segunda-feira, 15 de março de 2010

F-1 e F-Indy abrem o campeonato 2010



FELIPE MACIEL



A Fórmula 1 chegou ao Bahrein para inaugurar a temporada 2010. A organização abriu passagem para o uso do traçado escondido, até então. Antes mesmo da corrida, os próprios pilotos já comentavam que não haviam gostado da reformulação do percurso.

Terminamos o fim de semana em Sakhir sem entender qual o propósito da mudança. A nova área não permite nem sonhar com manobra de ultrapassagem, revelando-se uma zona travada e estreita, onde o máximo que podemos esperar é ver pilotos inexperientes cometerem algum erro, como foi o caso de Hulkenberg e Chandhok.

O desfecho do GP levou ao pódio pilotos de Ferrari e McLaren, remetendo ao apreciável desempenho clássico das equipes rivais, que renascem em 2010 após uma dura temporada no último ano. Claro que o resultado final ofuscou o verdadeiro potencial da Red Bull, que corre no mesmo nível da Ferrari, ao contrário da McLaren, que por sua vez ainda enfrenta desconfianças por conta das questões envolvendo o difusor. Mas nenhuma equipe na F-1 tem tanta tradição em se recuperar em pleno desenrolar do campeonato como o grupo de Woking.



Em meio às merecida critícas direcionadas aos responsáveis pela pista que abriu a temporada 2010 da IndyCar, Tony Kanaan arrumou tempo para destacar a determinação de um país como o Brasil, que contraiu a responsabilidade de promover um mega evento internacional em tempo recorde.



Numa questão de 3, 4 meses, as autoridades brasileiras assumiram o risco de sediar a prova de inauguração do campeonato da Indy e obtiveram um inegável sucesso na empreitada. Embora tudo indicava que a realização da corrida estaria fora de questão, a ideia foi abraçada, o desafio lançado, e as dificuldades superadas.

Dentre essas dificuldades, inclui-se a transferência de local, já que em princípio o Rio deveria receber o grid. Mas enquanto se corria contra o tempo, pularam do barco e jogaram o pepino para São Paulo, que não decepcionou.

O desespero durou até a virada de sábado para domingo, mas na hora H tudo estava perfeitamente pronto para o espetáculo. A corrida de fato foi muito boa. Apesar da interrupção causada pelas águas de março, tivemos pegas até as voltas finais, inclusive em relação à briga pela vitória e ao duelo de brasileiros para ficar com o 3° lugar, culminando na ultrapassagem de Vitor Meira sobre Raphael Matos.



Com contrato para receber novamente a IndyCar nos próximos anos, o categoria norte-americana tem tudo para começar a ganhar popularidade por aqui. Só ficarei na torcida para que não voltem a repetir marketing fake que inventaram durante a cerimônica do pódio.

O vencedor da prova, Will Power, ficou um tanto constrangido quando foi forçado a beber o desconhecido leite brasileiro direto na caixa... A indelicada paródia com Indy 500 é uma forçação de barra dispensável. Seria excelente se a pretensiosa cena não voltasse a acontecer futuramente.

10 comentários:

Gabriel VaiNaLousaChefe disse...

Quero ver o dia que um cara com intolerância à lactose ganhar uma corrida.

Luiz Sergio disse...

Cada vez mais eu percebo o porque que a FOCA e a FIA tem verdadeiro pavor da Formula Indy e não querem de maneira nenhuma que ela use os circuitos mistos da Europa e de outros lugares.
A pista de São Paulo, faltou organização, um asfalto bom, uma boa drenagem e outras coisas, mais não faltou emoção, ultrapassagens, disputas entre todos.
Hoje a F1 tem uma baita organização, mais um gasto astronômico, para todos: equipes, cidade onde se da o evento, torcedores. Só falta a anos as ultrapassagens, emoção, pois os melhores pilotos do planeta não tem como mostrar sua capacidade.
É um campeonato onde muitas vezes não vence o melhor piloto e sim o melhor equipamento, nunca esse campeonato poderia ser chamado de Mundial de Pilotos.

Caco Brandenburg disse...

Que o diga Jenson Button...

Leandro Montianele disse...

Não poderiamos esperar nada de bom mesmo do Grande Prêmio do Bahrein. As corridas realizadas neste circuito costumam ser chatas por natureza. Veremos o que vai acontecer na Austrália.

Essa do leite na caixinha foi cruel. O Will Power deve ter ficado doido. Nem gelado devia estar...rsrss

F1ALC disse...

aquilo do pódio foi muito pouco sutil mesmo. publicitário que sugiriu issa pode voltar pra faculdade

o asunto do novo traçado de Bahrein pode ser visto como positivo porque é uma tentativa de melhorá-lo. o circuito é desde sempre chato e falto de pontos de ultrapassagem, e cualquer coisa que for feita pra mudá-lo significa que os organizadores percebem isso. coisa boa, não esperar até a clasificação pra botar máquina e melhorar o circuito em um item obvio (apreeende SP)

Aderson Pereira disse...

Beber leite na caixa foi de lascar, que micão. Nem tava sabendo disso.
Já imaginou se esse leite é daqueles que tem soda caustica ou agua oxigenada na composição?

E eu quero saber como vai ficar aquele retão do sambodromo. Ano que vem nas transmissões do desfile, vão pintar o asfalto novamente? Será que vai ficar a briga Globo x Band? "Pinta!, Não pinta!"

Leandro Almeida disse...

F-1 monotona? É o que estou vendo nas ultimas matérias, mais estão certos? Pode ser que sim, mais uma das ultimas sujestões de dirigentes de equipes para melhorar isso é torna obrigatório duas paradas, eu acreditava desnecessário antes de começar o campeonato, mais vendo hj, acho genial, tira a necessidade de tentar poupar tanto os pneus e tem uma maior váriação de estratégia, ajudaria até na escolha dos pneus para disputar a super pole, eu diria que usar o pneu mole seria mais normal.

Indy Brasil? Não teria um elogio mais certo de fazer a não ser da coragem e da falta de vergonha. A meses lutam na marginal para mudar o cheiro daquilo, o calor que tem feito em São Paulo é um absurdo e vem querer colocar uma pista ali? Eu gostaria de ver a indy mais vezes por aqui, mais espero que arrume uma estrutura melhor, não uma montagem cheia de adaptações num local que faz parar a cidade quanto tem evento.

Ron Groo disse...

Ah, a cara de nojo do Will Power diz tudo sobre a qualidade deste suco de vaca.
É horrível.

Paulo Maeda disse...

Eh, a cena do Power com a caixinha de leite recém entregue nas mãos, a primeira cara de "ueh, q eh isso?" depois vem uma cara de "o q faço com isso", aí o Vítor Meira diz algo como "eh leite, pode beber direto ae q eh normal aki"..... simplesmente ridículo essa parte. Mas fora isso, a corrida foi um show de emoções e, diferente do que disseram, não acho q F1 mais espontânea, pelo contrário lá eh sempre a mesma coisa, do mesmo jeito e mesmos personagens.

Pinheirinho - Brasília/DF., Brasil. disse...

Depois de um ano e meio, Alonso voltou a sentir o gostinho especial do champagner no lugar mais alto do pódio. De volta às pistas, Felipe foi o segundo.
Brasiliense no pódio. Melhor brasileiro em São Paulo, Vitor Meira chega em terceiro lugar.
Brasileiros prevem evolução. Bruno Senna teve problemas hidráulicos e abandonou a prova depois de 17 voltas.
Pinheirinho é divulgador cultural é maranhense, a partir de Brasília. - E-mail: pinheirinhoma@hotmail.com