quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Barrichello ameaçado?

Temos um respeito especial pela F1 Racing, por essa razão tudo o que ela publica é relevante. Não se pode dizer o mesmo sobre o Bild, o As e o Marca, por exemplo, mas dessa vez a revista inglesa parece ter virado a casaca.
Uma reportagem da F1 Racing surpreendeu ao anunciar: Rubens Barrichello de malas prontas para a Super Aguri, pois a Honda estaria extremamente insatisfeita com o desempenho do brasileiro na segunda metade da temporada.
De acordo com a publicação, o GP da China foi a gota d'água para a reação do grupo. Enquanto Button saiu de 10º no grid e chegou em 5º, Rubinho veio de 16º para terminar em 15º.
"Engenheiros da equipe frustraram-se com o que julgaram ser falta de esforço", afirmou a matéria, baseada num comentário de um mecânico: "Achamos que ele está assustado. Já é hora de se aposentar, não é?".
Talvez até seja, mas o fato é que a Honda está interessada em ver Rubens bater o recorde do Patrese pilotando um de seus cockpits. A equipe já havia confirmado a permanência de sua dupla de pilotos no meado do ano, e depois reconfirmou para poupar os titulares dos boatos relativos à dança das cadeiras. E agora a F1 Racing quer me convencer de que o time deseja abrir mão do Barrichello?
A frase que mensinou a aposentadoria veio de um mecânico. Eu gostaria de saber qual é o mecânico que tem poder de decisão para definir quem fica na Honda e quem vai para a Aguri. Até que provem que os diretores da escuderia dividem essa mesma opinião, não há o que temer.
A temporada de 2007 foi desgastante para o Rubinho. Ele nitidamente se empenhou em tentar evoluir o carro, apontou o problema do túnel de vento desregulado, realizou inúmeros testes na busca por mais desempenho, que só apareceu na reta final do mundial, mas com o Jenson Button. Embora tenha tido chances de pontuar, sofreu com os erros de estratégia cometidos pela equipe. Daí a pergunta: Barrichello ficou em dívida com a Honda ou foi a Honda que ficou em dívida com o Rubens? Talvez os dois. De uma maneira ou de outra, o inglês marcou 6 pontos e o brasileiro acabou zerado. Foi um ano para esquecer.
A matéria também comparou o piloto com outros veteranos que ultimamente apresentam uma performance abaixo do comum, o que seria um indício de que sua "vida útil" já teria se esgotado. Alex Wurz, Ralf Schumacher e Giancarlo Fisichella foram usados como exemplo. A maioria dos boatos são assim: não são verdaderos mas têm um fundo de verdade. E a verdade é que ele está com seus dias contados na F-1. O contrato com a Honda vai até o fim de 2008, depois disso não se garante mais.
Tem uma hora na vida de um piloto que ele tem de se retirar do cockpit para nunca mais voltar. A hora do Rubens está chegando. E quando chegar, provavelmente estará a bordo de uma Honda, por mais que se especule o contrário.

Uma agulha no palheiro

Alguns podem não se lembrar, mas o desfecho do Stepneygate não terminou com a exclusão da McLaren do campenato de construtores, além de uma multinha inofensiva para Woking. O Conselho também determinou que fosse realizada uma vistoria detalhada sobre o novo carro da escuderia, para averiguar se determinados componentes desenvolvidos pela Ferrari foram incorporados ao projeto do MP4-23.
Durante uma entrevista à BBC, Max Mosley comentou a atuação da FIA no processo de inspeção, revelando de que forma pretende fiscalizar o bólito de 2008.
"Os dados da Ferrari estavam nas mãos do projetista chefe da McLaren exatamente no momento em que ele estava desenhando a McLaren de 2008. A dificuldade que temos é que não encontraremos partes que foram projetadas pela Ferrari. Ao invés disso, podemos encontrar idéias".
"Neste nível de tecnologia e esporte, se a idéia for dada ao projetista, ele fará um componente usando este conceito, que não será relacionado aos componentes usados por outros carros. Então, procuraremos idéias no carro.
"A investigação será detalhada, iremos usar especialistas que não trabalham na categoria e faremos tudo o que pudermos para que o carro da McLaren não carregue elementos intelectuais da Ferrari".
Quer dizer que um grupinho de especialistas não especializados em F-1 irão procurar fatores abstratos no modelo da McLaren que seriam provenientes da Ferrari mesmo sem conhecer o projeto completo de cada equipe, e saber distinguir aquilo que eventualmente é semelhante daquilo que foi copiado? Interessante... Não vai dar em nada.
Se a FIA pretende exibir sua autoridade e demonstrar que repudia as ações ilícitas das equipes, a estratégia parece perfeita. Mas se acredita que encontrará algo comprometedor durante a inspeção, pode esquecer. Mesmo se existir, será praticamente impossível de descobrir.
Mas digamos que consigam, o que aconteceria? Essa o Mosley responde: "Não seria necessário proibi-los de correr. Seria mais fácil dar a eles uma reprovação". Uma medida esperada e correta, diga-se. A exclusão agora iria parecer piada. Pelo menos nessa questão a Federação agirá com bom senso. Ou melhor, agiria, já que não serão capazes de encontrar o que procuram.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Você sabia?

Você já parou para pensar na capacidade dos supercomputadores das escuderias? Quantos bytes de informação são coletados em um GP? Quantos pontos de monitoramento existem em um carro de F-1? Como os dados chegam ao posto de comando e como são feitas as adaptações durante as provas?
Respostas? É só clicar.
Nada como receber uma forcinha de nossos visitantes, sobretudo numa época sem corridas. A curiosa dica é do blogueiro Norival Junior. Recomendado está.

Agora vai?

