quinta-feira, 29 de março de 2007

Histórias do Galvão (2)

O maior narrador do país também falou sobre o melhor amigo do Senna: o sem-noção do Gerhard Berger. Se você conhece uma outra história envolvendo essas brincadeiras, não deixa de contar pra gente.
As brincadeiras do Gerhard Berger
Quem convive com o circo da Fórmula-1 sentiu a falta de Gerhard Berger quando ele se aposentou, em 1997. Ainda bem que agora ele está de volta, desde que comprou metade da escuderia STR.
O ex-piloto austríaco, um dos que mais disputou Grandes Prêmios até hoje (atrás apenas de Riccardo Patrese e Michael Schumacher) na história da Fórmula 1, era um verdadeiro furacão nas pistas. Mais do que ninguém, na época em que corria, sabia escolher as vítimas para brincadeiras em aeroportos e hotéis. Alegre, divertido, Berger acabava com qualquer tipo de tensão.
A maior peripécia foi com Jean Alesi. Os dois eram muito amigos e, um dia, sabem o que Berger fez numa estrada italiana, quando ia de carona na Ferrari do francês, a 200 quilômetros por hora? Vendo o ímpeto do motorista, se abaixou e desligou o carro, tirando a chave da ignição. Com a direção trancada, é claro que o carro capotou.
E, mais incrível de tudo isso, é que Alesi continua sendo amigo dele.
No Japão, no dia em que Ayrton Senna conquistou o tricampeonato, ele me escolheu como vítima. Está certo, era vingança, pois, na viagem de ida no trem-bala de Tóquio para Nagóia, eu tinha enchido de sabão de barbear todos os sapatos do Berger. Mas, às vezes, ele pegava pesado.
Uma hora e meia antes da corrida, o nutricionista Joseph Leberer da McLaren me ofereceu um suco de laranja que, segundo ele, tinha sido feito na hora. Eu recusei. Ele insistiu. Optei por um copo d’água. Ele entrou no escritório da equipe e voltou com o mesmo suco de laranja, dizendo que a água estava quente. Não sei por que, mas não tomei. Sorte a minha. Berger tinha mandado amassar naquele copo três comprimidos para dormir.
Já pensou, Senna tricampeão e eu roncando na cabine?

5 comentários:

Anônimo disse...

Qualquer dia ele conta da história da foto do passaporte. Até onde lembrou de já tê-lo visto e ouvido falar sobre isso, o Senna tirou a foto do berger do passaporte e botou de uma mulher pelada. Ou será que foi o contrário? Bom, o fato é que os danadinhos riram bastante quando chegaram no aeroporto:P

Pall Mall disse...

A foto do passaporte? E a história da mala, em Monza? Essa é pior...

Anônimo disse...

a da mala é clássica e muito boa, mas essa do calmante é complicada; já imaginaram o galvão fazendo algo parecido com o que o vanucci fez?!

Unknown disse...

Os caras não tinham juízo e essa era a graça do negócio.
Hoje é todo mundo pasteurizado, não pode brincar com ninguém nem nada que eles já se ofendem...

é só ver o comportamento do Alonso

Anônimo disse...

aaaaaaaaaaaaaah, o Galvão é chato mas tem muuuita história boa pra contar! :)