sexta-feira, 30 de maio de 2008

A vaga

Tudo o que Fernando Alonso precisava para voltar a acreditar que pode, um dia, pilotar para a Ferrari está se tornando uma possibilidade real.
Que o Raikkonen não tem interesse em se manter na F-1 por tanto tempo, disso já sabemos, o próprio piloto já declarou em algumas oportunidades, enfatizando que pretende encerrar a carreira servindo à Maranello. O que ninguém imaginava era o quanto ele se incomoda com a realidade da categoria.
O TZ publicou um intrigante comentário de um amigo próximo ao finlandês. Segundo ele, "Kimi adora correr, mas odeia tudo relacionado à F-1. As aparições públicas, a vida sob os holofotes... ele não quer mais nada isso".
No paddock de Mônaco, circulou um boato de que a Ferrari teria assinado com Alonso para 2010, porém o porta-voz da escuderia afirmou que tais comentários "carecem de sentido".
O acordo de Raikkonen com a Ferrari expira em 2009, enquanto o do Massa vai até 2010. Enquanto o Kimi não renovar por mais um ano, os boatos serão frequentes. Se é que irá renovar... É bem provável que não.

Ação e reação

Mosley respondeu prontamente. Cartinha vai, cartinha vem, aqui está a tradução na íntegra.
Sim, o homem continua confiante. E disparando contra quem dispara contra ele, sem hesitar.
Continuo sem palpite para o 03/06.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

A última chance

A uma semana da votação da FIA, Max Mosley recebeu uma interessante proposta de 24 federações automobilísticas de 22 países diferentes. A tentativa de acordo negociava o cargo máximo da entidade, mas o presidente recusou. O Conselho Mundial ofereceu ao Mosley a vitória unânime no próximo 3 de junho desde que ele renunciasse em novembro deste ano. Após o sonoro 'não', as diversas associações reagiram enviando-lhe uma nova carta, criticando sua postura.
Na sequência, a tradução feita pelo site Tazio.
"A FIA está um uma situação crítica. Sua imagem, reputação e credibilidade estão começando a se desgastar severamente. Todo dia adicional que esta situação persistir, o prejuízo aumenta. Não existe caminho de volta".
"Nós acreditamos fortemente que o único caminho digno para o futuro da FIA, e para você mesmo, é termos uma transição ordenada, com o consentimento imediato e seu compromisso de renunciar".
"Nós lamentamos profundamente sua rejeição à proposta dos membros do Conselho Mundial de Automóveis e Turismo de aceitar o acordo para você sair até a Assembléia Geral no próximo mês de novembro".
"Este é um esforço construtivo para facilitar uma transição ordenada dentro da FIA e encontrar uma solução para a presente crise".
"Entretanto, sua intenção de continuar até o final de seu mandato, em 2009, a despeito do sério prejuízo sendo imposto para a FIA, pode sugerir que esteja colocando questões pessoais à frente dos interesses da FIA e de seus membros".
"Observamos a carta enviada por Bernie Ecclestone para todos os membros, declarando o seu apoio à FIA como o único órgão internacional regente do automobilismo e a sua vontade de continuar trabalhando com a FIA, independentemente do resultado da Assembléia Geral Extraordinária em 3 de junho".
"Acreditamos que estas explicações colocam na devida perspectiva o estado das relações entre a FIA e o mundo da F-1, tendo afastado relevância para muitos dos argumentos que você faz na sua carta para justificar a sua continuidade. Observamos para este ponto sobre a importância que a FIA seja liderada por um presidente confiável e respeitado".
Agora que o principal argumento de Mosley para se manter no cargo foi desmentido por Bernie Ecclestone, a situação do dirigente se complicou de vez. A recusa do presidente diante da proposta o levou para o tudo ou nada. Se permanecer no trono, em princípio ficará até o final do mandato, ou seja, outubro de 2009. Se for destituído... ora, destituído será.
O acordo proposto para se manter até novembro de 2008 foi a última chance que teve de escapar de uma emocionante votação na próxima semana. Que venha o 3 de junho.

A vez do finlandês

O site Grande Prêmio selecionou alguns jornais italianos que andam colocando pressão no Kimi Raikkonen depois do GP de Mônaco. Seguem os exemplos:
La Gazzetta dello Sport: "Raikkonen: lento e atordoado. Em algumas corridas, ele simplesmente não está ali".
Liberta: "Apenas Felipe Massa salvou a honra de Maranello".
L'Unita: "Kimi, o que foi isso?"
No princípio da temporada, foi o Felipe quem sofreu com a intransigente mídia italiana, mas agora é a vez do Kimi.
E é claro que o próprio finlandês reconheceu estar desapontado com o mau desempenho: "Tem dia que nada dá certo. Domingo foi assim. Tudo o que podia sair errado saiu. Mas eu nunca olho para trás, porque você não pode mudar coisas do passado. Agora, iremos analisar tudo que aconteceu para não deixar que isso se repita".
Porque se repetir, os italianos apertam muito, muito mais...

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Rádio OnBoard: Mônaco/Indy 500

Está no ar a sexta edição da Rádio OnBoard!
Ao lado do grande Ron Groo, discutimos todos os acontecimentos e repercussões das grandes corridas do fim de semana: Grande Prêmio de Mônaco e 500 Milhas de Indianápolis, sem esquecer, é claro, da vitória de Bruno Senna nas ruas do Principado.
Pai, filho, tio, sobrinho, polêmicas, questionamentos, estratégias, críticas, elogios, redenções, lamentações, entrevistas dos pilotos brasileiros, batidas, ultrapassagens, ironias, piadas e muito mais no programa de hoje.
Diante da riqueza de assuntos, esta edição foi dividida em duas partes. Para fazer o download ou ouvir direto da Internet, é só clicar.
A Aline Rodrigues e o Gustavo Coelho, infelizmente, não puderam participar desta edição. A Rádio OnBoard, como anunciado na gravação, deve retornar na semana que vem, com a expectativa para a GP do Canadá e o resultado da votação secreta que define o futuro de Max Mosley.
Para entrar em contato conosco, radioonboard@gmail.com. Até a próxima.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Crash 500

