terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Que venha 2009!

O ano de 2008 vai ficando para trás. Nesta temporada tivemos o privilégio de presenciar a decisão de Mundial nos metros finais de toda a competição.
Se fica difícil pedir um 2009 com um desfecho mais emocionante, resta-nos torcer pelo aumento do número de lances empolgantes ao longo do ano, quem sabe contando com um categoria mais pegada dentro das pistas, com maiores possibilidades de ultrapassagens e com mais pilotos protagonizando a batalha pelo título.
São os votos do Blog F-1 para a 60ª temporada deste esporte.
Agradeço a vocês pela companhia em mais esta etapa. Que 2009 seja marcado por muitas realizações para todos nós.
Boa sorte na busca de velhos e novos objetivos. Aproveite a virada do ano para renovar as esperanças, ganhar confiança e acelerar cada vez mais fundo: faça seu motor falar mais alto.
Se tentarem te frear pelo caminho, retome as energias e as use a seu favor para superar seus obstáculos. Se os planos iniciais não renderem o esperado, revise suas estratégias. A cada curva há sempre onde melhorar, encontre seus limites. Faça sua própria trajetória, acredite em seu estilo, aprenda com os erros e acerte sempre mais.
Trate a pressão como estímulo e as dificuldades como desafios. Sabedoria para descobrir o momento de parar, abasteça-se das necessidades, e siga em frente. Seja cauteloso. Esteja seguro quando for se arriscar. Seja arrojado.
Vença. Comemore.
Sucesso!
Felicidades!
E até o ano que vem.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Desenvolvendo talentos

O site Tazio lançou um furo bastante positivo para o automobilismo brasileiro: em 2009, dois novos campeonatos estão para nascer: a F-3 Light e a F-Universitária.
Para conferir a matéria na íntegra, é só clicar.
As lacunas existentes entre o kart e a categoria sul-americana serão preenchidos. A idéia é construir degraus na seguinte ordem crescente: kart, F-U, F-3 Light, F-3 sul-americana.
O responsável pelas novas categorias, Dilson Motta, contou detalhes de ambas.
A Fórmula Universitária receberá os pilotos que acabam de deixar o kart, que jamais tiveram experiência com monopostos. Das características do bólido, destacam-se a baixa carga aerodinâmica e o câmbio simples, em 'H', para valorizar o braço dos jovens competidores em sua evolução nas pistas. Os modelos deverão apresentar fatores ecologicamente corretos, como o uso do etanol e a carenagem de fibra vegetal. Os pilotos não podem exceder a faixa dos 17 anos, os carros das escuderias serão todos iguais e a organização fornecerá subsídios para as instituições.
O grid será formato por dez equipes - lê-se universidades -, cada uma provida de dois carros e dois pilotos. Uma comissão executará o processo seletivo, estudando os estados de RS, SC, PR, DF, SP, RJ.
Consta que a F-U estimulará 14 cursos de cada universidade. Nas palavras do Tazio: "Quem cursa engenharia mecânica, por exemplo, será engenheiro de carro; quem faz educação física dará atenção à preparação dos pilotos; um estudante de psicologia cuidará da parte psicológica dos competidores de sua escuderia. Além disso, os pilotos ganharão um curso de inglês com a intenção de que cheguem fluentes nesse idioma à Europa".
Subindo para o patamar posterior, chegamos à Fórmula 3 Light sul-americana. O objetivo da F-Universitária é servir de impulso do kart para a F-3. E o campeão daquela recebe desconto para participar desta.
A Light, evidentemente, é mais barata que a sul-americana principal. Para disputar uma temporada, o piloto precisará de algo em torno de R$ 350 mil. Os chassis Dallara estarão presente nas duas categorias, porém a incipiente divisão inferior usará modelos de 2008 e propulsores limitados.
A categoria Light acompanhará a F-3 matriz em todas as etapas, inclusive nas poucas rodadas exteriores ao Brasil. Já os monopostos da Universitária circularão apenas em território nacional, em pelo menos seis corridas duplas.
A iniciativa é de se tirar o chapéu. Carente de campeonatos intermediários desde a extinção da F-Renault, o surgimento dessas duas novas categorias era justamente o que o automobilismo brasileiro precisava.
Antes que perguntem, as imaginárias F-Fiat e Copa Linea não passaram de boato emitido por um outro site brasileiro. Felipe Massa afirmou que tem de se preocupar com sua carreira de piloto e dificilmente teria tempo para financias novas categorias por aqui. Mas que futuramente gostaria sim de cooperar de alguma forma com o automobilismo nacional.
Essas últimas duas parecem bastante longe da realidade, porém a F-U e a F-3 Light dão pinta de que estream logo em 2009. Que assim seja.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Ayrton, Rubens e Galvão

Na falta de notícias relevantes, um passeio pelo Youtube nos leva a esta entrevista gravada em 1990, quando Rubens ainda lutava nas categorias de base e se tremia todo ao lado do grande Ayrton Senna.
No fim, Galvão peroliza de leve, desejando o futuro que Barrichello não conseguiria realizar.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Cartão de Natal

Vai chegando o Natal e o Sir Bernie Ecclestone resolve ligar o senso de humor. Se em 2007 ele brincou com o caso de espionagem no cartãozinho, desta vez o alvo foi Max Mosley, protagonista do escândalo sadomasoquista no início da temporada.
O dirigente da FIA, fazendo uso de um chicotinho, foi castigando um a um num pit wall coletivo, enquanto tio Bernie segura a caixa de curativos. Talvez o Frank Williams tenha sido o único a se isentar da chicotada.
A mensagem era: "Punição usual das equipes, especialmente para o Natal. Tenha um feliz Natal e Ano Novo. Bernie".
Detalhe para a mulher de meia-arrastão no topo direito da figura. Já à esquerda, nota-se que Max deve ter caprichado com Domenicali, e fez ele muito bem... Sem falar no Nick Fry, que nem assim pára de rir.
A todos vocês, um feliz Natal!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Compre Batom...