A Jordan não resistiu, a Midland fracassou, a Spyker também foi vendida... E assim, passando de mão em mão, a equipe foi chegando a um nível financeiro cada vez maior, sobretudo agora, com o surgimento da Force India.
Para quem está de fora, as expectativas não são das melhores, mas não é o que pensa o diretor Mike Gascoyne, que se mostra extremamente empolgado com a novidade, se arriscando até a fazer uma promessa. Perigosíssima, por sinal.
"Eu disse para o Vijay (novo dono do time) me demitir se continuarmos a ficar sempre entre os últimos colocados no final do ano que vem".
Não sei ao certo por que razão me lembrei de Jacques Villeneuve, dizendo que poderia ser demitido se não superasse um piloto como o Jenson Button dentro da BAR. O canadense sequer terminou aquela temporada.
O brilhante engenheiro em potencial ainda acrescentou que verá seus carros frequentando o meio do grid, entre os doze melhores, e que fechará o ano com pelo menos 10 pontos na tabela de classificação.
Por mais que a escuderia se esforce fora da pista, não se pode sonhar com esse tipo de resultado sem a garantia de uma mão de obra promissora dentro dos cockpits. Até o presente momento, apenas o inexpressivo Roldán Rodriguez foi confirmado, enquanto Adrian Sutil tenta firmar acordo com alguma outra equipe. Se a Force India perder o alemão, dificilmente conseguirá um piloto à altura para substitui-lo. E sem uma dupla forte para guiar, o Gascoyne pode acabar se arrependendo do que disse para o patrão. Passar uma boa imagem logo de cara é legal, mas prometer milagre nem sempre é uma boa idéia.
Até que provem o contrário, eles devem continuar dominando o fundo do grid. Dinheiro tem de sobra, convertê-lo em desempenho é que é o desafio. Se o Mike fracassou na Toyota, agora na Force India talvez não seja diferente.

Kovalainen bate à porta

Em entrevista à emissora britânica ITV, Heikki Kovalainen demonstrou interesse em pilotar pela McLaren, alegando que negocia com Ron Dennis e destacando que seu contrato com a Renault se encerra no final da atual temporada.
Frank Williams jura de pés juntos que não libera Nico Rosberg nem sob tortura. Talvez Kovalainen assuma agora o favoritismo absoluto para ocupar a vaga supostamente deixada por Alonso, que por sua vez faria o caminho inverso ao do finlandês, retornando aos braços de Flávio Briatore em 2008.
A dança das cadeiras continua travada pela indecisão do espanhol. Assim que ele tomar seu rumo, o resto do grid rapidamente se define por osmose.
O chefão da McLaren espera que o anúncio do futuro de Alonso venha dentro dez dias, aproximadamente. Agora que a temporada acabou, não há mais motivo para tanta enrolação. Basta que o bicampeão faça a sua escolha e comece a se concentrar no carro do ano que vem. A pré-temporada está chegando, então é bom se apressar.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Ralf lá, Michael cá

Trulli se despede: "Ralf foi meu companheiro de trabalho por três anos na Toyota. Acho que nunca trabalhei tanto tempo com um piloto. O normal é que sempre exista uma certa disputa entre os dois competidores do mesmo time, mas no nosso caso isso era limpo. Nosso objetivo era o mesmo, ou seja, ajudar a equipe. Desejo boa sorte no futuro para ele".
Ralf Schumacher bem que poderia estar à caça de uma vaga no grid, mas parece que o alemão gosta mesmo é de caçar outra coisa.
O quase aposentado está sendo acusado por ativistas europeus de caçar veados enjaulados durante uma festa com caçada na Sérvia, onde teria matado três animais que não tiveram chance de fugir.
Ralf admitiu que pagou as 35 mil libras (míseros 128 mil reais) para participar do evento, mas negou que os veados estivessem enjaulados. Ele e sua esposa, paradoxalmente, integram grupos austríacos para arrecadar fundos para o bem estar dos animais.
E agora, culpado ou inocente? Quem aí acredita no conto do Ralf Schumacher?
Enquanto isso, Michael mostra que até fora das pistas ele é o Schumacão, e o Ralf, Schumaquinho. O multicampeão visitou a terra de Alonso para receber o prêmio de Príncipe das Astúrias dos Esportes, distribuindo autógrafos e embolsando mais uns US$ 68 mil nessa brincadeira.

domingo, 28 de outubro de 2007

Mudando para pior

Infelizmente, continuo enfrentando sérias dificuldades com a conexão. Neste domingo à noite eu consegui, enfim, conectar. Vamos ao post.
O jornalista Fábio Seixas foi o responsável pela descoberta relativa ao livro.
A biografia de Lewis Hamilton sofreu uma pequena mudança. A de cima é a capa anterior, a de baixo é a nova, modificada depois do encerramento da temporada.
Parece que Lewis continua não sendo o que nunca foi: King of the world. Para piorar ainda mais a situação, o inglês resolveu aceitar o discurso da McLaren e negar que tenha apertado o botão neutro por engano, mesmo com as imagens reveladoras divulgadas na internet.
"O único momento em que eu errei foi quando tentei ultrapassar o Fernando e perdi várias posições. Apesar de tudo o que falaram, eu estava na quarta marcha quando o carro perdeu velocidade. Foi uma falha mecânica. Não sou burro a ponto de cometer um erro como esse", declarou Lewis à revista Bild am Sonntag.
O vídeo todo mundo conhece. A diferença é que antes ninguém havia o chamado de burro pela burrice que fez.
Hamilton faz parte do top 15 de uma lista desenvolvida pelo jornal The Times, reunindo os maiores perdedores da história do esporte britânico. Esse final de temporada foi um verdadeiro pesadelo para o novato.
A frase é: "Um piloto de F-1 é tão bom quanto a sua última corrida". Com o Lewis não está sendo diferente.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Vacas magras

