domingo, 2 de outubro de 2011

Memória Blog F-1: Campeões em Suzuka [3]

O GP do Japão de 1991 já foi esmiuçado e a história da corrida e do campeonato já é conhecida por quase todo mundo, provavelmente. Para os ruins de memória, a temporada chegava a Suzuka, penúltimo destino do ano, polarizada entre Ayrton Senna e Nigel Mansell. Senna tinha 16 pontos de vantagem sobre o leão e estava numa posição confortável para faturar o tri no Japão.

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Senna, campeão pela terceira vez em Suzuka"][/caption]

Com tamanha desvantagem e restando apenas duas corridas para o fim do campeonato, o ideal para Mansell era vencer e torcer para que Senna chegassem em posições ruins tanto em Suzuka comoem Adelaide. Mas a tarefa do inglês, que já era inglória, tonrou-se mais difícil depois que Gerhard Berger cravou a pole, seguido por Senna. Atrás da primeira fila da McLaren estava Mansell, claramente o franco-atirador do GP do Japão de 1991.

Na largada, as posições dos três se mantiveram iguais. A McLaren trazia para o Japão a mesma tática usada na corrida anterior, na Espanha: deixar Berger fugir na frente e fazer com que Senna ficasse segurando Mansell, apostando que o leão, de cabeça quente ao ficar limitado no terceiro lugar quando precisava desesperadamente da vitória, fizesse uma burrada que o tirasse da corrida e desse o título a Senna.

Em Barcelona o joguinho da McLaren não havia dado certo. Mansell não apenas superou Senna e Berger como também venceu a corrida e deixou o brasileiro - que errou e saiu da pista ao tentar bloquear o piloto da Williams - apenas na quinta posição. Mas vantagem de Senna ainda era grande, como as chances de o plano do time de Woking dar certo também eram.

[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Na Espanha, a tática da McLaren pode não ter dado certo, mas gerou uma das imagens mais clássicas da história da Fórmula-1"][/caption]

Em pouco menos de 10 voltas Berger em Suzuka, já abrira quase 10 segundos de vantagem sobre Senna, que segurava Mansell. Na nona volta o leão embutiu na McLaren de número um, tentando a ultrapassagem, mas exagerou. Chegou forte demais na primeira curva do circuito, passou reto e ficou preso à caixa de brita. O campeonato estava acabado e Senna era tricampeão.

Daí em diante, o brasileiro pôde correr para se divertir. Logo alcançou e ultrapassou Berger. Senna seguia para vitória, quando, a metros do fim, retribuiu o trabalho de seu escudeiro e deu a Berger sua primeira vitória na McLaren. Mesmo em segundo, Senna comemorava tranquilo, seu terceiro título mundial de Fórmula-1, há 20 anos:





 

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