O vídeo resume a parte da corrida que os americanos mais gostam: tudo o que deu errado nela.
Destaque para a pancada de Alex Lloyd, que entrou nos boxes rodando em alta velocidade, e também para o acidente do Tony Kanaan, que foi atrapalhado pelo atrapalhado companheiro de equipe Marco Andretti, além da infeliz batida de Briscoe sobre a Danica, que só não conseguiu tirar satisfação com seu desafeto porque o segurança interferiu.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Até Silverstone

A tal da rádio paddock prevê dias difíceis para o Nelsinho Piquet. Segundo os rumores, a Renault dará um prazo de três corridas para que o piloto mostre resultados.
De acordo com o Motorsport Aktuell, a equipe deve optar por abrir mão do trabalho do Alonso e usar Nelsinho nos testes coletivos de Barcelona entre os dias 11 e 13 para que o brasileiro ganhe quilometragem. Antes fosse um problema simples assim, mas a impressão que passa é que lhe falta confiança dentro do cockpit.
"A corrida dele foi decepcionante, porém Mônaco segue como um teste difícil para um piloto". O chefão Briatore ainda não fez nenhuma crítica feroz ao Piquet, sempre ponderou, mas parece que o tempo de tolerância pode estar se esgotando.

domingo, 25 de maio de 2008

Mau dia

A Ferrari errou na estratégia do Massa, a Ferrari errou na troca de pneus do Raikkonen, o rádio da Ferrari do Massa deixou de funcionar...
Que dia, Ferrari...
Stefano Domenicali reconheceu a lambança: "Nós resolvemos arriscar e infelizmente não deu certo. Havia o anúncio de que a chuva voltaria e até então todas as previsões haviam sido corretas. Então, chamamos Felipe para mudar a estratégia. Não deu certo e tivemos que fazer outra parada para trocar os pneus".
O erro foi determinante para a derrota, mas pelo menos o italiano pode argumentar que foi traído pela meteorologia. A falha mais infantil, no entanto, ocorreu antes da prova, porque não há desculpa para a tardia definição dos pneus do Kimi. Isso sim foi, definitivamente, um erro bobo.
Ao Massa, resta-lhe o consolo dos elogios de quem só sabe criticar: "Felipe fez um excelente trabalho. A atuação neste fim de semana mostrou que ele tem todo potencial para ser campeão mundial", disse o tricampeão Niki Lauda ao Globoesporte.

Hamilton vence em Monte Carlo

Grandes adversidades marcaram o Grande Prêmio de Mônaco de 2008, uma corrida que começou no molhado e terminou no seco.
O finlandês azarado da McLaren ficou parado no instante em que os carros saíam para a volta de aquecimento, logo precisou largar dos boxes.
Na largada, o grid soube se cuidar para evitar um desastre na curva 1. Mas a Loews não perdoou. Jenson Button quebrou a asa dianteira quando arriscava uma ultrapassagem sobre Heidfeld. O pelotão foi surpreendido pelo acidente, o que resultou na batida de Nico Rosberg no Alonso. O alemão da Williams resistiu mais algumas voltas com o aerofólio danificado antes de trocá-lo, enquanto Jenson optou por se dirigir logo aos boxes.
Massa ia abrindo vantagem debaixo de chuva. Atrás dele, Lewis Hamilton, que havia pulado para segundo na largada, sofreu uma escapada, atingindo o guard-rail. O inglês realizou seu primeiro pit stop para recuperar o pneu e aproveitou para encher o tanque.
Alonso era outro que andava além do que deveria, batendo pela primeira vez na corrida. Mais tarde, se tornaria autor de uma nova patacoada, desta vez aprontando para cima de Nick Heidfeld ao forçar no hairpin.
Kimi Raikkonen, por sua vez, guiava lento e já se concentrava no retorvisor, onde via a imagem do F1.08 de Robert Kubica crescer a cada volta. O campeão mundial, porém, foi obrigado a passar no pit lane para pagar penalty, uma vez que a Ferrari havia trocado seus pneus a menos de três minutos antes de ele deixar os boxes para alinhar no grid de largada. Erro grosseiro da escuderia...
Coulthard e Bourdais se retiraram da prova ao escorregarem na curva do Cassino. O safety car foi acionado.
Nico Rosberg teve a oportunidade de retonar aos boxes para trocar o bico, novamente avariado. Felipe Massa havia perdido quase 15 segundos de vantagem para os demais após a entrada do carro de segurança e vinha recuperando aos poucos, quando escapou na Saint Devote. Girou rápido, voltou em segundo, colado no polonês voador.
Kubica parou antes do Felipe, porém o ferrarista voltou à frente pois tinha voltas de sobra para reverter as posições. Este foi um momento importante, exatamente quando a Ferrari alterou a estratégia para uma parada só, acreditando no retorno da chuva, prevista pela equivocada meteorologia.
Os toques não paravam. Kimi Raikkonen passou reto na curva 1, danificou o aerofólio dianteiro, mas conseguiu voltar. Timo Glock girava pela terceira vez na prova. Kovalainen atingia a traseira do Jenson Button na freada após o túnel.
Piquet e Rosberg travaram o primeiro duelo na Fórmula 1. Alonso foi o primeiro a arriscar a opção de pneu pra pista seca. Mesmo com o espanhol cheio de dificuldades para se manter na pista, a Renault preferiu usar a mesma mudança no carro do Nelsinho. Resultado: barreira de pneus.
Enquanto isso, Lewis Hamilton liderava com pouca gasolina, ampliando rapidamente a vantagem sobre o Massa, que segurava o Kubica com tanque cheio.
Lewis parou e voltou na ponta. Robert também foi aos boxes e colocou pneus de pista seca. Felipe acabou tendo que fazer uma indesejada segunda parada. Para piorar a situação, a equipe aparentemente demorou demais para um pit stop sem reabastecimento. Não deu outra, o Massa perdeu a segunda posição.
No final da prova, Nico Rosberg perdeu o controle do carro, arrebentou o FW30 e espalhou vários detritos pela pista.
Quando o safety car retornou aos boxes, um acidente lamentável. Raikkonen encheu a traseira de Adrian Sutil, detonando a corrida de ambos. Sutil fazia uma grande prova e a quinta colocação seria uma resultado fantástico e merecido, no entanto foi traído pelo erro do finlandês. Chorou, inevitavelmente.
Mark Webber e Sebastian Vettel, como em toda corrida chuvosa, mostraram bom serviço. O australiano terminou em quarto, já o alemão, quinto.
Rubens Barrichello tanto brigou que conseguiu desencantar. Mais de uma temporada sem saber o que é pontuar, Rubinho saiu do zero ao cruzar a linha em sexto. Finalmente!
Completando a zona, Kazuki Nakajima trouxe dois pontinhos para Grove no dia em que Frank Williams chegou ao seu GP número 600. Heikki Kovalainen chegou em oitavo.
Ao Kimi, sobrou o lugar dos bobos. Alonso, Button, Glock, Trulli e Heidfeld também chegaram ao final.
O campeonato ficou bom. Lewis Hamilton reassumiu a lidarença, ele possui 38 pontos. Kimi é segundo com 34. O Massa, com 33, cai para terceiro mas sai no lucro em comparação com a situação precedente ao GP, porque reduz a vantagem em relação ao líder e cola no companheiro.
No Canadá, a McLaren deve vir com força, e a Ferrari nem se fala. São duas vitórias para cada um dos três pilotos que disputam o título. Em duas semanas teremos o desempate.