A fase não é muito boa. Dentre todos os motivos que dificultaram as últimas postagens, certamente o principal deles foi a impossibilidade de conectar. Agora que finalmente consegui, vamos em frente, porque ninguém quer saber a razão dessa escassez, todos querem é ver posts.
No próximo dia 15, a F-1 passará pela vergonha de ter que decidir o campeonato de pilotos nos tribunais. A vergonha só não é tão acentuada pois todos já sabemos o resultado: Kimi campeão. Não dá para cogitar nada diferente disso, é totalmente improvável que o título seja entregue a Lewis Hamilton no tapetão.
"Para nós, o campeonato acabou, o resultado final é este que está aí", é o que diz o também convicto Max Mosley, presidente da FIA.
O julgamento na Corte definirá se Williams e BMW serão punidas pelo incidente envolvendo a baixa temperatura do combustível em seus tanque durante o GP do Brasil. Como o regulamento não estipula nenhuma pena específica, apenas deixa a decisão a critério dos comissários, espera-se que as escuderias, no pior das hipóteses recebam uma leve multa. Provavelmente não dará em nada, serão absolvidas, simplesmente...
Esta é a hora em que todos clamam por pizza. Nada como um dia após o outro.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Calendário 2008

Foi divulgado o calendário oficial da temporada 2008 da F-1. Teremos uma corrida a mais que em 2007, e fecharemos o campeonato em novembro, com o GP do Brasil.
16 Março - Austrália (Melbourne)
23 Março - Malásia (Sepang)
6 Abril - Bahrein (Sakhir)
27 Abril - Espanha (Barcelona)
11 Maio - Turquia (Istambul)
25 Maio - Mônaco (Monte Carlo)
8 Junho - Canadá (Montreal)
22 Junho - França (Magny-Cours)
6 Julho - Inglaterra (Silverstone)
20 Julho - Alemanha (Hockenheim)
3 Agosto - Hungria (Hungaroring)
24 Agosto – Europa (Valência)
7 Setembro - Bélgica (Spa-Francorchamps)
14 Setembro - Itália (Monza)
28 Setembro – Cingapura (Marina Bay)
12 Outubro - Japão (Fuji)
19 Outubro - China (Xangai)
2 Novembro - Brasil (Interlagos)
A Austrália se mantém sediando a abertura da temporada. O GP da Turquia foi antecipado e passará a receber a F-1 em maio. A etapa da França promete ser a última realizada em Magny-Cours. De novo.
No revezamento alemão, chegou a vez de Hockenheim. Nurburgring não podia assumir a nomenclatura de GP da Alemanha, por isso foi chamado de GP da Europa neste ano. Em 2008, será a prova de Valência que receberá este nome, portanto ainda não sabemos como o circuito tradicional voltará em 2009. Talvez volte como GP de Luxemburgo, por que não? Até 1998 era assim...
Seguindo na tabela, veremos a estréia do GP de Cingapura, que já chega fazendo história. Será a primeira corrida noturna da F-1, atendendo aos apelos de Bernie Ecclestone.
No dia 12 de outubro, o circo corre em Fuji. Somente em 2009 teremos a volta de Suzuka. Tá com saudades? Aguenta...
O Conselho Mundial emitiu um importante comunicado sobre o regulamento da categoria. "Haverá um congelamento total no desenvolvimento dos motores por um período de dez anos, começando em 2008". Em 2013, as regras poderão ser revistas, caso haja unanimidade na opinião das montadoras, desde que avisem à FIA pelo menos dois antes antes.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

O erro do ano

O vídeo do maior erro do ano está no YouTube! Por enquanto. Se você chegou antes de o Bernie mandar tirar, veja o momento em que Lewis Hamilton tira o dedo do volante e aperta o botão neutro, jogando pela janela o título mundial em seu ano estréia.
Já tem gente achando que ele fez de propósito, as imagens induzem a esse pensamento, mas é claro que não faz o menor sentido, embora não possamos entender por que motivo estaria ele acionando um tecla bem no meio de uma curva.
Lewis teria pressionado o botão N, aquele verdinho no lado esquerdo do volante. Nesta imagem, é o P que está em destaque pois a foto foi retirada do site Marca, que inventou uma bobagem para publicar, alegando que o inglês havia apertado o botão de pit stop, que limita a velocidade do carro em 80km/h, contradizendo as palavras do próprio Hamilton. O boato criado pelo jornal espanhol dizia que o piloto subiu as marchas esperando que o carro reagisse, mas só depois de meio minuto a equipe detectou que o P estava equivocadamente acionado.
É evidente que a imprensa espanhola mentiu para queimar ainda mais a imagem do rival do Alonso, mas o vídeo mostra que a pataquada foi ligeiramente menos desastrosa: de fato, Lewis apertou o neutro (N), deve ter se confundido e trocado as teclas. Foi a segunda estupidez que cometeu no mesmo trecho, o fim da reta oposta.
Lewis teve de reiniciar o sistema, perdeu muito tempo, e o resto história, todos sabem como terminou. Por causa de um mero botãozinho, o campeonato mundial foi para o espaço. Sem dúvida, esse foi o erro do ano.

À Corte pra quê?