O interesse pela Honda vai aumentando aos poucos. Agora surge a possibilidade do aparecimento da escuderia Telmex na F-1.
Carlos Slim, magnata detentor da segunda maior fortuna do mundo, visitou Brackley na última semana, e ainda chegou em grande estilo: Consta que o estacionamento teve de ser esvaziado, uma vez que o heliporto mal suportava o tamanho de seu helicóptero.
Quem fica na torcida para que o mexicano adquira a equipe é Bruno Senna, piloto patrocinado pela Embratel, subsidiária da empresa Telmex.
Além de Slim e de Richards, tudo indica que uma das maiores fabricantes de veículos do planeta também estuda realizar a compra: caso a Kia Hyundai venha a firmar acordo, deve dar prosseguimento à campanha ecológica promovida pela Honda. Vale lembrar que o já confirmado GP da Coréia a partir de 2010 poderia estimular a montadora a ingressar no circo.
Para fechar a listinha, um fundo de investimentos suíço e o milionário grego do ramo de navegações, Achilleas Kallakis, também estariam interessados em negociar a equipe.
Já sabe que não é por falta de candidato. E falta de caneta não deve ser. A verdade é que todos estão bastante receosos antes de concluir tamanho acordo em fase de crise mundial. Mas alguém tem que arriscar. Ao menos um deles tem de estar estar confiante... e o tempo está se esgotando, resta apenas uma semana para o dia 31.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

De olho na Toyota

Como se não bastassem as ameaças do Nico falando em deixar a Williams, chegou a vez do Kazuki.
Ao menos ele tem uma justificativa, ao invés de ficar só reclamando do carro: Nakajima faz parte do Programa de Jovens Pilotos da Toyota.
"Se a Toyota for bem no ano que vem, então ela poderia ser muito bem uma opção. Eu estou feliz na Williams, mas seria interessante ver um piloto japonês em um time japonês. Mas vamos esperar e ver como a temporada se desenvolve antes de fazer planos para 2010".
E pensar que em outras épocas era Williams que se livrava dos pilotos...

domingo, 21 de dezembro de 2008

Um pouco de Glock

Que o Timo já fez muito ao conseguir se manter na pista na volta final do GP do Brasil com pneus de pista seca, todo mundo (ou quase todo mundo) sabe. Mas as imagens nunca são dispensáveis. Aí está.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Ecclestone rebate Montezemolo

Como de costume, Montezemolo ataca e Bernie responde.
O presidente da FOM rebateu as críticas feitas pelo presidente da Ferrari há três posts atrás.
"A Ferrari recebe muito mais dinheiro que todos os outros times. Eles sabem muito bem o quanto ganham, não são assim tão estúpidos, apesar de não serem brilhantes. Eles ganham cerca de US$ 80 milhões a mais por ano. Por exemplo, se conquistam o Mundial de Construtores, como aconteceu neste ano, o time recebe US$ 80 milhões a mais do que receberia a McLaren, se tivesse vencido", disse Ecclestone. "Em vez de pedir dinheiro, ele deveria dividir com as outras escuderias todo o dinheiro extra que a Ferrari recebe", sugeriu.
Olha quem está falando sobre ganhar mais que os outros...
Parece que Bernie não notou um detalhe: Montezemolo falou como presidente da Fota, não da Ferrari. Estava exercendo o pleno direito de pedir uma melhor divisão dos lucros para que todas as escuderias saiam beneficiadas. Pena que o medalheiro da cabeça branca só pensa em lançar sua acidez sobre o povo de Maranello.
"A Ferrari é a única equipe que rompeu com as outras montadoras. Por que eles fizeram isso? É daí que vêm os US$ 80 milhões: Nós 'compramos' a Ferrari, 'compramos' sua lealdade. Nosso trato com a Ferrari é que nós os 'compraríamos' para que não se fossem com os outros".
Ele se refere à época em que muitos times ameaçavam abandonar a F-1 e criar um campeonato pararelo e independente. Os italianos, cientes de que as ameaças não deveriam dar em nada e indispostos a dar as costas para a categoria na qual sempre competiram, firmaram o compromisso de permanecer e, de quebra, faturaram um reforço financeiro pelo acordo.
Mas se Ecclestone quer condenar a Ferrari por gostar da Fórmula 1, paciência...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Agora, só em março

Não, não estou tirando férias prolongadas. Quem vai andar afastado por um tempo é o time indiano, também conhecido como McLaren B.
Ao contrário das demais equipes, que voltam a testar em janeiro, a Force India ficará de molho enquanto seus engenheiros se concentram apenas em trabalhos internos ajeitando o novo bólido.
A justificativa é o acordo de parceria técnica firmado com a McLaren. Mas algo me diz que uma tal crise colaborou para a decisão.
Praticamente tirando férias forçadas, Adrian Sutil lamentou: "É um problema, mas não posso mudar. Para ser honesto, é melhor começar em março com um bom carro do que testar em fevereiro com um ruim".

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Rádio OnBoard - Edição de Dezembro-08

Está no ar a edição número 27 da Rádio OnBoard!
Ao lado de Ron Groo e Fábio Campos, colocamos em discussão toda a série de mudanças anunciadas pela FIA para as temporadas de 2009 e 2010, fechando com os tópicos que serão submetidos à pesquisa de mercado.
Logo no início do programa, um apanhado dinâmico com edição especial dos campeões 2008 das diversas categorias, juntamente com algumas notícias recentes da F-1.
Este foi o último programa do ano da Rádio OnBoard, que promete algumas novidades em breve.
Um mês de férias e logo voltamos para que não sintam tanta falta das surpreendentes piadas do Ron, dos comentários do Fábio e dos meus pitacos.
Até lá.

