Ralf fora

É oficial. Ralf Schumacher admitiu que deixará sua equipe no fim do ano depois de uma temporada desastrosa e inexpressiva. Ele sai, mas fazendo aquela conversinha de gente grande.

"Fui piloto da Toyota nos últimos três anos e cheguei aqui com expectativas elevadas. Era um grande desafio estar envolvido no desenvolvimento de outro carro, assim como conhecer o modo japonês de vida e trabalho. No entanto, esperei anos por um carro competitivo".

Esperar que o resultado caísse do céu não foi uma estratégia muito bem sucedida do alemão, que ainda promete estar nas pistas em 2008.

"Eu terei várias conversas na próximas semanas e anunciarei minha decisão no final da temporada. Para mim, o aspecto financeiro é o menos importante, desde que eu tenha a chance de me envolver no desenvolvimento de um carro e, depois, ser bem sucedido", afirmou estranhamente, já que a equipe japonesa reclamava justamente da pouca ajuda recebida do Schumaquinho no trabalho de desenvolvimento do carro, enquanto ele recebe um salário muito acima do que merece. Mas muito acima mesmo.

Enfim, vamos logo à pergunta que interessa: quem vai contratar o Ralf?

O novo dono da Spyker, futura Team India, é amigo do piloto, mas a equipe negou qualquer interesse no alemão. Na Williams tem uma vaguinha, mas duvido que o Frank o queira de volta, a menos que o Ralf pague pra correr... não deve ser o caso. Para McLaren e Renault ele não vai nem em piada. Vamos pensar mais um pouco: Ferrari, BMW, Toro Rosso, Red Bull... Ué, só sobrou Super Aguri. Bem, melhor que Honda, não é verdade?... É capaz de ele acabar mesmo é na DTM. O jeito é esperar.

E quem o substituiria na Toyota? Timo Glock, possivelmente. O conterrâneo se sagrou ontem campeão da GP2, pode se mudar para a F-1 logo em breve. Mas ainda tem mais alemão na jogada, não dá para se esquecer de Adrian Sutil. Após uma temporada tão boa como esta, alguém tem que tirá-lo da Spyker, coitado, ele não merece passar o ano de 2008 lá novamente, seria um grande desperdício de potencial.

A duas corridas do fim, a dança das cadeiras acelera seu ritmo e agita a silly season, intensificando as especulações. Apostas, apostas e mais apostas.