Hamilton já deixou claro: "Não é deste jeito que eu quero vencer". Mas a McLaren confirmou que pretende apelar da decisão dos comissários em absolver as equipes BMW e Williams, que teriam carregado combustível abaixo da temperatura permitida durante o GP do Brasil.
Se essa é a escolha de Ron Dennis, paciência. Ele está no seu direito de recorrer e exigir que o regulamento seja cumprido, embora a McLaren não tenha moral para fazê-lo. Mas o curioso é reparar que o argumento mais utilizado pela escuderia durante o julgamento da espionagem se volta agora contra si mesma: se um time não se beneficia ao cometer um ato ilegal, então não deve ser punido.
A Fórmula 1 é um esporte realmente diferente. No atletismo, por exemplo, basta flagrar qualquer competidor no exame anti-doping que ele será imediatamente eliminado da prova, a menos que prove sua inocência. Ninguém questiona se houve benefício pela ingestão das substâncias, se esse benefício foi grande, significativo, pequeno ou desprezível. Nada disso interessa. A questão é: o atleta agiu de maneira ilícita? Se sim, então será penalizado. Ponto.
Na F-1 não. Se ficar constatado que a vantagem obtida não foi das maiores, todos já se sentem à vontade para absolver o réu, se conveniente for. E este é o caso. A baixa temperatura da gasolina confere um ganho desprezível de desempenho, certamente BMW e Williams serão absolvidas novamente.
Mas já que o Ron prefere ir à Corte, então vamos. Não vai dar em nada, mas pelo menos rola uma pizza de final de ano pra coroar o término da temporada.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

El Rodriguez

Ele foi contratado para participar do desenvolvimento do carro da equipe durante o inverno europeu, mas os patrocinadores agradaram tanto que acabou sendo confirmado como piloto titular da Spyker para 2008.
Eu disse Spyker? Pois quis dizer Force India, o nome que a escuderia laranja deve adotar na próxima temporada, já que foi comprada pelo magnada indiano Vijay Mallya.
Roldán Rodriguez fez uma temporada discreta na GP2, e está longe de ser um grande piloto. Seu anúncio foi uma surpresa, não era uma possibilidade tão cogitada. Falava-se muito de Ralf Schumacher e de Narain Karthikeyan, porque se por um lado o primeiro é experiente e teoricamente capaz de desenvolver um carro novo, além de ser amigo próximo de Mallya, o segundo é indiano, e receberia apoio imediato do milionário indiano, que conferiu à equipe um nome indiano, e usará as cores indianas na pintura do bólito e no logo deste time incansavelmente indiano. Mas por enquanto só confirmaram o espanhol mesmo.
Adrian Sutil já havia assinado com a Spyker para 2008, portanto teria vaga garantida na equipe incipiente mas confessa que negocia com outras escuderias. O alemão sabe que se continuar onde está, terá lugar fixo no fundo do grid da temporada seguinte, e enfrentar as mesmas dificuldades por dois anos seguidos não está em seus planos. Sutil tem talento de sobra para conquistar um cockpit melhor que o atual e realizar um bom trabalho num outro patamar.
Quanto ao Rodriguez, a princípio não será fácil se manter na categoria por um longo tempo, desde já é um forte candidato a se retirar após um ano de contrato, a menos que prove o contrário. A bordo do pior carro do grid, tem tudo para terminar como certos Baumgartners, Brunis, Pantanos e Friesachers que passaram por lá. Ou então se tornar piloto de testes, como os Doornbos, Davidsons, Kliens ou semelhantes. Se o Roldán fizer nome na F-1, ficarei muito, muito surpreso...

Vai que é tua, Galvão!

No último treino do ano, quem mais participou das galvanadas foi Felipe Massa. O brasileiro foi para a pista no Q1 e virou lento em sua primeira volta, ficando em 22º. Quando foi para pisar fundo de verdade, o gráfico fazia a comparação com o tempo de sua volta com o do 16º colocado, mas o narrador pensou que estavam comparando com o Lewis, primeiro naquele momento, e já começo a se exaltar: "Veja que o Felipe já passou mais de meio segundo mais rápido que o Hamilton. Tá em casa, tá à vontade aqui, se dá bem com a pista...". Foi um puxassaquismo daqueles...
Sobre a questão do propulsor do espanhol: "O Alonso vai sofrer com o motor de segunda corrida. Os outros pilotos têm motor para 500km, o Alonso tem motor para 1000km". Esse é o Galvão, trocando as bolas como sempre!
Recebi uma forcinha do amigo Rogério Magalhães nas pérolas de sábado. Esta eu percebi parcialmente, o Rogério ajudou a clarear as idéias e postar mais esta.
No finzinho da superpole, o Massa cruza a linha de chegada e crava uma excelente volta. O locutor reage mais ou menos assim: "Quero ver tomar a pole dele! Quero ver tomar! O Hamilton já desistiu!". Foi só falar que o inglês surpreendeu e passou abaixo na segunda parcial. O Galvão não demonstrou, mas tomou um susto na hora (admitiu no programa "Bem, Amigos"), mas ainda teve sorte de Lewis terminar um pouco atrás do Massa.
Depois quase teve uma síncope enquanto o Felipe dava uma volta a mais no circuito, e nem por isso abriu mão do ufanismo, berrando coisas do tipo "nascido para vencer!" ao final da transmissão.
No domingo, as câmeras da Globo em Interlagos começaram a trabalhar uma horinha antes, antecipando as atividades do narrador.
Depois que passaram um gráfico mostrando as combinações de pontuação para Lewis chegar ao título, Galvão acrescentou a importante observação: "Vou dar mais uma possibilidade de o Hamilton ser campeão. Os três batem na primeira curva e pronto, Hamilton é campeão". Isso, pronto, simples, tá resolvido... Daí Massa ganha e Rubinho chega nos pontos. Boa, amigo!
Debaixo de sol quente estavam os pilotos no grid. Só não peçam para o locutor identificar quem é quem... "Olha só o calor... A toalha na cabeça, jogando água... Nick Heidfeld! Alemão". Tem certeza, Galvão? "Ou Nico Rosberg? É o Rosberg... É alemão também". Pois é, tanto faz, dá no mesmo, ora...
Câmera aérea do plim plim. O trecho em quetão é a parte mista, que o locutor vai comentando, comentando, até fazer o melhor dos comentários. Mas se o Galvão diz, quem somos nós para contradizer? "Eles vêm do Laranjinha e aí entram nessa parte lenta, onde ninguém passa. Mas tem gente que passou...". Pode deixar, pode deixar que ele se contradiz sozinho.
A TV recupera imagens do Hamilton se arrastando pela pista. O narrador global vai à loucura! "Olha o Hamilton aí, tá lento de novo!". Mas será que não é replay, Galvão? "Isso aí deve ser replay, hein..." Tem certeza? E se não for? "É nada, é nada!". É sim, Galvão, é sim! "Ah, era o replay...".
O repórter entrevista Barrichello depois de abandonar a corrida e terminar o ano sem marcar ponto. E dá-lhe Galvão: "Mas todo mundo gostou do Rubinho que viu no Esporte Espetacular, diz isso pra ele aí, Bruno!". Pera lá. Alguém aqui telefonou ou mandou email para eles dizendo se gostou ou se não gostou? De onde será que ele tirou isso? Ah, claro, foi inventado. Ele estava tentando consolar o Rubens, que por sinal deve ter se ficado muito feliz realmente com essa "notícia".
Galvão puxando o saco de um de seus pilotos preferidos: "Esse Kubitça é bom demais, esse Kubitça é muito bom, esse Kubitça é bom demais..." Olha, até rimou.
Vamos fechar com as repetitivas palavras do narrador ao longo da prova, muito discutíveis até. "Hamilton jogou o campeonato fora na curva 2". Nas minhas contas, nunca que aquilo ali era a curva 2. Mas até que ele passou perto, errou por pouco dessa vez.
Agora é melhor eu dar umas férias ao Galvão e deixar que ele se recupere para o ano que vem. Depois do GP da Itália ele já vinha diminuindo o ritmo das galvanadas, correu risco de ser ofuscado pelas marianadas da Becker, que em Interlagos disse que o Hamilton estacionou seu barco no grid, momentos depois de atapalhar um mecânico da McLaren querende sair com os pneus dos boxes, mas sendo interrompido pela repórter, que se posicionou num lugar, digamos, estratégico.
Galvão volta em março. Porque todo grande profissional merece um descanso. Foi mais um ano glorioso para o locutor, tomara que 2008 seja ainda melhor. Como diria ele em sua criativa despedida: Tchau!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Oscar F-1

