segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Memória Blog F-1: Suzuka e os novatos



FÁBIO ANDRADE


Se alguma pista pôde ser considerada como uma prova de fogo para os pilotos em 2009, essa pista foi Suzuka. A pista japonesa foi um desafio e tanto, sobretudo para alguns dos pilotos que andaram no traçado nipônico pela primeira vez. Acostumados a cotovelos alternados com áreas de escape a perder de vista, os galãs de baile de debutante (talvez o termo não se aplique ao Buemi, mas eu disse talvez) que estrearam na pista japonesa no ano passado experimentaram um pouco do que é andar no limite em um dos traçados mais técnicos do mundo.


Claro, estou puxando a sardinha para o meu prato. Suzuka é minha pista favorita, ainda que o histórico recente não apresente grandes corrida por lá. Mas é um mal do qual a pista japonesa não padece sozinha, afinal, nem sempre se veem fatos históricos acontecendo a todo momento em Monza ou Spa. E nessas pistas, penso eu, já vale o prazer de simplesmente ver os carros rasgando retas e curvas de verdade, até que o próximo Tilkódromo se instale e acabe com a festa.


Voltando a 2009, Suzuka ofereceu aos pilotos novatos um sabor de anos 80. A pista japonesa desafiou os calouros a serpentear suas curvas velozes, mas não perdoou os que achavam que escapadas seriam permitidas sem dano algum aos bólidos. A maioria das áreas de escape do circuito desenhado por John Hugenholtz ainda é à moda antiga, com as quase extintas caixas de brita funcionando como freios de mão involuntários. Além disso, há guard-rails sempre não muito distantes da pista.


Talvez só Timo Glock possa ser inocentado pela sua batida no treino classificatório para o GP do Japão do ano passado. O piloto alemão saiu da pista de uma forma até hoje considerada estranha. Replays da transmissão da época mostraram claramente que Glock virou o volante para fazer a última curva do traçado e que, percebendo que o carro não obedecia ao comando, foi, progressivamente, aumentando o esterçamento do volante até o limite. Em vão. O carro seguiu reto, bateu contra a barreira de pneus, e tirou Glock do restante da temporada.


Os outros pilotos vítimas de Suzuka naquele fim de semana, porém, não gozam do mesmo benefício. Sebastian Buemi, Jaime Alguersuari e Heikki Kovalainen, todos correndo na sinuosa pista nipônica pela primeira vez, sucumbiram aos 5807 metros de “esses”, subidas, descidas e tomadas rápidas da pista que sedia o gp japonês.


Abaixo, em compacto, o (longo) treino classificatório do ano passado, interrompido três vezes pela bandeira vermelha. Em seguida, o replay da batida de Alguersuari na 130-R.






OBS: aos leitores uma explicação e um pedido de desculpas. Estive ausente na última semana graças a um problema de conexão com a internet felizmente já resolvido.

2 comentários:

marcos disse...

o termo se aplica excluxivamente ao Buemi!rs

é suzuka não mta margem a erros, e os novatos viram que é bom pra tosse. E os novatos desse ano como se sairão?

Ron Groo disse...

É que Suzuka é pista pra piloto, motorista ai costuma se dar mal... Tem curva de alta, curva de baixa, retão... É um sonho de pista.

E problema com conexão né... Moqueca mudou de nome. Sei.