sábado, 28 de maio de 2011

Acidente de Perez ofusca pole de Vettel em Mônaco

A classificação do GP de Mônaco foi a sexta do ano. Confirmou a sexta pole position da equipe Red Bull até aqui. Aproveitamento de 100%, com Mark Webber liderando o certame uma única vez contra cinco de Sebastian Vettel, que domina esse mundial como não se via desde os tempos de Michael Schumacher na Ferrari. Ok, Jenson Button e a Brawn mandaram na temporada de 2009, mas só enquanto as equipes rivais não descobriram o segredo do difusor traseiro de dois andares do BGP001. A supremacia da Red Bull não parece se basear numa única característica do carro, mas num projeto que é globalmente vencedor e que se sai bem tanto nas pistas fixas como no traçado de natureza única de Monte Carlo.




[caption id="" align="aligncenter" width="500" caption="Em pistas rápidas ou travadas, Vettel e o RB7 dominam as sessões classificatórias"][/caption]

Mônaco era o trunfo dos desesperados, pelas características particulares da pista muito travada e também muito apertada, fisicamente falando. Em Mônaco, normalmente, é onde algo fora do padrão pode acontecer. Para ilustrar, basta ver que no período de ouro da Ferrari - de 2000 a 2004 - quando a equipe só venceu no principado uma vez (2001, última vitória da Ferrari em Mônaco, por sinal). Em 2002, por exemplo, quando o modelo da equipe italiana era disparado o melhor do grid, Juan Pablo Montoya fez a pole com a Williams e David Coulthard venceu a corrida pilotando uma McLaren. Trocando em miúdos, em Mônaco os favoritismos absolutos nem sempre são tão absolutos assim.


Mas não é o que acontece com a Red Bull. O RB7 segue tão forte em classificações que Vettel impôs quatro décimos de vantagem sobre Button. E aqui há espaço para uma pergunta curiosa: o carro ou o piloto está em grande forma? Porque Webber tomou os mesmos quatro décimos do companheiro de equipe pilotando o mesmo bólido. No caso de Vettel e do RB7 já dá para dizer que esse é o casamento perfeito.



Luz no fim do túnel?

Mais marcante do que a 20ª pole de Vettel, porém, foi o acidente com a Sauber de Sérgio Perez na parte final do Q3. Na saída do túnel, ponto de maior velocidade da pista monegasca, o piloto mexicano perdeu o controle depois de contornar a curva fora do traçado ideal, pisando na sujeira. Sem aderência, Perez rodou e bateu forte contra a barreira de softwall, permanecendo desacordado por alguns minutos. Apesar da aflição inicial, as primeiras notícias são positivas: Perez não sofreu fraturas e está consciente, apesar de sentir dores em uma das pernas.




[caption id="" align="aligncenter" width="500" caption="Apesar da preocupação inicial, equipe Sauber confirma que Perez não sofreu danos graves"][/caption]

Nico Rosberg também sofrera um forte acidente no treino da manhã na saída do túnel. Por ser o ponto mais veloz do traçado apertado de Mônaco, a saída do túnel é também, obviamente, o trecho mais tenso da pista de Monte Carlo. Os guard-rails estão dos dois lados, não há para onde escapar em caso de acidente, a não ser para frente. E depois da Chicane do Porto é o acaso quem vai levar um carro descontrolado para o softwall ou para a rua lateral livre que não faz parte do circuito da Fórmula-1, como aconteceu com Coulthard em 2008:



Outros tantos já sofreram acidentes sérios ali. Como Button que colidiu de forma semelhante a Perez contra uma então barreira de pneus próxima ao Porto em 2003:



Ou Karl Wendlinger, que produziu a mãe de todas as batidas na Chicane do Porto, apenas 15 dias após o fim de semana negro de Ímola em 1994. No momento do acidente do austríaco, no auge da comoção, houve quem imaginasse que a F1 tivesse gerado a terceira morte em menos de 15 dias. Wendlinger não morreu, mas permaneceu em coma por algumas semanas depois da pancada:



Logo depois do acidente de Perez, Webber foi o primeiro piloto a falar em reforço da segurança na saída do túnel. Pelas características de Mônaco, acredito que pouco pode ser feito além das medidas de segurança já adotadas nas ruas do principado e nos próprios carros de F-1. Porque corridas de automóveis, enfim, nunca serão 100% seguras.


Para as longas 78 voltas do GP de amanhã a promessa é de tempo ensolarado, com 0% de probabilidade de chuva, segundo o Weather Channel. O histórico de Mônaco mostra que corrida com tempo seco no principado são boas para quem larga na frente, dada a dificuldade de ultrapassar no circuito monegasco. As atenções nesse sentido se voltarão para os pneus, já que a asa móvel dificilmente será efetiva na pista mais travada do calendário.



Grid de largada para o Grande Prêmio de Mônaco:



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3 comentários:

Daniel Médici disse...

Ótima pesquisa videográfica!

Mais que ofuscar, a batida também resguardou a pole de Vettel. Embora eu não acredite que ela teria sido batida em condições normais, o alemão teve a vida bem facilitada. E Hamilton, antes sério candidato a vitória, que tinha uma vaga quase cativa assegurada na primeira fila, parece carta fora do baralho.

Ron Groo disse...

Sei lá... O acidente esfriou um pouco a coisa, mas acho que o 1:13:5 do Vettel não ia ser alcançado não... Foi impressionante.

Rafael disse...

FELIPE VC É O FILHO DA AMELIA ??? POW SE FOR ENTRA NO MEU ENTRA NESSE LINK É DO MEU ORKUT ' http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=8948955551903083425