Na última vez que um título de pilotos foi decidido em Suzuka, em 2003, Schumacher chegava ao Japão exatamente da mesma forma que Vettel chegará daqui a pouco mais de 10 dias: precisando de um ponto. O gp japonês era o último daquela temporada e Schumacher contava 92 pontos contra 83 de Kimi Raikkonen. Mesmo que empatassem no número de pontos, Schumi levava vantagem no primeiro critério de desempate que é o número de vitórias: o alemão da Ferrari tinha seis trinufos no ano, contra apenas um do finlandês da McLaren. Ou seja, bastava para Schumacher terminar a corrida, pelo menos, no oitavo lugar para não depender de nenhum resultado.
[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Cristiano da Matta e os irmãos Schumacher disputando posição em Suzuka"]
O que parecia uma tarefa fácil para o então pentacampeão ganhou ares de drama no treino classificatório do sábado. Uma garoa intermitente testou a frieza dos pilotos e das equipes. Na época, o modelo de classificação determinava o momento exato que cada piloto deveria sair para sua volta rápida e cada um tinha apenas uma chance de tentar a pole. Schumacher e Raikkonen enfrentaram os 5807 metros da pista japonesa quando ela estava “melada” pelo chuvisco. O finlandês cravou 1min33s272 e ficou com o oitavo lugar. Schumacher esteve mais de um segundo mais lento com 1min34s302 e o 14º lugar. Rubens Barrichello, o pole, pegou o asfalto seco e massacrou a concorrência com uma volta em 1min31s713, deixando Juan Pablo Montoya, o segundo no grid, quase sete décimos atrás.
O desfecho do mundial daquele ano se deu no domingo, numa corrida tensa para a Ferrari. Com Raikkonen largando em oitavo e longe da vitória, a possibilidade de uma virada histórica do iceman era ínfima. De toda forma, Barrichello, na pole, tinha a missão de garantir que a posição número 1 não saísse de seu controle para dar mais tranquilidade ao time e a Schumacher. Ao alemão, cabia tentar fazer uma corrida de recuperação, garantir pelo menos um ponto, e não precisar depender de resultados alheios.
[caption id="" align="aligncenter" width="600" caption="Raikkonen até tentou, mas não pôde impedir o hexacampeonato de Schumacher em 2003"]
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O resto foi história, e a história não foi simples como Schumacher e a Ferrari esperavam. Pressionado, o alemão cometeu dois erros infantis (se fossem cometidos hoje, provavelmente, resultariam em duas punições ao alemão) e se complicou na corrida. Raikkonen passou a ser o segundo pouco depois da metade da prova, mas a condução sólida de Barrichello impediu a vitória do finlandês. E no final, mesmo que vencesse, Raikkonen não seria campeão porque Schumacher conseguiu o mínimo necessário para garantir seu título: o oitavo lugar e um ponto. Estava coroado o primeiro piloto seis vezes campeão mundial de Fórmula-1 e o recorde de cinco títulos do argentino Juan Manuel Fangio estava, finalmente, superado.
Nos vídeos, o GP do Japão de 2003 quase na íntegra. Falta o trecho entre as voltas 20 a 30. Mas pouca coisa de importante acontece nessa parte que falta, logo, vale muito a pena recordar:
4 comentários:
foi uma boa corrida, mas não assisti com muita alegria pois estava puto pq na epoca eu acahava que roubaram o Montoya.aliás ainda acho, indianápolis foi uma roubalheira, Montoya campeão moral de 2003! =P
E torci muito pro Vettel ser bi em Suzuka, lá é onde se coroa os grandes campeões...
Pois é e poderemos juntar Vettel como outro grande (bi)campeão a sair das curvas sinuosas de Suzuka,
Em off, o ultimo vídeo ficou parado em outra situação ridicula do Barricas, este cidadão é um para raios de cagada mesmo.
podia passar sem essa última imagem do rubinho
Fui caçar o lance no Youtube e realmente não vi motivo para punirem o Gordito Montoya, lance de corrida. Mas campeão moral de 2003? Menos aê, Marcão, haha;
É, Groo e Williams, o cara é um pouco desajeitado, certo?
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