quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Fala, Bruno

Bruno Senna falou sobre a idéia da nossa enquete. Para ele, a função de test-driver está fora de seus planos para a próxima temporada.
"Acho que, para mim, seria muito mais valioso ter uma chance para disputar uma corrida inteira. Preciso aprender mais macetes de corrida e classificação. Essas coisas não são aprendidas em testes. É muito fácil dar uma volta rápida, mas muito difícil fazer isso na classificação".
O co-proprietário da Toro Rosso reconhece a chance de o brasileiro estrear na F-1 a bordo de um carro seu, mas garante que inexiste qualquer interferência das relações pessoais no campo profissional: "Eu comando um time em parceria com a Red Bull e não posso misturar o aspecto pessoal com o profissional. Mas se Bruno é claramente o melhor candidato, então nós vamos discutir essa idéia de qualquer maneira. Se ele é o campeão da GP2, não importa qual é o seu nome".
Em entrevista ao site Tazio, Bruno mostra que fala a mesma língua do empresário: "Berger sempre me ajudou com os próximos passos. Mas ele é a última pessoa que vai me dar uma oportunidade por amizade", confirmou. "Ele vê o potencial, mas não existe nada de concreto para ir para a Toro Rosso". Por enquanto...
"Conversei com Toyota, BMW, Toro Rosso, com o Martin Whitmarsh, da McLaren, e com o Ross Brawn, da Honda. Mas foram conversas para conhecer as pessoas que mandam lá", contou. "Nunca tive contatos desse tipo com a Williams. Só andei no simulador deles para a pista da Malásia. Mas ela não é uma equipe ruim para começar".
Voltando ao papo sobre a condição de piloto de testes, Senna argumenta que esta ocupação está sendo cada vez mais ofuscada pelas regras do Mosley, por isso pensa em ingressar como piloto titular "preferivelmente, porque, com o regulamento de testes que há agora, o piloto de testes acaba ficando esquecido e, muitas vezes, a carreira dele acaba".
No entanto, ele revela que "se aparecer uma oportunidade de piloto de testes para o primeiro ano e garantia como oficial no segundo, vou considerar".
Com as metas bem traçadas, ele segue brigando pelo campeonato na GP2 e esperando um contrato vindo da F-1. Com título ou sem título, a impressão é de que algum acordo virá.

3 comentários:

Felipão disse...

Concordo plenamente com ele...

É mais ou menos o caso do Nelsinho... Parece que faltava um "algo a mais" no começo da temporada...

Unknown disse...

Também concordo com o Felipão, piloto de testes será sempre piloto de testes e não adianta negar o nome que ele leva para F1 não vai ser fácil sustentar.

ABS

Anônimo disse...

Penso que ele está correto em dizer que certos macetes não se aprende testando. Largada por exemplo. Vide o que aconteceu com Piquetzinho..
Agora dizer que a Williams não é uma equipe ruim para começar é um disparate... Apesar da má fase que vive a Williams é uma equipe com estrutura de grande... Seria maravilhoso para qualquer piloto poder estrear num carro do Frank.