorar minha condição física e melhorar a Ducati. Ainda não tenho força na mão esquerda e não poderei dar o máximo nos testes de fevereiro na Malásia” - explicou.


Ainda ontem quase todos os pilotos presentes em Madonna di Campiglio foram para a pista de esqui. Os pilotos de testes da Ferrari, Giancarlo Fisichella, Marc Gene e Jules Bianchi, também se juntaram a Massa, Hayden e Rossi. O único que preferiu não aproveitar a neve foi Fernando Alonso, que assistiu aos companheiros da estação de esqui.




[caption id="" align="aligncenter" width="500" caption="Ao contrário de Alonso, Massa aproveitou a neve na estação de esqui"]Ao contrário de Alonso, Massa aproveitou a neve na estação de esqui[/caption]
Ferrari anuncia data para lançamento do novo carro

E hoje a Ferrari revelou a data do lançamento do modelo que disputará a temporada 2011 na F-1. No próximo dia 28 de janeiro o time italiano exibirá seu novo monoposto que irá para a pista do autódromo Ricardo Tormo, em Valência, logo nos primeiros dias de fevereiro para os primeiros testes. Fernando Alonso guiará o novo carro nos dias 1ª e 2 do próximo mês, enquanto Felipe Massa testará no dia 3.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Mudanças e dificuldades da Hispania



ANDERSON NASCIMENTO



A Hispania ganhou novamente as manchetes dos noticiários da Fórmula 1, nestes últimos dias. Dessa vez o que atraiu a atenção da imprensa foram a contratação do indiano Narain Karthikeyan e os velhos problemas financeiros que a equipe vem enfrentando, oriundos desde sua existência.

No entanto, apesar de todas as dificuldades e de uma pré-temporada que promete não ter muito resultado para os espanhóis, visto que utilizarão o carro que correu em 2010, a Hispania deverá participar da temporada 2011, só não se sabe se será por completo ou não.

José Ramón Carabante, dono da equipe espanhola, afirmou nos últimos dias que negocia parte das ações do Grupo Hispania, grupo imobiliário que dá o nome à sua escuderia. Talvez essa fosse a salvação para o time. O Grupo Hispania sofreu um forte prejuízo devido à crise financeira mundial. Com isso, Carabante ficou com um prejuízo de R$ 105 milhões perante seu antigo sócio.



Já a segunda vaga como piloto da escuderia ainda não está decidida, mas existe uma grande probabilidade de que Sakon Yamamoto ou Christian Klien assumam um dos cockpits, o que seria uma ótima decisão para Colin Kolles. Quem trouxer maior quantia em dinheiro leva. Bruno Senna é carta fora do baralho, segundo pronunciamento do próprio time.

Quanto ao carro da próxima temporada, as mudanças que serão feitas são consideráveis, mas não o suficiente para tirar o time do fundo do grid. É claro que não há como fazer previsões detalhadas de como será o desempenho do novo bólido, mas não deve ser muito melhor do que o carro que correu a temporada passada. Seria um carro tão ruim quanto o antecessor, com uma melhora apenas na parte traseira que viria da Williams, já que os espanhóis contarão com a caixa de velocidades do time inglês.

A Hispania é o verdadeiro exemplo de que não se deve entrar na F-1 sem condições financeiras e estruturais. Ela é espelho real de como é difícil seguir na Fórmula 1 sem uma bela fortuna nos cofres.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Navegando no extraordinário luxo da Fórmula 1



FELIPE MACIEL


Poucos esportes no mundo são tão associados à riqueza e ao glamour como a Fórmula 1. O ponto alto de sua expressão luxuosa tem endereço bem definido: o Principado de Mônaco.

Com um pouco dinheiro e criatividade, não haverá limites para esbanjar tamanha pompa. Este capricho de arquitetura flutuante é, nada mais, nada menos, que um distinto iate temático que levará gente mais rica que você a passeios inesquecíveis assim que sair do papel.

O "The Streets of Monaco" ergue as charmosas construções de Monte Carlo e proporciona tanto piscina quanto praia artificial, incluindo a pista de kart inspirada nas tradicionais ruas do Grande Prêmio.



São 155 metros de comprimento de inestimável mordomia para o lazer dos milionários. Num período de instabilidade econômica e de uma quase crise de identidade da categoria que pende ao conceito sustentável e menos ostensivo, uma imagem como essa sugere o suspiro da pompa em meio à pressão por redução de gastos simultânea à necessidade de fortes investimentos motivados por um regulamento que não para de se alterar.

O que esperar do futuro da Fórmula 1? A categoria está prestes a recuperar sua clássica função laboratorial, e a recém-terminada era das montadoras pode ganhar uma rápida retomada. A nova década se inicia com uma outra mentalidade, inspirada pelos caminhos de preservação ambiental que inaugura novos desafios tecnológicos aos mestres da indústria automobilística.

Consideráveis novidades são previstas nos anos que se seguem; mas o que não pode mudar são os laços da F-1 com sua essência exibicionista e opulenta que animam o ego dos homens que fazem o esporte e enchem os olhos daqueles que têm o privilégio de assistir.