terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Resignação

Já era de se imaginar que não passava de boato.
O porta-voz da Peugeot negou qualquer envolvimento da PSA com a oferta da Honda:
"É totalmente falsa. Estamos tendo grandes problemas de vendas, como todas as outras montadoras e temos outras coisas para pensar do que uma possível ida para a Fórmula 1".
A cada dia, os fãs da categoria vão se conformando com a possibilidade de enfrentar um grid enxuto no ano que vem. Mas os rumores não param. Cogita-se agora a entrada da equipe ART, da GP2, propriedade de Nicolas Todt. Além, claro, do interesse de David Richards, o único do qual se tem certeza que mantém conversas com os japoneses.
E se o assunto é 2009, Max Mosley reconhece o próprio erro na formulação do atual sistema de pontuação, mas sabe que as olimpíadas de Bernie Ecclestone correspondem a uma falha muito maior e que pode ser evitada: "Foi um erro diminuir para dois pontos a diferença entre o primeiro e o segundo colocados", admitiu. "Mas sou contrário à mudança freqüente do sistema de pontos, isso só vai confundir as pessoas".
Falando sobre 2010, o presidente da FIA se mostrou contra uma importante medida já aprovada: o fim do rebastecimento.
"Não fui a favor da proibição, porque para mim as paradas fazem parte do show", disse. "Ao menos, vamos conseguir evitar uma situação muito comum nos anos 80, quando os pilotos evitavam disputar posições no começo da corrida por causa da preocupação em poupar os pneus e os freios", ressalvou.
Não tenho como negar que a proibição também me pareceu bastante radical. O ideal mesmo seria acabar com uma série de regrinhas e abrir uma diversidade maior de opções para os pilotos. Os dirigentes poderiam considerar uma F-1 em que os pit stops fossem optativos. De começo, seria o caso de dar cabo da regra irracional que obriga o uso de duas especificações diferentes da Bridgestone. Logo depois, permitir que equipes adotem estratégias de uma parada, duas paradas, três, quatro, dez, vinte ou nenhuma. Nos parágrafos do qualifying, liberar o reabastecimento entre super pole e corrida.
O problema das ultrapassagens se deve, em parte, pelo excesso de restrições. A proibição da reposição de gasolina nos GPs teoricamente ajuda, mas quanto maior o leque de possibilidades oferecido aos competidores, mais a categoria tem a ganhar em termos de espetáculo.
Se cada espectador tem sua solução para as brigas de pista, esta é parte da minha. Não vou falar tudo porque não cabe neste post. E também porque eu não pensei em absolutamente tudo ainda. Nem vale a pena, afinal só tem voz quem faz parte do circo. É por isso que a pesquisa de opinião da FIA entre os fãs da categoria representa uma surpreendente quebra de tabu, e que parece bastante positiva, embora ninguém saiba ao certo como a votação irá ocorrer.

10 comentários:

Felipão disse...

Essa eu já esperava,..

Dificil imaginar a Peugeot de volta...

Ron Groo disse...

É os franceses deram pra trás...
Pensando bem... Normal isto da parte deles.

Henry disse...

Felipe,
No momento, as empresas têm que esperar um pouco a poeira baixar, então os boateiros que se contenham.

Não é nem o caso de não haver interesse. É que é preciso escolher o momento adequado, que parece não ser esse.

1abraço

Speeder76 disse...

Concordo com o Henry. Esta altura é muito má para aventuras das marcas...

Anônimo disse...

Tb concordo com Henry e Speeder, a PSA não iria entrar agora, bem no meio da crise.
Mas se o prazo para a compra está se esgotando.... começo a duvidar que alguem compre msm a Honda.

Felipão disse...

Felipão...

Hj, sem chances...

O Natal está chegando e trabalho com promoção e marketing...

ou seja...

To atolado de serviço...

Mas, de qualquer forma, valeu o convite...

Anônimo disse...

Será que essa votação já não começou? No site oficial da formula 1 tem uma entrevista do tio Bernie em que ele explica o negocio das medalhas. No fim da entrevista vc pode dar a sua opinião sobre essas medalhas. Talvez essa seja a tal pesquisa.

Henry disse...

Bem observado, Letobus!

Olho no Lance, como diria o Silvio Luiz...

Filipe Furtado disse...

O curioso é que o não veio do porta voz da Peugeot e a especulação é de que a PSA entraria na F1 via Citroen.

Anônimo disse...

Primeiro: É uma pena que a PSA não tenha intenção de entrar na categoria, assim como a saída da Honda.

Segundo: Para as medalhas, a resposta é não e não e também não.

Terceiro: Quanto as ultrapassagens, enquanto Valência e Cingapura tiverem o mesmo traçado e a Hungria pertencer ao calendário, ultrapassagens continuaram difíces de acontecer.