domingo, 2 de maio de 2010

Enquete F-1: KERS



FELIPE MACIEL



Nestas últimas semanas, o Blog F-1 lançou aos leitores: Você é favorável ao retorno do KERS em 2011?

Após 110 votos, fez-o resultado:

Não - 49,1%
Sim - 40,0%
Tanto faz - 10,9%

Por pressão até mesmo de algumas equipes, o KERS deve ser reintroduzido em 2011. Mais uma prova de que o ranzinza do Max Mosley arrumou encrenca com as escuderias apenas para mostrar força, uma vez que o sistema implementado no momento errado provocou protestos de diversas competidoras, sendo que a maioria sequer se preocupou em colocar um KERS na pista. O exemplo da vencedora Brawn GP basta.



Quanto à presença do KERS na F-1, trata-se de uma iniciativa marcada por uma sequência de falsidades motivadas pela perturbação promovida pela imprensa de todo o mundo a respeito da conscientização ambiental.

O conceito ecológico do KERS é uma farsa. O regresso dos motores turbo - em estudo para 2013 - na prática representaria uma economia mais interessante para o ambiente do que o tal Sistema de Recuperação de Energia, que por sua vez não tem a menor interferência no consumo de combustível. O que equivale a dizer que um carro com KERS emite o mesmo nível de poluição que um carro desprovido do aparato.

Muitos já devem saber que um Boeing executando um único voo intercontinental gasta muito mais combustível que uma temporada completa da Fórmula 1. Mas assim como toda organização moderna, a categoria se sente obrigada a exibir modelos pseudo-ecológicos para ganhar a simpatia de quem vê de fora. Como se diz em bom português, o KERS é coisa pra inglês ver.




Para piorar, faz-se necessário criar um mecanismo de competição absolutamente dispensável, que é o push-to-pass. A F-1 não precisa disso. Sem falar que, quando todos os bólidos abrigarem o seu sistema, a pilotagem será novamente equivalente, sem qualquer diferença relativa à busca por ultrapassagens. É como se cada carro do grid ganhasse 3 décimos - mudou para não mudar.

Na prática, o KERS é traço. Mas deve voltar só para que os desavisados desenvolvam a ideia de que a categoria está se enquadrando nas exigências ambientais, quando na verdade a Fórmula 1 não está nem aí.

Deixe para acreditar no engajamento da F-1 sobre as neuras ambientais no dia em que ela enxotar os petrolíferas para inserir os silenciosos motores elétricos. Fica a minha torcida... para que este dia não chegue nunca.

E não vai chegar mesmo.

3 comentários:

Anderson disse...

eu vou dar meu simples parecer sobre o assunto:
Iniciativa, falsa ou não, o marketing de uma competição preocuada com o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social, vem cair bem num momento que as questões ambientais, que por tanto tempo forão tratadas como um assunto banal, vem cair muito bem por que a f1 é uma referência mundial em desenvolvimento tecnológico. O que essa categoria desenvolver servirá como estímulo para que várias instituições a nivel mundial venham tomar tais medidas afins

Anderson disse...

eu vou dar meu simples parecer sobre o assunto:
Iniciativa, falsa ou não, o marketing de uma competição preocupada com o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social,cai muito bem num momento em que as questões ambientais, as quais por tanto tempo foram tratadas como um assunto banal, tem sido vista como algo a ser delegado uma atenção especia. Com certeza servirá de estímulo para várias instituições de nivel mundial seguir os mesmos conceitos

Anderson disse...

meu caro felipe, me perdoe, sou formado em biologia,e por isso fiquei muito triste ao ler o termo 'Neura Ambiental', que da a entender que partindo da opnião do autor há exagero nas políticas ambientais. APESAR QUE PODE TER HAVIDO OUTRO SENTIDO. SE FOR ESSE O CASO TUDO BEM.