Montezemolo dispara contra Bernie

Montezemolo e Ecclestone não falam a mesma língua faz tempo.
E o ferrarista não vê a hora de se livrar de Bernie: "Acho que cedo ou tarde ele tem que parar. O tempo passa e daqui a alguns anos eu também vou ter que me aposentar. Vamos ver o que acontece no futuro e sobretudo o que queremos fazer depois de 2012. O certo é que acabou o tempo em que era preciso dividir e conquistar para governar na F-1".
O todo-poderoso de Maranello mostra insatisfação com a forma que a FOM e a CVC exercem seu poderio sobre a Fórmula 1. Para ele, a F-1 não precisa de um ditador.
"Precisamos abrir uma página em branco com Ecclestone e Donald Mackenzie, não somente para tratar da quantidade de dinheiro mas também em termos de como se fazer várias coisas: circuitos, expectadores, hospedagem, televisão, tipos de pistas e tempo de corrida".
Enfim, o momento 'soltando o verbo': "Vocês acham normal não termos uma única prova na América do Norte? Ou que só saibamos que não vamos para o Canadá através dos jornais? Vocês acham normal que tenhamos de pagar somas inacreditáveis para nos promovermos durante as corridas? Considera normal que não possamos discutir o calendário das corridas?", indagou. "Nós também queremos saber mais da FOM, o quanto eles ganham, essas coisas. Pois podemos fazer, como em outros esportes, uma liga, e cuidarmos dos nossos próprios interesses. Mas queremos saber mais sobre as taxas para podermos diminuir os preços dos ingressos".
Para encerrar: "Não existe esporte profissional no mundo onde os jogadores recebem menos do que 50% do total do bolo".
Luca está coberto de razão. Mas infelizmente, razão não tinha a influência de ninguém, muito menos do Bernie Ecclestone. E olha que promover a redivisão do bolo em período de crise seria uma mão na roda.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Votação sobre medalhas

O blogueiro Letobus fez um importante alerta sobre a pesquisa de opinião relacionada às medalhas do tio Bernie.
No site oficial da Fórmula 1, está exposta uma entrevista com o presidente da FOM e, na sequência, as opções de votação: "Sim, boa idéia" e "não, deixe como está".
Não se sabe ao certo se essa é a pesquisa de opinião mensionada por Max Mosley. É até provável que não, já que a FIA pretende questionar não só uma, mas sim uma série de possíveis mudanças.
Em todo o caso, não custa nada registrar sua opinião nesta página. Sugiro que ignore o texto para poupar seu precioso tempo dos devaneios daquele senhor e que vá direto à opção "não".
Só pra constar: curioso ver uma sondagem que só revela os argumentos de um lado da moeda.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Resignação

Já era de se imaginar que não passava de boato.
O porta-voz da Peugeot negou qualquer envolvimento da PSA com a oferta da Honda:
"É totalmente falsa. Estamos tendo grandes problemas de vendas, como todas as outras montadoras e temos outras coisas para pensar do que uma possível ida para a Fórmula 1".
A cada dia, os fãs da categoria vão se conformando com a possibilidade de enfrentar um grid enxuto no ano que vem. Mas os rumores não param. Cogita-se agora a entrada da equipe ART, da GP2, propriedade de Nicolas Todt. Além, claro, do interesse de David Richards, o único do qual se tem certeza que mantém conversas com os japoneses.
E se o assunto é 2009, Max Mosley reconhece o próprio erro na formulação do atual sistema de pontuação, mas sabe que as olimpíadas de Bernie Ecclestone correspondem a uma falha muito maior e que pode ser evitada: "Foi um erro diminuir para dois pontos a diferença entre o primeiro e o segundo colocados", admitiu. "Mas sou contrário à mudança freqüente do sistema de pontos, isso só vai confundir as pessoas".
Falando sobre 2010, o presidente da FIA se mostrou contra uma importante medida já aprovada: o fim do rebastecimento.
"Não fui a favor da proibição, porque para mim as paradas fazem parte do show", disse. "Ao menos, vamos conseguir evitar uma situação muito comum nos anos 80, quando os pilotos evitavam disputar posições no começo da corrida por causa da preocupação em poupar os pneus e os freios", ressalvou.
Não tenho como negar que a proibição também me pareceu bastante radical. O ideal mesmo seria acabar com uma série de regrinhas e abrir uma diversidade maior de opções para os pilotos. Os dirigentes poderiam considerar uma F-1 em que os pit stops fossem optativos. De começo, seria o caso de dar cabo da regra irracional que obriga o uso de duas especificações diferentes da Bridgestone. Logo depois, permitir que equipes adotem estratégias de uma parada, duas paradas, três, quatro, dez, vinte ou nenhuma. Nos parágrafos do qualifying, liberar o reabastecimento entre super pole e corrida.
O problema das ultrapassagens se deve, em parte, pelo excesso de restrições. A proibição da reposição de gasolina nos GPs teoricamente ajuda, mas quanto maior o leque de possibilidades oferecido aos competidores, mais a categoria tem a ganhar em termos de espetáculo.
Se cada espectador tem sua solução para as brigas de pista, esta é parte da minha. Não vou falar tudo porque não cabe neste post. E também porque eu não pensei em absolutamente tudo ainda. Nem vale a pena, afinal só tem voz quem faz parte do circo. É por isso que a pesquisa de opinião da FIA entre os fãs da categoria representa uma surpreendente quebra de tabu, e que parece bastante positiva, embora ninguém saiba ao certo como a votação irá ocorrer.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Ondas portuguesas

O mais novo e belo palco do automobilismo é o autódromo de Algarve, uma das pistas que recebe os treinos de pré-temporada da Fórmula 1.
Cartão postal é o que não falta, mas uma das imagens que melhor representa o desenho da pista é esta.
As oscilações de Algarve são fantásticas.
A pista não é nada convencional. Apesar de moderna, tem um estilo meio romântico e desafiador com suas curvas cegas, suas mudanças bruscas de trajetória, que dificultam para o piloto andar nos trilhos e o induzem ao erro.
Seja lá quem for o arquiteto, saiba que deixou o repetitivo Tilke no chinelinho.
Infelizmente não encontrei uma câmera on board de um F-1, mas qualquer aperitivo é válido.