sábado, 24 de maio de 2008

600 vezes Frank

Um dos homens mais respeitados e vitoriosos da história da F-1, Frank Williams, completa em Mônaco a incrível marca de 600 GPs como dirigente da equipe que leva o seu nome.
Falando dos melhores momentos que a escuderia viveu, Sir Frank destacou: "Alan Jones nos deu o primeiro título de pilotos, em 1980, e era uma pessoa que de gostava muito. Clay Regazzoni, que nos deu a primeira vitória, em Silverstone-1979".
Para falar do pior momento, ele não hesitou. O peso da morte de Ayrton Senna será sempre carregado pelo time: "A pior lembrança é a morte de Ayrton Senna. Preferiria não ter feito um contrato, já que correu conosco só em três corridas".
"Na primeira, no Brasil, abandonou após uma rodada na 55ª volta. Na segunda, o GP do Pacífico, sofreu um choque com Larini na largada e abandonou. E na terceira, em Ímola, morreu na sexta volta. Nunca pudemos apreciar o verdadeiro Senna".
É com boas e más experiências que se constrói uma história grandiosa. E história a Williams tem como poucos... Que os belos números continuem progredindo por muito, muito tempo.

Massa é pole no Principado

Desde Senna que um brasileiro não larga na pole em Mônaco. O tabu durou 17 anos, até Felipe Massa mostrar um ritmo excepcional em todas as partes do treino assegurando a posição de honra no grid de largada deste domingo.
Já era de se imaginar que o qualifying seria marcado por uma dura disputa entre Ferrari e McLaren. Massa foi 0.028s mais rápido que o Kimi e 52 milésimos melhor que o Hamilton. Heikki Kovalainen, um pouco mais lento, foi o quarto.
Um resultado impressionante da Ferrari numa pista onde a McLaren costuma levar vantagem.
A BMW prometia muito mais do que deveria prometer. Kubica, que chegou a levantar a hipótese de vitória no GP, ficou com uma razoável quinta posição. Nico Rosberg, que vinha falando em pódio, vai largar em sexto.
Nelsinho Piquet, 17º, passou por mais um treino cheio de dificuldades. Escapou na curva 1, traseirou antes do túnel e não conseguiu virar um boa volta limpa. O carro da Renault sofre com de desequlíbrio nas retomadas de aceleração, mas ainda assim o bicampeão Alonso tirou leite de pedra para levar o R28 à super pole. Fernando abre a quarta fila.
Ao lado dele, o ex-companheiro de 2004, Jarno Trulli, que ostenta uma vitória no Principado.
Apesar do mau desempenho nos treinos livres, a Red Bull chegou à fase final na classificação. Mark Webber é o 9º, e Coulthard o 10º. O escocês não participou do Q3 após perder o controle do carro e provocar bandeira amarela nos instantes finais do Q2, prejudicando todos aqueles que tentavam melhorar seus tempos, a exemplo de Rubens Barrichello, 15º no grid.
O companheiro do Rubinho, Jenson Button, sai de 12º, logo atrás de Timo Glock. Em período de vacas magras, Nick Heidfeld não passou de 13º, seguido pelo japonês Kazuki Nakajima.
Sebastien Bourdais, a bordo do novo carro da equipe, fecha a oitava fila do grid, três posições à frente do parceiro Vettel, punido pela troca decâmbio. Adrian Sutil, enfim, alinha melhor que Giancarlo Fisichella, que reclamou de um suposto bloqueio do Barrichello durante a sessão. O caso está sendo investigado e há risco de pintar penalty para o Rubens.
Esta é a corrida número 200 do Fisico, e ele larga em 20º. Se abandonar na volta 2, os números ficarão bem bonitinhos...
Para amanhã, previsão de chuva. Em condições normais, o Massa tem boa vantagem, principalmente se mantiver a liderança depois da curva 1, mas em condições adversas em Mônaco tudo pode contecer. É o circuito onde o controle de tração faz muito falta já no seco, que dirá no molhado.
A Ferrari busca vencer depois de sete anos de jejum em Monte Carlo. A McLaren tem o Hamilton, que guia muito naquelas ruas estreitas, mas a ameaça de São Pedro não deixa muito espaço para apontarmos favoritos.

