quinta-feira, 29 de maio de 2008

A última chance

A uma semana da votação da FIA, Max Mosley recebeu uma interessante proposta de 24 federações automobilísticas de 22 países diferentes. A tentativa de acordo negociava o cargo máximo da entidade, mas o presidente recusou. O Conselho Mundial ofereceu ao Mosley a vitória unânime no próximo 3 de junho desde que ele renunciasse em novembro deste ano. Após o sonoro 'não', as diversas associações reagiram enviando-lhe uma nova carta, criticando sua postura.
Na sequência, a tradução feita pelo site Tazio.
"A FIA está um uma situação crítica. Sua imagem, reputação e credibilidade estão começando a se desgastar severamente. Todo dia adicional que esta situação persistir, o prejuízo aumenta. Não existe caminho de volta".
"Nós acreditamos fortemente que o único caminho digno para o futuro da FIA, e para você mesmo, é termos uma transição ordenada, com o consentimento imediato e seu compromisso de renunciar".
"Nós lamentamos profundamente sua rejeição à proposta dos membros do Conselho Mundial de Automóveis e Turismo de aceitar o acordo para você sair até a Assembléia Geral no próximo mês de novembro".
"Este é um esforço construtivo para facilitar uma transição ordenada dentro da FIA e encontrar uma solução para a presente crise".
"Entretanto, sua intenção de continuar até o final de seu mandato, em 2009, a despeito do sério prejuízo sendo imposto para a FIA, pode sugerir que esteja colocando questões pessoais à frente dos interesses da FIA e de seus membros".
"Observamos a carta enviada por Bernie Ecclestone para todos os membros, declarando o seu apoio à FIA como o único órgão internacional regente do automobilismo e a sua vontade de continuar trabalhando com a FIA, independentemente do resultado da Assembléia Geral Extraordinária em 3 de junho".
"Acreditamos que estas explicações colocam na devida perspectiva o estado das relações entre a FIA e o mundo da F-1, tendo afastado relevância para muitos dos argumentos que você faz na sua carta para justificar a sua continuidade. Observamos para este ponto sobre a importância que a FIA seja liderada por um presidente confiável e respeitado".
Agora que o principal argumento de Mosley para se manter no cargo foi desmentido por Bernie Ecclestone, a situação do dirigente se complicou de vez. A recusa do presidente diante da proposta o levou para o tudo ou nada. Se permanecer no trono, em princípio ficará até o final do mandato, ou seja, outubro de 2009. Se for destituído... ora, destituído será.
O acordo proposto para se manter até novembro de 2008 foi a última chance que teve de escapar de uma emocionante votação na próxima semana. Que venha o 3 de junho.

2 comentários:

Alexandre Ribeiro disse...

Caro Felipe:
Ouvi a rádio onboard e agradeço a vocês, principalmente ao Ron Groo pela citação. Continuem firme na empreitada e parabéns!!! Muito bacana.

Anônimo disse...

Acho que Mosley perdeu a chance de sair por cima nesta história toda.
Se aceitasse, ferrava com Eclestone e depois saia rindo em novembro... Bem, cada um...