Honda, PSA e RoC

A revista belga Autosportniews publicou uma visão otimista sobre o caso da Honda. O periódico conta que o grupo PSA, fabricante dos carros Peugeot e Citroen, está disposta a herdar os negócios em Brackley e assumir o controle do time na F-1. Sua última participação na categoria foi no ano 2000, fornecendo os propulsores da equipe Prost.
Consta que a montadora sentiu pouco efeito da crise mundial, tendo recebido um significativo reforço financeiro por parte do governo francês, que por sinal fez o mesmo com a Renault.
Jenson Button já é dado como certo caso algum investidor de fato adquira a Honda. No caso de um comprador francês, seria natural a contratação de Sebastien Bourdais, que finalmente se firmaria no grid de 2009.
Apesar da movimentação midiática, é bom que se diga: não se trata de uma confirmação oficial. Por enquanto é boato.
Falando em Citroen, David Coulthard recebeu o convite da Red Bull para testar o carro da equipe campeã do Mundial de Rali.
O escocês não deixou o bom humor de lado para comentar a chance de guiar o brinquedinho do Loeb: "Eu adoraria, mas não em uma floresta, porque, com a quantidade de acidentes que ando tendo, eu ficaria meio desconfortável...", brincou e concluiu: "Não sei se há uma pista de asfalto ou algo parecido, pois isto seria melhor para mim".
Sebastian Loeb se consagrou o campeão dos campeões de 2008, justamente em cima de Coulthard. O francês naturalmente aprovou a oportunidade dada ao britânico.
Já na Copa das Nações, Michael Schumacher e Sebastian Vettel se encarregaram de levar a Alemanha ao topo do pódio novamente.
Michael superou Kristensen a bordo do buggie mas Ekström bateu Vettel nos KTM. Na corrida decisiva, o alemão superou o piloto da DTM e faturou o título, deixando a Escandinávia com o vice.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Fica ou não fica?

Depois de tanta barrigada da mídia acreditando que piloto de testes da McLaren ou piloto da Mercedes na DTM estava prestes a fechar contrato, a escuderia mais brega da F-1 fez o óbvio: Vijay Mallya confirmou a permanência da dupla Fisichella-Sutil para 2009. Liuzzi também fica.
Fisico pode realizar o sonho do Barrichello e finalizar a carreira na temporada que vem, enquanto Adrian segue no fundão pelo terceiro ano seguido. Se ficar na F-1 é prioridade, então aguenta...
Agora só resta saber a decisão da Toro Rosso. Buemi tem tudo para garantir uma das vagas. A outra é disputada por um batalhão. Sem Berger, a entrada do Bruno é dificultada. Sato e Bourdais correm atrás de patrocínio. Button espera que um comprador absorva a Honda, ao invés de concluir negócio com a STR. Barrichello, em fim de carreira, não espera nada nem ninguém, assina o primeiro papel que colocarem na frente.
Quem também briga para ficar na categoria é o circuito tilkenizado de Hockenheim.
Karl-Josef Schmidt, diretor-executivo da empresa que organiza a prova, revelou que o autódromo só sustenta o posto no calendário se um plano de apoio for apresentado até o dia 31 de março: "O pacote financeiro tem que estar pronto nesta data. Em caso contrário, não teremos mais F-1 em Hockenheim".
Para os cantos de Nurburgring, a situação não está tão insustentável. Mas não espere que este abrigue a Fórmula 1 por todos os anos caso aquele se retire. A julgar pelas complicações de Hockenheim, há boas chances de que o GP da Alemanha passe a ser realizado ano sim, ano não, nas proximidades de Nurburg.
Flavio Briatore já ameaçou pendurar o fone algumas vezes, mas agora o momento está devidamente estipulado.
O chefe da Renault era questionado sobre uma possível chance de dirigir a Ferrari, quando disparou o anúncio.
"Eu gosto é de vencê-los. Mas quando meu time não ganha, e sendo italiano, eu obviamente torço pela Ferrari. Porém, não acho que vou trabalhar nunca em Maranello, já que me aposentarei em dois anos".

sábado, 13 de dezembro de 2008

A festa

A prometida festa de premiação do Oscar F-1 2008 está disponível com atraso tipicamente brasileiro no blog do grande cronista Ron Groo.
Como já é tradição, a cerimônia contou com verdadeiros ícones, tanto nacionais quanto internacionais, incluindo a participação de diversos blogueiros que devem ter sido pegos de surpresa.
Clique aqui e confira.
Agradeço novamente a todos que participaram dos quase 1.500 votos registrados na segunda edição do Oscar. Houve um significativo aumento em relação ao ano passado e o evento certamente seguirá crescendo a cada temporada.
Em 2009 tem mais.

Da F-1 para o WTCC

O Mundial de Turismo aprovou uma novidade nos treinos classificatórios: a categoria utilizará um formato semelhante ao da Fórmula 1.
Os pilotos terão 20min para disputar o Q1 e os dez melhores brigam pela pole durante os 10min da Q2.
Em provas de rua, a primeira fase terá duração de 30min, enquanto a segunda levará 15min.
A segunda bateria segue invertendo os oito melhores da primeira.
Este é só mais um bom sinal sobre o qualifying da Fórmula 1. O formato atual é bom, não há razões para mudar, muito menos razão para acreditar que a idéia de liberar os competidores na pista e eliminar um piloto por volta será melhor que o sistema corrente. Claro que não será.
O único ponto negativo que temos hoje é a regra do combustível que vigora no período do Q3 e, por vezes, coloca o objetivo da pole position como foco secundário. A FIA passou os últimos anos alterando constantemente o formato da classificação. Já passou da hora de sossegar. Basta permitir o reabastecimento entre treino e corrida que o primeiro lugar do grid volta a ser devidamente chamado de "posição de honra". So easy, Max...