Exageraram

O Globo Esporte encerrou o programa exaltando a vitória do Bruno assim:
Ser brasileiro na F-1 pós-Senna não é fácil; carregar o mesmo sobrenome do tricampeão, nem se fala. E o Bruno não pode, sequer, se dar ao luxo de esperar chegar na categoria máxima para receber toda essa pressão. Ela chega antes.
Bastou uma vitória em Mônaco para surgir uma comparação exacerbada, uma tentativa de nivelamento platônico entre tio e sobrinho que antecipa aquilo que virá no futuro próximo. Tudo será motivo para analogias, o que mais atrapalha do que ajuda.
Algo me diz que o Bruno irá lidar com muito mais pressão que o Nelsinho.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Senna vence em Mônaco

Sem cachorros na pista, Bruno Senna fez uma excelente largada pulando para a ponta, de onde saiu apenas para realizar o pit stop. Uma vitória quase que de ponta a ponta nas ruas do Principado, para relembrar o estilo do tio, rei de Mônaco com 6 vitórias na Fórmula 1.
O favorito era o pole position Pastor Maldonado, que apresentava um invejável retrospecto no circuito histórico. Mas as patinadas no instante da largada lhe custaram uma nova vitória, já que não conseguiu acompanhar o Bruno durante a corrida.
Com o resultado, Senna sobe para a vice-liderança do campeonato. Giorgio Pantano possui 24 pontos contra 22 do brasileiro. Vencer em Monte Carlo não é pouca coisa, não. Desde já crescem os rumores de que a Toro Rosso seria o destino óbvio em 2009 , não só pela proximidade com Gerhard Berger como também pela especulada aposentadoria do Coulthard, que deslocaria Sebastian Vettel para a Red Bull, abrindo a vaga no time B.
A melhor garantia de um cockpit na F-1, no entanto, seria o título da GP2. Carro e talento pra brigar é o que não falta.

Rádio OnBoard: Pré-Mônaco

Como prometido, a Rádio OnBoard (blog) está de volta. Agora, com duas edições por corrida, uma antes e outra depois. E com direito a entrevista de pilotos.
Neste programa, meu amigo Ron Groo marcou presença para nos atualizarmos sobre os assuntos. Segue a pauta:
-Expectativa para o GP de Mônaco com chuva
-Fase do Nelsinho Piquet
-Mosley em Monte Carlo, dias após provocar discussão com Bernie Ecclestone
-Carro novo da Toro Rosso e punição ao Vettel
-600 corridas de Frank Williams e a expectativa da equipe para Mônaco
-Entrevista do Barrichello "pedindo emprego" na Williams e avaliando o desempenho do Piquet
-500 Milhas de Indianápolis/Fittipaldi
-Quadro "Stop and Go", na voz de Aline Rodrigues
Além, é claro, das piadinha finais.
(Clique na imagem acima ou aqui para ouvir)
Tudo isso numa edição mais rápida que o normal, apenas 30 minutos de gravação.
Não tivemos a presença do Gustavo Coelho e da Aline Rodrigues durante o programa, está muito difícil reunir o pessoal, quem sabe depois da corrida...
Créditos para o Tazio pelo áudio das entrevistas utilizadas durante a gravação e agradecimentos ao Nuvolari pela ajuda com o upload alternativo.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Quinta em Mônaco

Em Mônaco, os treinos livres são sempre na quinta. E nesta quinta, não deu outra: McLaren na frente. A McLaren de Lewis Hamilton para ser mais exato.
Sempre andando bem nas ruas de Monte Carlo, a Williams conquistou um bom tempo com Nico Rosberg, segundo mais bem colocado no treino da tarde.
A Ferrari, que vive um jejum de vitórias no circuito do Principado, fez 3º e 4º com Kimi e Massa, nessa ordem. Em quinto, Heikki Kovalainen, brigando com o acerto do carro.
Vale destacar a Honda andando entre os dez primeiros. Se o carro não é rápido em pistas de alta, que seja capaz de completar uma boa corrida num traçado travado, como o de Mônaco. Barrichello poderá ter mais uma chance de marcar pontos. Já faz um tempinho que eles não vêm...
A Renault passou por maus momentos hoje. Primeiro, Nelsinho Piquet perdeu o controle do R28 na entrada da Saint-Devote e danificou o aerofólio traseiro ao se chocar com a barreira de pneus. Sincero, o brasileiro reconheceu:
"Eu não sou, talvez, o melhor piloto para andar em Mônaco. Eu prefiro andar numa pista de alta velocidade a andar em Mônaco, mas eu vou conseguir melhorar, vamos ver no que vai dar".
Depois foi a vez de Fernando Alonso aliviar a falha de Piquet cometendo um erro semelhante no mesmo ponto. A diferença é que o espanhol perdeu a asa de fato, ao se arrastar pelo guard-rail. 2 a 0 para a curva 1 sobre a Renault, e bandeira vermelha acionada. Alonso não retornou mais à pista. Ao menos já havia cravado o 7º tempo, enquanto Nelsinho foi o 15º melhor da sessão.
A classificação será às 9h da manhã de sábado, enquanto a corrida está marcada para 9h de domingo. Com direito à ilustre presença de Max Mosley.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

É guerra?

A carta de Max Mosley provocou uma reação incisiva de Bernie Ecclestone. O presidente da FIA afirmou que a FIA e a FOM duelam pelo direito de estipular o regulamento da F-1. A mensagem foi recebida desta forma:
"Espero sinceramente que não seja uma declaração de guerra porque se for assim, teremos de nos defender. Não quero uma guerra com Max. Espero que ele também não queira uma guerra comigo", disse Ecclestone.
"Toda a questão gira em torno do que foi publicado no News of the World e se isto, de alguma forma, prejudicou a imagem da FIA e de seus afiliados. Não tem a ver com mais nada, e não sei porque ele veio a público insinuar tais coisas. Sinto muito se a imprensa revelou fatos que ele não gostaria, mas certamente não temos qualquer influência sobre a FIA".
Bernie também argumentou que "nós [FOM] decidimos que iremos contactar todos os clubes que receberam a carta de Max, com nossas respostas para as questões relevantes. Eu acho que a Assembléia Geral da FIA foi convocada por um motivo apenas: decidir se Max é a pessoa certa para presidi-la. O voto será em cima disto, e não sobre o Pacto de Concórdia".
O apelo do Mosley para ganhar votos foi eficiente por um lado, mas por outro ele pode conseguir um confronto direto com o antigo parceiro. Se em condições de igualdade o Bernie costuma se sobressair sobre Max, que dirá em momento de crise para o dirigente da FIA. Mas para quem não tem mais nada a perder - já que a perda do trono seria o caminho natural -, a tentativa de acusar a FOM é muito válida.
Segue a novela.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Loteria

