domingo, 9 de maio de 2010

Vitória fácil para Webber na Espanha



FÁBIO ANDRADE



Desde o sábado já havia ficado claro: salvo alguma catástrofe, a Red Bull venceria o GP da Espanha com facilidade. E venceu, com Mark Webber partindo sem ser incomodado pelos rivais – nem mesmo por Sebastian Vettel – para desfilar durante as 66 voltas da corrida em Barcelona. A festa da Red Bull, no entanto, ficou um pouco micada, porque pelo desempenho de ambos na classificação de ontem era esperada uma dobradinha.



Nem McLaren nem Ferrari puderam fazer frente ao desempenho superior do RB6. Mas os insistentes azares que têm atingido a dupla de pilotos da RBR, sobretudo Vettel, estão dando uma sobrevida aos rivais na tabela de pontos.

Pelo desempenho que apresenta desde o início da temporada o RB6 é, sem dúvidas, o carro do ano. A incrível marca de 5 poles em 5 corridas é sintoma da superioridade da Red Bull. No entanto, há uma precariedade nos resultados da equipe nas corridas, seja por causa de circunstâncias climáticas desfavoráveis, seja por causa de quebras. Por isso a cara amarrada de Sebastian Vettel no pódio. Não é a primeira vez que o alemãozinho vê sua corrida prejudicada por falhas que fogem ao seu controle.

Os problemas de Vettel começaram cedo, ainda na primeira metade da corrida. No encontrão do alemão com Lewis Hamilton sobrou para o piloto da Red Bull um passeio pela área de escape, com direito a salto nas ondulações. Daí em diante o rendimento do carro de Vettel não voltou a ser forte o suficiente para ameaçar uma reação. O alegado problema nos freios foi a cereja do bolo solado servido para o alemãozinho hoje em Barcelona.
As novatas-vilãs

A disputa de posição que resultou no passeio de Vettel pela área de escape, no entanto, teve um participante surpresa: o Virgin de Timo Glock, lento, pronto para dar passagem aos carros rápidos. O incidente entre Vettel, Hamilton e Glock, junto ao de Felipe Massa e Karun Chandhok, reacende as discussões sobre a viabilidade do treino classificatório do próximo sábado, em Mônaco, com seis carros muito lentos na apertada pista do principado.
Um tributo à monotonia

A pista de Barcelona já é tradicional no calendário da Fórmula-1. Na mesma proporção, são comuns as procissões burocráticas durante o GP da Espanha. A pista, muito requisitada para testes, não aparece em nenhuma lista como uma das mais queridas pelos pilotos. As curvas de raio muito longo premiam a aerodinâmica dos carros, sacrificando as tentativas de ultrapassagens.

Jenson Button que o diga. Encaixotado atrás da Mercedes de Michael Schumacher, não conseguiu a ultrapassagem. De nada adiantou o sistema de dutos na reta principal de Barcelona. Schumacher, enfim, apresentou um rendimento satisfatório e a disputa entre o heptacampeão e o atual dono da coroa foi o que de mais palpitante aconteceu na corrida.

No final, quando as posições já pareciam estar definidas, o furo no pneu de Hamilton, o segundo colocado, trincou levemente a linearidade da corrida. Mas não mudou muita coisa. Sem chuva e de volta à Europa, sua casa, a Fórmula-1 já começa a sentir saudades de suas férias no oriente.
Grande Prêmio da Espanha, resultado após 66 voltas:

9 comentários:

Daniel Médici disse...

Tão previsível que, pela primeira vez no ano, o pole venceu a corrida. Do fim da primeira volta à bandeira quadriculada, o que aconteceu foi um pouco mais do que uma formalidade burocrática. Como de costume em Barcelona, aliás.

Luiz Sergio disse...

Parabéns para o engenheiro que projetou essa área maravilhosa onde alguns podem chamar de pista!
Ver um carro tão mais rápido como a Mclaren do Button, não conseguir ultrapassar a Mercedes Gp do Michael é saber que quem a criou essa área, não gosta, nunca perdeu tempo para assistir a uma corrida.
Penso que tudo na vida pode ser mudado, pode ser transformado, se não sabem é só pegar um grupo de grandes pilotos e reprojetar essa grande área e a transformar em uma pista de corridas, onde existam realmente pontos de ultrapassagens.
Gosto muito do grande campeão Shumi, mais hoje ele só fez o normal.

Luiz Sergio disse...

A McLaren tentou convencer as adversárias a permitirem o uso dos dutos frontais na próxima temporada, mas as equipes negaram o apelo e o sistema está banido para 2011.
Diminuir custos, baixar orçamento, isso não é com a FIA???
Como permitiu na Mclaren?

Leandro Montianele disse...

Webber dominou todo o final de semana e merceu a vitória do Grande Prêmio da Espanha. Em momento algum ele foi ameaçado pelos seus rivais. Quem saiu no prejuízo acabou sendo o Hamilton, que andou bem. Se não fosse esse pneu furado estaria ali perto da liderança.

Ron Groo disse...

Corridas na Espanha, seja em que pista for, são tão chatas que nem a chuva aparece...

Webber foi perfeito, fez a coisa ficar fácil. Alonso foi o largo do dia e Schumacher andou bem dentro de suas possibilidades. Button que o diga!

Willian disse...

Gostei da corrida, apesar de tudo. Teve bons momentos e o que dizer do Webber? Pilotagem fantastica. Em momento algum ele foi ameaçado pelo Vettel.

Pinheirinho - Brasília/DF., Brasil. disse...

TRADIÇÃO MANTIDA. Quem larga na pole, em Barcelona, costuma vencer a prova. Mark Webber não fez por menos e terminou no lugar mais alto do pódio.
Pinheirinho é divulgador cultural é maranhense, a partir de Brasília. - E-mail: pinheirinhoma@hotmail.com

Kimi_Cris disse...

O circuito de barcelona voltou a dar-nos mais uma corrida bastante chata, os espanhois tem duas corridas que mais parecem duas procissões.

Grande Abraço!

Kimi_Cris

José Carlos Costa disse...

Eu vi uma RBR imbatível no sábado mas uma que pode ser assustada no domingo. Lewis Hamilton fez um grande trabalho e teve azar, se o inglês não tivesse passando por essa maré de azar deveria estar a liderar o campeonato.

A RBR tem dois problemas: fiabilidade (está melhorando) e os pilotos que não sabem partir de trás. Webber e Vettel são muito fracos na hora de ultrapassar, se um McLaren ou Ferrari lhe passar é quase certo que não recuperam a posição ainda que tenham melhor carro.

Espanha precisa de um novo circuito. Montmeló é quase como Monte Carlo!