Degelo

A Renault conseguiu o apoio unânime das concorrentes para mexer no motor, um dos grandes problemas enfrentados pela equipe desde a determinação do congelamento dos propulsores.
O time francês, portanto, é o único que ganha esse direito. Os demais permanecem congelados.
Para ilustrar o post, aproveito que acabo de me lembrar do episódio nas ruas de São Paulo e disponibilizo este link, no qual o engenheiro-maestro programou a orquestra motorizada.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

O pacote de mudanças

Após a reunião FIA-Fota, a Federação lançou enfim a série de mudanças que pretende implementar nos próximos anos.
Pensando sempre no lado financeiro, muitas alterações técnicas acabaram sendo adotadas. No campo esportivo, algumas medidas foram aprovadas, enquanto outras dependerão da opinião popular. Sinal de que a entidade reconhece o valor dos fãs da categoria.
Comecemos com 2009.
Acredita-se que as seguintes medidas permitirão uma economia de 30% no orçamento das escuderias. Para os times pequenos, a porcentagem deve ser ainda maior.
-Fim dos testes durante a temporada, com exceção dos treinos oficiais de GP.
-Motores precisam durar 3 provas, com limite de giros em 18 mil rpm.
-A cada piloto, poderão ser disponibilizados 8 propulsores por temporada mais 4 para testes
-Orçamento de motores de equipes independentes deve ser cortado pela metade
-Sistema de Recuperação de Energia Cinética não obrigatório
-Após 1º de janeiro, túneis de vento não podem exceder a escala de 60% e 50 m/s de vento
-Fábricas terão de fechar por seis semanas anuais, segundo leis locais
-Redução do número de empregados por meio de medidas, como o compartilhamento de informações sobre combustível e pneus, eliminando os spotters ("espiões")
Muitas alterações foram discutidas também para 2010.
A proposta de motor-padrão para todo o grid foi recusada, portanto as montadoras poderão fabricar suas próprias usinas. No entanto, pensando nos pequenos, a possibilidade de compra das unidades standard - os Cosworth - segue válida para os times interessados num custo inferior a € 5 milhões.
-A transmissão deverá ser padronizada. Ainda não há confirmação
-A FIA formulará uma lista de algumas partes-padrão a serem usadas no chassis
-Sistema de rádio e telemetria padronizados. Reabastecimento proibido durante as provas. Cobertores de pneus banidos.
-Nas fábricas, ocorrerão mais restrições no setor aerodinâmico, bem como limite de instalações após as devidas análises
-Há chance de padronização do KERS. Assunto a ser discutido
A Federação prometeu para 2013 um conjunto motor/câmbio de alta eficiência energética. Ou seja, um power train capaz de realizar mais trabalho consumindo menos. Trata-se de um novo sistema desenvolvido pela Fórmula 1 que deve ganhar as ruas.
Com relação às idéias mais bobas com as quais a entidade se vê envolvida, ela tomou uma atitude atípica: jogar para a torcida.
Através de uma pesquisa de mercado, o público poderá julgar as seguintes mudanças esportivas:
-Ponto extra para o líder do Q2
-Prêmio em dinheiro para o pole position
-Novo sistema de qualifying: todos os carros vão à pista com a mesma quantidade de combustível. A cada volta, o piloto mais lento é eliminado. Os seis remanescentes trocam pneus e disputam a pole com o mesmo nível de gasolina.
-Redução do tempo de corrida
-Adoção do quadro olímpico de pontuação
Como se dará a pesquisa, ninguém sabe. Só sei que preciso meter o bedelho nessa votação para negar todos os tópicos.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Fisgadas de quinta

O dia é favorável às investidas frasais.
Comecemos com o grande Nelson Piquet, que voltou a pegar no pé do Rubens por esporte: "Ele já ficou 17 temporadas na F-1, né? Tá na hora de voltar pra casa...", disse ao risos.
Bernie Ecclestone soltou uma para cima da Honda. Assim como no caso do Piquet, não faltará gente para concordar: "A Honda não será uma grande perda. Simplesmente olhe onde eles terminaram no campeonato: nono. Eles desperdiçaram milhões e foram um mau exemplo para os outros times".
Max Mosley também foi ao ataque. Aqui, a discussão é sobre o polêmico KERS, que vem despertando disversas críticas, principalmente devido paradoxo do alto custo de desenvolvimento em época de corte de custos. Acabou sobrando para a Ferrari:
"Finalmente encontramos um desafio de engenharia no KERS. Algumas montadoras aceitaram o desafio e estão preparando tecnologias que vão surpreender a todos. Mas times de ponta como a Ferrari não gostam do KERS porque acham que ele é 'muito complicado'. Trata-se de uma doença da Fórmula 1, na qual a verdadeira inovação não é importante".
Apesar da acidez, o presidente da FIA também se mostrou empolgado com a última reunião FIA-Fota, ocorrida nesta quarta-feira. Segundo ele, foi a reunião mais bem-sucedida até então, e os resultados serão revelados nesta sexta.
"A união das equipes foi fundamental para atingir os objetivos de chegar a uma nova Fórmula 1, mas com o mesmo DNA, como desejado pela FIA".
Veremos.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Direto de Jerez

Sem a guerrinha interna da Honda, a F-1 observa, em Jerez, a disputa pelas vagas da Toro Rosso. Sebastien Buemi liderou os treinos ontem e voltou a ditar o ritmo nesta quarta. Sato ficou com o segundo tempo, e Bourdais fechou o dia em terceiro.
A sessão da manhã foi marcada pelo acidente de Fernando Alonso, que nada sofreu, ao contrário do carro. Mas a equipe foi capaz de recuperar o bólido a tempo para o treino vespertino. O site Pit Stop encontrou o seguinte vídeo do flagra:
De Interlagos para Jerez: Felipe Massa voltou a guiar um F-1, e hoje tratou de se acomodar às novidades completanto algumas voltas. Terminou em décimo.
A Ferrari anunciou, inclusive, que está atrasada com o desenvolvimento do KERS. Não com essas palavras, claro. O sistema só será efetivamente testado no próximo modelo da escuderia, o que dá mais algumas semanas para a Magneti Marelli se entender com o motor elétrico.
Com Pedro de la Rosa no comando, a McLaren tirou o dia para estrear a asa dianteira do regulamento 2009.
Por fim, vamos à tabela.