A meteorologia aponta para uma grande loteria em Monte Carlo no próximo domingo.
No sábado, a chuva pode cair somente depois do treino oficial, mas no domingo o risco é altíssimo durante todo o dia. 95% de chance de ser um GP inesquecível.
Corrida em Mônaco com chuva e sem controle de tração? O fim de semana promete.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Pressão total

Um tenso aquecimento para o GP de Mônaco:
Isso é que é duelo...

domingo, 18 de maio de 2008

Derrota de campeão

Michael Schumacher continua se divertindo no campeonato alemão de Superbike. Corinna não deve estar gostando nem um pouco disso, e ainda tem que ouvir o heptacampeão reclamando de algumas dores no corpo.
Nada sério.
Sério mesmo foi o incêndio que ocorreu em uma das luxuosas casas de Mika Hakkinen. Estava ele dormindo tranquilamente, no sul da França, quando foi surpreendido pelas chamas que tiveram início - adivinha onde - na sala de troféus...
O finlandês também perdeu o cachorro na fatídica madrugada de sábado. Dois dos três andares de sua residência não sobraram para contar história depois do curto-circuito. Mika não sofreu ferimentos, assim como as duas mulheres que se encontravam por lá, sendo uma delas sua suposta namorada, e a outra, uma amiga.

sábado, 17 de maio de 2008

FIA em risco

É a hora da virada para Max Mosley.
O presidente fez sérias revelações sobre a situação em que a FIA será deixada caso ele seja forçado a se retirar do cargo. Agora, Max tem um bom argumento para ficar.
"Estamos em meio a negociações envolvendo 100 anos de direitos comerciais da Fórmula 1 entre FIA e a detentora dos direitos comerciais da Fórmula 1 (CRH). Este é, nada menos, do que o acordo que rege a F-1 ", assim iniciou a carta oficial.
"Originalmente, nos pediram apenas para que fossem reduzidas as taxas que cobramos, algo que podemos concordar. Mas, agora, eles pediram para controlar o regulamento da categoria e o direito de vender o negócio. Ou seja, tomar conta da F-1. Não creio que a FIA deva concordar com isso".
"Tomar esta decisão seria abandonar os princípios e o patrimônio da entidade. Ficaríamos mais fracos financeiramente, e perderíamos uma plataforma poderosa para mostrar o nosso trabalho. Isto tudo colocaria a viabilidade da FIA em risco".
"Um novo presidente sem conhecimento deste cenário poderia ser facilmente manipulado ou, pior ainda, talvez seja eleito com o apoio destas pessoas com quem estamos negociando".
"Deve ser a FIA, e não os detentores dos direitos comerciais ou as equipes, quem decide o regulamento da F-1".
A mensagem é clara: sem ele, a Federação corre risco de perder o controle sobre a categoria máxima do automobilismo, o que enfraqueceria absurdamente a entidade. Para a F-1, os efeitos seriam a ampliação dos poderes de Bernie Ecclestone, como se ele já não tivesse o suficiente.
Mosley alega que pretende encerrar o mandato em outubro 2009, caso receba o voto de confiança da FIA no dia 3 de junho. Até lá, terá tempo para concluir as negociações da Fórmula 1 e do Mundial de Rally, além de garantir o novo Pacto de Concórdia.
Não é mais uma questão de sobrevivência para o Mosley, mas uma questão de sobrevivência para a FIA. Sim, ele pode ficar. Só que, até outubro de 2009, é tempo demais.

À francesa

Poucos dias após o surgimento dos rumores sobre a possível conduta dos chefes de equipe para evitar Max Mosley em Monte Carlo, o Automóvel Clube de Mônaco comunicou que Mosley não estará presente no circuito, pelo menos não como presidente da FIA.
"Acabamos de ser informados que o Sr. Marco Piccinini será o representante da FIA no GP de Mônaco. O Príncipe Albert se encontrará apenas com o representante da FIA, mas talvez o sr. Mosley possa vir como mero espectador, sem funções oficiais".
Fica evidente que até a Família Real se recusa a receber Max. Mesmo que permaneça no cargo até o final do ano, é pouco provável que se sinta confortável para dar as caras em algum GP.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Podcast, o retorno

Depois de alguns problemas por duas etapas consecutivas, a Rádio OnBoard deveria retornar comentando tudo o que rolou no fim de semana da F-1 e da GP2 na Turquia.
O programa estava caminhando bem, altos papos, uma novidade no ar e tudo o mais, até o momento em que o computador resolve dar pau e nos deixar na mão. Culpa do editor desnaturado - no caso, eu - que não havia salvado absolutamente nada.
Sim, nós andamos mais azarados do que piloto finlandês guiando pela McLaren. Porém, é claro que não fiz o post pensando em dar desculpinha para os três GPs em que passamos em branco. Este é um aviso aos ouvintes de que pretendemos realizar, a partir de Mônaco, duas gravações por corrida: uma antes (mais curtinha, talvez) e outra depois.
Daí você se pergunta como é possível fazer duas gravações se não estávamos conseguindo fazer nem mesmo uma. E eu respondo: Não sei! Só sei que vamos tentar.

