quarta-feira, 31 de março de 2010

Chuva no GP da Malásia: bom ou ruim?



FELIPE MACIEL



A chuva não é um personagem muito comum nos GPs da Malásia. Mas no ano passado Bernie Ecclestone resolveu correr o risco de dar a largada mais tardiamente, numa displicente provocação a São Pedro, que sempre ataca no final da tarde nessa época do ano.

Nós tivemos em 2009 uma meia corrida em pista seca que foi de tirar o fôlego. Sim, no seco a Fórmula 1 fez um show, que ironicamente teve de ser interrompido pela chuva.

A perda de luz natural causou o encerramento do GP, mas o fator gerador da paralisação da corrida na verdade foi a própria chuva. Uma tempestade desceu com toda força, tornando as condições inguiáveis para qualquer piloto.




Ou seja, chuva na Malásia tem potencial de sobra para congelar a prova, ao invés de colaborar com o espetáculo. Se vai haver relargada depois ou não, é outra história.

E nessa história entra a pequena minimização do risco tomado pelos dirigentes, que determinaram o começo da prova 1h antes em relação à última temporada, quando a etapa iniciada às 15h locais foi interrompida na 31ª das 56 voltas.

Em 2010, as luzes vermelhas se apagam às 16h em Sepang. E a meteorologia já espera água. Resta-nos torcer para que não seja outro dilúvio. A F-1 se submete ao risco de repetir o vexame graças à atuação financeira da FOM, que visa um lucro forçado abrindo mão do horário ideal e pondo em jogo o andamento da prova.



A pista de Kuala Lumpur não é tida como um local especial para ultrapassagens, mas tem a brilhante capacidade de alternar corridas monótonas com grandes lances, como esse ocorrido em 2008, numa disputa de 3.

O velho circuito do Tilke apresenta largura até exagerada para colaborar com as disputas. Retas principal e oposta bem longas, trajetória de curvas suavemente arredondadas, desenhadas numa época em que não lhe exigiam tantos cotovelos. Eu diria que o irmão mais novo de Sepang é Xangai; são traçados que possuem certas semelhanças mas você nunca sabe se deve esperar um belo GP ou uma madrugada sonolenta.

Algo me faz estar otimista para a 12ª edição do Grande Prêmio da Malásia. Não sei se motivado pela corrida da Austrália ou por esta previsão de chuva - afinal, um possível banho bem dosado na pista não nos deixaria motivos para reclamar...

5 comentários:

Filipe disse...

Oi Felipe Macioel.

So queria te parabenizar, pelo seu blog. Concerteza um dos melhores blogs que temos sobre formula 1 na internet (acompanhos varios blogs, e sites).Sempre com constantes atualizações, e imparcilidade.

Acho muito bom quando tu alfineta a globo ou o galvão hehehe, por que a cobertura que eles fazem da F1 é simplesmente ridicula para um pais que possue 8 titulos mundiais no esporte, e um dos maiores gênios que já pilotou por lá.

Continue com esse su bom traballho e sucesso!

Willian disse...

Se a chuva vier, obviamente a corrida fica imprevisível. E a previsão indica possibilidades de temporal em alguns horários.

Sem chuva, Red Bull e Ferrari devem voltar a andar bem. Mas a grande dúvida é: será que Vettel completa 56 voltas sem problemas?

Aderson Pereira disse...

No caso da Malasia, será melhor que a chuva ocorra algumas horas antes da largada e pare.
Até o momento do inicio da corrida a pista estaria apenas molhada e o espetáculo seria melhor.
Se houver outro diluvio como o de 2009, as unicas equipes que vão se dar bem são as novatas.
Sabe como é, bosta na água não afunda.

Anderson Nascimento disse...

Vídeo excelente! Lembro muito bem dessa disputa e espero que nesse ano ocorra mais uma vez na Malásia. Quanto ao circuito da Malásia, criticado por alguns, acredito que possui um traçado bom para uma corrida de automobilismo de verdade. É dinâmica sim, com chuva ou sem chuva.

Ron Groo disse...

É uma contradição danada... A gente torce pra cair uma agua nas corridas em tilkodromos, mas quando é a Malasia a gente sempre sabe que se chover, não vai ser pouco. Afinal é a época das Monções e ai já viu.
A chuva tem hora marcada pra cair e sempre é em uma quantidade razoável.
Capaz até de parar a corrida.