Rádio OnBoard - Ed. do Oscar F-1 08

No ar, a edição número 26 da Rádio OnBoard!
Ron Groo está de volta à mesa, com a presença do também ilustre Fábio Campos. Além de mim, antes que eu me esqueça.
O programa acabou sendo bem dividido em duas partes. Na primeira, foi marcada por sérias discussões sobre a crise, a retirada da Honda, a situação da Fórmula 1, das montadoras, a compra da equipe, e por aí vai.
A segunda metade foi dedicada ao Oscar F-1. O anúncio dos vencedores e as discussões que se sucederam proporcionaram momentos mais despojados e até mesmo cômicos de nosso programa.
Mas engraçado mesmo promete ser a esperada festa do Oscar, que será publicada em breve no Blog do Groo. Após a festa, eu pretendo expor aqui no blog os resultados por escrito.
E você também pode participar da Rádio OnBoard através de nosso de bate-papo com ouvintes, talvez já na próxima oportunidade, na edição Dezembro-08, que irá ao ar em pouco mais de uma semana para fechar a temporada 2008 da rádio. É só escrever para radioonboard@gmail.com. A seção segue também no começo do ano que vem.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Patrocínio é bom

A crise crescendo aos poucos e a Honda abrindo mão de patrocínio para fazer cena ecológica. A postura da escuderia, que já despertava boas críticas antes, estimula ainda mais críticas agora.
"O principal problema quando há uma mensagem verde é saber se é autêntica. O carro ecológico da Honda foi feito mais para chamar a atenção do público do que por reais objetivos", afirmou o chefão da McLaren Ron Dennis.
Uma declaração anterior de Norbert Haug serve de apoio ao comentário do Ron, pois mostra exatamente a maneira que uma equipe deve tratar seu investimento: "Nosso envolvimento com a Fórmula 1 está sobre fundamentos financeiros sólidos, e é em grande parte financiado por nossos patrocinadores".
Falando nisso, rola por aí a informação de que o McLaren tirou da Williams o patrocínio da Lenovo. A multinacional de informática muda de time já em 2009, e assim agrava ainda mais a situação do time de Grove, que não sabe se continuará contando com o banco RBS e o grupo Icelandic Baugur, em virtude da crise financeira.
A Red Bull, que não é de fazer campanha ecológica nem de exibir patrocínios, fechou acordo com a Trust, empresa de hardware com a qual já mantinha relações em ambientes exteriores à F-1. O logo promete ser exposto na altura do queixos dos cascos de Vettel e Webber, e também aparecerá nos tantos eventos promocionais da escuderia.
Mais do que nunca, é tempo de correr atrás de bons patrocínios na Fórmula 1.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Ainda tem mais

Pelo que andam dizendo por aí, a Honda não deve ser a única a tirar o cavalinho da chuva.
Max Mosley afirmou esperar que outra equipe possa se retirar do circo em breve. Gerhard Berger disse que "a única dúvida é saber quem será a próxima".
Especulações pairam sobre a cabeça da Red Bull por razões óbvias: o time faz pouco uso de patrocinadores, e Didi é quem injeta do seu bolso quase a totalidade do orçamento. Sem falar que o presidente energético retomou a parcela da Toro Rosso comprada por Berger, uma manobra até agora incompreensível. No entanto, o consultor da escuderia garante: "Nós estamos seguros neste momento".
Os comentários mais interessantes a respeito da situação partem do chefe-executivo da Williams, Adam Parr, que confessou esperar apenas oito equipes disputanto a primeira etapa da temporada 2009, em Melbourne.
A garagista Williams sem dúvida é uma das poucas escuderias na qual podemos confiar: "A Williams nunca escolheria deixar a F-1. Até o dia em que pudermos arrecadar um pouco de dinheiro e tivermos condições de elaborar um orçamento decente, vamos seguir competindo. Se for preciso diminuir nossos custos, estão faremos isso. Para mim, não há nenhuma lógica em falar sobre a Williams fora da F-1. Não escolhemos estar aqui, isso é o que fazemos", concluiu Parr.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Último dia

O mais tradicional prêmio de fim de ano on line da Fórmula 1 na web brasileira, o Oscar F-1, se encerra nesta segunda. Lembrando que esta tradição já dura... dois anos!
Estão todos convidados a registrarem seus últimos cliques no canto da página antes da festa do Oscar e do anúncio dos vencedores na Rádio OnBoard.
A academia agradece.