É declarada aberta a votação para o Oscar F-1 2007!
Todos poderão votar no canto direito da página até o final de novembro. O segredo do resultado será guardado a sete chaves e revelado no dia 4 de dezembro, dia da festa do Oscar, sob o camando do blogueiro Ron Groo.
As categorias são: melhor piloto, melhor diretor, melhor grande prêmio, melhor piloto coadjuvante, melhor piloto estrangeiro, melhor roteiro, melhores efeitos visuais, melhor curta-metragem de animação.
Seguem os indicados de cada categoria.
Melhor piloto
Categoria disputada entre os principais pilotos do ano.
Kimi Raikkonen
Fernando Alonso
Lewis Hamilton
Felipe Massa
Melhor diretor
Concorrem os diretores das equipes que mais se destacaram no ano.
Jean Todt
Ron Dennis
Melhor Grande Prêmio
Candidatas à melhor corrida da temporada.
Canadá
Europa
Japão
China
Brasil
Melhor piloto coadjuvante
Disputam os pilotos de equipes média e pequena que se destacaram em 2007.
Heidfeld
Kovalainen
Rosberg
Vettel
Sutil
Melhor piloto estrangeiro
Premiação para piloto cujo país não apresenta alta tradição na categoria.
Kubica (polonês)
Sato (japonês)
Melhor roteiro
Raikkonen: A incrível história de um piloto que era considerado carta fora do baralho até a metade da temporada, graças a seu estilo burocrático e sua tocada nada empolgante. Em determinado momento, Raikkonen traçou um novo destino, iniciando um surpreedente processo de recuperação, saindo da quarta colocação e assumindo a liderança na última prova do ano, consagrando-se o novo grande campeão.
Kovalainen: Era uma das maiores promessas da nova geração, o mundo focava seu desempenho na corrida de estréia, quando a pressão lhe subiu a cabeça e cometeu erros grosseiros diante do público impiedoso. O chefe da equipe se virou contra ele e disparou críticas ferozes, fragilizando ainda mais a sua imagem, abrindo a possibilidade de ser rebaixado de nível dentro do grupo. Com o tempo, Kovalainen encontrou forças para se reerguer até conseguir provar a todos do que era capaz. Terminou o ano à frente do companheiro, conquistou o único pódio do time, e manteve-se como um boa promessa para o futuro.
Winkelhock: Foi uma das mais inacreditáveis estréias da história da categoria. Largando de último e com o pior carro, o alemão optou por pneus de chuva pesada, ao contrário do restante do grid. Quando ela veio, todos os concorrentes foram obrigados a parar, ele era o único que conseguia se manter na pista. Logo de cara, obteve uma marca recorde, ao liderar a corrida já na segunda volta, realizando o que parecia impossível. A direção interrompeu a prova tirando-lhe toda a vantagem que tinha sobre os demais. Mais tarde, Winkelhock abandonaria o GP e jamais voltaria a disputar uma corrida de F-1.
Melhores efeitos visuais
Concorrem os pilotos que protagonizaram os acidentes mais impressionantes.
Coulthard/Wurz (Austrália) - link1 link2
Kubica (Canadá) - link
Melhor curta-metragem de animação
Prêmio para os pilotos que, em poucos metros, animaram o público e levantaram a torcida com manobras altamente empolgantes.
Massa/Alonso (Espanha)
Sato/Alonso (Canadá)
Hamilton/Raikkonen (Itália)
Massa/Kubica (Japão)
Além de mim, outros três blogueiros amigos formaram a academia para debater minuciosamente a seleção de candidatos por categoria. Foram eles Ron Groo, Rodrigo Lara e Bernardo Bercht.
Repetindo, portanto: todos poderão votar até o final de novembro e a festa do Oscar acontecerá no dia 4 de dezembro, sob o comando do hilário Ron Groo. Neste evento, as gargalhadas são garantidas!