Enquete F-1

Por duas semanas, o Blog F-1 levantou a seguinte questão: O banimento do controle de tração ajudou no aumento do número de ultrapassagens?
Foram apenas 44 votos desta vez, com resultado nitidamente apertado:
Não - 56,82%
Sim - 43,18%
As opiniões foram divergentes, vamos como será a próxima enquete, que já está no ar. Pela primeira vez aqui no blog, testando a vossa futurologia.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Nelsinho ameaçado

Estava demorando para a equipe reagir aos maus resultados de Nelsinho Piquet.
Um dos chefes da Renault, Steve Nielsen, exigiu publicamente uma recuperação rápida do brasileiro, para que não se sinta obrigado a solicitar uma troca de pilotos no meio da temporada.
"Ele precisa começar a mostrar mais o lado bom do que o lado ruim. E ele precisa começar a fazer isso o mais rápido que puder".
"F-1 é negócio, um negócio onde muitas cabeças são cortadas. Se as pessoas não entregam resultados, elas irão para um caminho óbvio".
Nesta semana, em que a F-1 realiza testes coletivos em Paul Ricard, Nelsinho Piquet e Lucas di Grassi comandam os trabalhos da Renault. O compatriota é um dos dois reservas da escuderia, sendo que o outro é francês: Romain Grosjean. O Piquet pode não estar se saindo muito bem neste comecinho de carreira, mas não me parece que os pilotos de testes estejam preparados para fazer melhor.
Heikki Kovalainen viveu uma situação semelhante em 2007, porém fechou o ano com moral suficiente para merecer um cargo na McLaren. Definitivamente, não é fácil estrear numa equipe potencialmente grande - em virtude dos títulos recentes - com desempenho instável, mediano. Mas Piquet ainda vai mostrar a que veio. O quanto antes, de preferência.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Toque de recolher

A provável presença de Max Mosley em Mônaco, daqui a duas semana, está provocando reações das equipes, segundo consta no jornal britânico The Times.
Um trecho da matéria conta que "tudo se deve ao fato de existir uma preocupação e respeito destas equipes com os patrocinadores".
O esquema, basicamente, consistiria em encarregar alguns vigias de alertar o chefe da escuderia quando Mosley for visto próximo ao motorhome. Os dirigentes não querem ver seus funcionários saindo na foto ao lado do velho depravado.
Max reside em Mônaco, e é justamente lá que se fecham diversos acordos comerciais altamente lucrativos para as partes envolvidas. A menos que alguma parte tenha sua imagem associada a uma figura desmoralizada a tal ponto.
Como pode alguém presidir a Federação Internacional de Automobilismo se todos fogem de sua pessoa num ambiente automobilístico?
A votação secreta que define o futuro do dirigente está marcada para 3 de junho. Quinze anos de trono estão por um fio.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Sanção?

A invasão canina durante a etapa da Turquia da GP2 culminou na morte de um dos cães, atropelado pelo Bruno Senna. O brasileiro (por um lado) teve sorte de ter atingido o animal com a roda, e não com o bico do carro, o que representaria um risco ainda maior ao piloto.
A FIA não ficou de braços cruzados diante do caso. O porta-voz comunicou: "Isso foi um lapso sério na segurança do circuito. Como algo assim poderia acontecer numa pista tão nova da Fórmula 1? O Comitê de Segurança da FIA irá realizar uma investigação completa sobre o assunto".
"Nenhuma sanção pode ser descartada neste momento", concluiu.
Se houver algum tipo de punição, não deverá ser nada muito rigoroso, até porque o dono da pista é ninguém menos que Bernie Ecclestone, o homem forte da F-1. Se a FIA abusar, Bernie solta os cachorros pra cima deles.

Vai que é tua, Galvão!

A falência da Super Aguri modificou o sistema de classificação do treino oficial. Foi assim que começou o fim de semana, com uma explicação rápida sobre a mudança. Estava tudo tudo ali escrito na tela, bastava ler: "(...) Aí nós vamos para a segunda parte do treino: 20 minutos, 15 carros". A intenção é boa, o Galvao quer ver carro na pista, mas o Q2 não dura mais de 15 minutos.
"Timo Glock, o leão de treinos!". Eu nem sabia que o Timo era leão de alguma coisa...
Narrador justificando porque chamou o Button de Boutsen: "Estava aqui no computador B-U-T, eu lembrei do meu amigo Boutsen. E nem é assim que se escreve...", poupou meu trabalho desta vez.
Já virou tradição pegar no pé do Burti por conta das trapalhadas na Stock: "Tomara que ninguém coloque você pra fora desta vez, né Burti?". O comentarista diz que sim. "Tomara que você não cruze a linha branca de novo, né?". Pobre Burti, reconhece. "E que vocês consigam se entender (!) com o rrrrrreabastecimento!". Até o Galvão anda reclamando dos pit stops! Mas nada que se compare à revolta de Cacá Bueno com as novas regras.
Para fechar o sábado, Lewis completa uma de suas voltas da super pole e a tabela de tempos indica: +0.027s. "Ficou a 1 décimo do Felipe!", gritou.
A TV exibe o gráfico do grid de largada com fotos dos pilotos, onde o Massa aparece rindo de orelha a orelha. "Felipe Massa largando da pole, sorriso aberto, ele está confiante...".
Galvão Bueno colocando minhoca na cabeça do Barrichello: "Eu falei pra ele: 'E os 300?'. 'Num sei se dá pra chegar...'. 'Mas neste ano, 270, mais dois anos...'. 'É mesmo, rapaz, mais dois anos...'".
No momento da largada: "Sobe o giro do motor, eles vão para a largada, Felipe Massa por dentro!". Por fora...
Depois da confusão na curva 1, o locutor continua com dificuldades para escolher o melhor nome: "A gente sempre usa os dois idomas, o safety car e carro de segurança".
Galvão fala pelos cotovelos, o engenheiro liga o rádio do Nico: "(...) Os quatro primeiros estão virando em ritmo de classificação, vamos ouvir o rádio do Rosberg!". Desliga o rádio.
Entra ano e sai ano, e o narrador global continua discutindo com o Reginaldo quantas pernas tem a curva 8. Ele sabe que são quatro, fala três só pra provocar.
Algumas voltas depois, é a vez de pegar o rádio de Robert Kubica. Após a tradução do Burti: "O engenheiro disse assim: 'Oh, Kubitça, você escuta mas não pode falar'. Numa dessa, o Kubtça diz assim: 'Bem que poderia ser o contrário, vocês é que tinham que me ouvir...'". Piadinha do Galvão, ê beleza....
Nas explicações das regras de 2009: "O que é KERS? Kinetic Energy Recovery System. Sistema de aproveitamento de energia...", pausa... "...cinética. Cinética. Cinética. Cinética". Vai recuperar bastante energia, pelo visto. Quase que ele fala quinética!
Chegamos à parte da estática. Agora, só em Mônaco. O GP mais luxuoso do calendário, sem dúvida, oferecerá uma bela paisagem para as galvanadas.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Los Quemagomas

