quarta-feira, 28 de julho de 2010

Day After



FÁBIO ANDRADE



O noticiário demorou para se livrar do gosto ruim deixado pelo GP da Alemanha. Com atraso, o mundo de atualidades da Fórmula-1 começou a girar novamente, deixando de viver apenas em função do ocorrido em Hockenheim. Já estava na hora.
FOTA deseja aumentar segurança

A facilidade com a qual as rodas se desprendem dos carros de Fórmula-1 fez soar o alerta na Associação de Equipes de F-1. A FOTA informou nessa quarta-feira que estuda medidas para aumentar a segurança e diminuir a incidência de problemas com o desprendimento das estruturas. A preocupação da entidade aumentou depois do acidente de Vitantônio Liuzzi durante o treino classificatório para o GP da Alemanha, no último sábado. Na ocasião, Liuzzi perdeu o controle e bateu no muro da reta principal do circuito de Hockenheim e uma das rodas de seu Force India se soltou, atravessando a pista enquanto o Virgin de Timo Glock cruzava o mesmo trecho.

 



 

O alerta ganha importância quando se lembra da morte do piloto de F-2 Henry Surtees, filho do campeão de F-1 John Surtees. O jovem piloto morreu em julho de 2009 ao ser atingido por uma roda solta na pista de Brands Hatch após a batida de um outro carro.

 



 

Já em 2010 um outro acidente chamou atenção e serviu de alerta. A suspensão do Toro Rosso de Sebastien Buemi se rompeu e libertou as duas rodas dianteiras no trecho de maior velocidade no circuito de Xangai, na China:

 



Para diminuir a probabilidade de acidentes desse tipo na F-1, a FOTA pretende reforçar os cabos que ligam os chassis às rodas. Hoje existe um cabo fazendo essa ligação em cada uma das quatro rodas de um bólido de F-1. A ideia de Paddy Lowe, engenheiro da McLaren, é reforçar a estrutura com mais um cabo por roda, visando aumentar a resistência do conjunto de segurança.

A intenção do Grupo de Trabalho Técnico é tornar a barra de segurança dupla uma exigência obrigatória no regulamento de 2011.
Ecclestone afirma que algumas equipes devem deixar grid

Bernie Ecclestone gosta das machetes. E conseguiu, mais uma vez, se pôr no topo das discussões, o que é não é a mais fácil das tarefas numa ocasião em que a F-1 respira escândalos. O velho dirigente comercial da categoria, depois de dizer que apoia o jogo de equipe tal como ele foi praticado pela Ferrari no último domingo, voltou a ser notícia ao afirmar que “uma ou duas” das atuais equipes não estarão no grid em 2011 ou até mesmo no fim de 2010.

Segundo Ecclestone, “dez equipes é tudo o que desejávamos”. Há de se concordar com o velho cartola no que diz respeito à competitividade das três equipes que estrearam nesse ano. De muito pouco valeu, até aqui, a participação de Lotus, Virgin e Hispania senão para abrir passagem para os carros de ponta. O que não quer dizer que um grid com magros 20 carros seja o desejável para uma categoria como a F-1.

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