Azarado, azarão, campeão

Vamos fazer um resumo diferente dessa vez, pode ser? Já que todo mundo viu a corrida, que tal utilizarmos mais as imagens e menos as palavras? Então lá vai.
Na largada, Lewis Hamilton emparelha atrás de Felipe Massa enquanto Kimi Raikkonen ganha espaço pelo lado de fora.
Na primeira curva, Ralf dá sua provável última Schumacada da carreira. A vítima? Heikki Kovalainen.
Na saída do S do Senna, o Lewis se complica, mas dessa vez atrás do Raikkonen. Alonso aproveita pra passar.
Mas é no final da reta oposta que o inglês começa a jogar seu título fora. Afobado, tenta um ataque infeliz sobre Fernando Alonso, frita pneus, espalha e cai para oitavo.
Sua pior falha, porém, ainda estava por vir. Ao invés de engatar a quarta, Hamilton pôs em neutro, conseguindo o que parecia impossível: um piloto de F-1 errar a troca de marchas. Quando o câmbio voltou a funcionar, já era o 18º na pista. A mudança de estratégia para três parada não seria bem sucedida.
Fisichella passa reto no S do Senna. Quando volta para a pista, Yamamoto enche o carro do veterano atrapalhado.
Outro que não estava em um de seus melhores dias era o Adrian Sutil, mas valeu a beleza de sua manobra acrobática em conjunto com Anthony Davidson, também na curva 1.
Rubens Barrichello abandona com problemas de motor. O brasileiro já havia levado uma punição por ter largado antes de as luzes vermelhas se apagarem e não tinha muitas esperanças na corrida. Fechou o ano zerado.
Kazuki mostra o impacto dos genes Nakajima atropelando seus mecânicos. Um deles chegou a ser levado de maca para o centro médico. Duvido que estejam torcendo pela confirmação do japinha como titular para o ano que vem...
Mais leve, Kubica passa Alonso antes de seu último pit stop. O espanhol recebeu um carro nitidamente mais lento que o do Hamilton, não teve muito o que fazer durante a prova.
Nico Rosberg imprime um forte ritmo no finzinho da prova e parte para cima das BMWs. A primeira vítima é o seu compatriota Nick Heidfeld.
Robert Kubica fez grande resistência, mas não foi capaz de segurar a Williams do alemão.
A Ferrari realiza a inversão na segunda rodada de pit stops, deixando Kimi na pista por três voltas a mais que o Felipe. Daí em diante foi só trazer as crianças pra casa.
Massa fez uma ceninha no pódio, como que diz: quem venceu essa fui eu!
Kimi Raikkonen comemora bem ao seu estilo. Enfim, campeão.
Entre mortos e feridos, salvaram-se 14.
Fim de temporada. A princípio, Kimi fica com o troféu. Em novembro podemos ter mais um julgamento porque a McLaren pretende recorrer da decisão da FIA em absolver as escuderias BMW e Williams em virtude da temperatura irregular do combustível. Mas tudo indica que será perda de tempo. Não é possível que tirem o campeonato de Raikkonen e entreguem nas mãos do Hamilton. Até que provem o contrário, a tabela terminou com Kimi-110pts, Alonso-109pts e Lewis-109pts. Tá bom ou quer mais?!

domingo, 21 de outubro de 2007

Agora sim...

Sorria, Kimi, você é campeão do mundo.
Por algum momento chegou-se a cogitar a possibilidade de Lewis Hamilton vencer a temporada em virtude de um possível uma punição.
Tudo porque as equipes Williams e BMW estiveram sob investigação por terem infringido o regulamento.
De acordo com as regras, a temperatura da gasolina de cada carro não pode ser inferior a um valor 10ºC abaixo da temperatura ambiente. Durante a maior parte da prova, o ambiente estava a 37ºC, portanto os pilotos precisavam carregar combustível superior aos 27ºC no tanque, mas parece que tivemos 4 exceções na corrida.
Heidfeld parou duas vezes. No primeiro pit stop marcou-se 24ºC, e no segundo, 25ºC.
Com o Rosberg, idem.
Kubica parou em três momentos: 23º, 24ºC e 24ºC.
Se dois desses três fossem desclassificados ou sofressem acréscimos no tempo final de corrida e terminassem a classificação oficial atrás de Lewis Hamilton, o inglês levaria o título da temporada.
O companheiro do Nico, Nakajima, também estava sendo investigado. Fez dois pit stops e ficaram registradas as seguintes temperaturas: 25ºC e 26ºC. Neste último reabastecimento, o ambiente havia baixado em 1ºC, isto é, marcava 36ºC, portanto os 26ºC no tanque eram válidos, mas o problema persistia com a primeira parada do japonês, que por sinal terminou atrás do Hamilton, portanto sua possível desclassificação não iria interferir no resultado.
Depois de algumas horas de suspense e tensão, os comissários resolveram manter a classificação original. Fizeram bem, seja lá qual tenha sido o critério utilizado para essa decisão. Se entregam o troféu nas mãos do Hamilton o tempo ia fechar... É melhor nem imaginar o que poderia acontecer daí pra frente.

