terça-feira, 29 de novembro de 2011

Um pouco deste 2011 da F-1 - parte 2

Vamos então para a segunda parte do texto que saiu ontem sobre algumas análises de pilotos e equipe em 2011. Hoje é e vez de falar das equipes que menos se destacaram neste ano que incluem a Toro Rosso, a Sauber, a Williams, a Lotus (Caterham em 2012), a Virgin (Marussia em 2012) e a HRT.

[caption id="" align="aligncenter" width="602" caption="Apesar das pressões internas por resultados convincentes, Alguersuari fez uma boa temporada em 2011"][/caption]

A Toro Rosso iniciou o ano com o que poderíamos chamar de uma acirrada disputa interna entre seus dois pilotos para ver quem sobreviveria durante o ano como piloto titular da equipe. O começo da temporada mostrava sutilmente que Sebastien Buemi era o piloto a permanecer na escuderia caso a equipe quisesse colocar Daniel Ricciardo como titular em alguma corrida da temporada. Porém, a medida que carro foi evoluindo, quem cresceu também foi o espanhol Jaime Alguersuari. O jovem fez ótimas atuações e ofuscou muito seu companheiro de equipe, que fez provas bem desastrosas. No final das contas, Alguersuari terminou o campeonato em alta, com 11 pontos a mais que seu companheiro de equipe. Já a Toro Rosso que ensaiava ficar á frente da Sauber no Mundial de Construtores, terminou o ano na 8ª colocação.

Se a Toro Rosso teve um processo de evolução durante a temporada, o mesmo não pode-se dizer da Sauber. A equipe de Peter começou o ano bem, com performances convincentes de Kamui Kobayashi e com boas atuações de Sergio Pérez, que nem parecia um novato na categoria. Porém, a equipe se perdeu no desenvolvimento do bólido e Kobayashi, especialmente, deixou de render aquilo que todo mundo esperava dele. O resultado foi inevitável. A Force India tornou-se então a badalada equipe média da categoria e a Sauber lutou para não ser uma das piores do segundo pelotão da F-1 no ano.

Mas apesar de um segundo semestre ruim, a Sauber não passou perto do desempenho pífio que a Williams obteve neste ano. Desde que acompanho a F-1, ainda bem moleque, nunca vi a escuderia de Frank Williams tão frágil e desastrada em uma temporada. O início do ano não foi lá muito animador, mas alguns pontos apareciam, mais vezes trazidos por Rubens Barrichello do que por Pastor Maldonado, diga-se de passagem. Mas ao mesmo passo que a temporada ia se caminhando para o fim, a Williams também ia se encaminhando para uma das piores temporadas de sua história. Foram somente 5 pontos no ano, e performances que algumas vezes o colocaram abaixo da Lotus de Tony Fernandes.

[caption id="" align="aligncenter" width="602" caption="Apesar de um ano bem difícil, a Williams pode sonhar com um 2012 melhor. Ou não?"][/caption]

Para o ano que vem, é difícil de imaginar uma Williams forte e campeã de novo, até porque é impossível que se encontre os aparatos necessários para se criar um carro convincente em tão pouco tempo. No entanto, algumas pequenas somas, como a mudança do pessoal técnico, os motores Renault e a possível vinda de um piloto bom e motivado como Adrian Sutil podem deixar a escuderia em uma situação melhor do que a deste ano pelo menos.

Quanto às três últimas colocadas, que por mais uma temporada ficaram no zero na pontuação, um resumo breve é o suficiente para descrever o ano delas. A Lotus evoluiu sim comparando com o ano de 2010, mas muito abaixo do que se esperava. Pilotos e dirigentes que diziam que a equipe com certeza marcaria pontos e até brigaria no pelotão intermediário do grid, viram que as coisas são bem mais complicadas do que parecem. Heikki Kovalainen deu um banho em Jarno Trulli novamente, mas isso não quer dizer que ele deva ser notado com olhos mais atentos.

A Virgin e a Hispania amargaram as últimas colocações sem perspectiva alguma de sonhar com pontos. Na base da venda de cockpits, fica difícil analisar até mesmo o desempenho dos que passaram por lá, que correram sem saber se estariam alinhados no grid para a próxima etapa. A Virgin respeitou sim os contratos com seus pilotos, mas Jérome D’Ambrosio mal terminou sua primeira temporada na F-1 e já foi substituído por Charles Pic.

A brincadeira inicial de Richard Branson ainda não surtiu efeito algum e as “confusões” espanholas menos ainda. Quem sabe as mudanças no alto escalão das equipes possam trazer espírito, motivação e principalmente resultados novos para essas escuderias.

Deixe seu comentário »

4 comentários:

Jonathan Nogueira disse...

Primeira vez que entro no blog e já não passo mais por aqui, falar q a Williams não tinha piloto bom e motivado, vcs estão de brincadeira. O Rubens é um dos melhores pilotos do grid.

Alberto disse...

O campeonato foi dominado pelos motores Renault.
Em Interlagos, com menor potência devido à altitude, foi lavada.

Os motores Cosworth são de GP2. A Willians não conseguiria nada com aquilo mesmo.

Os motores Ferrari também estão abaixo dos Renault e Mercedes.
Com o congelamento do desenvolvimento, 2012 promete ser mais um martírio para o Alonso.

Barrichello é melhor do que qualquer novato. É melhor do que qualquer pagante de 2011.
Ajuda no desenvolvimento. Envolve-se pouco em acidentes.
Seria um importante trunfo para a Lotus brigar com Mercedes no ano que vem.

Os detalhes aerodinâmicos não são tão perceptíveis.
Em 2012 saberemos se o radiador invertido da MacLaren foi um trunfo que será copiado pelas demais.
Bicos moles também serão objeto de desenvolvimento.

Abraços e até 2012.

Anderson Nascimento disse...

Jonathan, o que eu quis dizer não foi que Rubens não é um piloto motivado, muito menos que ele é um piloto ruim. O que foi dito é que a Williams ganharia com a vinda de um piloto bom e que também é motivado como Sutil. Como o Alberto bem disse, Barrichello é muito bom no desenvolvimento, envolve-se muito pouco em acidentes e claro que mostrou muita motivação. Mas isso não se mostrou suficiente para a equipe em 2011.

Abraços!

Marcelonso disse...

Anderson,

A temporada de um modo geral foi boa. Tivemos um bom número de ótimas corridas, obviamente também aconteceram corridas pedantes, mas pesando prós e contras, a média foi boa.

A asa móvel, os pneus de farinha e o Kers, mesmo que tenham um gosto de "KISUCO", trouxeram ultrapassagens a categoria.

Pena que a temporada foi dominada de forma avassaladora por Vettel, e acabou antes da hora.

Quanto as equipes em ascendencia, destacaria a Force India.

abs