Da Espanha para a Turquia. Assim ficou a nova edição da animada charge espanhola.

Baldisseri desconfia

A ultrapassagem do Hamilton sobre o Massa foi mal vista pelo diretor Luca Baldisseri.
"Esta vitória é um excelente resultado, porém não estou totalmente contente. Se Massa tivesse agüentado a pressão de Hamilton duas voltas a mais, então talvez Kimi terminasse em segundo". O que seria mau negócio para o Felipe.
Se perguntarem ao Massa, ele negará até a morte. De qualquer forma, as imagens não dão pinta de que o brasileiro teria facilitado a manobra.

domingo, 11 de maio de 2008

Istambul é Massa

O domínio de Felipe Massa no circuito otomano continua absoluto: Em três anos de Ferrari, três poles e três vitórias. Talvez esta de 2008 tenha sido a mais difícil delas.
Mais uma vez, Massa e Hamilton fizeram uma excelente largada. O brasileiro manteve a ponta enquanto o inglês superou o companheiro de McLaren antes da primeira curva. Raikkonen se complicou ao tentar contornar por dentro, tocando sua asa dianteira no pneu traseiro de Kovalainen. O aerofólio ficou levemente danificado mas o ferrarista conseguiu lidar com a adversidade até o final, pior para o conterrâneo mais novo, que notou o esvaziamento do composto durante as voltas de safety car na pista.
O piloto do carro de segurança já esperava mostrar serviço logo na primeira volta, uma vez que a curva 1 de Istambul sempre faz vítimas na largada. Giancarlo Fisichella nakajimou a traseira de Kazuki e culpou o zig-zag de Sebastien Bourdais. O italiano e o japonês logo se retiraram da prova, o francês abandonaria mais tarde por conta de uma falha mecânica.
Nelsinho Piquet foi cauteloso para se livrar da confusão, porém acabou caindo para último. O período de safety car na pista foi curto, pegando a McLaren de surpresa. Heikki Kovalainen só entrou nos boxes no momento da relargada, o que provocou um prejuízo irrecuperável. Voltou muito atrás de Piquet.
Raikkonen duelava contra Alonso e Kubica até subir para terceiro, mas perdia contato com Massa e Hamilton, que disparavam na ponta. O espanhol foi o primeiro a parar. Hamilton incomodou Felipe enquanto pôde e fez um rápido pit stop, mas não o suficiente para retornar à frente do brasileiro.
Na segunda perna da corrida, Lewis, bastante leve, mostrou seu arrojo na ultrapassagem sobre o Massa no retão, assumindo a liderança da corrida.
O outro piloto da McLaren se divertia no pelotão intermediário. Travou longo duelo com Timo Glock, saiu inteiro da confronto contra o Coulthard, até chegou a frequentar a zona de pontuação ao superar Nico Rosberg na pista, no entanto Heikki teve de deixar a Turquia com um desanimador 12º lugar.
Nelsinho Piquet, 15º, também fez suas ultrapassagens. Quem sofreu foi o Button, graças à lerdeza da Honda nas retas. A corrida histórica do Barrichello foi apagada, restou-lhe o 14º lugar, três posições atrás do Jenson.
Lewis Hamilton, por sua vez, mantinha o ritmo forte, pois utilizava a estratégia de três paradas. Ele reconheceria depois que a responsável pelo pit stop extra foi a Bridgestone, numa manobra preventiva, para evitar a repetição do incidente de 2007, quando o pneu do inglês dechapou durante o GP turco.
Lewis pararia mais duas vezes; Massa e Raikkonen, uma. Por fim, o britânico retornou entre as Ferraris. Usando pneus macios no último trecho da prova, Hamilton enfrentou dificuldades para se manter à frente do Kimi, mas conseguiu se sustentar até a volta final.
Kubica terminou em quarto, Heidfeld foi o quinto. Dentro de todas as limitações, Alonso chegou num bom sexto lugar. O regular Mark Webber somou mais dois pontos e Nico Rosberg fechou a zona.
O lugar dos bobos ficou com David Coulthard, que não bateu em ninguém. Coulthard não bateu em ninguém? Coulthard não bateu em ninguém!
Jarno Trulli reclamou de um toque na largada que teria prejudicado seu desempenho. A 10ª posição foi o que lhe restou. O parceiro Timo Glock fechou o dia em 13º.
Adrian Sutil terminou em 16º, e Sebastian Vettel terminou... Sebastian Vettel terminou? Sebastian Vettel terminou! Foi 17º e último, o Vettel. O STR2 não dá mais conta do recado. O alemão não vê a hora de guiar o carro novo.
Kimi pecou na classificação e sofreu com a recuperação da McLaren, que ainda não chegou ao nível da Ferrari, mas está muito próxima novamente. Em Mônaco, onde é difícil apontar favoritos, até a BMW entra na dança.
O campeonato apertou: Raikkonen tem 35 pontos, sete a mais que Massa e Hamilton. Kubica, quarto colocado da tabela possui 24, contra 20 do Heidfeld e 14 do Kovalainen, que deixou de pontuar mais uma vez.
Barrichello correu seu 257º GP mas continua zerado na classificação. E não foi desta vez que Nelsinho descobriu o que é marcar pontos na F-1.
Mas no atípico circuito de Monte Carlo, sabe-se lá o pode acontecer. O circo retorna dentro de duas semanas. Com menos ultrapassagens.