KIMI RAIKKONEN CAMPEÃO!

Este é Kimi Raikkonen, campeão da temporada mais disputada e imprevisível dos últimos tempos. Note sua expressão de felicidade extrema no alto do pódio, após a corrida mais importante de sua carreira, onde conquistou a maior glória que um piloto pretende alcançar: o título mundial pela Fórmula 1.
O finlandês não derreteu sob os 37ºC da cidade de São Paulo, manteve-se gelado e não cometeu um errinho durante toda a corrida. Passou Hamilton na largada e perseguiu Felipe Massa em boa parte da prova, enquanto o favorito foi perdendo posições por erros próprios, além de falhas no equipamento.
A Ferrari manteve as posições na primeira parada de boxes, ainda não sabia se Lewis seria capaz de recuperar tantas posições e assumir a quinta colocação, resultado que tiraria qualquer chances de título para Maranello.
Na segunda rodada de pit stops, já ficava claro que o inglês não alcançaria seu objetivo, e só restou à equipe italiana inverter as posições de seus pilotos para que o troféu não caísse no colo de Fernando Alonso. A manobra ferrarista foi realizada com perfeição cronométrica. Massa antecipou seu reabastecimento, Raikkonen permaneceu na pista por mais 3 voltas e retornou com uma vantagem de 7 décimos sobre o companheiro.
Estava feito. Daí em diante, foi só levar o carro até o final, porque Hamilton não passou de um sétimo lugar e Alonso apenas completou o pódio atrás da dobradinha vermelha.
O campeão de 2007 chegou na F-1 com míseras 22 corridas disputadas em monopostos de categorias de base, mas mostrou seu potencial no ano de estréia e logo foi contratado pela McLaren para substituir Mika Hakkinen, aposentado ao final de 2001.
O bicampeão esteve hoje em Interlagos assistindo à prova dentro dos boxes da ex-equipe, certamente vibrou muito, mas por dentro, com a conquista do compatriota. Mika só deve lamentar pelo fato de Kimi não ter alcançado o feito enquanto pilotava para Ron Dennis. As oportunidades vieram em 2003 e em 2005, mas acabou vice em ambas as ocasiões.
Agora na Ferrari, Raikkonen começou mal o ano, somente em Magny-Cours passou a andar rápido e imprimir um ritmo forte a cada corrida, saindo da quarta colocação na tabela para assumir a liderança somente na última prova, um salto histórico numa categoria como a F-1.
A temporada nos reservou muitas surpresas e terminou de maneira semelhante à de 1986. Kimi cumpriu bem seu papel de Alain Prost e bateu os dois pilotos da escuderia rival na última corrida do ano.
E assim chegamos a mais um fim de campeonato. E que campeonato! Raikkonen foi quem conquistou o maior número de vitórias e é inegável que o troféu tenha ficado em boas mãos. Parabéns ao finlandês e também à Ferrari, que levou os dois mundiais para casa. Mereceram e venceram. Então é hora da festinha, libera a bebida pro campeão!

Enquete F-1

A enquete foi feita em diversos lugares pelo mundo, mas não teve uma sequer que correspondeu à realidade, pelo menos não que eu tenha visto.
Em menos de uma semana, 54 pessoas fizeram suas apostas aqui no Blog F-1 respondendo Quem será o campeão da temporada?
O resultado foi apertado e por pouco a maioria não acertou.
Fernando Alonso - 38,89%
Kimi Raikkonen - 33,33%
Lewis Hamilton - 27,78%
Pois é, o azarão levou no final. E o ano terminou do mesmo jeito que começou: com uma vitória de Kimi Raikkonen, o campeão da temporada 2007.

Mano a mano

Agora não tem mais como mudar. Quem ganhou ganhou, quem perdeu não ganha mais. O duelo interno de posições de largada em cada equipe terminou assim:
McLaren
Hamilton 10 x 7 Alonso
Renault
Kovalainen 10 x 7 Fisichella
Ferrari
Massa 9 x 8 Raikkonen
Honda
Button 9 x 8 Barrichello
BMW
Heidfeld 12 x 4 Kubica
Heidfeld 1 x 0 Vettel
Toyota
Trulli 15 x 2 Ralf
Red Bull
Webber 15 x 2 Coulthard
Williams
Rosberg 15 x 1 Wurz
Rosberg 1 x 0 Nakajima
Toro Rosso
Liuzzi 6 x 4 Speed
Liuzzi 4 x 3 Vettel
Spyker
Sutil 7 x 2 Albers
Sutil 1 x 0 Winkelhock
Sutil 7 x 0 Yamamoto
Super Aguri
Davidson 11 x 6 Sato
A Spyker foi a única equipe que usou o número máximo de pilotos a que tinha direito durante a temporada, foram 4 competidores diferentes. Um foi demitido, outro liderou a corrida de estréia e voltou para o banco, outro ocupa espaço dentro do cockpit até hoje... É, só o Sutil salva.
Ao contrário do que muitos pensam, o Davidson bateu o Sato com muita sobra no duelo interno da Super Aguri. Na Toro Rosso, só deu Liuzzi, mas possivelmente seria superado pelo Vettel se tivessem disputado mais corridas juntos.
A Williams dispensa comentários, o mesmo vale para Toyota e Red Bull. Foram as maiores lavadas do ano.
Nick Heidfeld fez sua melhor temporada da carreira, e continua sem ser superado por nenhum companheiro de equipe. Não tem Massa, não tem Raikkonen, não tem Villeneuve nem Kubica nem ninguém que consiga vencer esse alemão na mesma equipe, impressionante...
A briga foi apertada na Ferrari, na McLaren, na Renault e na Honda. Finalmente a equipe de Rubinho achou uma semelhança com as grandes.
Encerramos o ano sem um empatezinho sequer. 17 provas no calendário não é um número que ajude muito, mas talvez seja melhor assim. Competitividade é o que importa e na F-1 é o que não falta. De qualquer forma, as posições de grid são uma análise secundária, bom mesmo é terminar com mais pontos do que o companheiro. O Massa que o diga, pelo menos seu 9 a 8 serve como consolo...