Comemora, Maurício

Parece o Nick Heidfeld, mas é piloto para ser campeão. Certamente, o título 2008 Stock Car caiu em ótimas mãos.
O excelente piloto, que travou um bom duelo com Marcos Gomes durante o ano, teve que decidir o campeonato na última etapa, que teoricamente era na casa do rival, considerando a sequência de vitórias de Gomes no circuito de Interlagos.
Maurício teve uma difícil carreira até atingir a maior consagração de sua trajetória automobilística neste domingo. Quase fechou como test-driver da Sauber, ou como piloto da Arrows, mas as portas da Fórmula 1 não estavam abertas.
Com passagens na Fórmula Ford, Fórmula 3 e Fórmula 3000, Ricardo iniciou sua participação na Stock em 2004. Quatro ano depois, levou o merecido caneco.
A corrida foi conturbada, marcada por acidentes e pela presença do safety car. Ricardo Maurício começou mal, se chocando com Antonio Pizzonia e danificando o pára-choque, que seria reparado durante o pit stop.
Marcos Gomes se aproximava rapidamente do adversário, ultrapassando um por um, até perder várias posições graças a Juliano Moro e Nonô Figueiredo, atravessados na pista. Precisou trocar um dos pneus após o reabastecimento, porém retornou lento e foi forçado a se retirar. Pronto, habemus campeones!
Thiago Camilo venceu a prova de encerramento, com Ricardo Sperafico em segundo. Mas as atenções do pódio se voltaram para o terceiro colocado: A lenda viva Ingo Hoffmann, ostentando seus inalcansáveis 12 títulos, se despede da categoria em grande estilo: "Foi como um final hollywoodiano: comecei o ano de despedida largando da pole e terminei no pódio. Aconteceu exatamente da maneira que queria, no meio da molecada".
Adeus, Ingo...

sábado, 6 de dezembro de 2008

Padronizado

Mosley: "Se não acordarem agora, poderão sofrer um grande choque em breve. Vamos perder uma escuderia atrás da outra, perder a credibilidade. Nossa função é trabalhar para que isso não aconteça, e é por isso que estamos buscando propostas de redução de gastos".
A fuga da Honda foi a desgraça que o presidente da FIA precisava para acelerar a operação guilhotina de custos, empurrando o motor padrão para todo o grid.
A partir de 2010, os propulsores Cosworth V10 estarão de volta. Eles serão fornecidos a baixo custo para as escuderias, que terão a opção de utilizá-los prontamente ou então construir uma xerox do motor para colocar seu selo nele.
Cautelosa, a FIA resolveu não impor a padronização, deixando em aberto uma terceira possibilidade para quem não simpatizar com as duas anteriores: cada time poderá fazer uso de um propulsor próprio, não copiado da Cosworth, os atuais V8, desde que respeitem as colocações da entidade. Isto é, retoma-se a regra do congelamento, os indicadores de rendimento não poderão exceder os valores especificados, e por aí vai.
A nota emitida pela Federação anunciou, portanto, que o acordo foi fechado com a Cosworth juntamente com a Xtrac e Ricardo Transmissions. Ao contrário da questão dos motores, o sistema de transmissão será obrigatoriamente padrão para todas as escuderias.
A princípio, o preço do kit é € 2 milhões de euros mais € 5,5 milhões por temporada, caso até quatro times resolvam comprar. Se o número de equipes for superior a quatro, o preço cai.
A explicação completa você acompanha na transcrição que segue:
"Em resposta à minha carta de 18 de novembro, nós completamos o processo de candidatura e estamos em negociações exclusivas com a Cosworth juntamente com a Xtrac e Ricardo Transmissions (XR) para fornecer uma propulsão completa na Fórmula 1 em 2010. O motor será um motor atual da Fórmula 1 enquanto a transmissão será uma obra-prima da Fórmula 1 e juntará esforços por duas empresas, as quais já fornecem transmissões para a maioria do grid. O custo para cada equipe assumir esta opção será o pagamento inicial de 2 milhões de euros e então 5,5 milhões por temporada para cada um dos três anos do contrato de fornecimento (2010, 2011, 2012). Este preço é baseado em quatro equipes assinando e inclui suporte técnico total em todas as corridas e testes oficiais, mais 30 mil quilômetros de testes. O custo anual será reduzido se mais equipes tomarem esta opção, por exemplo para 5 milhões de euros por equipe com oito equipes. O preço também será reduzido se menos do que 30 mil quilômetros de testes forem necessários".

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Anúncio do fim

O presidente da Honda, Takeo Fukui, anunciou oficialmente a retirada da escuderia da F-1: "A empresa precisa garantir a continuação de seu foco principal. A recuperação esperada deve levar algum tempo e, enquanto isso, a Honda decidiu tomar medidas que sirvam para contra-atacar a crise. Entre elas, para manter nossos recursos, está o final da nossa participação na F-1".
E acrescentou: "Os resultados neste ano não tem absolutamente nada a ver com nossa saída. Foi algo puramente comercial. Devemos dar prioridade ao nosso negócio".
Lógico que foi puramente comercial. Tudo o que esse bando de montadoras faz na Fórmula 1 é pensar nas vendas, não no esporte. Se os resultados não compensam o capital em época de crise, então a brincadeira perde a graça. É adeus e tchau. É nessas horas que temos de exaltar a rocha chamada Frank Williams, que enfrenta todo tipo de crise, joga com o dinheiro que não tem, leva prejuízo, mas não abandona o barco.
Fukui deixou a F-1. Agradeceu os esforços de Brawn, Fry, e se despediu dos pilotos. Ou melhor, do piloto. Porque o time sempre teve olhos para apenas um: "É uma pena, sinto muito por Jenson Button. Nós não tivemos escolha nas atuais condições financeiras".
Para relembrar, eis aí o vídeo da única vitória da equipe, em Hungaroring-06, com Jenson Button, na temporada antecedente ao mapa-mundi-eco-Honda-pré-apocalipse.
E se o assunto é o anúncio do fim, então vale lembrar que a votação em nosso Oscar F-1 está com dias contados. Todos têm até o dia 8 para clicar. Logo depois vem a tão aguardada festa do Oscar, com transmissão via BligGroo.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O fim da Honda

