Mosley: "Se não acordarem agora, poderão sofrer um grande choque em breve. Vamos perder uma escuderia atrás da outra, perder a credibilidade. Nossa função é trabalhar para que isso não aconteça, e é por isso que estamos buscando propostas de redução de gastos".
A fuga da Honda foi a desgraça que o presidente da FIA precisava para acelerar a operação guilhotina de custos, empurrando o motor padrão para todo o grid.
A partir de 2010, os propulsores Cosworth V10 estarão de volta. Eles serão fornecidos a baixo custo para as escuderias, que terão a opção de utilizá-los prontamente ou então construir uma xerox do motor para colocar seu selo nele.
Cautelosa, a FIA resolveu não impor a padronização, deixando em aberto uma terceira possibilidade para quem não simpatizar com as duas anteriores: cada time poderá fazer uso de um propulsor próprio, não copiado da Cosworth, os atuais V8, desde que respeitem as colocações da entidade. Isto é, retoma-se a regra do congelamento, os indicadores de rendimento não poderão exceder os valores especificados, e por aí vai.
A nota emitida pela Federação anunciou, portanto, que o acordo foi fechado com a Cosworth juntamente com a Xtrac e Ricardo Transmissions. Ao contrário da questão dos motores, o sistema de transmissão será obrigatoriamente padrão para todas as escuderias.
A princípio, o preço do kit é € 2 milhões de euros mais € 5,5 milhões por temporada, caso até quatro times resolvam comprar. Se o número de equipes for superior a quatro, o preço cai.
A explicação completa você acompanha na transcrição que segue:
"Em resposta à minha carta de 18 de novembro, nós completamos o processo de candidatura e estamos em negociações exclusivas com a Cosworth juntamente com a Xtrac e Ricardo Transmissions (XR) para fornecer uma propulsão completa na Fórmula 1 em 2010. O motor será um motor atual da Fórmula 1 enquanto a transmissão será uma obra-prima da Fórmula 1 e juntará esforços por duas empresas, as quais já fornecem transmissões para a maioria do grid. O custo para cada equipe assumir esta opção será o pagamento inicial de 2 milhões de euros e então 5,5 milhões por temporada para cada um dos três anos do contrato de fornecimento (2010, 2011, 2012). Este preço é baseado em quatro equipes assinando e inclui suporte técnico total em todas as corridas e testes oficiais, mais 30 mil quilômetros de testes. O custo anual será reduzido se mais equipes tomarem esta opção, por exemplo para 5 milhões de euros por equipe com oito equipes. O preço também será reduzido se menos do que 30 mil quilômetros de testes forem necessários".
10 comentários:
É uma solução boa, e seria melhor se a FIA baixasse (senão abolisse) o preço de entrada de novas equipas na Formula 1. Com os custos controlados, pode ser que, ironicamente, apareça uma nova era de ouro na Formula 1...
Tb acho uma boa alternativa. Quem quiser usar o cosworth que use.Senão que faça seu prórpio motor com as especificações do motor cosoworth...A redução da taxa de entrada na F1 seria uma boa alternativa,quem sabe assim atraia os garagistas novamente.
Também acho...
E vai ficar como antigamente...
Uma Ferrari, um ou outro com outros motores e o resto de COsworth...
Ricardo Transmissions? Que coisa bonita...
É, de fato é uma boa alternativa a padronização dos motores, mas acho a idéia absurda pelo ponto de vista esportivo... vão "Stockear" (nossa senhora) a Fórmula-1, era só o que me faltava.
Vale lembrar que o schumacker foi campeão em 1994 usando um motor preparado pela Cosworth.
Então esse novo propulsor para 2010 deve valer a pena.
E se a FIA incentivar a entrada de equipes independentes, o negocio vai ficar mais competitivo.
A F1 é um laboratorio de desenvolvimento e pesquisa mas tambem é competição, não importa se tem motor de fabrica ou padrão.
O publico quer ver os pilotos competindo.
a oportunidade de "xerocar" o motor, imagino que pde dar espaço para novos times de montadoras, especialmente de a williams ou a toyota não aguentam o tranco
pode melhorar a competitividade e purgar as force indias da vida. acho que vamos a ver novos millonarios doidos em 2010
Felipe,
Concordo ali com seu xará Felipão:
"Uma Ferrari, um ou outro com outros motores e o resto de COsworth..."
Só uma coisa: o preço do MAD MAX, que acaba saindo por mais de 6 milhões de Euros por ano o pacote, não está essa maravilha toda...
Eu acho a solução do Max não passa de um band-aid que no fundo resolve muito pouco do problema (a Williams para pegar a unica genuina equipe de garageiro que sobrou não ecomomizaria muito, no máximo se livraria do Nakajima) e é do ponto de vista esportivo bem ruim.
A verdade é que se os custos precisam baixar é preciso sentar com as equipes e tentar avaliar as realidades delas e fazer um esforço geral para conter estes custos e estipular um teto medio de investimento para equipes de ponta. O problema é justamente que ao contrario dos japoneses trapalhões e da Renault, as demais montadoras que estão na Formula 1 (Fiat, Mercedes, BMW) tem lucro com suas equipes de ponta. Tenho certeza que os executivos da Toyota veriam com muito bom grado um esforço das equipes ricas para cortar pela metade os orçamentos, agora a Mercedes - que investiu quase o mesmo qu a Toyota - não tem razão nenhuma para fazer isso.
será que esse "remendão" vai funcionar msm? Bem que o Becker disse, a F1 está se "stockeando" msm... mas pode ser o único jeito de evitar a debandada de equipes, e esse modelo jah é o que a Indy segue há décadas.
Será que eu gostei de saber que os V10 vão voltar? rs!
Saudade daquele ronco fino!
Postar um comentário