sábado, 20 de outubro de 2007

Rufem os tambores

O resultado do treino classificatório deste sábado certamente agradou a maior parte do público brasileiro, que viu Felipe Massa cravar mais uma pole position em Interlagos, e deve largar ao lado do inglês Lewis Hamilton, o preferido nacional na disputa pelo título.
Lewis posicionou-se logo à frente de seus rivais Kimi Raikkonen e Fernando Alonso, está com a faca e o queijo na mão para se consagrar campeão no domingo. Pelo menos a princípio, Massa não precisará trabalhar para o companheiro de forma direta, isto é, cedendo ultrapassagem ao finlandês, já que o líder da temporada largará entre eles. O melhor que Felipe pode fazer para a equipe é se manter na ponta e bloquear qualquer ataque de Hamilton. Não é pedir demais, esta é a obrigação de todo piloto que larga na frente. O principal fator que poderia complicar as suas intenções de vitória para amanhã chama-se combustível. O brasileiro virou duas voltas voadoras na superpole, pode ser que esteja leve... Já que está correndo em casa, nada melhor do que esvaziar o tanque e fazer a festa com o público no autódromo.
Falando nisso, a volta extra de comemoração com os torcedores em Interlagos foi absolutamente legítima. De início surgiu a dúvida, mas os computadores da FIA registraram que Massa cruzou a linha às 14h59min58s, restando dois segundos para o término da sessão, portanto tinha direito a outra volta rápida, mas abriu mão dela, já que a pole estava garantida. De quebra, aproveitou para ficar mais tempo na pista e celebrar com o público mais esta conquista.
"Se eu tivesse recebido a bandeirada, teria entrado. Quando cruzei a linha, as luzes ainda estavam verdes, então pude dar outra volta", disse o xará.
O inglês Lewis Hamilton foi o segundo melhor do qualifying. O pupilo de Ron Dennis claramente prejudicou Raikkonen no momento em que saiu dos boxes e encontrou o ferrarista em volta lançada, depois pediu desculpas, enquanto o Kimi disse ter sido um pouco atrapalhado, de qualquer jeito teve de se contentar com a terceira posição.
O quarto colocado no grid é o espanhol Fernando Alonso, que utiliza motor de segunda corrida. As chances de título não são das melhores, vai precisar de muita sorte para virar o jogo na prova de amanhã.
Surpreendentemente, a quinta posição ficou com o leão de treinos Mark Webber. O australiano deve ter pingado gasolina no tanque para superar o alemão Nick Heidfeld, que vai largar uma posição atrás do normal neste GP. Seu companheiro Robert Kubica fez o 7º tempo, dividindo a quarta fila com o bom piloto da Toyota, Jarno Trulli.
David Coulthard enfrentou um problema com os pneus e outro durante o reabastecimento. Ainda assim conquistou a 9ª colocação do grid. Se neste fim de semana a Red Bull vem andando melhor do que de costume, o mesmo não se pode dizer da Williams. Nico Rosberg foi apenas o 10º, enquanto o estreante Kazuki Nakajima não passou do 19º posto.
Rubens Barrichello fez o possível a bordo de Honda e fechou a classificação num razoável 11º lugar. O brasileiro voltou a andar na frente de Jenson Button,16º, mas ainda precisa pontuar no campeonato, e esta será sua última chance.
Outro que voltou a superar o companheiro de equipe foi o italiano Giancarlo Fisichella. Kovalainen cometeu erros grosseiros e decepcionou ao ficar na primeira fase do treino. Eles largam em 12º e 17º, respectivamente.
Sebastian Vettel finalmente mostrou ser melhor do que Vitantonio Liuzzi também no seco ao conquistar a 13ª melhor posição de largada. Tonio e Ralf, 14º e 15º, podem andar de F-1 pela última vez na carreira neste domingo.
A Super Aguri não faz um bom final de temporada. Sato é o 18º e Davidson, o 20º. Sutil e Yamamoto encerram a lista.
Num post de ontem, foi noticiada a dúvida sobre o estado de saúde de Galvão Bueno, mas o narrador já falou sobre o caso e disse estar 100% para o GP do Brasil.
"Não foi nada demais. Só senti uma indisposição e resolvi fazer os exames. Está tudo bem".
Portanto ele estará muito bem preparado para a histórica corrida que começará às 14h deste dia 21 de outubro. Lewis Hamilton é o grande favorito ao título, com chances de vencer a corrida se conseguir acompanhar o ritmo de Felipe Massa na parte inicial da prova, pois o brasileiro deve parar um pouco antes.
Alonso provavelmente reabastece depois dos rivais e, assim como Raikkonen, terá de apostar na sorte para bater Lewis Hamilton na briga pela taça de campeão.
Interlagos assume agora o trono anteriormente ocupado pelo circuito japonês de Suzuka, pois já é a terceira vez seguida que o GP do Brasil tem a honra de definir o campeonato. Nas outras duas oportunidades deu Alonso, favorito em ambas as ocasiões, mas o atual homem a ser batido chama-se Lewis Hamilton. O novo asfalto do autódromo José Carlos Pace será o palco da corrida mais esperada do ano, que tem tudo para ser um grande espetáculo, com três pilotos brigando pelo troféu mais cobiçado da categoria.
Ai ai ai ai ai, está chegando a hora...