Duramente vitimada pela crise, a equipe Honda se vê diante da trágica realidade: dar adeus à Fórmula 1.
Em meio à calmaria do início do mês de dezembro, o site Grand Prix revela a bomba prestes a explodir. A queda dos negócios não combina com a posição de quarta escuderia mais gastadora do grid. No importante mercado americano, por exemplo, as vendas sofreram uma baixa de 32%. As ações da empresa na Bolsa de Tóquio declinaram em 5%. Esta é a maior queda livre vivida pela Honda nos últimos 27 anos. A instituição retoma um contexto semelhante ao de 2000, o que implica em jogar oito anos de crescimento pela janela.
Os funcionários do time deram início a um tiroteio de currículos, buscando ocupação em alguma outra equipe da Fórmula 1.
É insustentável. Pode esquecer o showzinho dos testes, todas as circunstâncias apontam para o fechamento das portas na categoria, ou então para a venda da escuderia.
Logicamente, põe-se em cheque, neste momento, a situação de Barrichello, Senna, di Grassi, Petrobrás e tudo o mais que se relaciona com a (ex)equipe. Até mesmo a rival Toyota acendeu a luz vermelha, mas suas dificuldades podem sugerir uma retirada mais tardia, possivelmente em 2010.
A crise está aí, e talvez estejamos diante apenas da ponta do iceberg. A era das montadoras pode estar vivendo seus últimos momentos. A cada instante que passa, a Fórmula 1 corre risco de sofrer mudanças cada vez mais surpreendentes.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Rojo

O carro mais carnavalesco do grid promete ganhar mais uma corzinha: o vermelho.
A informação parte do blog espanhol do tal fã do Alonso que ganhou o concurso para se tornar o Aficionado Profesional.
Explica-se: Ao invés da imagem da fornecedora de lubrificantes Elf, a escuderia exibirá o logo da Total.
No que tange ao novo uniforme, tem-se desde já a comparação com a roupa da equipe espanhola olímpica de ciclismo.
No carro, ao que tudo indica, o que em 2008 foi azul, em 2009 será vermelho. As cores da ING devem ser mantidas. Ou seja, podemos esperar um R29 com cara de Espanha...

Estamos vivos

Se depender da CBA, o automobilismo brasileiro vai para o buraco. O que nos dá esperança são iniciativas como as de Santa Catarina e de Felipe Massa. Não falo apenas a respeito do Desafio das Estrelas, mas também dos projetos que estão sendo implantados pensando no futuro próximo.
Uma matéria muito interessante do site Grande Prêmio trouxe a informação de que um moderno circuito será construído e inaugurado em 2010, o Autódromo Internacional de Santa Catarina.
"A gente teve como referência Spa-Francorchamps, que tem aquelas partes na floresta, muito verde", foi o que comentou o presidente da Federação Catarinense de Automobilismo, Jairo Albuquerque.
Pelo desenho, nota-se que Hermann Tilke certamente não colocou e nem irá colocar um dedo no traçado. Basta reparar na suavidade das curvas.
O local também contará um kartódromo, áreas de off-road e um autódromo de terra.
Albuquerque também conta que "todas as nacionais gostariam de inaugurá-lo, mas mais para frente vamos discutir qual delas que será. Tem um projeto do Felipe Massa, quase um cidadão catarinense, e se der certo, vamos fazer uma homenagem para estrear com a F-Fiat e a Copa Linea".
Isso mesmo. Felipe Massa negocia a criação de duas categorias nacionais: a Fórmula Fiat traria os monopostos de volta ao cenário nacional, e também a Copa Linea, baseada no novo sedã da Fiat.
Apesar dos acontecimentos recentes - destaque para Jacarepaguá -, o automobilismo brasileiro ainda vive. O futuro não está tão perdido quanto se poderia imaginar.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Bruno vs Rubens

Nada oficial, mas como o site Tazio e também o Grande Prêmio deram como certo, então tomemos como verdade.
Di Grassi parece ter saído da disputa em definitivo. Rubens Barrichello ressurge para tentar se sustentar no cockpit da Honda e precisará bater de frente com Bruno Senna na semana que vem.
Rubinho ainda recebe apoio de Ross Brawn, que tem um pensamento mais técnico sobre a situação, por isso prefere apostar na experiência em detrimento da juventude, sobretudo ao considerar as radicais mudanças no regulamento do próximo ano.
No entanto, a torcida interna mais densa se volta para Bruno. Os japoneses querem o retorno do nome Senna e Nick Fry não vê a hora de arriscar na promissora novidade.
Os treinos em Jerez entre os dias 9 e 11 de dezembro dirão o destino de cada piloto. Barrichello pode fazer sua despedida da Fórmula 1, caso não crave uma diferença confortável para o novato.
Nos testes em Barcelona, quando di Grassi e Senna discutiram a vaga, Jenson Button não teria sido um parâmetro convincente. Ross precisava ver a comparação com alguém que esteja realmente motivado para voar. Naturalmente, esse alguém é o Rubens, que enfim ganhou uma chance para provar se merece ou não continuar.
Nada como um bom duelo tupiniquim para agitar o mês de dezembro da F-1.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Batendo em retirada

Depois de França e Canadá, agora é Alemanha. E em dose dupla!
É o que promete o Karl-Josef Schmidt, o diretor de Hockenheim. Segundo ele, a prova deste ano proporcionou um insustentável prejuízo de € 5,3 milhões.
"Sem a ajuda estatal, não vai mais haver F-1 em Hockenheim".
Além de praticamente dar como certo o afastamento de Hockenheim da categoria , Schmidt revelou também que Nurburgring pode realizar em 2009 seu último GP.
"A F-1 não desaparecerá apenas de Hockenheim, mas da Alemanha como um todo. Aí as corridas acontecerão apenas em países árabes".
Essa merece o prêmio de frase simpatia...
A Fórmula 1 anda carente de notícia boa ultimamente. Surgem carros bizarros, circuitos tradicionais se vão, idéia absurdas ameaçam entrar no regulamento, tem piloto que é atropelado...
A bruxa está solta.