sábado, 17 de janeiro de 2009

Adeus, Ron Dennis

O homem do Project Four vai deixar as pistas.
Pode ter sido um impacto para alguns, mas eu esperava por esse anúncio desde novembro do ano passado, quando Ron Dennis encerrou o jejum de títulos ao ver seu garoto Hamilton se consagrar campeão na última curva do campeonato.
O chefão da McLaren havia relatado há um ano que pensava em abandonar o pit wall em 2007, porém o escândalo da espionagem e a derrota no palco de Interlagos transformam aquele ano num dos maiores pesadelos vividos pela equipe de Woking. Mas a volta por cima veio logo na temporada seguinte. Essa sem dúvida é a melhor hora para Dennis se afastar. Ele sai como campeão, como o grande vencedor que de fato foi.
De mero mecânico a chefe executivo de uma das maiores equipes de todos os tempos da F-1. Certamente pode ostentar uma das mais fascinantes trajetórias deste esporte.
Trabalhou com grandes pilotos, como Rosberg e Hakkinen. Enfrentou duros duelos internos: Lauda-Prost, Prost-Senna, Hamilton-Alonso. Construiu a ousada marca de promover contratações altamente competitivas e obrigar seus pilotos a buscarem seus limites para superarem o rival ao lado.
Ganhou e perdeu campeonatos assim. Mas seguiu seu estilo. Seu respeitável estilo de comandar uma equipe como poucos são capazes de fazer.
Agora Ron irá se concentrar apenas nas atividades administrativas da McLaren. Mas isso não muda o fato de que estamos presenciando o fim de um era. A era Dennis.
Inteligente até mesmo no instante da despedida, parece claro que seu substituto foi muito bem preparado para assumir o cargo de diretor esportivo. Já faz anos que os dois não se desgrudam, o Martin deve estar aprendendo direitinho. Não duvido que receba a promoção demonstrando melhor preparação do que Stefano Domenicali com um ano de experiência.
A McLaren está renovada para 2009. Dennis segue seu caminho na sede da escuderia, mas de vez em quando dará o ar de sua graça nas corridas para acompanhar bem de perto as batalhas subsequentes da equipe que vem erguendo desde 1981.

3 comentários:

Ron Groo disse...

Uma pena...
Não que fosse fã dele, mas assim como Frank Williams ele partiu do mero sonho para ser campeão do mundo como construtor.
Ainda acho que ele volta. E se calhar acaba chegando a presidencia da Fia.

Ps. Melhor que o Dominicalli qualquer um. Inclusive o chefe da Audi Arrows, que este ano está sem os pilotos que foram se aventurar nas terras de Or(kut)

Felipão disse...

Um dos maiores da história. Com sua competência, tirou a equipe de uma virtual falência para transformá-la num grande sucesso, amarrendo acordos, parcerias e etc...

Anônimo disse...

será que agora um piloto italiano poderá pilotar uma mclaren de novo, depois de DE CESARIS?


leandro tullii