Trágico

O post da corrida vai sair um pouco mais tarde desta vez. Enquanto isso, deixo aqui o destaque de dois vídeos captados pelo blog Voando Baixo.
Este é um fim de semana relativamente trágico para o automobilismo. Hoje, na GP2, Bruno Senna foi surpreendido ao se chocar com um dos dois cachorros que invadiram a pista turca. O brasileiro nada sofreu, além de um ataque da raiva. Quanto ao cão...
Que o acidente sirva de lição aos organizadores do circuito de Mr. Ecclestone.
Na sexta-feira ocorreu uma cena ainda mais assustadora na F-Indy. Um mecânico posicionado num lugar impróprio foi atropelado por Danica Patrick nos boxes. Ele foi levado ao hospital com muitos ferimentos pelo corpo e cortes no rosto, mas felizmente resistiu.
A foto é mais forte que o vídeo.

Não pago, não

A recusa de alguns pilotos em participar da GPDA está dando o que falar. Surgiu até mesmo um boato dizendo que Lewis Hamilton teria liberado 15 mil libras (aproximadamente R$ 49 mil) como forma de recompensar sua ausência na associação, no entanto o inglês negou prontamente, e também aproveitou para ratificar sua vontade de manter distância do grupo.
"Não vou ficar discursando sobre os motivos pelos quais eu não entro na GPDA, vocês já devem saber a razão".
"Nós já falamos sobre isso várias vezes. Ninguém da GPDA me perguntou se eu queria apoiá-los. Mas, honestamente, acho que é como pedir a vocês (da imprensa) que paguem nossos salários de pilotos ou algo desse tipo".
"Não entendo por que preciso fazer isso. Eu pago minha licença para pilotar, isso já está dentro do regulamento de segurança da FIA. Não entendo o que me levaria a pagar mais".
Outro piloto que não faz parte da associação é o Kimi, mas seu jeitão bem Raikkonen de ser provoca uma certa aceitabilidade por parte dos pilotos que compõem a GPDA, a exemplo do diretor Mark Webber: "É bom ter alguém que compete na ponta do grid aqui conosco, ajudando a tocar o esporte adiante. Entendemos porque alguém como Kimi Raikkonen não se interessa; é algo dele. Mas Lewis é o futuro do esporte, e nos ajudaria a evoluir".
Há poucos dias, Massa anunciou sua retirada da associação, dando de ombros para a GPDA, assim como Hamilton, Raikkonen e Sutil. Felipe não deixou claro o motivo da decisão, muitos acreditam que foi por pão-durismo mesmo. Quanto mais pontos se marca, mais se paga. Talvez não seja falta de preocupação com a segurança nas pistas, mas sim excesso de preocupação com o segurança do próprio bolso.

sábado, 10 de maio de 2008

Pole outra vez

Felipe Massa mantém a estatística de 100% de aproveitamento em pole positions na Turquia desde quando chegou na Ferrari. Pelo terceiro ano consecutivo, o brasileiro foi o mais rápido do sábado e larga da posição de honra amanhã.
O piloto que fecha a primeira fila é finlandês, mas da outra equipe: Heikki Kovalainen mostrou-se muito bem recuperado do grave acidente sofrido na Espanha e superou o companheiro de equipe Lewis Hamilton, terceiro colocado.
Somente em quarto aparece a Ferrari de Kimi Raikkonen, que não brilhou na fase decisiva do qualifying, virando mais de 3 décimos mais lento que Felipe.
Com tempo muito mais alto e provavelmente pesado, vem a primeira BMW, guiada pelo polonês Robert Kubica. A equipe alemã enfrenta dificuldades com seu carro enfestado de aletas num circuito que exige baixa pressão aerodinâmica. Nick Heidfeld que o diga, larga na nona posição.
O leão de treinos Mark Webber recebeu a companhia do parceiro David Coulthard na super pole. O australiano foi o sexto melhor hoje, enquanto o escocês terminou em 10º.
Fernando Alonso alinhará o R28 no sétimo melhor posto do grid, mas viu Nelsinho Piquet decepcionar ainda na fase inicial do treino. O brasileiro já vinha mal nas sessões livres e não conseguiu nada melhor que a 17ª posição de largada.
Na Toyota, nenhuma grande novidade. Jarno Trulli fez um bom treino, figurando entre os dez primeiros, deixando Timo Glock na segunda parte da classificação. Saem, respectivamente, de 8º e 15º neste domingo.
Nico Rosberg tenta, mas levar a Williams ao Q3 vem se tornando um grande desafio. Largando de 11º, o alemão ao menos volta a andar melhor que Kazuki Nakajima, 15º colocado, que inventou de rodar e dar um passeio na grama durante o treino.
Os pilotos da Honda, diante de todas as dificuldades, fizeram o possível: Rubens Barrichello vai largar de 12º na corrida em que assumirá o recorde absoluto de GPs disputados na F-1, deixando Jenson Button com a 13ª posição.
Outro alemão que conseguiu voltar a se classificar melhor que o parceiro é Sebastian Vettel, 14º, quatro posições à frente do Bourdais.
Na lanterna, antes pertencente à Super Aguri, está a Force India. Fisichella andou mais que o Sutil, mas larga atrás do companheiro devido a uma punição que levou na sexta-feira, quando deixou os boxes com luz vermelha.
Largando da pole, Felipe Massa parte para a terceira vitória seguida na pista de Istambul. Mas terá que ficar de olho no crescimento da McLaren, que parece ainda mais próxima da Ferrari agora, o que dificultará o trabalho de Kimi Raikkonen para subir ao pódio.
A largada, como sempre, será essencial, embora o circuito veloz permita pegas e ultrapassagens. A quinta etapa do Mundial 2008 tem início às 9h da manhã deste domingo, horário em que o grid se embola na tradicional confusão da curva 1.